A viagem para Jaipur iniciou-se de manhã bem cedo, com o comboio a partir pelas 6h. Foi uma viagem calma que demorou mais meia hora dos que as 4.5 horas previstas, e que nos levou à maior cidade do estado do Rajastão, mas que está longe de ser uma das maiores da Índia, contando com menos de 4 milhões de habitantes.
Pelo caminho fomos passando por paisagens dominadas por planícies, onde a cultura de cereal compete com zonas de vegetação rasteiras e árvores quase despidas, e que gradualmente se foram tornado mais áridas, à medida que íamos aproximando de Jaipur. O estado do Rajastão, é famoso pelos inúmeros palácios e monumentos, mas também pelo seu clima extremamente quente, que chega a atingir os 38 graus. Nesta altura do ano, não está assim tão quente mas o ar é seco, muito semelhante ao clima do verão em Portugal.
Uma das coisas que mais contrasta com os nosso hábitos é o uso do espaço publico para urinar e defecar, mesmo em meios urbanos e durante o dia; este hábito restringe-se às classes mais pobres e às pessoas que vivem nas ruas, que são em elevado numero, em especial em Delhi. Muitas campanhas têm sido levadas a cabo pelo governo para contrariar este hábito mas com pouco sucesso. Segundo elementos que recolhi, 55% da população indiana defeca ao ar livre, o que representa uns 638 milhões de pessoas. Somente 30% da população tem saneamento básico, ao passo que o uso de telemóvel abrange mais de 60%. Este é um indicador dos contrastes que existem neste país.
Na parte antiga de Jaipur situa-se a chamada Pink City, que foi mandada construir no reinado de Jai Singh, por volta de 1700, que se encontra circundada por muralhas, e onde e domina o traçado ortogonal das ruas, e onde cada bairro está destinado a um determinado tipo de comércio ou de pequena industria, destacando-se os têxteis. O nome de Pink City, não corresponde em nada ao que a cidade é hoje; nem tão pouco corresponde à cor original com que foi construída que era o amarelo. O nome resultou da visita do príncipe Alberto em 1856, em que se decidiu pintar os edifícios e cor de rosa, que é a cor de boas vindas no Rajastão.































