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Stepping Out Of Babylon

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Esfahan… e as pontes sobre o rio Zayandeh

Apesar de ser a terceira maior cidade do Irão, Esfahan (ou Isfahan), com os seus parques e jardins, as ruas ladeadas de árvores e o Rio Zayandeh cujas margem densamente ajardinadas são local de eleição para a população local passear saboreando o ar fresco do fim do dia, faz esquecer que aqui vivem uma população de perto de dois milhões de habitantes e que a toda a volta a paisagem pouca mais tem a oferecer do que deserto.

A cidade de Esfahan desenvolveu-se durante séculos ao longo do Rio Zayandeh, cujas águas descendo desde as montanhas Zagros (Zagros Maountains) irrigam os campos em redor tornando a paisagem cada vez mais verde à medida que nos aproxima-mos da cidade, deixando para trás extensas planícies intercaladas por desérticas montanhas. Paisagem que apesar da sua vastidão que inspira um sentimento de expansão e de liberdade se torna monótona convidando ao sono durante as viagens de autocarro.

O Rio Zayandeh, o maior localizado no planalto central do Irão, e que ao contrário de muitos outros rios apresentava caudal durante todo o ano, desde 2010 que secou quase totalmente devido à construção de barragens a montante para irrigação de campos agrícolas, deixando as mais de quatro pontes construídas durante a dinastia Safavid, que governou a Pérsia entre  1501 to 1722, e as outras construídas mais recentemente, ligando margens sobre um leito de argila seca onde cresce abundante vegetação.

Contudo a água que chega a Esfahan é bastante para manter verdes os jardins que se estendem ao longo do rio e frondosas as árvores existentes um pouco pela várias artérias do centro da cidade que para além da sombra proporcionam também uma atmosfera agradável.

À medida que o sol vai desaparecendo e o ar fica mais fresco, a população findo o dia de trabalho encaminha-se para os jardins junto ao rio, em família ou grupos de amigos, caminhado, petiscando pevides, conversando, deliciando-se com gelados… ou simplesmente admirando a calma paisagem e as magníficas cores do pôr-do-sol que tinge o céu de tons de vermelho e violeta. Ao longo das várias pontes que ligam as duas margens da parte central de Esfahan – Si-o-seh, Khaju e Joubi Bridge – músicos reúnem-se para tocar e cantar músicas iranianas cuja melancolia combina com o ar morno e as cores quentes que iluminam estas construções centenárias.

Si-o-seh Pol, Esfahan
Si-o-seh Pol, Esfahan

 

Si-o-seh Pol. Esfahan
Si-o-seh Pol. Esfahan

 

Khaju Bridge. Esfahan
Khaju Bridge. Esfahan

 

Joubi Pol. Esfahan
Joubi Pol. Esfahan

 

Khaju Bridge. Esfahan
Khaju Bridge. Esfahan

 

Si-o-seh Pol, Esfahan
Si-o-seh Pol, Esfahan

Pontes sobre o Rio Zayandeh

  • Si-o-seh Pol, que apesar de oficialmente ser chamada de Allāhverdi Khan Bridge, toda a gente identifica por “ponte dos 33 arcos” ou seja em farsi Si-o-seh, construída em 1632
  • Khaju Bridge (Pol e-Kanju) ponte pedonal construída em 1650
  • Joubi Bridge (Pol-e Joui) mas também chamada Choobi Bridge, construída em 1665
  • Shahrestan Bridge (Pol-e Shahrestan) construida no século XI, é a mais antiga e também a que fica mais afastada do centro de Esfahan
Landscape Kashan to Esfahan
Landscape Kashan to Esfahan

 

Landscape Kashan to Esfahan
Landscape Kashan to Esfahan

Alojamento:

Entre os backpackers Esfahan é reconhecida unanimemente como a cidade do Irão onde é mais difícil encontrar alojamento a preços acessíveis, mesmo para quem abdique de algum conforto. A opção foi o Shad Hostel, que de hostel só tem o nome sem um hotel normal, com quarto que podem ser partilhados por três pessoas.

Shad Hostel

Address: Chabar Bagh Abbassi Street (mesmo por cima de uma loja de gelados)

Quarto individual: 400.000 rials

Quarto duplo: 600.000 rials

Com casa de banho e wi-fi (com a password a mudar várias vezes ao dia).

Sem pequeno-almoço.

Os quartos são pouco espaçoso e decadentes a precisar de melhoramento, mas mesmo assim aceitáveis. O staff não fala inglês e mostra-se pouco prestável. O Shad Hostel, vale sobretudo pela boa localização a igual distância da Imam Square (officially called Naqsh-e Jahan Square) e da Si-o-seh Pol.

 

Shad Hostel. Esfahan
Shad Hostel. Esfahan

 

Shad Hostel. Esfahan
Shad Hostel. Esfahan

Onde comer:

Como não é fácil encontrar comida vegetariana nos restaurantes da chamada fast-food, e para evitar os fritos do falafel, a sopa ash-e reshteh foi a opções mais frequente durante a estadia no Irão, verificando-se que varia um pouco a receita e os ingredientes de cidade para cidade.

A melhor foi a de uma pequena loja, situada no lado direto da Hafez Street, no sentido de quem vem da Iman Square, que é servida com pão e regada com kashk, uma espécie de natas azedas; custa 30.000 rials.

Esta loja também serve o halim (haleem) feito à base de trigo em grão, leite e carne (de borrego ou peru), que são cozinhado por muito tempo, sendo depois triturada até ficar em puré espesso; encontrando-se algumas versões com açafrão. Pode ser servida simples ou com açúcar e canela e não é muitas vezes consumida ao pequeno-almoço…. uma espécie de porridge mas mais rico e calórico.

Halim (Haleem)
Halim (Haleem)… iranian traditional breakfast

Em termos de doces, Esfahan é conhecida pelo fereni, um pudim de leite, que é servido com uma calda feita de tâmaras… deliciosa combinação. A escolha foi para a pequena loja na Hafez Street, a Hafez Golha, situada no lado esquerdo de quem vem da Imam Square ((officially called Naqsh-e Jahan Square).

Fereni at Hafez Golha in Hafez Street. Esfahan
Fereni at Hafez Golha in Hafez Street. Esfahan

Transportes:

O terminal de autocarros de Esfahan, Kaveh Bus Terminal, fica afastado do centro da cidade e não foi possível obter informações sobre como lá chegar de autocarro publico. Por isso a solução foi o táxi, que custou 100.000 rials (que foi dividido por 3 pessoas). A alternativa são ao táxi partilhados que não são fáceis de identificar para quem não está habituada aos habituais locais de paragem, sem bem que podem parar em qualquer local se assim for solicitado. Estes taxís partilhados (share-taxi) não estão identificados mas são geralmente veículos muito velhos de cor branco ou cinzenta.

