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Stepping Out Of Babylon

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Colombo… entre o mar e o bazar

Colombo, a capital do Sri Lanka foi a ultima paragem num itinerário que durou um mês pela ilha do Sri Lanka, anteriormente chamada de Ceilão.

A cidade apresenta pouco motivos de interesse a nível turístico, histórico ou cultural, e dada a sua grande dimensão e trânsito fortemente congestionado, a juntar a clima quente e húmido, pouco entusiasmo despertam os passeios pela cidade.

A parte mais antiga da cidade é a chamada Colombo Fort, que em tempos esteve realmente limitada por muros, dos quais nada resta. Sobrevivem algum imponentes edifícios atestando o poder do colonialismo britânico, onde pelo meios nasceram modernos edifícios, destinados a escritórios e hotéis e habitações de luxo, fazendo desta zona, onde também se situa a residência oficial do presidente, numa calma, sofisticada e bastante policiada zona.

Near Colombo Train Station
Near Colombo Train Station
Colombo Fort
Colombo Fort

Não muito longe, a uma distância que pode facilmente ser feita a pé fica o Galle Face, um passeio que se entende ao longo do mar por cerca de um quilómetro. Durante o dia, sob o inclemente sol, poucos se aventuram por estes lados, mas depois das cinco horas da tarde, com o fim do dia de trabalho, este local começa a atrair muita da população local que aqui ocorre saboreando a brisa fresca do mar. Enquanto se assiste ao pôr-do-sol há tempo para saborear um snacks, vendido num dos mais de dez bancas que se alinham ao longo de Galle Face, curiosamente vendendo todos os mesmo tipo de snacks: pol roti, ulundhu vadai e parippu vada, o que não oferece grandes alternativas a quem quer comer algo sem ser frito.

Galle Face. Colombo
Galle Face. Colombo
Galle Face. Colombo
Galle Face. Colombo

Mas o que despertou mais interesse foi o passeio pelo bairro situada junto à estação de comboios de Colombo-Fort, o Pettah, um dos mais antigos bairros da capital Cingalesa, que actualmente está ocupado por um extenso bazar onde se pode encontrar um pouco de tudo, desde comida, tecidos, artigos electrónicos, joalharia, roupa, etc… Num ambiente confuso e movimentado, onde parece dominar o caos, o comércio em Pettah está organizado por ruas, onde cada uma destas artérias está direcionada para um determinado tipo de produtos.

Pettah. Colombo
Pettah. Colombo
Pettah. Colombo
Pettah. Colombo

Circulando pelas ruas de Pettah, que devido ao trânsito, ao elevado número de pessoas, aos vendedores ambulantes e à muita mercadoria empilhada nos passeios, parecem demasiado estreitas, movimentam-se apressadamente carregadores transportando mercadorias às costas ou empurrando carros-de-mão, num esforço acrescido pelo calor tropical que se sente desde o inicio do dia.

Pettah. Colombo
Pettah. Colombo
Pettah. Colombo
Pettah. Colombo

Assim a estadia em Colombo ficou marcada pelo fervilhante bazar de Pettah e pelos passeio junto ao mar, ao longo da Galle Face, saboreando a brisa morna vinda do mar.

 

Galle Face. Colombo
Galle Face. Colombo

Onde dormir em Colombo:

Em Colombo as opções mais baratas encontram-se mais para sul da cidade, pelo que quem pretende somente ficar por Colombo por uma ou duas noites, seja à chegada seja no fim da viagem, a melhor opção é ficar em Colombo-Fort. Em Colombo-Fort localizam-se a estação de comboios e dos dois terminais de autocarros, assim como a paragem de onde partem os autocarros com destino ao Aeroporto de Negombo, oficialmente chamado Bandaranaike International Airport.

Contudo Colombo-Fort é uma zona bastante cara em termos de alojamento, não existindo muitas opções. Num hostel, uma cama num dormitório custa cerca de 18€ (Cityrest Fort Hostel) pelo que a opção mais barata surgiu no YMCA, uma instituição centenária que ocupa um edifício igualmente antigo.

Não sendo muito bem referenciado nos guias turísticos, YMCA Colombo oferece condições razoáveis para uma estadia na cidade, disponibilizando uma gama bastante variada de quartos, desde dormitórios, até quartos duplos. As casas de banho são partilhadas. Os quartos assim como as casas-de-banho necessitam de algumas reparações, mas o básico está assegurado. Os quartos dispõem de mobília antiga e pesada o que combina com o estilo austero dos quartos e corredores, tudo contribuindo para criar uma atmosfera cativante que faz esquecer as pequenas falhas e algum falta de conforto. Um bom local para ficar em Colombo, contudo com o preço demasiado elevado para as condições oferecidas.

