Mandalay… cujo nome lembra paragens exóticas, é a segunda maior cidade do país, tendo já sido capital do reino da Birmânia até à chegada dos ingleses que escolheram a portuária cidade de Yangon, mais a sul e adequada ao interesses comerciais. Contudo Mandalay é considerada a capital cultural do país, onde se localizam os mais importantes templos e palácios.
De início Mandalay não se mostrou muito acolhedora, com as suas largas ruas, defendido geométricos quarteirões, tornado a cidade dispersa e pouco convidativa a caminhadas, tornando-a menos acolhedora do que a sua rival Yangon.
Contribuiu para esta sensação, um misto de abandono e desolação o facto de a maioria do comércio e dos serviços se encontrar encerrada devido à comemoração do Thingyan, ou Festival da Água, altura em que o país pára por cinco dias, e onde andar nas ruas dá obrigatoriamente direito a ficar encharcado com as muitas tigelas e baldes de água despejados pela população que nestes dias de festa enche as ruas.
Mas aos poucos Mandalay foi cativando, com os seu cafés e casas de chá com ambiente acolhedor onde o tempo parece escoar devagar contrastando com o ritmo acelerado da rua, com seus edifícios antigos envoltos numa nostalgia decadente, as livrarias onde se respira antiguidade, as suas lojas onde se mantém intacto o espírito e a atmosfera de um passado que resiste, preso às teias de aranha, ao pó, à gordura e sujidade, mas que tornam estes locais únicos e cativantes.