Do moderno e bem organizado, mas de difícil orientação, Kaveh Bus Terminal, partem ao longo de todo o dia autocarros para os principais destinos do país, incluindo Tehran, Shiraz e Yazd, existindo muitas empresas a fazer estas ligações, não sendo necessário reserva com antecedência a não ser que se pretenda um horário muito preciso ou se esteja a viajar em fins-de-semana ou épocas festivas.

Esfahan Bus Terminal Kaveh
Esfahan Bus Terminal Kaveh

Deambulando pelo bazaar de Kashan

O bazaar de Kashan foi uma agradável e inesperada surpresa, sobressaindo perante a antiguidade do bazar de Tabriz e do tamanho desmesurado do bazar de Tehran.

Nem demasiado grande que se torne confuso e cansativo, nem demasiado pequeno que se torne desinteressante, o Bazaar de Kashan apresenta-se de fácil orientação, muito concorrido em termos de visitantes mas nunca demasiado cheio para tornar a visita maçadora. Aqui encontra-se uma grande variedade de produtos, muitos tradicionais do Irão, não só os tapetes como também ouro e joias, perfumes, lãs, latoaria, trabalhos em madeira, artigos religiosas… para além de todos os produtos necessários ao quotidiano de quem aqui vive, sobressaindo as roupas e os tecidos, os lenços e os chadores.

As especiarias e os frutos secos são os produtos que se apresentam mais atractivos a um visitante não só pelos aromas e cores das várias pilhas de condimentos, mas em especial pela variedade de nozes, amêndoas, pistácios, pevides… ameixas, figos e as deliciosas tâmaras que aqui no Irão são “rainhas” existindo lojas especializadas somente na venda deste produtos.

O leite, tendo um papel importante na alimentação no Irão, apresentando-se especialmente em queijos, manteiga e iogurte, existindo lojas especializadas na venda deste tipo de produtos, cujo cheiro a lacticínios fermentados e as luzes frias que iluminam as arcas frigoríficas as torna fáceis de identificar.

Outras lojas de produtos alimentares também se encontram, vendendo sal, açúcar, mel, doces, arroz, leguminosas e demais mercearias, estando o comércio organizado por tipo de produtos ao longo das várias ruas que compõem o bazar.

Aqui e além surgem pátios cujo ao centro existe quase sempre um fonte, e que foram antigos caravanserais, ou seja locais onde comerciantes se reuniam para negociar, com condições para pernoitar e armazenar mercadorias, incluindo espaço para animais de carga, cavalos e camelos. Actualmente servem como espaços comerciais e são um optimo local para descansar ou mesmo beber um chá.

Mas entre a sequência de lojas, quase todas abertas para os corredores do bazar, encontram-se também mesquitas e por vezes hamams, locais públicos para banho, sauna e massagem que ainda são frequentados pela população local.

O tempo passa devagar e sem sobressaltos neste bazaar, onde os comerciantes esperam pacientemente pela chegada de clientes, sentados à entrada ou no interior da loja que muitas vezes se assemelha a um escritório, onde fotografias de antepassados atentam a antiguidade destes negócios de família, muitos especializados na exportação de tapetes.

Mas é em termos de arquitectura que este bazar sobressai. Deambulando pelos corredores repletos de lojas chegamos a um dos muitos caravancerais, mas de imediato percebemos que estamos perante algo de especial: o Khan Amin al-Dowleh Timche. O espaço formando um hall coberto, ao qual se acede por três entradas, apresenta-se espaçoso, de tecto alto decorado com um complexo padrão geométrico, em relevo, que com a luz natural que entra pela claraboia existente no seu centro produz um fantástico efeito parecendo elevar-se em direção ao céu deixando-nos cá em baixo.

No centro do Khan Amin al-Dowleh Timche encontra-se uma fonte de formato octogonal e a toda a volta do caravancerais alinham-se lojas que aprecem parados no tempo, com os seus artigos cobertos por uma uniforme camada de pó como que atestando a sua antiguidade.

Kashan Bazaar
Khan Amin al-Dowleh Timche. Kashan Bazaar

 

Kashan Bazaar
Khan Amin al-Dowleh Timche. Kashan Bazaar

 

Kashan Bazaar
Khan Amin al-Dowleh Timche. Kashan Bazaar

 

Khan Amin al-Dowleh Timche. Kashan Bazaar
Khan Amin al-Dowleh Timche. Kashan Bazaar

 

Kashan Bazaar
Khan Amin al-Dowleh Timche. Kashan Bazaar

 

Kashan Bazaar
Kashan Bazaar

 

Kashan Bazaar
Kashan Bazaar

Mas este bazar ainda reservou mais uma surpresa: a visita o terraço. Com a intensão de ter uma vista sobre a cidade perguntei a um dos comerciantes como aceder ao terraço, que neste tipo de arquitectura do deserto é sempre plano a acessível. Fui encaminhada para uma estreitas escadas e conduzida ao longo de quase todo o bazaar, caminhando em sinuosos percursos, subindo e descendo rampas, vencendo degraus e desníveis, contornando abóbodas e caminhando sempre em direção ao sol, que em movimento acelerado se ia dirigindo para trás das montanhas.

Pelas várias aberturas de entrada de luz e de ar, surgem sons de rádios, vozes, música, conversas fragmentadas numa língua estranha… enquanto pombos pousados nos pontos mais altos da várias abóbodas parecem indiferentes à agitação comercial que domina os corredores do bazaar e as ruas envolventes que com a chegada da noite atingem o máximo de frenesi.

Kashan Bazaar
Kashan Bazaar

 

Kashan Bazaar
Kashan Bazaar

 

Kashan Bazaar
Kashan Bazaar

 

Kashan Bazaar
Kashan Bazaar

 

Kashan Bazaar
Kashan Bazaar

 

Kashan Bazaar
Kashan Bazaar

 

Kashan Bazaar
Kashan Bazaar

 

Kashan Bazaar
Kashan Bazaar

 

Kashan Bazaar
Kashan Bazaar

 

Kashan Bazaar
Kashan Bazaar

 

Kashan Bazaar
Kashan Bazaar

 

Kashan Bazaar
Kashan Bazaar

 

A não perder na visita ao Kashan Bazaar:

  • Khan Amin al-Dowleh Timche durante manhã
  • Pôr-do-sol no terraço do bazaar

Horário:

Este como os outros bazares do Irão abre por volta 9.30 horas, mas lentamente, pois nem todas as lojas cumprem escrupulosamente este horário, e prolonga-se até às 22.00 horas. Durante a hora do almoço, muito comerciantes optam por fechar as lojas, ou mantendo-se na loja aproveitam a diminuição do movimento de cliente para dormir uma sesta.

Mas as manhãs são sem dúvida a melhor altura do dia, quando as lojas já estão abertas mas ainda não há muito clientes; é também a altura em que se vê o maior movimentos dos transportadores de mercadorias que circulam velozmente pelos vários corredores, levando e trazendo bens num ritmo que contrasta com a calma dos visitantes.