YMCA Colombo

Address: 39, Bristol Street, Colombo 01

Tel: 011-2325252/3

Email: ymcacbo@sitnet.lk

Dorm (male or female): 1500 LKR

Single room: 2050 LKR, shared toilette

YMCA Colombo
YMCA Colombo
YMCA Colombo
YMCA Colombo
YMCA Colombo
YMCA Colombo
YMCA Colombo
YMCA Colombo
YMCA Colombo. Rates
YMCA Colombo. Rates
YMCA Colombo
YMCA Colombo

Uma outra alternativa para quem não pretende passar muito tempo em Colombo, ou só umas horas entre comboio, avião ou autocarro, é ficar na zona de Pettah. Mesmo em frente à estação de comboios de Colombo-Fort, do outro lado da rua, ficam várias pensões ou guest houses que alugam quartos, geralmente por cima de restaurantes ou de lojas. A zona é movimentada e barulhenta, mas para uma estadia curta pode ser uma boa opção.

Room in front of Colombo-Fort Train Station. Colombo
Room in front of Colombo-Fort Train Station. Colombo

Onde comer em Colombo:

Da estadia de duas noites em Colombo ficaram dois locais muito recomendáveis:

Uma das opções foi em Pettah para saborear um delicioso rice and curry, em atmosfera local, num restaurante predominantemente frequentado por muçulmanos, mas onde facilmente se encontra comida vegetariana:

Hotel Bankshall

Address: 57, Bankshall Street. Petah, Colombo 11

Neste “hotel” que nada tem a ver com aluguer de quartos, serve-se entre outras coisas, um apetitoso rice and curry por 110 rupias, com direito a “refill” e a muitos sorrisos no meio dos olhares curiosos dos restantes clientes pouco habituados a estrangeiros neste local.

Hotel Bankshall
Hotel Bankshall
Rice and curry at Hotel Bankshall, Pettah. Colombo
Rice and curry at Hotel Bankshall, Pettah. Colombo

 

Em Colombo-Fort, dois quarteirões por trás da YMCA encontra-se o Ruhunu Food Center, um restaurante que serve desde rice and curry, a snacks, sandwiches, hoopers, roti, kotu… muito movimentado e um pouco confuso, mas com comida muito boa e servida com simpatia. Mesmo ao jantar é possível encontrar aqui rice and curry, o que é invulgar no Sri Lanka, onde este prato fica geralmente reservado para o almoço.

Ruhunu Food Center

Address:  Lotus Rd, Colombo 01 (perto da Sri Lanka Telecom e da Sir Baron Jayathilaka Mawatha Road)

Ruhunu Food Center
Ruhunu Food Center

Transportes em Colombo:

Em Colombo as distâncias são grandes com a cidade a estender-se por alguns quilómetros ao longo do mar, pelo que o tuk-tuk será uma boa opção, apesar do trânsito ser intenso, ruidoso e o ar poluído.

Os autocarros são de longe a solução mais barata, e dada a grande oferta, de certo que se encontra um autocarro para qualquer zona da cidade.

Contudo, a minha experiência ficou-se pelas caminhadas a pé, entre Pettah, Fort e Galle Face.

Em Colombo-Fort estão concentrados os principais transportes públicos que servem a cidade e também os que se destinam a outros pontos do país: estação de comboios (Colombo-Fort), e dois terminais de autocarros, Colombo Central Bus Stand e Bastian Mawatha Bus Station, tudo situado num raio de 500 metros.

 

Como ir de Colombo para o Aeroporto (Negombo):

How to go from Colombo to the Airport

 

População de Colombo: 650.000

Altitude de Colombo: 9 metros

Sigiriya e a subida à Lion Rock

Sigiriya não estava na “lista”… demasiado caro, demasiado turística, sendo o local mais visitado do Sri Lanka. Mas nem tudo acontece como planeado, e o facto de em Dambulla ter encontrado um confortável poiso, a estadia prevista de uma noite estendeu-se por duas. E o facto da entrada das Cave Temples de Dambulla ser gratuita, criou um espécie de necessidade de usar o dinheiro e o tempo de forma “útil”. Assim, pela proximidade impôs-se quase naturalmente a visita a Sigiriya, ao quase se juntou um certo desafio por subir os 200 metros que separam o topo da rocha do terreno circundante.

