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Sudoeste Asiãtico
Sobre mim
Olá! Sou a Catarina: viajante e aspirante a fotógrafa.
Sou de Lisboa, onde passei a maior parte da minha vida, mas tenho passado os últimos anos a viajar!
A minha primeira longa viagem começou em 2013 e durante 15 meses levou-me até ao Sudeste Asiático e ao Subcontinente Indiano: Índia, Nepal, Laos, Camboja, China,Myanmar (Burma), Vietname e Tailândia. Mais tarde o percurso estendeu-se pela Malásia, Singapura, Sri Lanka e Indonésia… e também pelo Norte de Africa e Médio Oriente como o Irão, Marrocos e Turquia
O distante Japão e Taiwan são os meus mais recentes destinos, como Myanmar que eu tenho visitado repetidas vezes nos últimos anos.
Com este blog, partilho as minhas viagens e experiências, fornecendo informações e dicas sobre como viajar com um pequeno orçamento e em segurança, esperando assim ajudar outros viajantes e inspirar aqueles que ainda não começaram a viajar.
Não sei ao certo o que me faz continuar, mas a fotografia é com certeza uma das razões para continuar, tentando capturar o espírito e a atmosfera dos lugares, o estilo de vida local e retratar as pessoas.
E comida… a comida é com certeza uma das coisas que mais me entusiasma quando viajo. Mas ser vegetariana traz novos desafios e dificuldades, e espero que a minha experiência(s) possam ajudar a tornar as viagens mais fáceis e deliciosas!
Amor e respeito
“Sê dono apenas do que podes transportar contigo. Conhece línguas, conhece países, conhece pessoas. Deixa que a tua memória seja o teu saco de viagem.”Alexander Solzhenitsyn
Um chamamento para o que é novo, um frémito pelo desconhecido, um impulso que me leva ao movimento e uma vontade de conhecer outras culturas, arrastou-me para viagens de termo incerto, onde cada momento é um desafio à imaginação e um romance com a vida.
A comida na Malásia
Duas coisas sobressaem na gastronomia da Malásia…. a diversidade étnica, cultural e religiosa que nos remetem para a China, Índia, Tailândia… e o arroz, que é a base da alimentação e presença em quase todos os pratos.
Da passagem pelo Borneo Malaio e pela chamada Malásia Ocidental ficaram diversos pratos representativos da gastronomia malaia, como o lontong, laksa, nasi lemak, nasi goreng… “nasi” significa arroz e “goreng” refere-se a fritos, pelo que arroz frito, ou seja, salteado é um dos pratos mais fáceis de encontrar a qualquer hora do dia, sendo confecionado com frango, vaca ou marisco, ficando a carne de porco excluída da gastronomia de um país muçulmano.
Em termos de nasi goreng, surgem muitas variantes (kampung, pattaya, ayam…), diferindo os ingredientes, temperos e especiarias, sobressaindo o picante. O nasi goreng pattaya, é basicamente fried rice (arroz frito com carne, marisco ou vegetais), envolvido em ovo e regado com um condimento adocicado e picante. No Borneo este prato é muitas vezes é servido com uma taça de um caldo de carne que torna o arroz menos seco. Apesar de ser pouco popular e de não aparecer nos menus é também possível pedir nasi goreng vegetariano, mas que quase sempre é feito com ovo.
Mas é o nasi lemak que reina, podendo ser considerado o prato nacional da Malásia. Consumido geralmente ao pequeno-almoço, sendo básico e muito simples de preparar. É composto por arroz e pequenas porções de anchovas fritas e amendoins fritos, umas rodelas de pepino e ovo, que pode ser cozido ou frito. Esta refeição que pode ser servida no prato ou embrulhada em folha de bananeira para take–away. Mas o que torna este prato especial é o sambal, uma pasta avermelhada e espessa, feita à base de chilis, cebola, gengibre, alho, anchovas e mais uns quantos condimentos, resultando numa mistura picante, mas muito saborosa.
Laksa é outro dos populares pratos Malaios que se pode ser classificado entre uma sopa e um caril. Tem por base um caldo, doce e picante, onde se inclui o leite de côco, gengibre, folha de lima (kaffir) e lemongrass, que envolve finos noodles de arroz e rebentos de soja. A esta base geralmente adiciona-se carne, mas também é possível pedir com tofu. No Borneo, o laksa é mais cremoso, com mais leite de côco e geralmente servido com tofu e marisco, onde o marisco se resume a camarões ou lulas… mas seja onde for é sempre servido com lima que faz sobressair os restantes sabores.
Lontong, um prato tradicional da Indonésia que foi incorporado na cozinha malaia, e que na sua origem é vegetariano. Feito com arroz prensado formando um rolo compacto que depois é cortado em pedaços. Na altura de servir, adiciona-se a estes “nacos” de arroz um suave caril de vegetais à base de leite de côco, ao qual se junta tofu, tempeh e ovo cozido (ou por vezes frito). À semelhança do nasi lemak, é servido com um colherada de sambal, fazendo também parte dos pratos mais populares consumidos ao pequeno-almoço.
Um snack bastante popular no Borneo, e que provavelmente também se pode encontrar na restante Malásia é o chamado fried carrot cake, que apesar do nome nada tem a ver com cenoura, sendo arroz cozido e prensado em forma de blocos, que é cortado em pedaços e frito com ovo e alguns condimentos de onde sobressai o molho de soja e a presença de picante. Pouco saudável pela quantidade de óleo mas muito apetitoso.
