Sim, o Irão é diferente…. não propriamente exótico tendo como referência a cultura dita “ocidental” mas apresenta características muito próprias. Pouco tem a ver com os vizinhos árabes, com que muitas vezes são confundidos, para além da religião muçulmana que partilham, sendo contudo da facção Xiita predominante no Irão. Mas nada tem a ver com a imagem que durante muitos anos foi passada para o ocidente, de fanáticos radicais religiosos. Sim, o peso da religião muçulmana é significativo, mas o valor de 99% apresentados nas estatísticas não é real, pelo menos a nível da população urbana; mas num país que vive sob uma ditadura religiosa há mais de 30 anos não há “espaço” para os não-muçulmanos se afirmarem. Por uma sondagem informal, talvez mais de vinte porcento da população não segue a religião muçulmana, sentindo-se um apego à história da Pérsia, aos símbolos Zoroastristas e às suas tradições anteriores ao domínio árabe que trouxe a religião muçulmana a este território.
Todo o ódio ao ocidente e em especial aos Estados Unidos, está longe de ser real, não indo para além dos extremistas e alguns religiosos radicais, com muita gente a tentar obter visto para imigrar para o estrangeiro, com a América como destino favorito. E este desejo de imigração, mais por questões de liberdade do que por motivos económicos, leva muita da juventude Iraniana, com melhor poder económico, e com mais elevado nível de educação a querer sair do país, situação que a longo prazo empobrece uma nação.
Nunca ninguém manifestou ódio à América ou ao Ocidente, mas muitas vezes as pessoas me mostraram o seu descontentamento e repulsa para com os ayatollahs, com a imposição do uso do véu, com a falta de liberdade, com o fanatismo de alguns mullahs, com a má governação política e com a desastrosa gestão económica, que faz de um país detentor de uma das maiores reservas de petróleo seja menos próspero que os seus vizinhos árabes.
Num país que vive sob uma teocracia, em que religiosos comandam a sociedade e a política, em que quase tudo é proibido, festas, discotecas, álcool, sexo antes do casamento, televisão por satélite, certos livros, facebook, youtube, blogs… e mais uma lista de coisas que nem parecem reais… muita da população quebra todas estas regras… bebe-se álcool, ouve-se U2, namora-se às escondidas, fazem-se festas privadas onde apartamentos se transforma em discotecas, vendem-se cópias piratas de discos e filmes proibidos, onde é corrente ouso de smart-phones, redes sociais, roupa moderna, onde as mulheres conduzem, são advogadas e taxistas… há lojas da Bershka, da Diesel, da Mango e a Coca-cola está por todo o lado.
Um país muito ocidentalizado e culto resultado do tempo em que o Shah Reza Pahlavi governou (mal ou bem) o país, e que a revolução islâmica não consegui apagar, revelando-se por exemplo no elevado número de pessoas que fala inglês mesmo entre a população mais velha, língua que é popular entre os mais jovens; o conhecimento que mostram em relação a Portugal, muito para além do futebol, é outro exemplo.
Um dos países mais seguros, não só pelas pesadas penas, onde a pena de morte e os castigos corporais são frequentes, mas também pela formação das pessoas, onde a hospitalidade e a generosidade são genuínas como nunca vi em nenhum outro país.
O Irão, um país demasiado vasto para se dar a conhecer numa viagem de um mês; vasto em termos de história, culturas e de etnias. Um pais onde muita gente mostra revolta pela repressiva teocracia que domina a vida política e social. Um país onde muita coisa é proibida mas onde constantemente se quebram as regras, onde a maioria dos alunos nas universidades são mulheres, onde as redes sociais e a internet chegam a todo o lado, onde se nota um claro crescimento económico. Um país que para além da lei islâmica pesam também as tradições, mas onde se nota uma vontade de renovação, um desejo de liberdade, mas onde domina uma surda revolta.
Um país onde a vida é complicada e onde muita gente espera mudanças!
