Kyaukme não é propriamente um dos lugares mais populares como ponto de partida para explorar o do estado de Shan, ao contrário de Hsipaw e Pyin Oo Lwin.
Esta região nordeste de Myanmar, que faz fronteira com a China, o Laos e a Tailândia destaca-se pela presença de diferentes grupos étnicos, genericamente denominados por “Shan people” que incluem diferentes tribos originárias da China e que partilham a mesma língua, semelhante com Thai e ao Lao.
Mas há muitas razões para ficar na vila de Kyaukme: é pequena o suficiente para ser percorrida a pé, de fácil de orientação e com alguns pontos de interessante para ocupar um ou dois dias: alguns pontos de interesse turístico, um mercado agradável, muita comida de rua… e uma atmosfera descontraída.
Apesar da proximidade com as aldeias vizinhas, onde predominam os Palaung, uma das tribos que compõem o mosaico étnico da estado de Shan, não se vislumbram os tradicionais coloridos trajes as mulheres Palaung em Kyaukme. Contudo nota-se nos rostos das pessoas desta região traços orientais, distintos dos Bamar, o grupo étnico dominante em Myanmar.
Como resultado das diferenças étnicas e culturais, o Estado de Shan tem tido o seu nome ligado a confrontos entre o exército a grupos armados pertencentes a diversas tribos. Estes conflitos são um misto da luta pelo reconhecimento das diferenças étnicas e culturais, mas foram também uma forma de combate à ditadura militar que governou o país por 54 anos. Presentemente, apesar da recente democracia, os conflitos continuam, com os chamados grupos “rebeldes” controlando a região do topo das colinas.
Mas a vida diária em Kyaukme começa cedo, quando os primeiros raios de sol a aquecerem as manhãs frias e iluminando com uma luz especial o mercado que surge informalmente numa das ruas de Kyaukme. Esta é uma boa oportunidade para observar os alimentos que aqui se consomem, onde se nota a influência chinesa com a gastronomia birmanesa, mas para isso é preciso acordar cedo, pois o mercado termina por volta das 7 horas. deixando a rua quase deserta, sem qualquer vestígio da agitação quer marcou o inicio do dia.
Ao longo das ruas, monges caminham pedindo esmolas e apesar dos rostos sérios de olhos postos no chão, os mais novos não conseguem evitar um sorriso quando olham curiosamente para os estrangeiros.
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Onde dormir em Kyaukme:
Como Kyaukme está a impor-se a como alternativa a Hsipaw são cada vez mais as opções de alojamentos disponíveis para estrangeiros.
A escolha foi para a Northen Guest House, provavelmente a guesthouse com o staff mais simpático e sorridente da cidade. O edifício tem caráter, e mantem um certo charme colonial. Existem diferentes tipos de quartos, alguns com casa de banho partilhada e alguns sem janela.
- Quarto duplo com casa-de-banho: 21 USD
- Quarto duplo com casa-de-banho partilhada: 12 USD
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Onde comer em Kyaukme:
Depois de terminar o matinal mercado de rua, começa um outro situado num edifício que ocupa um dos quarteirões de Kyaukme, focado mais em roupas e artesanato tradicional birmanês com alguns produtos importados da China.
Nas ruas em redor, outro mercado inicia-se pelo fim da tarde oferecendo uma grande diversidade de produtos, sendo uma boa oportunidade para experimentar a tradicional sopa de noodles confecionadas ao estilo Shan, cujos condimentos têm um toque oriental em comparação com as sopas birmanesas, como mohinga.
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Wi-Fi em Kyaukme:
A Cherry Pan Tea Shop, que apesar do aspecto pouco sofisticado e da predominância de trabalho infantil, é o local que oferece melhor ligação wi-fi em Kyaukme, a não ser que se queira ir para a opção mais ocidentalizada da Bayan Tree Cafe.
Do outro lado da rua há outra Tea Shop com wi-fi… mas atenção pois o que é servido como chá neste tipo de estabelecimentos é uma bebida extremamente doce, adocicada com leite condensado, que pouco tem a ver com chá. Quanto ao café é servido o chamado “coffee mix” uma bebida industrial instantânea feita com açúcar, natas em pó (na milagrosamente são feitas sem leite) e um pouco de café… mas só um pouco!
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Como ir de Mandalay para Kyaukme:
Do Pyi Gyi Myat Shin Bus Terminal, em Mandalay partem diariamente dois autocarros, de duas empresas diferentes, para Hsipaw que param em Pyin Oo Lwin e Kyaukme. Os melhores autocarros mais modernos e confortáveis são da empresa Ye Shinn Express, cuja bilheteira se localiza
Os autocarros partem às 2 da tarde, seja qual for a empresa escolhida. O bilhete custa 4000 kyats e a viagem demora cerca de 3,5 horas… mas pode ser muito mais longa, pois a estrada tem que passar por uma área de montanha, que devido ao intenso tráfego de camiões de mercadorias, fica frequentemente interrompida quando há avarias ou acidentes.
O terminal de Pyi Gyi Myat Shin é um terminal muito pequeno, com condições básicas que podem tornar penosa uma espera mais prolongada.
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