República Socialista do Vietname






















































Travel & Photography
Antes de regressar-mos ao hotel, parámos no mercado para comprar o nosso jantar: umas almôndegas servidas no pão, acompanhado de vegetais e regado com molho. Uma delicia por um preço simbólico de 12.000 VND o que equivale a cerca de 0.50€. A sobremesa: bananas.
Olá! Sou a Catarina: viajante e aspirante a fotógrafa.
Sou de Lisboa, onde passei a maior parte da minha vida, mas tenho passado os últimos anos a viajar!
A minha primeira longa viagem começou em 2013 e durante 15 meses levou-me até ao Sudeste Asiático e ao Subcontinente Indiano: Índia, Nepal, Laos, Camboja, China, Myanmar (Burma), Vietname e Tailândia. Mais tarde o percurso estendeu-se pela Malásia, Singapura, Sri Lanka e Indonésia… e também pelo Norte de Africa e Médio Oriente como o Irão, Marrocos e Turquia
O distante Japão e Taiwan são os meus mais recentes destinos, como Myanmar que eu tenho visitado repetidas vezes nos últimos anos.
Com este blog, partilho as minhas viagens e experiências, fornecendo informações e dicas sobre como viajar com um pequeno orçamento e em segurança, esperando assim ajudar outros viajantes e inspirar aqueles que ainda não começaram a viajar.
Não sei ao certo o que me faz continuar, mas a fotografia é com certeza uma das razões para continuar, tentando capturar o espírito e a atmosfera dos lugares, o estilo de vida local e retratar as pessoas.
E comida… a comida é com certeza uma das coisas que mais me entusiasma quando viajo. Mas ser vegetariana traz novos desafios e dificuldades, e espero que a minha experiência(s) possam ajudar a tornar as viagens mais fáceis e deliciosas!
Amor e respeito
“Sê dono apenas do que podes transportar contigo. Conhece línguas, conhece países, conhece pessoas. Deixa que a tua memória seja o teu saco de viagem.”Alexander Solzhenitsyn

Um chamamento para o que é novo, um frémito pelo desconhecido, um impulso que me leva ao movimento e uma vontade de conhecer outras culturas, arrastou-me para viagens de termo incerto, onde cada momento é um desafio à imaginação e um romance com a vida.
Kunming, capital da província de Yunnan, respira uma atmosfera moderna e cosmopolita, de amplas avenidas, organizado tráfego, alguns espaços verdes, e que apesar dos seus pouco mais de 1 milhão de habitantes oferece-se calma e descontraída.
O chamando Green Lake domina o centro de Kunming, se é que se pode chamar centro a esta zona, pois nas modernas cidades chinesas praticamente nada resta de verdadeiramente antigo, tendo as tradicionais construções já sido substituídas por edifícios de betão que aparentam não terem mais de trinta anos, alguns já a serem demolidos para darem lugar a modernos edifícios, e com ruas de malha ortogonal, largas, de amplos passeios onde o trânsito circula ordeiramente ao ritmos de sinais luminosos.
O estado de Yunnan, que faz fronteira com o Tibete, Birmânia, Laos e Vietname e a sua população espelha bem estas influências, com a maior concentração de grupos étnicos e onde com praticamente metade da população é não-Han, sendo a etnia Han a dominante no território chinês.
Um pouco desta diversidade transparece na actividade que se observa em redor do parque formado pelo Green Lake, onde à sombra de inúmeras árvores diversos grupos se reúnem para executarem danças, formando rodas em volta de modestas colunas de som, enchendo o espaço com a côr e diversidade dos trajes tradicionais que muitos teimam em usar.






População: 1.044.000 habitantes
Altitude: 1890 m
…“keep on moving” acabei de ler esta mensagem inscrita a negro sobre o fundo branco de uma t-shirt: é este o espírito dos últimos meses de viagem. Longos percursos de autocarro, comboio e barcos, muitas horas de espera em terminais de bus e estações de comboios… muitas noites passadas em autocarros. Laos, Camboja, Myanmar… e agora China. Um mês em cada país. Duas estadias em Bangkok para preparação do próximo passo: menos de uma semana em Vientiane para tratar do visto para a China… “keep on moving”!