Nas cidades, especialmente nos bairros onde predomina a cultura indiana, muitas vezes chamados de Little India, é fácil encontrar a gastronomia tradicional do sul da Índia, em resultado da forte presença da comunidade Tamil, aqui residente à várias gerações. Para além dos deliciosos caris que dão vida a uma prato de arroz, muitas vezes servido em folha de bananeira, é possível também encontrar murtabak, dosas e outros snacks típicos indianos, servidos com chutney de côco e sambar.
Mas o que se destaca são os roti canai, também chamados roti prata ou paratta. Trata-se de um pão achatado, não levedado, mas cuja massa é estendida até ficar muito fina, sendo para isso atirada com gestos mecânicos e precisos de encontro à bancada, repetidas vezes até quase ficar rasgada, processo que requere muito óleo. Depois estendida é trabalhada de forma a criar camadas toscas, sendo depois frita sob uma chapa metálica até ficar tostada e ligeiramente estaladiça.
O roti é acompanhado de um pequeno prato de caril, onde é demolhado. Podem-se encontrar várias versões deste prato, tanto com recheio de ovo, como banana, leite condensado…
Da presença da comunidade chinesa, ficam muitos restaurantes e todas as variações em volta das noodles soup e fried noodles, sendo juntamente com o nasi goreng, uma opção popular e fácil de encontrar em qualquer altura do dia, e que como é preparada na altura pode ter a variante vegetariana, onde muitas vezes é adicionado tofu, uma notória influência da gastronomia chinesa. Os fried noodles na Malásia respondem pelo nome de Kueh Teow Goreng e são sempre feitos com ovo, uns rebentos de soja e rama de cebolinho. O sumo de lima dá uma frescura a este prato que devido à presença de óleo pode ser ter um paladar um pouco pesado.
Os dim sum, tradicional refeição cantonesa cozinhada ao vapor em cestas de bambu, é uma presença em alguns restaurantes chineses, alguns dos quais ainda mantêm o sistema tradicional em que a comida é feita circular em carrinhos por entre as mesas, com os clientes a escolherem a refeição de entre as dezenas de variedades… onde dificilmente se consegue encontrar comida vegetariana.
Muito popular nas zonas de maior concentração da comunidade chinesa, como são as chamadas Chinatown existentes em várias das cidades da Malásia, é a venda de carne seca, em placas ou tiras, que é preparada de diferentes formas, indo do doce ao picante.
Mas o que sobressai da comida chinesa, tanto pelo preço como pela variedade de opções são os chamados rice plate, ou pratos de arroz. São refeições que têm por base uma dose de arroz, e onde cada um pode compor o prato servindo-se dos vários acompanhamentos, que podem ser carne, peixe, ovos, muitos vegetais e o popular tofu que é confecionado de variadas formas. Este sistema é muito popular, não se limitando à gastronomia chinesa, estendendo-se os restaurantes de comida malaia que apesar de mais vocacionados para a carne é o que apresenta mais variedade em termos de comida vegetariana. Basta chegar e dizer “rice” e é-nos dado um prato com uma porção de arroz para cada um acrescentar os acompanhamentos.
E em termos de comida de rua, a Malásia vai buscar muita inspiração à vizinha Tailândia, sendo mais fácil de encontrar nas cidades do norte do país do que por exemplo no Borneo. Em pequenas bancas que surgem a diversas horas do dia em locais específicos da cidade pode-se encontrar apom, steam rice cake, fried banana, e as populares e deliciosas apam balik, pancakes recheadas de amendoim… e muitas mais deliciosas opções que também incluem os salgados, quase sempre fritos.
Os mercados são também óptimos locais para saborear e experimentar a grande variedade de comida, muita que é difícil de identificar, se é doce ou salgada, se é de carne ou vegetariana… mas que desperta sempre a curiosidade.
Como país de clima tropical abundam as bananas, mangas e papayas… mas nos mercados como também em vendedores de rua encontram-se também ananás, jackfruit, melancias e meloas… mas é o durian, o rei dos frutos, muito apreciado e ao mesmo tempo detestado, pelo cheiro intenso, que leva a que seja proibido transportar ou comer durian nos transportes públicos e outros locais.
Doces
O chendul (ou chendol) é um tradicional doce-gelado muito popular na Malásia, à base de leite de côco e gelo moído, regado com uma calda de açúcar de palma e servido com uns noodles verdes (cuja côr vem de uma planta usada frequentemente em doces, o pandan) e uns quantos feijões adocicados. Pode parecer estranho mas é delicioso e refrescante e em alguns locais, como George Town as pessoas fazem fila para comprar este doce que se vende em pequenas bancas de rua.
Muito popular é kaya (kay ajam), um doce de côco, ovo e açúcar que por vezes pode ser ter a cor verde que vem da presença de pandan, um vegetal que também é usado na confecção de alguns pratos malaios. Kaya é usada para barrar tostas, que são também uma das alternativas em termos de pequeno-almoço na Malásia. O Kaya Jam é também usado como recheio de bolos e pasteis geralmente de masa folhada.
A juntar aos doces não pode faltar o beancurd (também chamado soybean pudding) uma espécie de pudim feito de soja que é regado com calda de açúcar de palma, é também popular nas zonas de maior presença Chinesa.