Um país que deixa saudades.
Farsi:
No Irão fala-se farsi, língua distinta do árabe com que muitas vezes é confundido, mas que são bem diferente, com escrita própria se bem que os caracteres usados assemelham-se à escrita arábica, com a escrita da direita para a esquerda.
De uma forma geral pouco se encontra escrito em caracteres latinos com excepção das placas de orientação rodoviária, as placas com o nome das povoações, o nome das ruas, das estações de metropolitano e comércio em geral situado nas zonas com mais turismo.
Contudo, existem mais línguas faladas no Irão, correspondentes aos diferentes grupos étnicos como o Azerbaijani, Kurdish, Luri, Arabic e Balochi.
Numeração:
No Irão o sistema de numeração é em caracteres arábicos, que à primeira vista nada têm a ver com os números que aprendemos a chamar de “árabes” e mas ao que parece tiveram origem na Índia.
De inicio parece confuso e impenetrável mas ao fim de alguns dias, depois de encontrar a lógica, e com algumas mnemónicas habituamo-nos a este novo sistema, que à semelhança do sistema ocidental, se escreve da esquerda para a direita, ao contrário do texto.
Eis uma tabela que ajuda a memorizar a numeração árabe usada no Irão.
Horários e fim-de-semana:
Seguindo a tradição muçulmana, o dia de descanso no Irão é à sexta-feira, com o Sábado e o Domingo a funcionarem normalmente. Contudo muitos mercados e bazares, assim como as padarias encontram-se a funcionar também à sexta-feira, onde a excepção foi o bazar de Shiraz.
Pequenas lojas estilo mercearias também estão abertas todos os dias vendendo produtos básicos de alimentação, refrigerantes, tabaco, carregamento de telemóveis… e de tudo um pouco.
Quanto aos horários, as lojas e os bazares não começam muito cedo, com a grande maioria a abrir pela 10.00 AM, mas prolongam-se até às 9.00 ou 10.00 PM.
Dinheiro, ATMs e cartões:
A moeda iraniana chama-se rials… e são aos milhares
Pois existem ATMs por todo o lado mas não estão ligados às redes bancarias internacionais, pelo somente os cartões iranianos funcionam para levantar dinheiro.
Pela mesma razão os cartões de crédito também não têm qualquer tipo de utilidade no Irão.
Em alternativa é já possível enviar dinheiro para o Irão pela Western Union, que tem balções e agentes em algumas cidades. Pode ser uma boa opção em caso de emergência por falta de fundos.
Mas sem duvida que a melhor opção é levar dinheiro em “papel” à boa moda antiga, de preferência dólares ou euros, mas tb servem libras britânicas… sim, sim, apesar da “guerra” à América, as notas de dólar são muito bem vindas.
Como o Irão é seguro em termos de criminalidade, não se corre grande risco em transportar dinheiro, sendo necessário os habituais cuidados para quem viaja.
Segundo informações recolhidas deve-se trocar o dinheiro aos poucos por causa da inflação e das mudanças da taxa de câmbio de rials para moeda estrangeiras. Existe inflação sim mas afecta quem aqui vive, não sendo visível para quem por aqui se demora um mês. Quanto à variações da taxa de câmbio à grandes diferenças de cidade para cidade (conforme a concorrência entre cambistas) e em especial de loja para lojas. Da minha experiência, nas grandes cidades conseguem-se os melhores negócios, muitas vezes sem comissão ou com valores pequenos (30.000 rials); em Teerão e Esfahan consegui 1€ = 39.600 rials*, nas pequenas cidades como Bam ou zonas com pouco ou nenhum turismo como Bandar Abbas 1€ = 37.000 rials*. Assim o melhor é trocar uma quantidade significativa de dinheiro (tipo 100€) quando se encontra um “bom negócio”.
Mas trocar dinheiro nos bancos é em geral uma má escolha: os euros valem menos e são cobradas taxas ou comissões bancárias (1€ = 35.000 rials)*.