Mais uma vez sou a única não-asiática; a única que fala inglês; a única tem a mochila numa bagageira cheia de sacas, pacotes, caixas e embalagens; a única incapaz de falar a língua dos restantes passageiros limitando a comunicação aos gestos e à boa vontade de quem está por perto.
Desta vez o percurso é entre Vientiane e Menglá, a primeira cidade chinesa que surge no mapa após a passagem da fronteira com o Laos.
O inicio da viagem não se revelou auspicioso, com o céu coberto de nuvens cinzentas que têm oferecido episódios de chuva diários que antecedem o inicio da monção, e com um mal-entendido junto do antipático funcionário da bilheteira do terminal de autocarros de Vientiane, relativamente ao preço do bilhete, superior ao que está afixado e que me obrigou a gastar os últimos kips e alguns dos yuan que já tinha adquirido para a China.
Este imprevisto fez com que ficasse sem dinheiro para as refeições durante o resto do dia, limitando-me a uma ração composta de bananas, amendoins, uns pães de massa frita que sobraram do dia anterior e umas bolachas de arroz tufado; os trocos que sobraram nem para a água chegaram, tendo recorrido à desagradável água da torneira devidamente desinfetada com pastilhas purificadoras.
As pesadas nuvens cinzentas e o ar quente e húmido de Vientiane deram gradualmente lugar a um céu cada vez mais luminoso, decorado com espessas nuvens de uma brancura imaculada que lhe confere um ar de irrealidade, e com as montanhas que a pouco e pouco se foram erguendo à frente da estrada, tornando-se íngreme e sinuosa, mas cada vez mais verde, de densa floresta de onde sobressaem os tufos dos bambus, com o ar cada vez mais fresco e leve.
A viagem em autocarro-cama, cujo facto de ter feito a viagem quase vazio, com pouco mais do que oito passageiros, ofereceu a possibilidade de ter ocupar o compartimento que é destinado a duas pessoas, proporcionado uma viagem confortável e uma agradável noite de sono que terminou com uma espera de uma hora junto ao posto fronteiriço do Laos.
Seguisse a já habitual sequência de entrada de funcionários alfandegários no autocarro, de revista de bagagens pelo exército, verificação de passaportes, carimbos e o preenchimento de documentos, que do lado chinês foi facilitado com a informatização dos serviços que permitem a leitura digital da informação constante do passaporte e a emissão electrónica do cartão de embarque. Tudo simples, rápido e eficiente.
À chegada a Menglá, cidade ampla e moderna mas pouco atraente, a ideia inicial de permanecer por uma noite foi substituída pela possibilidade de seguir viagem directamente para Kunming, capital da província de Yunnan.
Esta mudança de planos obrigou a uma espera de seis horas no moderno e luminoso terminal de autocarros de Menglá, onde o odor a urina vido da casa-de-banho se mistura com o cheiro dos cigarros fumados sem restrições na sala de espera, enquanto que nos ecrãs de televisão passam, em modo repetitivo, informação governamental sobre os malefícios do consumo de drogas.
Da paisagem do norte do Laos, dominada por montanhas de vegetação selvagem, onde nas regiões mais brandas surgem pequenas aldeias junto a tímidos compôs de arroz, passa-se para a China, onde o cenário igualmente montanhoso está coberto de árvores de borracha, geometricamente disposta ao longo das encostas, formado um monótono padrão e onde a estrada, em vez da habitual sinuosidade, desliza suavemente com viadutos a cruzar vales e túneis a trespassar montanhas.
Olá China!












Info (PT) Vientiane até Kunming via Meng La
O autocarro parte do Terminal Norte, localizado na Sithong Road, cerca de7 km do centro da cidade de Vientiane. No terminal situado junto ao mercado central é possível apanhar um autocarro directo, de meia em meia hora, que custa 5000 kip.