Bebidas
Sendo um país maioritariamente muçulmano o álcool é pouco usual nos restaurantes locais, sendo fácil de encontrar em bares e locais mais turísticos, especialmente a cerveja.
Mas o mais popular em termos de bebidas é o Teh tarik, que é chá ao qual é adicionado leite-condensado e que pode ser servido quente ou com gelo (Teh Ais). É consumido pela manhã, geralmente quente, acompanhando as refeições, roti canai por exemplo, ou durante o dia, numa pausa no dia de trabalho.
O café é também fácil de encontrar, sendo na Malásia usual o café de “filtro” mas servido numa versão bastante forte em termos de cafeína e de aspecto denso e escuro, mas de sabor suave.
Para comida vegetariana a melhor opção são os restaurantes indianos, pela influência da religião Hindu e alguns restaurantes chineses que pela ligação à religião Budista podem por vezes excluir produtos animais. Nos restaurantes mais direcionados para a gastronomia Malaia é notória a forte presença de pratos de carne, sendo contudo respeitadas as regras halal, que excluem a carne de porco. Contudo a carne de porco é bastante popular na comida chinesa.
De uma forma geral poucos são os pratos exclusivamente vegetarianos na gastronomia da Malásia, e mesmo os que aparentam não ter produtos animais, podem muitas vezes ser servidos com um condimento chamado “sambal” inclui anchovas ou outro qualquer pequeno peixe.
Para quem está habituado a comer de faca e garfo, tem aqui que se adaptar ao uso da colher e do garfo, pois a faca é instrumento que não chega à mesa, sendo desnecessário visto que a comida vem cortada em pedaços sendo levada à boca com a colher, servindo o garfo para empurrar os alimentos para a colher. Na Malásia usa-se a mão direita para levar comia à boca. Nos restaurantes indianos é frequente usarem-se os dedos para levar a comida à boca, mas está sempre disponíveis colheres. Colher e chopsticks são usados nos restaurantes chineses. De uma forma geral, os restaurantes não têm guardanapos.
E como em outros países asiáticos o primeira refeição do dia é feita à base de arroz e noodles, com sopas ou caris. Os rotis são também populares ao pequeno-almoço. Muitos dos restaurantes que servem pequenos-almoços abrem pelas 6 horas da manhã, mas nem sempre estão abertos até à hora de jantar, fechando pelas 3 ou 4 horas da tarde. Mas outros há que não abrindo tão cedo, servem refeições até à hora de jantar.
De uma forma geral, mesmo resumindo as escolhas a pratos vegetarianos a Malásia oferece uma grande diversidade gastronómica, variando bastante em termos de sabores, caracterizando-se por pratos simples, rápidos de confecionar e bastante saborosos…. com o laksa, lontong e nasi lemak a deixarem saudades.
Custos
Nos food courts uma refeição custa entre 3.5 e 5 RM, ou seja consegue-se facilmente fazer uma refeição por 1€.
O mesmo se aplica ao chamado rice plat, que com duas ou três variedades vegetarianos fica por cerca de 4 RM. Os custos de comida em Kuala Lumpur são um pouco mais elevados, mas um rice plate consumido num restaurante a custar cerca de 5 RM, se bem que num banca de rua pode ficar mais barato
Pratos com carne, peixe ou marisco têm sempre preço mais elevado.
Kuala Lumpur… a grande cidade
Uma cidade que muda bruscamente e que nos surpreende e desafia: de uma compacta e uniforme malha urbana, deparamo-nos com gigantescas torres de escritórios; de uma caminhada por ruas secundárias esbarramos longas avenidas onde o trânsito é intenso e frequentemente congestionado; de uma arquitectura colonial chocamos com modernos e arrojados edifícios; de ruas fervilhantes de comércio desembocamos em vias-rápidas que criam barreiras quase intransponíveis; zonas ajardinadas cercadas e isoladas por massivos viadutos de betão.
Da habitual agitação do quotidiano asiático chocamos com o agressivo trânsito urbano… uma acumulação de contrastes que deixou um memória de uma cidade pouco atractiva, onde as principais actividades são as compras em centros comerciais e a visita aos arranha-céus e torres que são a imagem de marca da cidade de Kuala Lumpur.
Apesar do grande impulso que a economia da Malásia teve nos últimos tempos, e do qual as Petrona Towers e a torre Menara KL são orgulhosos símbolos, a cidade de Kuala Lumpur evidencia os contrastes sociais e económicos, com a cidade a atrair não só a população rural como também um grande numero de imigrantes, muitos vindos da Indonésia que nem sempre aqui encontram o esperado sucesso.
A zona de Chinatown é um exemplo destas assimetrias, reunindo muitos sem-abrigo, mendigos e toxicodependentes, sem contudo se notar perigo em termos de segurança nas ruas, mesmo durante a noite, sendo contudo pouco agradável as caminhadas nocturnas.
Perto fica o chamando Colonial District… onde se encontram exemplos de arquitectura colonial britânica, tanto igrejas, estações de comboios (como Kuala Lumpur Station), como edifícios públicos e administrativos, hoje transformados em museus.
Ficou a faltar uma visita às Batu Caves… um oásis de verde no meio desta gigante capital.
Alojamento:
Kuala Lumpur oferece muitas opções em termos de alojamento, para vários orçamentos. Chinatown tem a fama de concentrar o maior numero de budget hostel e guest houses, atraindo assim a maioria dos backpacker que de uma forma geral não se demoram mais do que um ou dois dias, sendo KL muitas das vezes a ultima “escala” de quem viaja pelo Sudoeste Asiático.