Mas é ao fim do dia, depois das 5 horas, quando as temperaturas ficam menos quentes que o movimento atinge o seu auge, enchendo não só as ruas do bazaar como as artérias envolventes.

 

Transportes:

O bazaar encontra-se no centro da cidade, alcançável a pé desde as mais populares guest houses como a da Eshan House ou a Noglhi House.

Kashan

A chegada a cada nova cidade implica quase sempre o desafio de negociar com os taxistas o preço da viagem até ao centro da cidade, onde aparentemente parece existir uma conspiração para que não existam transportes públicos colectivos para fazer esta ligação, onde toda a gente se mostra inútil para prestar informações sobre este assunto e onde a negociação do preço parte sempre de uma posição desfavorável, com quem chega a desconhecer a localização do terminal de autocarros, a distância até ao centro nem os valores habitualmente cobrados.

Depois deste habitual stress, e da prova superada satisfatoriamente depois de árdua negociação, Kashan revelou-se uma cidade de pessoas sorridentes, descontraídas e dispostas a trocar cumprimentos e a treinar o inglês com as habituais perguntas sobre: país, nome, locais visitados, se estou a viajar sozinha, por quanto tempo, se gosto do Irão, etc…

Kashan surge no “mapa” turístico não só pela admirável arquitectura do bazaar, como também pelo Bagh­e­Fin, um dos mais antigos exemplos deste tipo de jardins persas, e pela elevada concentração das chamadas historical houses, que são requintados palácios construídos segundo a arquitectura tradicional da região.

A ruas estreitas entrincheiradas por muros altos pensados para proporcionarem o máximo de sombra, onde a espaços surgem portas que dão acesso a pátios, em volta dos quais estão dispostas as casas, baixas, sombrias e de pequenas janelas, e os tons ocre que cobrem as paredes e coberturas do reboco feito de argila vêm lembrar-nos quão perto estamos do deserto. Torres de ventilação, engenhosos sistemas que permite ventilar as casas com ar fresco, sobressaem da homogénea volumetria da cidade, dominada por casas de dois ou três pisos, onde os terraços formam um manto que se estende até às montanhas que circundam parte de Kashan.

A estadia na cidade de Kashan com a sua tranquila vibe, pessoas amigáveis e lugares interessantes para visitar, a maioria dos quais situados a curta distância e fáceis de alcançar, foi agradável e descontraída, com a simpatia e a atmosfera dominante na Khan-e Esahnb guest house a contribuir bastante para este sentimento.

Kashan
Kashan
Kashan bazaar
Kashan bazaar

 

Kashan
Kashan

 

Kashan
Kashan

 

Kashan
Kashan

 

Kashan
Kashan

 

Bakery at Kashan
Clientes esperam pelo pão numa das muitas padarias que se encontram pela cidade em Kashan, nem todas produzindo o mesmo tipo de pão; nesta o pão é cozinhado sobre pequenos seixos que depois se vão soltando quando o pão sai do forno e é deixado a arrefecer sobre uma rede metálica

 

Kashan
Kashan

 

Kashan
Kashan

 

Sapateiro nas ruas de Kashan
Sapateiro nas ruas de Kashan

 

Kashan
Kashan

 

Kashan
…fim do dia de aulas!

 

Kashan
Kashan

Alojamento:

Eshan Historical Guest House (Khan-e Esahn)

Fazel-e Navaghi street (do lado oposto da Agha Bozorg Mosque)

+98361 444 6833

www.ehsanhouse.com

Dormitório com 6 camas, mas muito espaçoso, por 500.000 (negociando foi possível baixar para 400.000 rials) com pequeno-almoço incluído em estilo buffet (fruta, pão, ovo, queijo, manteiga, doces, mel e chá). Boas casas de banho e chuveiros.

Boa localização, a meio caminho entre o bazar e as Historical Houses.

Free Wi-fi.

Dorm at Eshan Historical Guest House (Khan-e Esahn)
Dorm at Eshan Historical Guest House (Khan-e Esahn)

 

Eshan Historical Guest House (Khan-e Esahn)
Eshan Historical Guest House (Khan-e Esahn)

 

Eshan Historical Guest House (Khan-e Esahn)
Eshan Historical Guest House (Khan-e Esahn)

 

Eshan Historical Guest House (Khan-e Esahn)
Eshan Historical Guest House (Khan-e Esahn)

 

Eshan Historical Guest House (Khan-e Esahn)
Eshan Historical Guest House (Khan-e Esahn)

Outra opção é a Noglhi House, muito perto da Eshan House, seguindo pela rua do lado esquerdo da Agha Bozorg Mosque, seguindo as pequenas setas que identificam a guesthouse que se encontram nas paredes; pratica os mesmos preços e que se apresenta igualmente agradável.

Onde comer:

Para vegetarianos e não só, a tradicional sopa ash-e reshteh na Bab Afzal Street é uma deliciosa opção assim como uma possibilidade de interação com a população local; caminhado desde a Kamal-al-Molk Square, este pequeno restaurante fica do lado direito, sendo preciso caminhar um pouco; a melhor opção é ir perguntando aos comerciantes, pois toda a gente sabe indicar este local.

Como o espaço é minúsculo, a necessário partilhar uma das duas mesas existentes no local. A refeição custa 20.000 rials (uns 0.50€) e é servida numa quantidade considerável.

 

ash soup at Kashan
ash-e reshth soup at Kashan

 

ash soup at Kashan
ash soup at Kashan

 

Transportes:

Para chegar a Kashan a melhor opção são os autocarros, existindo muita oferta durante todo o dia, pois esta cidade fica na rota entre Tehran e Esfahan.

A viagem demora perto de 4 horas.

O bilhete custou 125.000 rials em VIP.

Do centro da cidade para o terminal de autocarros, o único, a solução encontrada foi o táxi, que custa 50.000 rials, pois aparentemente não existem autocarros públicos a fazerem esta ligação.

Situada a cerca de 80 quilómetros de Kashan, fica a aldeia de Abyaneh que é uma popular day trip, mas dada a ausência de transportes públicos a viagem tem que ser feita de táxi, o que coloca este destino fora da “rota”. As guest houses em Kashan organizam tours ou em alternativa pode-se usar um dos shared-taxis que seguem em direcção a Esfahan.

Masuleh e as montanhas

A chuva cai constante e abundantemente lá fora, ocultando os sons da natureza e das pessoas que se vêm obrigadas a refugiarem-se perante o desconfortável clima. Mas esta ausência de sons, trás um momento de calma ao espírito, uma forma de introspecção.

Com o abrandar da chuva, volta o cantar do galo, o chilrear dos pássaros e o palrar das pessoas, em sons que chegam do vale e que vão subindo pela encosta, por entre árvores que vão perdendo as folhas deixando um manto castanho amarelado pelo chão, lembrando-nos a chegada do Outono.