Kunming: 784.000 kip (aproximadamente)
Partida de Vientiane: 11.00; 14:30 (terças e sextas é autocarro-cama; nos restantes dias são lugares sentados)
Duração da viagem: 30-31 horas
Meng La: 351.000 kip
Partida de Vientiane: 11h (terças e sextas é autocarro-cama; nos restantes dias são lugares sentados)
Duração da viagem: 23-24 horas
Atenção: os preços afixados no placar do terminal de autocarros estão desactualizados; os preços actuais estão afixados junto à bilheteira numa discreta folha A4 escrita em chinês.
Info (EN): Vientiane to Kunming via Meng La
The bus departs from North Terminal, located in Sithong Road, about de7 km from the city center of Vientiane. In terminal located next to the Central Market you can take a direct bus every half hour, which costs 5000 kip.
Kunming: 784,000 kip
Vientiane Departure: 11:00; 14:30 (Tuesdays and Fridays is bus-bed and in the remaining days are seats)
Travel time: 30-31 hours
Meng La: 351,000 kip
Departure from Vientiane: 11pm (Tuesdays and Fridays is sleeping bus and in the remaining days are normal seats)
Travel time: 23-24 hours
Note: the prices displayed on the scoreboard from the bus terminal are outdated; current prices are displayed next to the box office in a discrete A4 written in Chinese
Em resumo, pode-se dizer que o Camboja não é um país fácil para vegetarianos, pois este é um conceito estranho neste país onde domina o consumo de carne. Mas há sempre opções como as sopas de noodles, os caris e alguns snacks que ajudam a contornar a situação!
Mantendo o hábito adquirido do Laos, aqui continuaram as sopas de noodles, mas a qualidade diminuiu: não só os caldos são menos aromáticos, como por vezes os noodles são de massa seca ou mesmo instantâneos. O habitual prato de ervas aromáticas e de legumes que acompanhava estas sopas no país vizinho, encontra-se aqui frequentemente ausente.
Na comida do Camboja nota-se uma forte influência da gastronomia chinesa e vietnamita, que é visível pelos muitos restaurantes servindo “phò”, a tradicional sopa de noodles, em tudo semelhante à que se pode encontrar no Vietname.
Estas sopas de noodles (noodle soup), confeccionadas no momento, podem ser feitas na versão vegetariana, contudo apesar de não ser adicionada carne não se nota um acréscimo da quantidade de vegetais que geralmente se resumem a um punhado de rebentos de soja e a umas folhas de couve. Quanto ao caldo que serve de base a estas sopas, quase transparente e de sabor ligeiro, é provável que contenha produtos de origem animal na sua preparação.
As chamadas rice soups, populares como refeição matinal, apesar de um pouco aborrecidas são também uma opção para vegetarianos, pois pode-se sempre pedir sem carne, sendo em alternativa adicionados uns rebentos de soja.
Mais aconselhável em termos de dieta vegetariana são os fry-noodles, onde a massa de arroz é salteada com alguns vegetais e ovo e condimentada com misteriosos molhos.
Outra influência da China são os hot pot, muito populares entre o cambojanos (assim como em muitos outros países do sudoeste asiático), em especial nas cidades e particularmente aos fim de semana, onde estes restaurantes se enchem de famílias e grupos de amigos que partilham esta refeição, constituída por uma panela com um caldo fervente, onde pedaços de carne se encontra a boiar que se mantêm quente na mesa com recuso a um mini-fogão a gás, e onde são mergulhadas os vários acompanhamentos, como couve, ervas frescas, massas, pedaços de carne e também visceras…
O café é geralmente servido com gelo, sendo quase sempre adoçado com leite-condensado. A preparação é em tudo semelhante ao que se encontra pelo Vietnam, com a água a ferver a ser despejada sobre o café que se encontra numa espécie de filtro metálico, colocado sob um copo. É frequente o café estar já feito, numa dose muito concentrada, que depois é diluída em água quente quando o café é servido. O sabor é suave mas com um travo particular, mas é necessário usar de uma certa habilidade de comunicação para evitar o popular leite-condensado, que esmaga totalmente o sabor original do café.