Boa localização, fácil acesso por transportes públicos, grande oferta em termos de comida não fazem contudo de Chinatown um local atractivo. A zona atrai muitos sem-abrigo, mendigos e toxicodependentes, sem contudo se notar perigo em termos de segurança nas ruas, mesmo durante a noite, sendo contudo pouco agradável caminhadas nocturnas.
Em termos de preços, um quarto duplo na zona de Chinatown, com casa-de-banho partilhada, free wi-fi e pequeno-almoço (pão, doce, margarina, chá e café) não fica em menos de 60 RM. E para estes valores existem muitas opções, valendo a pena um passeio em especial pela Jalan Tun H S Lee e pela Jalan Sultan.
A escolha foi para a Submarine Guest House, moderna, não muito grande e sossegada, com uma agradável zona comum. Não tem pequeno-almoço mas pode-se usar os utensílios, micro-ondas, chaleira e frigorífico existentes.
Submarine Guest House
Address: 206, Jalan Tun H S Lee, 56100 Kuala Lumpur, Wilayah Persekutuan, Kuala Lumpur. (Existe um outro junto ao Central Market)
Quarto duplo: oficialmente é 70 RM, mas negociado pode ficar por 50 RM (quarto sem janela, com ar-condiconado).
Bed Dorm: 30 RM
Shared-toilet, free wi-fi, disponível water-refill.
Chinatown é facilmente acessível pela Pasar Seni (LRT) e pela Maharajalela Station (monorail), ou Plaza Rakyat, perto da Puduraya Bus Station (LRT). Contudo KL Sentral é longe e difícil de alcançar a pé.
Onde comer:
Existem muitas opções na zona de Chinatown, mas os preços são um pouco mais elevados em KL do que noutras cidades da Malásia, em especial ao longo da Jalang Petaling, onde a grande presença de turistas inflaciona os preços e faz decrescer a qualidade.
O local de eleição, pela boa qualidade da comida, pela higiene e pelo cuidado atendimento (com algumas flutuações dependendo do staff) foi para o Al Ariffin Restaurante, que serve comida Malaia mas pertencente à comunidade Tamil, com muitas opções vegetarianas, uma grande variedade de pratos de arroz (nasi) deliciosos rottis e com forno tandori onde se confeccionam naan, tradicional pão indiano. Também com sistema de self-service cuja parto tem por base arroz e que custa (dependendo do numero de acompanhamentos) cerca de 4 RM. Delicioso ice-tea… mas com leite-condensado!!!
Al Ariffin Restaurante
Address: Jalan Sultan Mohammed, mesmo em frente do terminal de autocarros e da estação de MRT de Pasar Seni.
Mas vale a pena um incursão na Jalang Petaling, apesar da confusão, barulho e de permanentemente atafulhada de bancas de venda de roupa, artigos electrónicos, souvenires, etc… para provar o delicioso Bean Curd (uma espécie de pudim feito de soja que é regado com calda de açúcar de palma), que é diariamente vendido numa pequena banca de alumínio… caso não seja fácil de encontrar, apesar de muitas vezes os clientes fazerem fila, basta perguntar a algum dos vendedores no local.
Na esquina entre a Jalan Tun H.S Lee e a Jalan Tun tan Cheng Lock, fica uma minúscula loja que pode facilmente passar despercebida, S’ Ban Siew Pow, e cujo horário é difícil de compreender. Mas vale a pena fazer algumas tentativas para poder saborear os deliciosos pastéis de massa folhada recheados com doce de côco. Também estão disponíveis outras variedades salgadas recheadas com carne de porco.
Como ir do TBS (Terminal Bersepadu Selatan) para Chinatown (Kuala Lumpur)
Chegando ao terminal TBS somos deixados junto a um conjunto de escadas rolantes que levam ao átrio principal do terminal.; aqui caminhando um pouco encontra-se uma saída do lado direito, com indicações de KLIA, que dá acesso ao uma ponte pedonal; do outro lado encontram-se escadas e elevador até chegar ao piso térreo. Na rua, caminhando para o lado direito (para quem este de frente para o edifício gigantesco do terminal); passando o terminal de táxis está uma paragem de autocarros.
O Bus 690, Rapid KL demora 20 minutos (fora das horas de ponta) e termina em Pudu Sentral (Puduraya), perto do edifício Plaza Raykat, daqui são 5 minutos a andar até à Jalang Petaling, o coração da China Town em Kuala Lumpur.
Para efectuar o percurso inverso, o Bus 690, inicia o serviço em direção ao TBS no mesmo local onde termina: na Jalang Pudu, perto do Pudu Sentral (Puduraya). Atenção, o Bus 690 não pára dentro do terminal, mas sim na rua, num estacionamento junto à Jalang Pudu.
Bus ticket (TBS to Pudu Sentral-Puduraya): 2 RM.
Alternativa:
Cruzando a ponte pedonal à saída do TBS, seguir as indicações até à estação de comboios KTM-Komuter. Seguir a Seremban Line até KL Sentral. (2.4 RM). Em KL Sentral apanhar o LRT para Pasar Seni (1.4 RM). Esta alternativa é mais dispendiosa mas tem a vantagem de nas horas de ponta ser mais fiável, dado que o trânsito em Kuala Lumpur pode fazer com que a viagem de bus entre a cidade e TBS demore mais de uma hora.
