Sim!!!… segundo consta existem actualmente cerca de dois mil templos dos dez mil que foram construídos entre os séculos IX e XIII, durante o Império Pagan, cujo território corresponde aproximadamente ao que é hoje Myanmar. E nem o ultimo sismo que abalou o Norte de Myanmar em 2016, que que destrui o cume de algumas pagodas e fragilizou algumas das construções, fez com que Bagan perdesse qualquer dos seus atractivos.
Apesar da proximidade das margens do rio Irrawaddy, Bagan está localizada numa área seca e quente, onde a escassa vegetação nos remete para uma savana africana. O sol intenso e as temperaturas acima dos 30 graus intensificam esta sensação, obrigando os turistas a refugiarem-se no quarto do hotel ou guesthouse, reservando as visitas à área arqueológica para o inicio da amanhã ou para as últimas horas do dia, antes do pôr-do-sol.
Com o sol a aproximar-se do horizonte e a deixar um longo rasto de sombras, a paisagem de Bagan ganha uma vivacidade especial, realçando a cor argilosa do solo com o verde seco da vegetação. Este é um dos momentos mais apreciados, atraindo muitos visitantes em busca dos melhores pontos de observação… mas é também uma altura de tensão, pois os melhores locais estão repletos de centenas de pessoas, que aqui chegam em excursões com a orientação de guias turísticos, enchendo terraços e as íngremes e estreitas escadas, empurrando-se para alcançar os melhores lugares e degladiando-se com os selfie sticks.
Encontrar um local com uma boa vista que não esteja cheio de gente, constitui um desafio interessante, sendo uma boa desculpa para explorar a inúmera quantidade de templos e encontrar “aquela” passagem quase secreta escondida num canto escuro de um templo, que dá acesso ao terraço, e poder observar o espetáculo do amanhecer… ou do ocaso… mas onde não se pode esperar estar sozinho 😉
Com o amanhecer vem o momento mais calmo do dia, e também o mais inspirador, com a névoa desprendendo-se lentamente da vegetação, criando uma atmosfera irreal que evole a planície, onde os templos e pagodes se destacam da escassa vegetação.
Mas, apesar do cliché turístico, o amanhecer e o ocaso oferecem os melhores momentos para apreciar a beleza de Bagan, observando o momento mágico em que a paisagem ganha outra dimensão, com os templos a romperam a paisagem pintada de cores ferrugem e verde-seco.
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