Continuam a marcar forte presença os caris, muito menos picantes do que na vizinha Tailândia, servidos com a habitual dose de arroz. O mais popular destes caris é o amok, que pode ser de marisco, peixe, carne ou somente de vegetais, destacando-se o suave aroma das especiarias de onde sobressaem o lemongrass, a curcuma e o gengibre. Tradicionalmente este prato é confeccionado muito lentamente, ao vapor, em folha de bananeira. Não sendo tão fácil de encontrar como uma sopa de noodles, o amok servido com arroz é uma deliciosa opção para vegetarianos sendo mais provável de se encontrar em restaurantes do que em mercados.
No Camboja as opções vegetarianas são mais escassas do que nos restantes países so sudoeste asiático, dominando a carne, quer seja fresca ou processada em forma de pequenas almôndegas cujo aspecto está longe de ser atractivo mas que é extremamente popular no Camboja. No Sul do país, dada a proximidade do mar, o peixe e o marisco marcam forte presença, com os mercados a oferecer grande variedade de produtos, o que se refecte nos pratos e mesmo nos snacks de rua.
E como em qualquer país asiático a comida de rua marca forte presença, pela sua variedade, tanto em doces como em salgados, surgindo a horas especificas do dia, muitas vezes junto aos mercados, às escolas, ou nas ruas mais movimentadas das cidades. Podem ser pequenas bancas transportadas em bicicletas ou compactas cozinhas acopladas a motorizadas.
Como em muitos países do sudoeste asiático não é difícil encontrar comidas exóticas para os standards europeus, e o Camboja parece oferecer ainda mais oportunidades de encontrar sapos à venda nos mercados ou gafanhotos fritos numa banca de rua.















Uma especie de custard, mas cozinhada dentro de uma pequena abóbora que depois de cozida se pode comer a casca; é servida às fatias, regadas com leite de côco, calda de açucar, gelo e leite condensado. Muito popular na Tailândia, pode-se também encontrar nos mercados do Camboja

Nos primeiros dias, a moeda do Laos, o kip, pode ser uma verdadeira dor de cabeça, pelo elevado numero de zeros que se inscreve nas notas resultante da desvalorização da moeda, fazendo com que nada custe menos do que 1000 kips e onde a nota mais pequena é de 500 kips; não existe circulação de moeda em metal…. só papel, donde resultam verdadeiros molhos de notas, que efectivamente pouco valor: por exemplo, uma sopa de noodles, consumida num restaurante de rua custa cerca de 10.000 kips.
Contudo, para compensar esta confusão há a honestidade demonstrada em geral pela população, tanto no que se refere ao preço dos artigos, que nunca está assinalado, como em relação aos trocos, não tendo durante esta estadia tido qualquer suspeita ou desconfiança, para alguém de uma ou outra situação em que a barreira linguística pode ter levado a mal-entendidos…
Mais uma vez, as situações que suscitaram mais desconfiança foram sempre com os condutores de tuk-tuk ou de songthaews, cujo preço tem que ser negociado, mas que mesmo assim é sempre exageradamente elevado, se comparar-mos com o que a população local paga.
Baseada na língua tailandesa mas sujeita á influência dos países vizinho, o Lao apresenta uma sonoridade e uma grafia distinta. Grafia esta que se estende também à numeração.
Apesar da pouca riqueza e do fraco desenvolvimento que o país apresenta, é bastante fácil encontrar pessoas, em especial nas gerações mais novas, a falarem inglês, pelo menos o essencial para obter informações e ter uma simples troca de palavras, se bem que apesar da simpatia demonstrada é raro alguém da população estabelecer contacto verbal com os estrangeiros, talvez por timidez, talvez por razões culturais que os levam a ser discretos e comedidos nas manifestações sociais, ou talvez porque simplesmente não estão minimamente interessados em saberem de nós, ocidentais.
A preguiça reinou, e a língua tonal não ajudou, a que nesta estadia de trinta dias houvesse disponibilidade para aprender algumas palavras básicas em Lao. Ficou a saudação “sabaydee” e o obrigada “kop chai”.