Masuleh é uma pequena aldeia situada nas encostas do Mount Talesh, na Provincia de Gilan, a cerca de 380 km de Tehran, onde a paisagem típica do Irão, árida e seca, dá lugar a florestas cobertas de verde, numa atmosfera rural que é uma bálsamo a quem vive nas grandes cidade ou a quem chega de Tehran. As casas, uniformemente de cor de argila, estão dispostas ao longo da encosta, separadas por estreitas ruas e escadarias, onde nem automoveis nem motas têm acesso, o que torna o ambiente mais calmo e relaxante. Numa engenhosa arquitectura, os telhados das casas, construídos de forma a criar uma superfície plana, onde o que parece ser uma rua ou um passeio é ao mesmo tempo o telhado da casa que se situa na rua abaixo.

Aqui, apesar da pouca altitude, pouco mais de 1000 metros, o clima muda bastante em relação às planícies antes percorridas, sentindo-se claramente o chegada do Inverno, não só pelo nevoeiro e pela chuva que form uma constante nestes dois dias, mas também pelas temperaturas, que de noite descem bastante obrigando a adequada roupa de Inverno, mesmo no inicio de Outubro.

Masuleh, com a sua pequena população não muito superior a 500 habitantes, não tem muitas atrações para além da original e invulgar mesquita e do passeio pelas ruas do bazar, onde as lojas oferecem produtos locais, desde artesanato, a chá e ervas medicinais.

Mas o lento ritmo da vida na aldeia e o contacto com a natureza que tornaram a estadia nesta aldeia numa agradável memória.

Masuleh
Masuleh
Masuleh
Masuleh
Masuleh
Masuleh
casa de chá local, onde também de manhã é servido o pequeno-almoço tradicional, ovos mexidos com molho de tomate picante, que é acompanhado com pão e chá. Masuleh
Casa de chá local. Masuleh
Masuleh
Masuleh
Ash
Ash cozinhado num dos restaurantes do bazaar em Masuleh
Masuleh
Masuleh
Masuleh
Masuleh
Masuleh
Masuleh

Alojamento:

Apesar de existirem alguns hoteis, a solução mais comum é recorrer ao alojamento local, os os habitantes alugam quartos ou mesmo casas. Os preços são negociáveis mas dificilmente se consegue um quarto para duas pessoas por menos de 600.000 rials (com cozinha e casa-de-banho), sendo frequente valores entre os 800.000 e 1.000.000 rials por um quarto duplo. Os preços variam em função da maior ou menos procura, pelo que fins-de-semana e o verão são períodos mais concorridos onde Masuleh atrai visitantes, muitos vindos de Tehran, que fogem às altas temperaturas, procurando refugio no ar fresco das montanhas.

alojamento traditional em Masulh
alojamento traditional em Masuleh

Onde comer:

Existem muitas opções nesta pequena vila, quase todas servindo kebab, nas variantes de frango e carne de vaca.

Em alternativa é possível encontrar a sopa ash, à base de legumes e noodles, que é uma reconfortante opção perante a ar frio da montanha .

O mirza ghasemi, um prato típico da região de Gilan feito à base de beringela assada que depois é esmagada e cozinhada com tomate e cebola, tornando-se juntamente com o ash são dois dos pratos vegetarianos da cozinha iraniana que são mais fáceis de encontrar em restaurantes.

Pequeno almoço em Masuleh
Pequeno-almoço tradicional, ovos mexidos com molho de tomate picante, que é acompanhado com pão e chá.

A passagem por Fouman torna obrigatória a paragem numa das dezenas ou mesmo centenas de lojas que produzem e venda um doce tradicional desta região, o Koloocheh, biscoito recheado com uma pasta açucarada. E é sem duvida o principal motivo que leva tanta gente a parar em Fouman. Vale a pena perguntar pela melhor fábrica destes bolos, que segundo o taxista que nos transportou, fica situada numa das rotundas da cidade e onde as pessoas fazem fila enquanto esperam que os Koloocheh saiam do forno.

Famosa fábrica de Koloocheh em Funam
Famosa fábrica de Koloocheh em Founam, onde as pessoas fazem fila para comprar estas bolachas acabadas de sair do forno
Koloocheh, doces tradicionais de Funam, e que fazem desta povoação ponto de paragem obrigatório de quem visita a região de Gilan
Koloocheh, doces tradicionais de Fouman, e que fazem desta povoação ponto de paragem obrigatório de quem visita a região de Gilan

Transportes:

Masuleh situada a cerca de 380 km de Tehran é facilmente acessivel por autocarro, existindo contudo dois itenerários possiveis:

Para quem vem de Tabriz: Tabriz – Qazvin – Rasht – Masuleh

Para quem vem de Tehran: Tehran – Fouman – Masuleh

De Tehran a Fouman são cerca de 5h de autocarro, custando 150.000 rials em normal bus. Os autocarros iniciam o serviço bem cedo pela manhã

De Fouman a Masuleh, existem duas hipóteses: mini-bus 17.000 rials ou shared-taxi, 350.000 rials (preço para 4 pessoas), ambas as opções têm os valores afixados em placares à saída de Masuleh, se bem que o valor inscrito em numeração ocidental não está actualizado.

É possível que o bus não pare no terminal de autocarros de Fouman, deixando os passageiros na estrada principal, onde alguns taxis esperam. Daqui é necessário usar o taxi para chegar ao Terminal de Bus de Fouman, cuja distância não mais do que 3 km, devendo o preço ser negociado, e se possivel usar um shared-taxi. Caso o taxista insista em ir directamente para Masuleh, argumentando que não há mini-buses, convem insistir pois a diferença de preço é significativa e existem autocarros todo o ano com excepção do Inverno em que a neve bloqueia a estrada.

Preços de mini-bus e shared-taxis de Masuleh para Funam, afixada à entrada da aldeia de Masuleh
Preços de mini-bus e shared-taxis de Masuleh para Fouman, afixada à entrada da aldeia de Masuleh

Entre Tabriz e Teerão… on the road again!

“everything happens for a reason”… e assim aconteceu! Depois de Tabriz o destino seguinte seria a vila de Masuleh, situada nas montanhas onde o clima húmido transforma a paisagem seca e ocre numa verde floresta.

Ao longo de mais de quatro horas, foram deslizando paisagens quase desérticas de vegetação, onde a estrada de longas e planas rectas é o único vestígio da presença humana. Planícies imaculadas, interceptadas por leitos de rios secos, interrompidas por pequenas e suaves colinas, que quando se aproximam exibem textura argilosas, de cores suaves, variando dos beges aos castanhos, dos cinzentos aos tons avermelhados. Esporadicamente surge uma povoação de casas construídas em tijolo cuja côr dificilmente se distingue da paisagem envolvente, que mantém o mesmo aspecto desértico.

Mas quis o destino trocar as voltas aos planos traçados pelo “Homem”, fazendo com que o motorista do autocarro que fazia a ligação entre Tabriz e Teerão, se tenha esquecido de me deixar numa paragem intermédia, Qazvin onde teria ligação com outro autocarro com destino a Masuleh. O erro somente foi detectado à chegada aos arredores da grande capital, onde já não havia hipótese de retorno para Qazvin.