Malacca ou Melaka?!?
Os dias amanhecem quentes com a luz intensa do sol mostrando-se implacável, ferindo a vista e obrigando a procurar refúgio nas sombras dos baixos edifícios da parte antiga da cidade. Mas chegando ao meio do dia, o azul do céu rapidamente desaparece com a chegada silenciosa de pesadas nuvens cinzentas, que arrastam consigo um ar húmido e espesso. O vento que traz algum alívio à pesada atmosfera anuncia tempestade e em gesto rotineiros comerciantes retiram os produtos expostos para dentro das lojas. Repentinamente, pesadas gotas de chuva enchem as ruas de água, obrigando toda as pessoas a procurar abrigo em passo acelerado pelo ritmo dos trovões. Um espetáculo que magnetiza deixando muita gente como que hipnotizada olhando a água que jorra dos beirais dos telhados, ou perscrutando o céus na esperança de ver o rasto luminoso dos relâmpagos.
Melaka, ou também chamada de Malacca, cujo nome vem de uma árvore, com uma longa história e significativa impotência na cultura e na economia do povo Malaio, esteve desde o inicio do século XV sucessivamente sob o domínio Português, Holandês e mais tarde Britânico, devido à sua posição privilegiada junto à vizinha Indonésia e localização estratégica na rota comercial entre a Ásia e a Europa.
Desta presença europeia que durou até ao 1957 ficou um arquitectura tanto militar, civil e religiosa, que constitui hoje o centro histórico, eleito como Património Mundial pela Unesco. Nesta compacta zona formada pela praça principal – Jalan Gereja – e por uma suave colina adjacente, concentram-se igrejas e diversos edifícios coloniais, deixados pelos Holandeses e pelos Ingleses, com muitos destes edifícios convertidos em museus.
Aqui concentra-se grande parte das atrações que dão fama a Melaka, atraindo a habitual quinquilharia de souvenires, cafés e restaurantes. E é também aqui que se concentram dezenas de cycle-rickshaws que deixaram para trás a simples função de meio de transporte local e se também converteram em atracção turística, passeando-se pela cidade ao som de música de batida acelerada e som estridente que ecoa nas pacatas ruas da cidade. Cada um destes cycle-rickshaws é uma verdadeira instalação artística e um elogio ao kitsch, com decorações relacionadas com cartoons e outros temas populares, cujos passageiros se mostram mais interessados em tirar selfies do que em admirar o percurso pela cidade.
Mas basta atravessar uma das pequenas pontes sobre o rio e chegamos à Chinatown, que apesar do nome é um misto de etnias e culturas, mas onde as shop-houses nos remetem para a presença de comerciantes chineses que aqui se estabeleceram à várias gerações. É por aqui, nas ruas calmas e tranquilas que melhor se pode apreciar o ritmo descontraído da cidade e dos seus habitantes, assim como a comida tradicional Malaia, o nasi lemak, o laksa e o lontong, saborear os picantes caris indianos e provar o doce e refrescante cendol que apesar de se encontrar por vários países asiáticos, tem aqui lugar de destaque.
Revelando a diversidade étnica e religiosa que caracteriza a Malásia de hoje, encontram-se na mesma rua, ao longo da Jalan Tokong, a mesquita Majid Kampung Klig, o templo hindu, Sri Poyyatha Vinayagar Moorthi Temple que em cartas horas do dia parecem competir entre si, com o mullah a fazer o chamamento para uma das cinco orações do dia e os sinos do templo a tocarem freneticamente durante o puja da comunidade hindu.
Alojamento:
Um boa atmosfera numa guest house pode fazer toda a diferença no tempo que se fica numa cidade, e pela a estadia em Malacca ficou marcada pela atmosfera tranquila e acolhedora da Jalan Jalan Guest House. Situada na zona histórica da cidade mas longe do ambiente confuso da chamada Dutch Square (Jalan Gereja), totalmente devotada ao turismo, a Jalan Jalan Guest House situa-se num edifício de construção tradicional em madeira, simples e despretensioso, na denominada Chinatown.
O staff é da máxima amabilidade e simpatia. São locais como estes, que pelo ambiente e atmosfera nos fazem ficar mais tempo do que o previsto….
Jalan Jalan Guest House
Address: Jalan Tokong, 75200 Melaka, Malaysia
Phone: +60 19-655 1131
Quanto duplo: 40 RM
Dorm: 16 RM
Free wi-fi. Free coffe and tea.
Casa-de-banho partilhada.
Laundry.
Onde comer:
Cendol:
O tradicional doce-gelado muito popular na Malásia, à base de leite de côco, e gelo, regado com uma calda de açúcar de palma, e servido com uns noodles verdes (cuja côr vende vem de uma planta usada frequentemente em doces, o pandan) e feijão adocicado. Encontra-se um pouco por todo o lado, mas a escolha foi para um servido num restaurante chinês que tem este doce como especialidade (20, Jalan Tukang Besi).
Comida Malaia:
Sayyid Antique (na Lorang Hang Jebat, em frente à Jalang Kampung Kuli) uma loja de antiguidades onde os artigos para venda servem de decoração ao espaço, onde um casal muito simpático serve refeições simples e muito saborosas de comida típica Malaia, como Nasi Lemak, Longtong, Laksa… e como a comida é preparada a hora pode-se pedir versão vegetariana com tofu. O ambiente é calmo e acolhedor.