Apesar dos quase 237 quilómetros quadrados (cerca de 2.5 vezes maior do que a área de Portugal), o Laos é um país relativamente pequeno, em comparação com a área dos países com que faz fronteira, com excepção do Camboja.
Em termos de população é o que apresenta o menor numero de habitantes, não chegando aos 7 milhões, com 700 mil concentrados na capital, Vientiane, sendo a segunda maior cidade, Pakse somente com 88 mil habitantes, o que representa que grande parte da população se encontra espalhada pelas zonas rurais, e dá relevo à importância que a agricultura mantem no país, que sem acesso ao mar, se encontra sujeito à pressão económica dos países vizinhos, em especial da China e da Tailândia.
Verificam-se muitos investimentos dos países vizinhos e mesmo de outros países europeus e asiáticos, em especial na construção de estradas e pontes.
Os efeitos deixados pelas guerras, tanto contra a colonização francesa, como a intervenção americana durante a guerra do Vietnam, seguido de um regime ditatorial de inspiração comunista, fazem deste país um dos mais pobres do sudoeste asiático, onde a esperança média de vida ronda os 60 anos.
A agricultura é fundamentalmente focada no cultivo de arroz, que se ocupa a maior parte do solo do centro e do Sul do país, sendo a orografia do norte demasiado montanhosa para a produção em larga escala deste cereal. A avaliar pelo devastação que se observa na floresta, em especial no centro e no sul do país, a madeira é também uma importante fonte de rendimento da população, continuando a ser a principal matéria prima usada na construção das casas, e indispensável para a confecção da comida e para aquecimento, nas zonas onde o clima das montanhas faz baixar as temperaturas.
O aumento do turismo, tanto de originário dos países ocidentais como da China e da Tailândia, que tem vindo sempre a crescer nos últimos anos, representa um papel importante na economia deste país com poucos recursos naturais, para além da floresta e dos rios.
Dos cerca de sessenta anos que durou a presença francesa no Laos, e que se estendeu ao Camboja e ao Vietname, constituindo a Indochina, ficaram alguns vestígios em termos de arquitectura, não só em termos de edifícios, com as suas típicas portadas de madeira usadas em portas e janelas, mas também no ortogonal desenho das ruas de algumas das cidades.
Mas a língua, que ainda é falada por um elevado numero de pessoas, é sem duvida o maior legado da presença francesa, encontrando-se com frequência inscrita junto a instituições oficiais e culturais, se bem que a nova geração está gradualmente a adaptar o inglês, em especial nas zonas com mais contacto com o turismo.
Em termos de gastronomia, é fácil de encontrar, nas cidades mais cosmopolitas, como Vientiane e Luang Prang uma grande oferta de restaurantes de cozinha francesa, pastelarias e cafés com esplanadas, mas que claramente estão vocacionados para os turistas. O que realmente se democratizou em termos gastronómicos foi sem dúvida o consumo de pão (coisa que na vizinha Tailândia tem pouca expressão) em especial a baguette, e que se pode encontrar à venda em todas as povoações, tanto para ser consumida em casa como vendida em sandes, cujo recheio segue o paladar da comida do Laos, com muitos pedaços de carne, gordura e vísceras, molhos e pastas de porco e peixe.





Como em Portugal não existe embaixada ou consulado do Viet Nam é necessário recorrer à net http://www.visa-vietnam.org/ (ou a uma agência de viagens) para se obter o visto.
Através da net, obtém-se uma carta de aprovação de entrada no país, que nos é enviada por mail, após o preenchimento de um formulário com os dados do passaporte e do pagamento de 20$ por pessoa (quantas mais pessoas mais barato se torna); isto para um visto de 30 dias, de uma só entrada.
Quando se chega no país é necessário entregar este documento, juntamente com o passaporte, nos serviços de alfândega e pagar mais 25$ (tem mesmo que ser em dólares; não aceitam outra moeda, nem têm ATM).
medicina do viajante:
A melhor solução é recorrer às consultas do Hospital Curry Cabral. A consulta custa 4.5€, correspondente à taxa moderadora, tendo ainda a vantagem de algumas das vacinas serem administradas no local, após a consulta.