Encontrei-me assim inesperadamente no gigantesco terminal de autocarros, numa cidade com mais de 15 milhões de habitantes, uns dias antes do previsto, sem preparação, sem planos, sem mapa e sem rumo.

Mas acreditando que tudo acontece por uma razão, esta foi a forma de me encontrar com uma amiga, com quem mais tarde partilhou comigo a viagem até Masuleh, tornando este itinerário especial no percurso da viagem pelo Irão. Um encontro precipitado pelos desenrolar dos acontecimentos mas que foi um bálsamo para os solitários e cinzentos dias passados em Tabriz.

Tabriz to Tehran by bus_DSC_1532
Tabriz – Tehran
Tabriz to Tehran by bus_DSC_1548
Tabriz – Tehran
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Tabriz – Tehran
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Tabriz – Tehran
Tabriz to Tehran by bus_DSC_1543
Tabriz – Tehran

Transportes

A viagem Tabriz – Teerão demora cerca de 4 horas, podendo-se prolongar caso a chegada a Teerão coincida com a hora-de-ponta que implica grandes congestionamentos rodoviários.

Do Tabriz Bus Terminal (o único existente na cidade para viagens de longo curso) partem autocarros mais ou menos a todas as horas, existindo diversas empresas a fazer esta ligação. Os primeiros autocarros partem pelas 6h da manhã e o ultimo pelas 24h.

Bus ticket custa 155.000 rials.

Tabriz to Tehran by bus_DSC_1530
Tabriz – Tehran

Os autocarros no Irão são uma óptima opção em viagens de longa distância, existindo serviços regulares, com boa frequência entre as principais cidades: Tabriz, Tehran, Esfahan, Shiraz, Yazd, Mashad, Kerman, Bandar Abbas… à medida que nos afastamos deste itinerário os serviços vão escasseando na oferta em termos de horários e por vezes na qualidade dos autocarros.

As principais estradas são boas, planas e com poucas curvas, quase sempre com duas faixas de rodagem, tornando a viagem confortável; contudo as bandas sonoras existentes amiúde podem ser incomodar bastante durante o sono. Nas zonas montanhosas, como o Curdistão, ou próximo do Mar Cáspio apresentam-se mais sinuosas, mas em geral com bom pavimento.

O preços são muito atractivos, com viagens entre as principais cidades a custarem entre 100.000 e 200.000 rials (aproximadamente entre 3 e 5€; valores de Out.2015).

O preço varia em função dos quilómetros e do tipo de serviço: normal ou VIP, não variando significativamente em função da empresa de transportes.

No serviço VIP, é fornecido um pequeno snack (bolachas, bolo, chocolate e sumo empacotado); no serviço normal por vezes chá e água.

Quando a viagem coincide com o horário das refeições e frequente a paragem para refeições.

Os autocarros VIP têm somente 3 passageiros por fila, com largos e confortáveis cadeiras que mais parecem sofás, com apoio de braços, reclináveis e algumas com apoio que permite elevar os pés. Recomendável para viagens nocturnas pois o preço não significativamente mais elevado.

Os autocarros de serviço Normal têm 4 passageiros por fila, geralmente sem apoio para braço entre assentos.

Em qualquer das opções o espaço entre cadeiras é generoso, permitindo esticar as pernas sem problemas mesmo para pessoas mais altas.

Todos têm ar-condicionado, que não sendo muito intenso consegue oferecer conforto.

Caso se pretenda fazer a viagem de longa distância de noite (com 5 ou mais horas de duração) é recomendável confirmar o horário de partida do ultimo autocarro, e se possível compra o bilhete com antecedência, de pelo menos um dia.

Épocas festivas como a Nowruz – passagem de ano que de acordo com o calendário Persa – que coincide com o início da Primavera, são alturas em que os bilhetes de autocarro, comboio e avião esgotam facilmente, pelo que viajar no Irão durante está época implica um planeamento cuidadoso.

Quando o número de passageiros não é muito elevado, é frequente diferentes empresas unirem esforços e juntarem os passageiros num único autocarro, o que pode atrasar um pouco a partida e consequentemente a chegada, se bem que os atrasos não são geralmente mais do que meia-hora.

Paragens à saída das cidades para recolher passageiros (e esporadicamente mercadoria) são também frequentes nas viagens diurnas, mas praticamente inexistentes nas viagens de noite.

VIP Bus Tabriz - Tehran
VIP Bus Tabriz – Tehran
Normal Bus Esfahan - Shiraz
Normal Bus Esfahan – Shiraz
VIP bus Yazd - Kerman
VIP bus Yazd – Kerman
Normal Bus Maku - Tabriz
Normal Bus Maku – Tabriz

Tabriz: os tapetes e o bazar

Tabriz foi a primeira paragem num itinerário de um mês pelo Irão, cabendo-lhe a pesada responsabilidade ao criar uma primeira impressão de um vasto e diversificado país, que se estende desde o Mar Cáspio ao Golfo Pérsico, da Turquia ao Afeganistão, do Iraque ao Paquistão, fazendo ainda fronteira com o Turquemenistão, a Arménia e o Azerbaijão.

A cidade de Tabriz, que chegou a ser capital do Irão, mas dada a sua posição geográfica que a formava muito vulnerável aos ataque do Império Otomano, é actualmente capital da província do Azerbaijão, onde uma significativa parte da população é Azevi, constituindo o maior grupo étnico do Irão.

Tendo sido um ponto de paragem obrigatório na Rota da Seda, é ainda hoje um dos mais antigos bazares do Médio Oriente, e o maior bazar coberto do mundo, continuando a ter um papel fundamental na actividade comercial do país, em especial pelo comércio de tapetes… os lendários tapetes persas!!

O bazaar é claramente dominado pelo comércio de tapetes, que se apresentam em lã ou em seda, com motivos geométricos ou florais, com retratos ou com inscrições religiosas, negócio pelo qual Tabriz tem fama mundial. E paralelamente à venda de tapetes existem um grande diversidade de lojas que estão associadas a sua produção, como a venda matéria-prima para a sua execução, tanto os fios de algodão que servem de trama, como a lã com que são tecidos a maioria dos tapetes.

Mas apesar de grande parte da área ser dedicada aos tapetes, o Bazaar de Tabriz tem muito muito mais para oferecer: zonas dedicadas à venda de tecidos e roupa, onde sobressaem os lenços para cobrir a cabeça, que aqui se encontram num numero infindável de variações. Por vezes somos atraídos pelo cheiro das especiarias, pelo ouros dos potes de mel, pelo brilhos das tâmaras, passas, ameixas e demais frutos secos, pelas pilhas de nozes, amêndoas e pistácios… numa generosa e infindável variedade.