O preço destes pratos varia entre 3.5 e 4 RM.
Comida Indiana:
Sri Kaveri Catering, (115, Lorang Hang Jebat) com tahli servido em folha de bananeira, com direito a refill por 8 RM
Como ir de Melaka Sentral para o centro da cidade:
Chegando ao terminal de autocarros Melaka Sentral é necessário entrar no edifício, um misto de terminal de autocarros, sala de espera e centro comercial, e procurar as setas “Domestic Bus”, de onde partem os autocarros urbanos.
Bus para o centro de Melaka: numero 17.
Ticket: 1.5 RM
A comida em Singapura
Singapura orgulha-se de ser a capital gastronómica da Ásia, recebendo influência da culinária Chinesa, Malaia, Indiana e Indonésia, estendendo-se ao Sri Lanka e à Tailândia. Surgem ainda vestígios da presença Portuguesa e Inglesa na região, encontrando-se à venda a “portuguese egg tart” que não é mais do que o famoso pastel de nata.
Singapura como qualquer grande cidade apresenta uma grande variedade de escolha em termos de restaurantes, não só em termos de cozinha, onde domina a comida asiática, mas onde são muitas as opções de comida ocidental, como também em termos de custo de uma refeição.
E percorrendo a cidade, encontramos os restaurantes mais simples e modestos, cujo espaço é aberto para a rua, até aos restaurantes mais modernos e sofisticados, passando pelos muitos restaurantes “à la carte” que apresentam uma grande gama de preços. Pelo meio fica uma infinidade de escolhas, mostrando que a comida tem um papel importante na vida social dos Singapurenses, que dado o elevado poder de compra enchem restaurantes, especialmente às sextas-feiras e sábados
E aqui deparamo-nos com a questão qual é verdadeiramente a comida típica de Singapura… pois a resposta é que é um pouco de tudo, não uma mistura de influências de onde tenha resultado uma gastronomia própria que seja o reflexo da posição geográfica, do clima, da fauna e da flora da região, mas sim uma diversidade de oferta em termos gastronómicos que reflecte a diversidade étnica e religiosa que é o que melhor define este país-estado-cidade.
As zonas de Little India, Kampong Glam e Chinatown são as mais atractivas em termos de comida, com qualquer uma delas com opções para todas as “bolsas”. Os centros comerciais também têm muitas opções em termos de restaurantes, para além do fast-food e das grande cadeias internacionais.
Em Singapura a comida apesar de mais cara do que nos países vizinhos é acessível, desde que se opte pelos food-courts e mercados, não existindo em Singapura “comida de rua”. Estes locais fornecem refeições a partir de 4 S$, o que corresponde a 2.5€.
Nos mercados, nas zonas comerciais e um pouco por toda a cidade, com excepção das zonas mais sofisticadas e ricas (Wafles Place, Marina Bay, etc…) existem os chamados food-courts que são áreas compostas de vários quiosques ou pequenos restaurantes agrupados no mesmo espaço, cada um servindo diferentes tipo de comida ou bebidas, geralmente em sistema de take-away, e com uma zona comum composta de mesas e cadeiras. Estes food-courts podem gigantescos ao ponto de uma pessoa quase se perder lá dentro ou de dimensões mais modestas, mas são sempre a opção mais rápida e económica e a que atrai a maioria da população local.
Geralmente apresentam diversas opções em termos de comida, comida chinesa, malaia, indiana… mas alguns são mais direcionados para comida chinesa, onde por vezes não é fácil encontrar comida vegetariana. Os fried-rice e fried-noodles são fáceis de encontrar um pouco por todo o lado e também muito popular é o sistema a que aqui se chama de fast-food, onde a comida está exposta em tabuleiros, e cada pessoa prepara os eu prato, tendo por base o arroz, pagando pelo numero de variedades de que se serviu.
Com tanta diversidade não faltam restaurantes vegetarianos ou mesmo vegan, mas estes geralmente em zonas mais sofisticadas da cidade. Mas Singapura reúne diversos tipos de gastronomias e quase todos os locais apresentam pelo menos uma opção vegetariana, sendo a comida Chinesa a mais difícil neste campo, e a Indiana a mais fácil, pois em Singapura existe uma grande comunidade hindu. A comida malaia também tem alguns pratos tradicionais, que dependendo do restaurante podem ter ou não produtos de origem animal, contudo é geralmente possível pedir para confecionar determinado prato substituído carne, peixe ou marisco por tofu, que devido à influência chinesa é bastante popular.
Mas atenção pois os molhos que acompanham a comida, são muitas das vezes feitos com fish-souce ou outros condimentos de origem animal. Para vegans é mais difícil, pois os ovos são uma presença constante em muitos dos pratos, sejam ou não vegetarianos.
Em Kampong Glam, o chamado Arab Quarter dispondo-se em volta da mesquita Masjid Sultan, podem-se encontrar restaurantes de comida Marroquina, Tunisina, Turca e Iraniana, mas pelo meio existem muitas mais opções sendo um local ideal para saborear os tradicionais pratos Malaios: laksa, lontong, nasi lemak, nasi goreng… em que “nasi” significa arroz, sendo apresentado salteado (ou frito) nas mais diversas formas, e sabores, com vegetais, frango, vaca ou marisco… ficando a carne de porco excluída da gastronomia de um país muçulmano.