Para quem tem as vacinas previstas no plano nacional de vacinação, incluído o tétano, somente sõa necessárias a da hepatite, A e B, e a da febre tifóide.
Convem marcar com alguma antecedência.
seguros de viagem:
Convém fazer. Optámos pela Império Bonança. O custo foi de 41.10€ para duas pessoas durante 24 dias.
Como mediador recorremos à Atributo Seguros (21 891 94 85), tendo tudo sido tratado rápida e eficazmente por mail e telefone.
meteorologia:
http://weather.msn.com/region.aspx?&wealocations=Vietnam&setunit=C#current
bicicleta:
Agradável, sobretudo em cidades com pouco trânsito ou em passeios por zonas rurais. Experimentámos em Hué; o preço negociável. Optámos por alugar no hostel em Hué e pagámos, por cada uma, 30.000 VND (1.2€) por um dia, de manhã à noite.
rickshaw:
É o meio de transporte mais charmoso do Viet Nam, mas pouco competitivo em termos de rapidez; encontram-se frequentemente no centro das cidades, sendo geralmente utilizado em percursos turísticos; o preço é negociável.
mota:Para alugar mota a melhor opção é junto dos hotéis ou das guesthouses. Não é preciso apresentar carta de condução ou qualquer outro documento. O capacete é obrigatório. O preço variou entre 80.000 VND, sendo negociável. Quando se aluga a mota por um dia, é frequente ter que se entregá-la ao fim do dia.
Convém testar a mota antes de fechar o negócio, para avaliar o estado do veículo, em especial dos travões, o que é particularmente importante quanto se pretende fazer viagens mais longas.
Nas grande cidades é desaconselhável conduzir mota devido à grande intensidade do tráfego e à ausência de regras de trânsito (não existe o conceito de passadeiras, prioridades em cruzamentos e rotundas).
honda-om:
Um serviço semelhante ao táxi mas numa mota. Ideal para deslocações em zonas urbanas onde os táxis demoram mais tempo; o preço é negociável; caso se pretenda levar bagagens estas podem ir à costas do passageiro ou entre as pernas do condutor. Não experimentámos.
táxi:
O melhor é ligar o táximetro em especial quando se tem confiança quanto ao trajecto que se pretende fazer. Por os motoristas preferem negociar o preço em vez de usar o taxímetro, o que não parece que traga vantagens para o passageiro.
autocarro publico:
É o meio de transporte mais barato; recomendado para meio urbano e para curtas distância, pois não dispõem de muitas comodidades. Caso se transportem bagagens pode ser necessário pagar um extra.
autocarro de turismo:
Pertencem a empresas privadas. Recomendado para viagens mais longas pois apresentam lugares mais confortáveis e ar-condicionado. Existem também a opção de autocarros-cama, que fazem ligações nocturnas entre as grande cidades (290.000 VND entre Hué e Ninh Binh). Os bilhetes podem ser comprados nas estações de camionagem, que se encontram facilmente em quase todas as cidades, onde se encontram representadas várias empresas.
mini-bus:
Pertencem a empresas privadas; levam cerca de 15 pessoas, mas têm pouco espaço para bagagens volumosas; ligam as principais cidades, diariamente e várias vezes ao dia; os bilhetes podem ser comprados nas estações de camionagem, onde se encontram escritórios de várias empresas, o que permite comparar preços e horários; é aconselhável reservar bilhete em especial nos trajectos mais concorridos e nos fins de semana. Uma empresa que encontrámos em todo o país foi a Mai Linh. http://www.mailinh.vn/
comboios:
A rede ferroviária no Vietnam somente cobre a zona litoral, sendo o principal eixo a North-South Reunification Line, que liga Há Nôi a Ho Chi Minh; existem também duas ligações à fronteira chinesa – Lao Cai e Dong Dang. Até à data, não vale a pena tentar o site da Vietnam Railways porque a página em inglês não está a funcionar.
Os comboios dividem-se em várias categorias de acordo com o conforto que apresentam:
Os lugares “soft sleep” têm lençóis, almofada e uma manta… nem sempre nas melhores condições de higiene, mas razoável. Nas carrugens com lugares sentados é frequente os passageiros transportarem grandes volumes que ficam junto passageiros sendo por vezes complicado circular no comboio.