A visita à Kabud Mosque, a chamada Mesquita Azul (100.000 rials), apesar do peso da antiguidade que envolve o edifício construída em 1465, revelou-se pouco interessante. Ark-e Alishah, um arco gigantesco e maciço que se impõem no centro da cidade pouco tem para oferecer. Perdida no meio do intricado labirinto de ruas que compõem o bazaar encontra-se a Jameh Mosque, cujo interior oferece silêncio e conforto, em oposição à agitação envolvente, onde os carregadores empurram carros-de-mão, trazendo e levando mercadorias em ritmo acelerado, num vai-e-vem que somente acalma com a hora de almoço.

Uma cidade com longa história, onde o bazaar é o centro das atenções merecendo mais do que uma vista: diferentes horas do dia oferecendo, diferentes cambiante de luz, diferentes ritmos, diferentes pulsares como se o bazar fosse um organismo vivo.

Bazaar de Tabriz
Bazaar de Tabriz

 

Bazaar de Tabriz
Bazaar de Tabriz

 

Bazaar de Tabriz
Bazaar de Tabriz

 

Bazaar de Tabriz
Bazaar de Tabriz

 

Bazaar de Tabriz
Bazaar de Tabriz

 

Bazaar de Tabriz
Bazaar de Tabriz

 

Bazaar de Tabriz
Bazaar de Tabriz

 

Bazaar de Tabriz
Bazaar de Tabriz

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Bazaar de Tabriz
Bazaar de Tabriz

 

Bazaar de Tabriz
Bazaar de Tabriz

 

Jameh Mosque junto ao Bazaar de Tabriz
Jameh Mosque junto ao Bazaar de Tabriz

 

Bazaar de Tabriz
Bazaar de Tabriz

Saindo do centro da cidade, a visita a zona envolvente à Valiasr Square, revelou uma outra faceta, mais moderna e cosmopolita, com sofisticadas lojas, cafés, restaurantes e pastelarias. Uma Tabriz mais abonada, onde a forma de vestir, mais descontraída e colorida, revela num ambiente menos conservador.

Zona junto à Valiasr Square
Zona junto à Valiasr Square

Os quatro dias passados em Tabriz serviram como adaptação a uma outra cultura, para perceber regras de comportamento social, onde a segregação entre sexos autocarros e outros locais públicos é rigorosamente respeitada, onde o uso do lenço a cobrir a cabeça, não é só obrigatório na rua, sendo indispensável numa também dentro das guest houses. A forma de vestir, em especial para as mulheres requer também alguma atenção, que não se limitando somente ao uso do lenço, incluindo mangas compridas, roupa larga e pernas cobertas… contudo as regras são sempre mais flexíveis para os estrangeiros. Uma adaptação também à alimentação, onde a carne domina a maioria da comida servida em restaurantes. Foi também tempo para a adaptação ao dinheiro, onde os “zeros” dominam o valor das notas, onde quase nada se compra com menos do que 1000 rials e onde a troca de uma nota de 50 euros faz de nós detentores de mais de um milhão de rials.

Tabriz. Ferdorosi St.
Tabriz. Ferdowsi St.

 

Posto de Turismo:

O posto de turismo de Tabriz, situado num primeiro andar de um dos edifícios existentes na zona pedonal que serve de entrada principal para o bazaar, é um ponto de paragem obrigatório para quem visita a cidade, onde os simpáticos e prestáveis funcionários providenciam todo o tipo de informações, seja desde excursões (organizadas pelo posto de turismo), a locais de troca de dinheiro, aurocarros públicos pra os diferentes locais a visitar (incluindo para o Terminal de Bus de Tabriz), restaurantes, etc…

Tabriz pode ser a base para visitas de um dia pelas regiões vizinhas, destacando-se Kodovan, uma cidade cujas casas são construídas na rocha, e que dada a semelhança com a recentemente visitada Cappadocia não foi eleita no itinerário.

 

Posto de Turismo de Tabriz
Posto de Turismo de Tabriz

 

Posto de Turismo de Tabriz. Horário
Posto de Turismo de Tabriz. Horário

 

Alojamento:

Na zona central da cidade, entre a entrada principal do bazaar e a Imam Khomeini Street encontra-se a Ferdowsi Street, onde se concentra um grande numero de guesthouses, com preços mais baratos. Existem quartos individuais, duplos ou partilhados, mas geralmente com casa de banho partilhada. Os preços variam bastante, em função das condi (com quartos sem janelas), e dempezaa de cams por quarto vairai Bus de Tabriz), restaurantes, etc…ções oferecidas em termos de ventilação (com quartos sem janelas) e de limpeza, pelo que vale a pena ver alguns quartos e comprar os preços antes de tomar uma decisão.

A escolha foi para o Hotel Mashad, que não sendo o melhor preço apresentou-se limpo e arejado, apesar das dimensões mínimas do quarto. Frequentado essencialmente por homens e por uma ou outra família esporadicamente.

 

Hotel Mashhad

Ferdowsi Street

Quarto Individual: 250.000 Rials + 60.000 shower (hamam)

Free wi-fi

Almost no english spoken.

Mashhad Guest House
Mashhad Guest House

 

Mashhad Guest House
Mashhad Guest House

 

Onde comer:

Uma das opções muito populares em termos de street food encontradas em Tabriz formam as batatas assadas, que esmigalhadas sobre um pedaços de pão, às quais se junta ovo cozido, tomate e algumas ervas frescas, formam um rolo.

Pelas ruas do bazar encontram-se alguns vendedores de batatas doces e outros tubérculos cozinhados numa calda de açúcar, que mantida quente liberta um nuvem de vapor de aroma adocicado.

No interior do bazar existem também alguns restaurantes, mas dado o carácter labiríntico do espaço, onde não é fácil a orientação, encontrar estes locais fica um pouco ao sabor do acaso ou entregue à sensibilidade olfativa.

Snack de rua em frente à entrada principal do bazaar
Snack de rua em frente à entrada principal do bazaar

Transportes:

Bus para Valiasr Square: numero 159; a paragem fica rua em frente à entrada principal do bazaar Jomhuriye Eslami Street.

Bus para o Terminal de Autocarros de Tabriz (long distance buses): número 104; a paragem fica na Amir St, uma rua perpendicular à Ferdowsi St.

Aparentemente é necessário ter um cartão para viajar nos autocarros urbanos, que é validado eletronicamente em cada viagem à entrada do autocarro. Mas é possível pagar directamente ao motorista, entre 500 a 1000 rials; no caso da mulheres a situação é mais complicada pois depois de entrar pela porta da frente e pagar o bilhetes, é necessário sai e voltar a entrar pela porta de trás para ceder à zona reservada a mulheres. Muitas das vezes o motorista não cobrou bilhete… talvez para facilitar as coisas, talvez por ser estrangeira…?!?!?

… dos Turcos e da Turquia

De uma estadia de duas semanas, poucas conclusões se podem retirar de um país tão vasto e com tanta história e diversidade cultural. Contudo ficaram impressões, sensações e ideias, tanto das experiências vividas, das realidades observadas como das informações trocadas com a população.