Uma outra opção de recurso são alguns hotéis ou guesthouses que a nível “particular” também trocam dinheiro, sem comissão mas com uma taxa não muito superior aos bancos.
O único inconveniente de trocar uma grande quantia de dinheiro de uma só vez é que se fica com a carteira cheia de notas… com cem euros a “renderam” quase 4 milhões de rials… mas existem “Bank Cheques” que em tudo se parecem com notas, com valores de um milhão e de meio milhão o que facilita as coisas mas que nem sempre se conseguem nas lojas de câmbios.
Para além da dificuldade em lidar com os muitos “zeros” presentes no valor das notas de rials, acresce outra adversidade a quem chega ao Irão: o toman, em que 1 toman são 10 rials, com os preços afixados por vezes em tomam outras em rials… confuso.
Mas de uma forma geral, os produtos em mercados estão afixados em tomans, mas alojamento e transportes estão em rials, quando os valores são expresso verbalmente tanto pode ser em tomam com em rials… muito confuso.
* valores de Outubro de 2015.
Custos:
O custo de vida para que viaja no Irão não é caro comparado com os padrões europeus.
Exemplos:
- bilhete de bus entre as principais cidades: de 100.000 a 300.000 rials (2.6 a 5.3€)
- falafel: mínimo 30.000 rials (0.8€)
- ash-e reshteh ou halim: entre 30.000 rials (0.8€) e 50.000 rials (1.3€)
- pizza: 150.000 rials (4€)
A maior fatia do “orçamento” vai para o alojamento; alguns exemplos, com os valores a variarem bastante de cidade para cidade, com uma quarto em Tabriz a custar metade que uma cama num dormitório em Kashan. Quase todos os alojamentos têm pequeno-almoço incluído, e quase todo com casa-de-banho partilhada:
- quarto individual em mosaferkhaneh: cerca de 250.000 rials (6.6€)
- cama em dormitório, num hotel: 300.000 a 500.000 rials (8 a 13€)
- quarto individual em hotel: 500.000 rials (13€)
- quarto duplo em hotel: 600.000 rials (16€)
De uma estadia de 1 mês o custo médio foram 15€/dia, com:
46% alojamento
23% alimentação**
20% transportes
6% entradas em locais turísticos
5% vários (telefone, lavandaria, etc)
** comida vegetariana, à base de ash soup, falafel, pizza, snacks, fruta, frutos secos…
O preço dos quartos pode ser negociado, conseguindo-se melhores negócios quando se viaja em época baixa.
O preço das coisas nos mercados, mesmo estando quando afixado é passível de ser negociado, excepção são os produtos alimentares e os restaurantes.
Se houvesse um ranking em termos de honestidade em relação ao dinheiro, o Irão estaria nos primeiros lugares dos países que visitei. Mesmo no inicio, quando ainda não nos habituamos ao dinheiro onde proliferam os zeros, e quando ainda desconhecemos o preço das coisas, não me apercebi que ter sido enganada nos preços; mesmo não conseguindo comunicar com pessoas que não falavam inglês, onde tive que mostrar um molho de notas e esperar que tirassem o valor necessário, não me apercebi que estivessem os comerciantes se estivessem a aproveitar da situação. Excepção são os taxistas. Nas palavras de uma amiga “como são muçulmanos e temem Alá, mesmo que enganem é só um bocadinho”!
Quando visitar o Irão:
O clima do Irão caracteriza-se pelas quatro estações, sendo o verão a altura de temperaturas muito elevadas e o Inverno frio, com neve em alguns locais. A zona junto ao mar Cáspio apresenta-se menos seca e com Invernos frios e chuvosos, e com neve em alguns locais.
As melhores altura para visitar são o Outono (Outubro, Novembro) e a Primavera (Março, Abril e Maio).