Lion rock. Sigiriya
Lion rock. Sigiriya
Sigiriya
Sigiriya
Sigiriya
Sigiriya
Lion rock. Sigiriya
Lion rock. Sigiriya
Sigiriya
Sigiriya

O balanço foi pouco satisfatório, maioritariamente pelo elevado numero de visitantes, que não permitiu disfrutar do espaço, mas essencialmente pelo comportamento de algumas pessoas, que desrespeitando o facto de ser um local sagrada para os budistas, pois chegou a ser um mosteiro, não se privam de fumar ou beber cerveja, práticas que são proibidas no local.

A subida está sujeita a alguma tensão com os empurrões e o desrespeito pela ordem da fila; no topo o ambiente é de euforia para encontrar o melhor local para tirar as selfies… mas nem tudo foi negativo. A chegada ao topo, onde deslizava uma suave brisa capaz de arrefecer o corpo suado da subida, que nada tem de difícil mas onde o calor tropical faz pesar o corpo.

Lion rock. Sigiriya
Lion rock. Sigiriya
Lion rock. Sigiriya
Lion rock. Sigiriya
Lion rock. Sigiriya
Lion rock. Sigiriya
Lion rock. Sigiriya
Lion rock. Sigiriya
Lion rock. Sigiriya
Lion rock. Sigiriya

Descansando sob a sombra protetora de uma árvore, assistiu-se à subida suave da neblina que turvava o horizonte, trazendo definição aos contornos das montanhas que ao longe forma uma barreira. Olhando nas restantes direções a paisagem de um verde tropical rasgada aqui e além pelo vermelho ferroso do solo, estende-se numa infinita planície.

View from Lion rock. Sigiriya
View from Lion rock. Sigiriya
View from Lion rock. Sigiriya
View from Lion rock. Sigiriya
View from Lion rock. Sigiriya
View from Lion rock. Sigiriya
View from Lion rock. Sigiriya
View from Lion rock. Sigiriya

Com o avançar da manhã, que trouxe consigo um céu azul e um sol brilhante, afastando a neblina e fazendo a temperatura subir, a Lion Rock assistiu serena à debandada da maioria dos visitantes, proporcionado um calmo passeio pelo local onde se podem apreciar as ruínas do que outrora foi o palácio do Rei Kasyapa que em meados do século I D.C fundou aqui a capital do Reino.

Palace ruins at the top of Lion Rock. Sigiriya
Palace ruins at the top of Lion Rock. Sigiriya
Palace ruins at the top of Lion Rock. Sigiriya
Palace ruins at the top of Lion Rock. Sigiriya
Palace ruins at the top of Lion Rock. Sigiriya
Palace ruins at the top of Lion Rock. Sigiriya
Lion rock. Sigiriya
Lion rock. Sigiriya
Palace ruins at the top of Lion Rock. Sigiriya
Palace ruins at the top of Lion Rock. Sigiriya

 

Sigiriya Ticket:

Como todo o Património Classificado pela UNESCO no Sri Lanka, Sigiriya tem também um elevado custo de entrada, 4200 LKR, o que equivale a 27€, muito mais caro do que um bilhete para visitar o Museu do Louvre (15€) ou o Museu do Vaticano (16€).   O que faz da visita aos locais históricos/turísticos do Sri Lanka, como por exemplo Sigirya, Polonnaruwa ou Anuradhapura, mais cara do que os mais famosos locais da Europa.

A população local paga um valor irrisório, no caso de Sigiriya é de 50 LKR, equivalente a 0.30€) ou tem por vezes direito a entrada gratuita, como é o caso do Buddha Tooth Relic Temple, em Kandy.

O elevado valor serve para preservação dos locais, não estando disponível informação relevantes no local, nem sendo distribuída qualquer brochura ou mapa que permita uma melhor interpretação do local.

Para além da questão da descriminação no preço dos bilhetes, entre população local e estrangeiros, que pode ser até certo ponto aceitável, os valores cobrados aos visitantes são deveras elevados, por vezes 90 vezes mais caros!!!!!… e tudo isto subsidiado pela UNESCO, que por sua vez é financiada por dezenas de países, entre eles os países dos “estrangeiros” que visitam o Sri Lanka!!!

Sigiriya Ticket: 4200 LKR (30$)

Sigiriya Fee
Sigiriya Fee
Sigiriya Ticket
Sigiriya Ticket

Para quem está com orçamento limitado não faz sentido nenhum subir à Lion Rock, sendo preferível subir e visitar a Pidurangala que custa 500 LKR, e de onde se tem um bom ponto de observação da paisagem, e uma vista privilegiada para a Lion Rock.

