• Skip to main content
  • Skip to footer

Stepping Out Of Babylon

Travel & Photography

  • Sobre mim
    • Contacto
  • Destinos
    • África e Médio Oriente
      • Irão
      • Líbano
      • Marrocos
      • Turquia
    • Extremo Oriente
      • Japão
      • República Popular da China
      • Taiwan (Formosa)
    • Subcontinente Indiano
      • Bangladesh
      • India
      • Nepal
      • Sri Lanka
    • Sudoeste Asiático
      • Camboja
      • Indónesia
      • Malásia
      • Myanmar
      • República Popular do Laos
      • República Socialista do Vietname
      • Singapura
      • Tailândia
  • Itinerários
  • Dicas de viagem
    • Caminhadas & Parques Naturais
    • Comida em Viagem
    • Travessia de Fronteira
    • Vistos
  • Fotografia

Parvati Valley. Requiem por Swazni

No nosso ultimo dia em Manikaran, enquanto tomávamos o pequeno-almoço, estava ao nosso lado um inglês que comia avidamente a sua paratha recheada de ovo e queijo; nunca tinha visto e resolvi pedir o mesmo. Revelou-se um óptima escolha e serviu de deixa para estabelecermos conversa com o nosso “vizinho”, que nos deu inúmeras informações e dicas importantes sobre caminhadas ao longo do Parvati Valley, pois este é o seu destino à 22 anos.

Como ele ia subir a montanha junto à aldeia de Pulga, para onde nos dirigíamos, combinámos encontrar-nos lá passado quatro dias, para fazermos a caminhada juntos até uma zona chamada swazni (esta é uma tentativa de transcrever a fonética correspondente ao nome que ouvimos).

Enquanto terminávamos o pequeno-almoço juntamente com a nossa companheira de guesthouse, a Tree, surgiu à hora marcada o nosso amigo Green, juntamente com dois carregadores que transportavam o equipamento para uma estadia de três noites na montanha.

Foi uma caminhada suave num ameno dia de sol, feita com várias paragens para descansar, o que permitiu observar com mais detalhes a paisagem, inicialmente composta por escura e densa floresta, até chegarmos ao topo da encosta onde nos esperava um clareira dominada pelo verde da vegetação rasteira que serve de pastagem ao gado, que é levado para zonas mais altas durante o verão, à medida que a neve derrete.

Pelo caminho o Green foi-nos dando dicas sobre orientação na floresta e cuidados, ao mesmo tempo que nos indicava pontos de referência para depois empreendermos o caminho de regresso sozinhos e que nos permitirão, um dia, lá voltar. Foi como se nos estivesse a passar um legado, algo que ele descobriu  e que neste momento está prestes a abandonar, não só porque se sente já velho (são palavras dele) como devido ao aumento de insegurança e à invasão do turismo que tem vindo a descaracterizar estas e muitas outras paragens pela Índia.

Foi como um requiem.

Inicio da caminhada pouco depois de sairmos de Pulga
Inicio da caminhada pouco depois de sairmos de Pulga
Pausa para descanso e conversa
Pausa para descanso e conversa
Pela floresta
Pela floresta
Chegada à zona de clareira no cimo da encosta. Para trás ficou a densa e escura floresta de cedros
Chegada à zona de clareira no cimo da encosta. Para trás ficou a densa e escura floresta de cedros
Mais uma pausa. Nesta altura um dos carregadores já tinha desistido e ido embora, tendo o Green que carregar uma das pesadas mochilas
Mais uma pausa. Nesta altura um dos carregadores já tinha desistido e ido embora, tendo o Green que carregar uma das pesadas mochilas
A caminho de Swazni
A caminho de Swazni

Fizemos a caminhada até à zona onde o Green ia montar acampamento, um gruta formada por uma grande rocha, junto a um riacho e numa zona de clareira acima da densa floresta de cedros, já muito perto da linha de neve. A toda a volta vêm-se montanhas que nos pontos mais elevados estão cobertas de neve, de onde sopra um ar fresco que atenua os efeitos dos raios solares.