O nasi lemak pode ser considerado um dos pratos mais populares da Malásia e é consumido geralmente ao pequeno almoço, sendo básico e muito simples de preparar, constituído à base de arroz, anchovas fritas, amendoins fritos, umas rodelas de pepino e ovo, que pode ser cozido ou frito, e que pode ser servido no prato ou embrulhado em folha de bananeira. Mas o que torna este prato especial é o sambal, uma pasta avermelhada feita à base de chilis, cebola, gengibre alho e mais uns quantos condimentos, resultando numa mistura picante, mas muito saborosa.
Laksa é outro dos populares pratos Malaios que se encontra facilmente em Singapura, constituído por um caril à base de leite de côco, doce e picante, com gengibre e lemongrass, que envolve noodles de arroz e alguns vegetais. Pode ser também de marisco.
Lontong, um prato tradicional da Indonésia que foi incorporado na cozinha malaia encontrando-se também em Singapura. Feito com arroz prensado, formando um rolo que depois é cortado em pedaço e regado com um caril de vegetais à base de leite de côco, ao qual se junta tofu, tempeh e ovo cozido. À semelhança do nasi lemak, é adicionado um sambal à base de peixe.
Kampong Glam é um dos locais indicados para experimentar os biryani, um prato indiano à base de arroz, tradicional das zonas muçulmanas, mas com um “twist” malaio onde predomina a carne. Mas também aqui se podem saborear os roti prata, ou simplesmente roti, ou paratta, que é tradicional do Sul da Índia mas que foi incorporado na gastronomia da Malásia, sendo popular também em Singapura. Trata-se de um pão achatado, não levedado, mas cuja massa é estendida até ficar muito fina, com a ajuda de muito óleo, e depois trabalhada e espalmada, de forma a criar camadas de forma tosca, que depois de frita sob chama metálica fica ligeiramente estaladiça. É servida com um pequeno prato de caril, onde o roti é demolhado, podendo-se encontrar várias versões deste prato, com o roti recheado de ovo.
Para quem aprecia comida indiana, Little India é o local que oferece melhor variedade, em especial comida tradicional do sul da Índia, pois a maior parte da comunidade indiana aqui residente é do estado de Tamil Nadu. Para além de todo o tipo de snacks o mais popular são os thalis que em muitos restaurantes são servido em folha de bananeira, podendo ser vegetarianos ou não-vegetarianos. Aqui também são populares os rotis, as dosa, uttapam, vada, puri, etc… Little India é também o local de eleiçãoo para adquirir produtos de origem indiana, como especiarias e condimentos, encontrando-se nas mercearias uma grande variedade de vegetais.
Em Chinatown, ainda mais do que noutras zonas da cidade, fervilha a actividade em volta da comida, dominando os food-courts, onde se podem reunir centenas de bancas de comida, onde se pode encontrar um pouco de tudo em termos de culinária asiática, atraindo milhares de pessoas que aqui fazem refeições desde a manhã até ao fim do dia, com comida a ser servida durante todo o dia. Um dos mais populares é o Chinatown Complex, onde o ambiente é barulhento e agitado mas que proporciona um visão interessante sobre o modo de vida, a cultura e a forma de estar da população. Um refeição nestes food-courts pode custar entre 4 e 5 S$, com os pratos de carne e marisco de preço mais elevado.
Uma das especialidades chinesas é o popiah, um rolo de massa muito fina que envolve uma mistura de alface, rebentos de soja, amendoim, cenoura cozinhada e um molho picante. São deliciosas e um óptima opção vegetariana para um snack.
Também em Chinatown, no Buddha Tooth Relic Temple, existe na cave uma cantina onde somente é servida comida vegetariana, mas seguindo a gastronomia chinesa, onde a carne é substituída por derivados de origem vegetal que em aspecto e consistência se assemelham a carne. Uma optimo forma de explorar a rica gastronomia chinesa para vegetarianos. Cada refeição, que é constituída por um prato de arroz com dois acompanhamentos custa 3 S$. Somente está aberto até às 3 pm. A comida é boa, o ambiente é calmo e o lucro tem fins de caridade.
Em termos de bebidas o chá é muito popular entre a comunidade chinesa, sendo visto com fins medicinais; mas é o ice-tea, que é chá ao qual é adicionado leite-condensado e que pode ser servido quente ou com gelo que ganha em termos de popularidade. Uma bebida doce e fresca que sabe bem com o clima quente e húmido de Singapura.
O café é também muito popular e pode ser encontrado nas sofisticadas coffee-shops, nas vertentes de expresso, cappuccino, latte, etc… ou em alternativa pode-se saborear o singaporean coffee, kopi, um café de “filtro” mas extremamente denso e bastante forte em termos de cafeína, e que é servido de diversas formas:
- kopi entende-se café com leite condensado, servido quente
- Kopi C: café quente servido com leite e açucar
- Kopi O:com açucar
- Kopi O Kosong:sem açucar e sem leite
Onde comer em China Town:
- Tooth Relic Temple: cantina com comida vegetariana chinesa: 3 S$
Address: 288 S Bridge Rd, Singapore 058840
- Chinatown Complex: o mercado de frescos na cave, roupa no piso térreo e comida no primeiro andar onde as opções são tantas que é difícil a escolha com diversos tipos de gastronomias e bancas especializadas em pratos específicos; refeições a partir de 3 S$
Onde comer em Little India:
- Komala Villas: comida típica do sul da Índia a preços acessíveis; thali servido em folha de bananeira.
