Já passa das dez horas da manhã e a neblina ainda cobre persistentemente o cimo das colinas que envolvem a povoação de Pakben, que não é mais do que uma rua que se desenvolve desde o cais de embarque, encosta acima, repleta de restaurantes, cafés e alojamento, e cuja actividade depende quase exclusivamente dos passageiros dos barcos que percorrem este troço do Mekong e que aqui fazem paragem obrigatória nos dois dias que dura a viagem, para quem opta pelo barco mais lento. A alternativa é o chamado speed-boat, que efectua o mesmo percurso em cerca de seis horas, mas cuja velocidade praticada pela pequena embarcação obriga ao uso de capacete e colete salva-vidas.
Das panelas saem vapores dos caldos cozinhados sobre o carvão que se juntam ao cheiro das fogueiras usadas para afugentar ar o frio e húmido da manhã, enchem a rua da povoação de Pakben de uma atmosfera rural e acolhedora, onde os sorrisos dos habitantes tornam o clima
mais quente.