A convite do nosso anfitrião, acabámos por almoçar com ele, uma refeição à base de arroz e vegetais, preparada rapidamente numa panela de pressão e cozinhada num portátil fogão a gás…. claro que todos estes luxos juntamente com cobertores, saco-cama, almofadas e muitos mais requintes só foram possíveis a esta altitude com a ajuda dos carregadores.

Pouco depois do almoço, com a aproximação de algumas nuvens cinzentas que ameaçavam chuva, deixamos o Green a preparar o resto do acampamento e juntamente com a Tree, iniciamos a descida para a aldeia de Pulga. Mesmo com todas as indicações que nos foram dadas, falhámos o caminho de regresso, quando saímos da zona de clareira e nos embrenhamos na floresta, mas fomo-nos orientando pela cascata que corria ao nosso lado e que foi companheira de grande parte do trajecto e pelo som dos tambores que vinham da aldeia e que assinalavam o segundo dia de festa.

Foi uma caminhada revigorante, não só pela envolvente como pela contagiante energia do Green. Obrigada Green pela experiência; espero que os nosso caminhos se voltem a cruzar.

A caminho de Swazi
A caminho de Swazi
Este é um dos vários abrigos que encontrámos pelo caminho, que serviu de acampamento ao Green em anteriores visitas
Este é um dos vários abrigos que encontrámos pelo caminho, que serviu de acampamento ao Green em anteriores visitas
Chegada à gruta onde terminou a nossa caminhada
Chegada à gruta onde terminou a nossa caminhada
Preparação do almoço
Preparativos para o almoço
neve!!!!
Neve!!!!
Um pouco mais acima da zona onde o Green montou o acampamento para passar os dias seguintes
Um pouco mais acima da zona onde o Green montou o acampamento para passar os dias seguintes
Os ultimos toques nos temperos do almoço
Os ultimos toques nos temperos do almoço
Momento de descontração antes de inicarmos a descida
Momento de descontração depois do almoço, antes de inicarmos a descida
Previous postNext post

Footer

search

Tags

alojamento Angkor Assam Bago Borneo Caminhadas Champasak China Beach Comida Esfahan Gujarat Himachal Pradesh Hué Hà Nôi Ilhas Istanbul itinerário Kashan Kashmir Kathmandu Kunming Kutch Ladakh Leh Mcleod ganj Meghalaya Nagaland Ninh Binh Nordeste da Índia Parques Naturais Parvati Valley Phnom Penh Pondicherry Punjab Rajastão Sapa Shiraz Srinagar Tabriz Tamil Nadu Transportes Travessia de Fronteira Vinh Long Yangon Yazd

Sou a Catarina, uma viajante de Lisboa, Portugal… ou melhor, uma mochileira com uma máquina fotográfica!

Cada palavra e foto aqui presente provém da minha própria viagem — os locais onde fiquei, as refeições que apreciei e os roteiros que percorri. Viajo de forma independente e partilho tudo sem patrocinadores ou anúncios, por isso o que lê é real e sem filtros.

Se achou o meu blogue útil ou inspirador, considere apoiá-lo com uma pequena contribuição. Cada donativo ajuda-me a manter este projeto vivo e gratuito para todos os que adoram explorar o mundo.

Obrigada por me ajudares a continuar a viagem!

BUY ME A COFFEE

Categories

Recent Posts:

  • Líbano: itinerário para 15 dias de viagem
  • 25 dias de viagem pelo Bangladesh: itinerário
  • Japão em 6 semanas: itinerário & custos
  • Taiwan: itinerário para 16 dia viagem
  • 20 dias in Morocco: itinerário & custos
  • Kuta Lombok… o paraíso quase secreto
  • Leh & Kashmir: mapa e itinerário
  • English
  • Português

Copyright © 2025 · Stepping Out Of Babylon on Genesis Framework · WordPress · Log in