Address: 76 Serangoon Rd, Singapore 217981
- Famous Indian Curry Food Restaurant: serve em ambiente informal deliciosos thali em folha de bananeira, com opção vegetariana. 6 S$
Address: 30/32 Upper Dickson Road, Singapore 207489
Onde comer em Kampong Glam (Arab Quarter):
- Kampong Glam Cafe: boa comida com uma grande variedade de pratos malaios (lontong, laksa, nasi lemak, nasi goreng e muitos mais), rotis e também com a opção de self-service onde tendo por base arroz se pode compor o prato com vários acompanhamentos à escolha que variam diariamente, e onde também é possível encontrar opções vegetarianas. Optimo local para tomar uma bebida (sem álcool) e observar o modo de vida local. Refeições a partir de 3.5 S$
Address: 17 Bussorah St, Singapore 199438
- Singapore Zam Zam Restaurant: muito popular pelos byriani (só de carne) e pelos rotis
Address: 697-699 N Bridge Rd, Singapore 198675
Onde comer em Geyland:
- Rice House (Zhou Da Wang): este informal restaurante confeciona as receitas típicas da gastronomia chinesa mas usando derivados de produtos vegetais, essencialmente soja, que se assemelham em textura à carne, podendo-se assim saborear “hainanese chicken rice” sem sacrificar animais J
Address: Blk 129 #01-102 Geylang East Avenue 2, Singapore380129, Singapore
- Rochor Beancurd House: aqui produzem-se e servem-se produtos à base de soja, por exemplo soy-milk e o beancurd (também chamado soybean pudding) um pudim feito de tofu muito macio e suave que é servido como sobremesa ou snack, regado com xarope de cana-de-açúcar, um produto típico da culinária chinesa. Aqui também se encontra a “portuguese egg tart”!
Address: 745 Geyland Road (Lor 39), Singapore 389653
Os homens da selva
Na língua local “orang-utan” significa os homens da selva e são estes que sobressaem na densa selva do Bornéu, considerada a mais antiga floresta húmida do mundo, com a sua plumagem alaranjada, os seus movimentos lentos e presença descontraída e confiante.
Encontram-se espalhados um pouco por toda a ilha do Bornéu, tanto do lado da Malásia com do lado da Indonésia, onde o seu habitat não foi ainda destruído pela acção do homem, tanto pelo abate de árvores para o comércio de madeiras exóticas como para a plantação massiva de palmeiras para produção de óleo de palma. Mas como são criaturas não são fáceis de encontrar a floresta não se deixa facilmente invadir uma das opções é visitar o Semenggoh Wildlife Rehabilitation Centre, situada a poucos quilómetros de Kuching.
Este centro que está inserido numa reserva natural recolhe orang-utans vítimas ou deixados órfãos pela acção do homem, mantendo os animais em liberdade, somente disponibilizando alimento em dois locais específicos, aos quais os animais rumam em busca de comida fácil em especial na época em que há menos fruta nas árvores espalhadas pelo parque.
A presença destes mamíferos, totalmente descontraídos e habituados à presença humana atrai todas as atenções das poucas dezenas de pessoas reunidas no ponto de observação, ouvindo-se o clicar das muitas máquinas fotográficas e i-phones, tentando captar os movimentos desajeitados do animal mais novo. A presença destes “homens da selva” não é garantida, tão pouco o numero que em cada dia surge junto das zonas onde é disponibilizada comida, visto que se encontram em total liberdade. Neste dia, no meio de Dezembro, surgiram duas destas encantadoras criaturas, uma fêmea e um juvenil, em que este ultimo fez questão de mostrar um pouco das suas habilidades pendurando-se em cordas e comendo bananas de cabeça para baixo.
Mas a visita não se resume somente aos “homens da selva” podendo-se deambular pelos vários trilhos do parque, não sendo necessário percorrer grandes distâncias para se sentir o contacto com a natureza e o poder da selva. A humidade constante que sente, torna os passos lentos e o corpo pesado, mas proporciona tempo para se poder apreciar os pequenos detalhes do mundo vegetal que adquire um brilho especial e tons mágicos sob a luz filtrada pela copa das altas árvores que escondem o azul do céu.
Como chegar ao Semenggoh Park
O Semenggoh Wildlife Rehabilitation Centre, situa-se a 32 km de Kuching, sendo bastante fácil lá chegar por transportes públicos. Os autocarros partem do pequeno terminal no centro de Koching (Jalan Masjid ou Jalang Mosque) e termina mesmo em frente à entrada do Semenggoh Park. Daqui é necessário percorrer uma estrada pavimentada até à zona onde os orangotangos são alimentados, o que demora uns 15 minutos.
- O autocarro parte de Kuching às: 07.20h, 09.50h, 13.00h e 15.00h
- No regresso a Kuching o bus parte de Semenggoh às: 08.20h, 11.05h, 14.05h e 16.05h
A viagem demora cerca de 1 hora.
O bilhete de bus custa 4 RM.
Para se ter oportunidade de ver os orang-utans convém ir nas horas em que é distribuída comida:
- Manhã: 9.00 h
- Tarde: 15.00 h
Contudo o parque está aberto mais tempo e merece uma visita:
- Manhã: 8.00 até 11.00 h
- Tarde: 14.00 até 16.00 h
Ticket: 10 RM.