 

Língua e Escrita

Apesar de Turco ser uma língua completamente diferente onde poucas são as palavras comuns, surgem aqui e ali sons familiares, como o afrancesado “pardon” para pedir “com licença”. A saudação é dada por “merhábá” e agradece-se com o “texekkur”

Tendo a língua turca ligações com o árabe, a escrita foi durante séculos em caracteres arábicos, mas graças a Mustafa Kemal Atatürk, no anos de 1928, a língua turca foi transposta para o alfabeto ocidental, o que facilita muito em termos de orientação e localização e mesmo na aprendizagem de palavras mais básicas, como por exemplo a comida.

Em Istanbul e nas zonas com mais turistas, encontra-se quem fale inglês, por vezes fluentemente, outras o suficiente para uma comunicação básica para obter indicações e informações, sobre autocarros e horários, destinos, preços, etc… Contudo fora destas zonas, a situação mostra-se mais difícil, sendo raro conseguir comunicar em inglês com a população local, que apesar desta limitação não se poupa a esforços para ajudar, tanto recorrendo à linguagem gestual como chamando alguém mais novo que fale um pouco de inglês.

Do contacto com a população mais jovem, com estudos superiores ficou outra impressão, que já se encontra mais confortável em comunicar em inglês; contudo não parece ser um exemplo que se aplique a todo o país, sendo mais fácil encontrar alguém que domine o inglês em grandes meios urbanos, ou zonas que estejam habituadas a receber turistas, como foi o caso de Goreme e Istanbul.

 

Autocarros

Apesar da curta experiência na Turquia dispõe de um eficaz e moderno sistema de transportes, numa rede que abrange todo o país, existindo muitas empresas de transporte de passageiros. Os terminais de autocarros são geralmente amplos e modernos, limpos e organizados, com instalações sanitárias, zonas de estar e zonas de restauração. Nas cidades mais pequenas apresentam-se mais modestos, nas com condições confortáveis para se esperar algumas horas entre ligações de bus.

Nos autocarros de longo curso, destacam-se as empresas Kamil Koç e a Metro, pela vasta oferta de ligações entre as principais cidades, pelo eficaz serviço de informações e venda de bilhetes e pela qualidade dos autocarros, com ambas as companhias disponde de várias classes de serviço, desde o VIP mais espaçosos e onde é servido chá, água, etc… até aos serviços mais económicos com mais passageiros por autocarro e um pouco menos de conforto.

A boa qualidade das estradas e dos autocarros, mesmo das companhias mais modestas permite efectuar longas viagens de forma confortável.

Existem muitos serviços nocturnos. As estradas são boas e os autocarros têm qualidade, com algumas empresas a oferecerem também serviços VIP, fazendo das viagens de autocarro um popular e cómodo meio de transporte.

Reservar bilhete pela net não é possível para estrangeiros, pois é necessário introduzir o “TC” o número de identificação turco, não funcionado o número de passaporte ou outro documento de identificação.

 

Metro e Kamil Koç destacam-se nas viagens de bus
Metro e Kamil Koç destacam-se nas viagens de bus

Comboios

Não houve oportunidade para experimentar este modo de transporte.

A ligação Ankara-Tehran, o famoso Trans-Asia Express, foi cancelado devido a problemas na zona Este da Turquia, com conflictos com a população Curda, não havendo informações sobre possível reabertura (setembro 2015). Para informações mais actualizadas: http://www.seat61.com/Iran.htm#train

Os bilhetes devem ser reservados com antecedência em especial nas viagem ao fim de semana e próximos de festas religiosas como o Kurban Bayrami, onde muita gente se desloca para visitar a família; isto aplica-se também às viagens de autocarros e mesmo às de avião.

Nas viagens de comboio, assim como nos autocarros de longo curso, não é costume os homens ficarem sentado ao lado das mulheres, a não ser que sejam casais, familiares ou amigos; este sistema pode tronar complicada a compra de bilhetes nas alturas de maior procura, onde por vezes existem lugares vagos, mas nem sempre ao lado de uma pessoa do mesmo sexo.

http://www.seat61.com/Turkey2.htm

 

Religião

Apesar de todo o esforço de Ataturk para aproximar a Turquia das padrões ocidentais, remetendo a religião para segundo plano, a Turquia tem-se tornado nos últimos anos mais conservadora, com uma maior presença da religião muçulmana no dia-a-dia da população.

Oficialmente mais de 95% da população é Muçulmana, maioritariamente sunita, mas existindo ainda Alevis, Sufis e alguns Xiitas.

Desde as reformas sociais e politicas introduzidas por Ataturk a partir de 1926, a sociedade modernizou-se assim como a forma de vestir, que se tornou mais ocidental, levando ao abando gradual da tradição islâmica que obriga as mulheres a cobrir o cabelo, passando a ser uma opção de cada individuo.

Mas recentemente, com o aumento do poder dos grupos islâmicos e do fervor religioso, o uso do lenço na cabeça, que antes era somente uma tradição, volta a dominar encontrando-se frequentemente mulheres e jovens usando o hijab, que cobre a totalidade do cabelo, orelhas e pescoço, sendo bastante popular tanto em Istanbul como no resto do país. O uso de chador, manto preto envolvendo o corpo é mais frequente nas zonas mais conservadores, como por exemplo em Erzurum, não sendo raro encontrar e Istanbul, em Fatih e nas zonas dos bazares.

Blue Mosque, Istanbul
Blue Mosque, Istanbul

Dinheiro & ATMs

Existem caixas ATM por todo o lado, aceitando a maioria dos cartões Visa e Master Card, mas cobram comissão por cada levantamento. É também possível efectuar pagamentos por cartão de crédito, e mesmo algumas empresas de autocarros aceitam pagamento por cartão na viagens de longo curso.

Para poupar nos exagerados custos das comissões bancárias cobrados por cada levantamento fora da zona Euro, a outra opção é trazer dinheiro e trocar por Liras Turcas.

Em Istanbul, nas zonas mais turísticas é fácil encontrar lojas de câmbio, que aceitam dólares, euros, libras, etc…, e que geralmente não cobrarem comissão. Convém comparar os valores em várias lojas pois podem varias significativamente.

Outra opção são os ATMs,  onde algumas máquinas/bancos permitem efectuar a troca de dinheiro, introduzindo notas de dólar, euros ou libras, e que devolvem Liras Turcas, sem comissão e com uma taxa de câmbio muito próximo do que se encontra nas lojas.

Da experiência que tive, a melhor opção foi ir directamente ao banco… pode demorar um pouco, dependendo do numero de pessoas. É necessário perguntar, pois alguns cobram taxa ou têm um câmbio pouco atractivo (como por exemplo em Goreme onde só existe um banco). A melhor opção encontrada, foi o Ziraat Bankasi, com o facilmente identificável logo vermelho, onde encontrei a melhor taxa de câmbio, sem comissões.

Ziraat Bankasi
Ziraat Bankasi

 

Generosidade e hospitalidade

Estas são sem duvidas duas palavras que marcam a estadia na Turquia.