O Muharram, onde se celebra o Ashura, varia de acordo com o calendário islâmico que como é lunar não tem data fixa de no calendário Gregoriano, mas que em 2015 começou a 13 Outubro. O Nowruz, o ano novo persa, é no dia 21 de Março que marca o inicio da Primavera.
Segregação de género:
Um pouco à semelhança da Turquia, mas numa versão mais rigorosa, no Irão existe segregação entre os sexos em transportes públicos, mas não só em comboios e autocarros de longa distância, onde homens e mulheres não podem estar sentados lado a lado caso não sejam casados ou família, mas também em autocarros urbanos, metro e táxis.
Nos autocarros as mulheres viajam na parte de trás, usando a última porta para entrar. Caso seja necessário comprar bilhete ao motorista deve-se primeiro entrar pela porta da frente, e voltar a sair para ocupar os lugares da parte de trás do veículo, pois existe uma barra que impede a circulação. Casais devem viajar separados. Em algumas cidades este sistema é mais flexível, não existindo uma barreira física e com as pessoas a desrespeitarem esta regra.
Quase naturalmente as pessoas quando fazem fila na paragem obedecem ao mesmo critério de segregação, com homens e mulheres a fazer fila em direções opostas.
No metro em Teerão a primeira e a ultima carruagem da composição é reservada exclusivamente a mulheres, separadas por uma porta fechada com correntes e cadeado, com as restantes carruagens acessíveis a ambos os sexos, contudo com quase nula presença feminina com excepção de um ou outro casal.
Em shavaris (táxis partilhados) que são um meio de transporte muito utilizado em todo o país tanto em meios urbanos como em viagens entre cidades, aplica-se também esta regra, não sendo raro quando um táxi pára para recolher mais passageiros, as pessoas terem que sair e voltar a entrar de forma a que no banco de trás somente se sentem pessoas do mesmo sexo.
Dress code:
Para os homens o dress code é pouco bastante flexível sendo aparentemente proibido o uso de calções na rua. Contudo camisolas e camisas de manga curta são aceites sem problemas.
As mulheres têm mais restrições. O cabelo tem que ser obrigatoriamente coberto, mas somente as muçulmanas usam o hijab justo ao rosto cobrindo totalmente o cabelo. O mais frequente é um lenço sobe a cabeça, com as pontas atiradas para trás sobre os ombros, deixando ver um bocado do cabelo sobre a testa. É normal as mulheres usarem o cabelo apanhado, o que ajuda a segurar o lenço sobre a cabeça.
Mangas compridas e pernas cobertas até ao tornozelo. Raramente se vê alguma mulher de saias, mas calças justas são muito populares entre os mais jovens. Os tops devem ser longos de forma a cobrir as ancas e largos, sendo muito frequente o uso do manteau, que se assemelha a uma gabardine, que poder ser usado justo e totalmente abotoado ou ter uma forma mais folgada aberta à frente.
Quanto às cores não há nenhuma obrigação de vestir roupa escura e as cores claras são as mais indicadas nas zonas mais secas e desérticas.
Pode-se andar de sandálias mas raramente se vê alguém com elas.
Nas raparigas o uso de véu é obrigatório a partir dos 9 anos, mas muitos uniformes de escolas incluem-nos desde o inicio da escolaridade.
Chador, um manto que cobre da cabeça aos pés que é aberto à frente só é obrigatório em alguns locais religiosos, sendo fornecidos à entrada.
Cirurgias plásticas ao nariz:
Quase se pode dizer que são uma obsessão nacional, sendo frequente ver pessoas nas ruas com pequenos adesivos no nariz, sinónimo de recente cirurgia para alteração do formato do nariz, tanto em homens como em mulheres. Assim se perde um pouco da identidade étnica de um país onde domina o nariz aquilino.
Mas o facto de a população feminina ser obrigada ao uso do hijab que cobre o cabelo e ao limitativo dress code, que impede mostrar pernas e braços, decotes, etc… leva a que o rosto seja o centro de toda a atenção, com quase todas as mulheres a usarem maquilhagem, resultando da importância exagerada dada ao formato do nariz.
