Na ultima lua cheia de décimo segundo mês do calendário tradicional tailandês, que geralmente corresponde ao mês de Novembro é celebrado o Loi Krathong, que pode ser traduzido literalmente por “coroa flutuante” ou “decoração flutuante”, onde são lançados nos rios e lagos pequenos recipientes flutuantes, geralmente feitos com fatias de tronco de bananeira, decorados com flores, três pau de incenso, uma vela, invocando Buda, e vários tipos de folhas habilmente dobradas e pregadas à base flutuante.
Pode por vezes ser também colocado juntamente com o arranjo de flores, uma moeda, unhas das mãos ou mesmo cabelos simbolizando o libertar e o deixar-ir dos pensamentos negativos, o ódio e a raiva.
Contudo esta tradição pode também ser interpretada como uma veneração à Deusa da água: Phra Mae Khongkha.
Quando são lançados à água é costume pedir um desejo. O mesmo se faz com o Yi Peng, outro festival tradicional do norte da Tailândia e que coincide com o Loi Krathong, e onde são lançadas ao céu lanternas feitas de papel de arroz, muito fino, que se enchem com o ar quente que resulta da queima do material inflamável que se encontra na sua base.
As casas, os edifícios públicos, as lojas assim como as praças e os jardins são decorados com figuras de animais e com lanternas habilmente construídas em colorido papel.
Chiang Mai é a cidade onde durante o Yi Peng são lançadas ao céu a maior quantidade de lanternas. Contudo a estadia na New Life Foundation manteve-me afastada da cidade mas permitiu-me ter uma experiência com a população da pequena aldeia de Ban
Samarnmit, que se reuniu junto ao lago para lançar os Loi Krathong, dispersando pequenos pontos de luz seguidos pelo fumos dos incensos, e que lentamente se iam dispersando arrastados pela suave brisa da noite.
A mesma brisa arrastava para longe as lanternas que com entusiasmos infantil iam sendo lançadas ao céu, ao mesmo tempo que cada um formulava um secreto desejo, desaparecendo lentamente até se transformarem num pequeno ponto amarelo que dificilmente se distinguia do brilho das estrelas, num céu debilmente iluminado por uma lua-cheia que a custo rasgava a fina camada de nuvens.