Para obter informações sobre comboios o melhor site que encontrámos foi o http://www.seat61.com/Vietnam.htm. Para além de venda de bilhetes (que não experimenta-mos pois fomos comprando nas estações ou através dos hotéis ou de agências de viagens), ajuda a perceber o funcionamento deste sistema ferroviários, um pouco diferente do que estamos habituados. Para além de informações sobre horários, preços de bilhetes, informação sobre os diferentes tipos de comboios, fornece ainda muitas dicas, sobre quais os percursos mais bonitos que merecem ser feitos de dia.
Recomenda-se a reserva antecipada em especial quando se pretende bilhetes para carruagem com cama e nos fins de semana e dias festivos. Caso se tenha comprado o bilhete e não se queira realizar a viagem é possível trocá-lo nas bilhteiras das estações, com uma franquia de 10%.
avião:
A maneira mais rápida de viajar. As viagens não duram mais de 1.5h, mas tem a desvantagem de se perder muito tempo no aeroporto, espera entre o chek-in e o voo. As principais companhias a realizar voos internos são a Vietnam Airlines e a Jet Star, esta ultima uma low-cost, com fama de pouco fiável pois os voos sofrem atrasos significativos, o que éde salvaguardar no caso de ser um voo de ligação. Quanto maior for a antecedência com que se compras os bilhetes mais barato se conseguem (uma ligação entre Há Nôi e Ho Chi Minh ficou em menos de 75$).
http://www.vietnamairlines.com.vn/
http://www.jetstar.com/
O melhor site para escolher um hotel é o Trip Advisor: http://www.tripadvisor.com/Hotels-g293921-Vietnam-Hotels.html. não é confiar cegamente no ranking dos melhores hotéis, mas convêm ler os relatos lá publicado e as fotografias, em especial os mais recentes, tendo em conta o país de origem do viajante.
Um site dedicado à promoção de circuitos organizados, mas de onde se pode retirar muita informação sobre a zona envolvente a Sapa e sobre a minorias étnicas da região: http://www.sapalaocai.com/
insectos:
Na época do ano em que viajamos pelo Viet Nam, em Abril e Maio, não nos sentimos particularmente incomodados pelos mosquitos, mas convém usar repelente em especial ao nascer e ao fim do dia. Durante a noite, como ficámos em quartos com ar-condicionado não tivemos problemas de maior. As redes mosquiteiras são pouco frequentes.
Para além dos mosquitos é frequente ver osgas (infelizmente não em quantidade suficiente para dar cabo das melgas) e baratas, que se encontram frequentemente em restaurantes, em hotéis (nos mais baratos) e nas ruas.
diversos:
Levar sempre tampões para os ouvidos; fazem milagres em viagens de comboio e autocarro, e são boa companhia em hotéis.
Evitar ficar em cidades das quais não se tem mapa, nem que seja o que vem no guia; é muito complicado encontrar alguem que consiga dar indicações, em inglês, para encontrar um hotel ou uma guesthouse.
É preferível escolher as excursões no local, mesmo que mais tarde se opte por uma agência de turismo. No local é mais fácil comparar preços e ainda se tem algum poder negocial.
É conveniente levar uma lanterna, não que seja frequente as falhas de electricidade, mas é útil na visita a grutas, e em alguns templos.
dias festivos:
– Tet, ano novo vietnamita, que dura quatro dias; varia entre o fim de Janeiro e o início de Fevereiro.
– 1 de Maio
– 30 de Abril (de 1975, dia da Reunificação)
– 2 de Setembro
câmbio (em Abril/Maio 2010):
1€ = 25.000 VND
1 USD = 19.000 VND

Sou a Catarina, uma viajante de Lisboa, Portugal… ou melhor, uma mochileira com uma máquina fotográfica!
Cada palavra e foto aqui presente provém da minha própria viagem — os locais onde fiquei, as refeições que apreciei e os roteiros que percorri. Viajo de forma independente e partilho tudo sem patrocinadores ou anúncios, por isso o que lê é real e sem filtros.
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Obrigada por me ajudares a continuar a viagem!