Para se alcançar Pidurangala, estando de frente para a entrada da Lion Rock é necessário caminhar para a esquerda e caminhar cerca de 15 minutos, seguindo as setas. No percurso passa-se a entrada Norte da Lion Rock, e aí virar à esquerda até chegar a uma zona onde alguns tuk-tuks esperam.

Way to Pidurangala. Sigiriya
Way to Pidurangala. Sigiriya
Way to Pidurangala. Sigiriya
Way to Pidurangala. Sigiriya

 

Melhor altura do dia para visitar Sigiriya:

De acordo com os guias turísticos a melhor altura para visitar a Lion Rock é de manhã cedo, e como este é um conselho seguido por muita gente faz com que “de manhã cedo” seja a altura mais concorrida do dia, com o pico de afluência entre as 9h e as 10h… pelas 11 horas nota-se um decréscimo significativo de visitantes, com muitos a descer e a encaminharem-se para os autocarros de turismo, deixando de haver fila para entrar ou para subir a escadas de acesso à Lion Rock.

A alternativa é chegar antes dos grandes grupos de excursões, que geralmente vêm de Kandy e que chegam perto das 9h, ou seja, chegar ao local na hora de abertura. Esta opção tem o inconveniente de por vezes as manhãs serem um pouco nubladas o que não permite uma visão clara da paisagem em redor.

Quanto ao calor, argumento apontado para se ir cedo, é um pouco indiferente dado que mesmo de manhã as temperaturas são suficientemente elevadas para deixar qualquer um a pingar suor com a caminhada para atingir o topo da rocha.

Por tudo isto, a melhor altura é ir chegar depois das 11 horas… e quem estiver interessado pode começar cedo por visitar Pidurangala e só depois encaminhar-se para a Lion Rock… pois é uma subida fácil por escadas e rampas.

Entrance. Sigiriya
Entrance. Sigiriya
Lion Rock. Sigiriya
Lion Rock. Sigiriya

Onde dormir em Sigiriya:

Em volta da zona arqueológica existem muitas opções desde hotéis, resorts, boutique hotel, guest houses, etc…

A opção foi ficar em Dambulla, onde os preços são mais baixos, e onde se tem facilmente acesso às Cave Temple, na familiar e agradável Gold Rock Guest House. Do Dambulla Bus Terminal, a cerca de 1.5 quilómetros partem autocarros directos para Sigiriya, de 30 em 30 minutos. Em frente à entrada principal do Cave Temples passam autocarros que param no Dambulla Bus Terminal que facilitam esta deslocação.

Gold Rock Guest House

Address: 45, Kandy Road, Dambulla

Contact: 066 2248 114, 71 118 8958

Email: guestgoldrock@gmail.com

Quarto para uma pessoa, com casa de banho: 1000 LKR

No Wi-fi

(link)

Onde comer em Sigiriya:

Junto à bilheteira existe uma cafetaria. Não existem vendedores ambulantes de comida em Sigiriya. À saída de Sigiriya, caminhado na direção da estrada nacional (Anuradhapura Road) encontram-se alguns restaurantes servindo comida local e internacional a preços inflacionados.

Assim a melhor opção foi comprar comida antes de inicial o passeio, e saboreá-la no topo da Lion Rock. No interior do Dambulla Bus Terminal existem várias lojas que vendem rotis, chamussas e outros snacks que podem facilmente ser embalados para takeaway e servir de refeição. Na Kandy Road entre o terminal de bus e a Clocktower, encontram-se alguns restaurantes que oferecem um pouco mais de variedade, com hoppers e string hoppers recheados com uma mistura de côco e açúcar.

sweet string hoppers (lavariya). Dambulla
sweet string hoppers (lavariya). Dambulla

Como ir de Dambulla para Sigiriya:

Do Dambulla Bus Terminal partem autocarros de 30 em 30 minutos, desde as 6 a.m. até 6 p.m., com destino final Sigiriya.

Bus Ticket Dambulla – Sigiriya: 40 LKR

A viagem de bus demora 1 hora para fazer os 18 quilómetros que separam os dois locais.

O autocarro deixa os passageiros a uma curta distância da entrada, cerca de 10 minutos de calma caminhada, de onde se pode ir vendo a Lion Rock.