Diz-se que quem quer mostrar que tem quer parecer “in” mas não tem capacidade financeira para uma cirurgia estética, limita-se a colocar o adesivo no nariz.
Água:
A água da torneira é potável e apesar de nem sempre o sabor ser dos melhores nunca me causou problemas.
Existem bebedouros um pouco por todo o lado, nas ruas, parques, zonas históricas, muitas vezes com água refrigerada.
Telemóveis:
As redes de telemóvel internacionais não funcionam no Irão.
Por isso a melhor opção é comprar um SIM card nacional, pois é útil para reservar hotéis (os emails nem sempre têm respostas rápida). O cartão com algum crédito em chamadas custa 200.000 rials. Para isso é preenchido um formulário totalmente em farsi, pelo funcionário, e é necessário para além de três assinaturas e do nome do pai, a impressão digital do indicador direito… vá-se lá perceber para quê!!!!
As chamadas assim como as mensagens são muito baratas. Os carregamento são feitos com base num código que se pode comprar nas lojas da Irancell (que não são fáceis de encontrar) mas também estão disponíveis em mercearias, é são vendidas nos valores de 20.000 rials.
Internet e wi-fi:
Wi-fi está disponível gratuitamente um pouco por todos os alojamentos. Até alguns hostel e mosaferkhaneh têm wi-fi free.
Contudo devido aos muito filtros impostos pelo governo no acesso à informação a internet é lenta e os download quase impossíveis. Facebook, youtube, blogs e algumas aparentemente inocentes páginas estão bloqueadas… contudo é possível contornar esta situação pagando a alguém para alterar umas configurações nos smart-phones, tabletes e lap-top
Atenção que no Irão não há https, pelo que o movimentos bancárias e o uso de cartão de crédito para efectuar compras tem alguns riscos.
Imigrantes:
O Irão atrai imigrantes afegãos, resultantes da prolongada guerra, que se identificam pela tradicional forma de vestir, e que muitas vezes executando trabalhos de carga nos bazares. É também nos bazares e nos trabalhos menos qualificados que se encontram muitos Curdos, facilmente identificados pelas calças de balão, justas no tornozelo.
A guerra no Iraque trouxe também trouxe muitos imigrantes que se concentram mais no sul do Irão, mas que se encontram um pouco por todo o país, sendo facilmente identificáveis pelas longas túnicas, e mais frequentemente pelo lenço, shemagh, com típico padrão preto e branco.
Ta’arof:
Uma tradição muito presente no Irão que revela um requintado código de cortesia. Quando alguém nos oferece algo, por exemplo um chá, uma refeição, uma viagem grátis de bus, um doce, etc… devemos sempre recusar, mesmo que a vontade vá em sentido contrário. Da parte de quem oferece compete-lhe o papel de insistir uma ou outra vez, e da nossa parte é-nos pedido que avaliemos até que ponto esta oferta pode ser ou não aceite, de forma a não deixar com fome quem tem pouco para comer, não prejudicar um negócio ou quem não tem boa situação financeira.
Uma prática complexa, que não é fácil de incorporar para quem não foi habituado a este sistema, e que como estrangeiro está muitas vezes sujeito a ofertas, seja de comida, de bilhetes de autocarros, de boleias, de chá…
Chá… chai!
O chá, no Irão chamado de “chai” é definitivamente a bebida nacional, sendo consumida logo pela manhã ao pequeno-almoço e depois, durante todo o dia, como motivo para uma pausa, para uma conversa… Aqui à semelhança de outros países também é comum o samovar, grande recipiente metálico onde a água é mantida quente, que se adiciona ao chá preparado num pequeno bule, assente no topo do samovar, mantendo o chá quente.
Existem a chamada tea-shops, onde se bebe chá, se conversa e se fuma qalyān, um cachimbo de água, mas onde as mulheres não podem entrar, ou pelo menos não é suposto entrarem.