Um pouco por todo o lado as pessoas se mostram simpáticas e curiosas, sempre disponíveis para ajudar, seja dando indicações, ajudando a encontrar locais, prestando informações, oferecendo comida…

Esta simpatia ficou ainda mais evidente com a experiência de couchsurfing em Istanbul, Erzurum e Doğubayazıt, onde a palavra hospitalidade foi levada “à letra”, tendo partilhado casa com pessoas que desconhecia, que se disponibilizaram para ajudar, fornecendo informações e orientações, mostrando a cidade, na busca de transportes, e muito importante, confecionando e partilhando refeições e experiências de vida.

 

Curdos

Com a longa história de Impérios e civilizações que por aqui passaram, a Turquia alberga actualmente diversas minorias étnicas ou religiosas, como Arménios, Judeus, Gregos, Curdos e muitos outros grupos pertencente a países vizinhos ou a países que pertenceram ao Império Otomano. Contudo destes grupos, o maior em termos de população são os Curdos, que representam cerca de 15%, e que continuam a não ser reconhecidos com grupo étnico.

Detentores de uma cultura e língua próprias, mas sendo muçulmanos Sunitas, assim como os Turcos, nunca foram oficialmente reconhecidos, nem as regiões onde vivem, predominantemente na zona este e sueste da Turquia, foram apoiadas e desenvolvidas em paralelo com outras zonas do país, o que levou a um maior sentimento de exclusão quer continua até hoje a causar conflitos, e ansiando talvez por um Curdistão “a terra dos Curdos”.

Recentemente (Setembro 2015) ocorreram alguns conflitos na zona Este da Turquia, que levaram ao encerramento temporário da ligação ferroviária Trans-Asia Express que cruza a província de Van, junto à fronteira do Irão.

 

Atatürk

O “pais dos Turcos” está um pouco por todo o lado. Não se pode dizer que seja uma figura venerada, mas sem dúvida que é uma figura respeitada cuja imagem se encontra presente em muitos locais públicos, como lojas, restaurantes, cafés, hotéis… e nas notas de Liras Turcas.

Mustafa Kemal, de cognome Atatürk, tendo governado o país durante dezoito anos, representa um ponto de viragem na história da Turquia, criando medidas e reformas que mudaram radicalmente a política, justiça, economia e a sociedade, transformado a Turquia numa sociedade laica, mais próxima dos padrões europeus. Desenvolveu a industria, deu prioridade à educação, conferiu às mulheres igualdade política e social, baniu a poligamia, e aboliu o sistema político baseado nos Califados, onde o poder político estava reservado a religiosos islâmicos.

O seu nome encontra-se em avenidas e praças e no aeroporto internacional de Istanbul, e é sem dúvida o principal responsável pela sociedade moderna e desenvolvida que é hoje a Turquia.

Atatürk
Atatürk

 

Da curta passagem pela Turquia ficou a impressão de um país moderno, orgulhoso do seu passado, onde persiste o peso da religião e das tradições.

 

Erzurum

Erzurum é uma cidade que atrai poucos visitantes estrangeiros, não oferecendo muito mais do que estâncias de ski.

Contudo a Universidade aqui existente atrai muita população jovem, o que dá alguma vida a uma cidade cinzenta e fria, mesmo numa altura do ano em que o Outono mal chegou e ainda estamos longe das frias temperaturas que cobrem as montanhas que rodeiam a cidade de neve, que dura até Abril.

Sendo uma zona mais conservadora em termos religiosos, talvez pela proximidade com o vizinho Irão, em Erzurum não é vendido álcool nos supermercados e restaurantes, existindo contudo alguns bares e lojas de venda de bebidas alcoólicas.

A estadia em Erzurum foi curta, tendo sido necessária no itinerário para a fronteira com o Irão.

Erzurum
Erzurum
Yakutiye Madrash, Erzurum
Yakutiye Madrash, Erzurum
Erzurum
Erzurum
Erzurum
casa tradicional a Erzurum Evleri que funciona como restaurante e casa de chá, mantendo ao mesmo tempo uma atmosfera de museu

Onde ficar:

Como existem poucos hotéis e muitas casas partilhadas pela população estudantil, a opção em Erzurum foi para o Couchsurfing, onde fomos recebidos por um grupo de estudantes oriundos de diferentes regiões da Turquia, que foram excelentes anfitriões, mostrando a cidade, partilhando pontos de vista sobre a sociedade, culturas e tradições turcas… e sobretudo partilhando deliciosa comida caseira. Um generosidade e hospitalidade muito especiais.

Couchsurfing Crew @ Erzurum
Couchsurfing Crew @ Erzurum

Onde comer:

Sem duvida que as melhores refeições foram as servidas em casa, confeccionadas pelos nosso anfitriões, e que foram optimos exemplos da comida tradicional turca. Contudo pelo centro da cidade existem os habituais restaurantes e casas de refeições rápidas como borek e pide.

Sobressaiu a pastelaria Lüks Pastanesi, pelo delicioso pequeno-almoço, assim como pela variedade em termos de pão e pastelaria.

Transportes:

O terminal de autocarros fica bastante distante da cidade. As principais empresas de transporte disponibilizam shuttles desde o terminal até ao centro, sem custos.

Bilhetes de autocarro podem ser adquiridos nos vários escritórios das empresas de transportes existentes na Nazik Çarsisi Caddesi, uma das ruas perpendiculares à avenida principal da cidade, a Kongre Caddesi.

Para quem pretende atravessar a fronteira terrestre com o Irão (Gurbulak–Bazargan) precisa de encontrar um autocarro de Erzurum para Doğubayazıt, a ultima povoação antes da fronteira.

É dificil encontrar informações sobre horários desta ligação. Contudo pelas 10 horas da manhã parte um autocarro do Terminal de Erzurum. É também possível comprar o bilhete numa das agências existentes no centro da cidade que providenciam transporte até ao terminal a até determinados pontos da cidade onde o autocarro passa quando sai da cidade.

Convém reservar, com pleo menos um dia de antecedência, pois geralmente o autocarro vai cheio.

A viagem demora umas 3 a 4 horas. Custa 30 TL.

Agência de venda de bilhetes de bus, onde se pode comprar bilhetes para a povoação de Doğubayazıt, ultima paragem antes da fronteira com o Irão
Agência de venda de bilhetes de bus, na Nazik Çarsisi Caddesi, onde se pode comprar bilhetes para a povoação de Doğubayazıt, ultima paragem antes da fronteira com o Irão.
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Sou a Catarina, uma viajante de Lisboa, Portugal… ou melhor, uma mochileira com uma máquina fotográfica!

Cada palavra e foto aqui presente provém da minha própria viagem — os locais onde fiquei, as refeições que apreciei e os roteiros que percorri. Viajo de forma independente e partilho tudo sem patrocinadores ou anúncios, por isso o que lê é real e sem filtros.

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