Este autocarro tem uma paragem na estrada nacional (Trincomalle-Dambulla) pelo que vem de autocarro não tem necessariamente que ir até Dambulla, podendo apanhar este autocarro à entrada da Sigiriya Road (Inamaluwa Junction), que liga a estrada nacional à Lion Rock.

Dambulla Bus Terminal
Dambulla Bus Terminal
Bus from Dambulla to Sigiriya
Bus from Dambulla to Sigiriya
Bus from Dambulla to Sigiriya
Bus from Dambulla to Sigiriya

Como ir de Sigiriya para Dambulla:

Abandonando a Lion Rock, e caminhado de volta à estrada principal, ou seja caminhado primeiro para Sul e depois para Este.

Na estrada principal não existe numa indicação de paragem, mas basta esperar junto à berma pelo autocarro de regresso a Dambulla.

Bus from Dambulla to Sigiriya
Bus from Dambulla to Sigiriya

Dambulla… a cidade e o mercado

A cidade de Dambulla situa-se estrategicamente no “centro” do chamado triângulo cultural que passa por Kandy-Anuradhapura-Polonnaruwa, sendo ponto de passagem obrigatório e muitas vezes “base” para quem pretende visitar Sigiriya, local sagrado para os Budistas e marco incontornável na história e cultura Cingaleses.

School girls at Kandy Road. Dambulla
School girls at Kandy Road. Dambulla

Mas por si só Dambulla tem motivos suficiente de interesse para aqui se ficar pelo menos por um dia, e a cidade em si apesar de não ter grandes atractivos para além Cave Temples, sendo atravessada por duas estradas nacionais, possui um animado mercado grossista de frutas e legumes que por si só oferece um espetáculo animado e colorido, com o intenso movimento de pessoas e mercadorias.

Dambulla Market
Dambulla Market
Dambulla Market
Dambulla Market
Dambulla Market
Dambulla Market
Dambulla_Market_DSC_8376
Dambulla Market
Dambulla Market
Dambulla Market

Parecendo à primeira vista um local sem importância para quem visita Dambulla, estando fora dos roteiros turísticos, o mercado situado entre o terminal de autocarros e os Cave Temples, proporciona um ambiente intenso e animado. É claramente um território masculino, dividido entre motoristas, carregadores, comerciantes e vendedores ambulantes, que numa azáfama constante compram, vendem mercadorias, num espaço amplo mas totalmente atafulhado de camiões, carrinhas, carros-de-mão… Pelo meio circulam carregadores, que transportam os produtos às costas ou sobre os ombros, num esforço intenso que deixa os corpos secos e musculados.

Ninguém se passeia por aqui e toda a gente parece absorvida nas suas tarefas, onde a rotina tornou os gestos mecânicos. Contudo, um estranho, ainda para mais mulher e estrangeira, é sempre motivo de curiosidade que faz interromper algumas conversas. Mas uma troca de olhares, é-nos sempre devolvido um sorriso, que contagia e se propaga pelos grupos de homens, que muitas vezes competem entre si para aparecer numa fotografia, que os deixa orgulhosos e de certo com tema de conversa para os próximos minutos…

Dambulla Market
Dambulla Market
Dambulla Market
Dambulla Market
Dambulla Market
Dambulla Market
Dambulla_Market_DSC_8380
Dambulla Market

Onde dormir em Dambulla:

A melhor opção é ficar próximo das Dambulla Caves, que ficam a uma distância razoável de ser feita a pá do terminal de autocarros.

Mesmo em frente à entrada do templo, do outro lado da estrada (Kandy Road) fica um terreiro ao longo do qual se alinham paralelamente à estrada diversas habitações. Algumas delas alugam quartos, outras funcionam mais como hotéis.

Road to guest houses near the entrance of Cave Temples
Road to guest houses near the entrance of Cave Temples

Recomenda-se a Gold Rock Guest House, ao lado do “Oasis Tourist Welfare Center” que vem mencionada nos guias turísticos e que está geralmente cheia. A Gold Rock Guest House, situa-se numa casa familiar, onde o piso de cima é ocupado pela família, com os quartos para alugar disponíveis no piso térreo, rodeado por um agradável jardim. O ambiente é muito agradável e confortável com a família a mostrar-se muito simpática e prestável, disponibilizando todas as informações. Os quartos são bons, limpos e cuidados. A localização é óptima a menos de 2 minutos a pé da Temple Cave e a menos de 10 minutos do Terminal de Bus de Dambulla.

Para além de isto tudo a estadia de duas noites em Dambulla, proporcionou agradáveis conservas com a proprietária da casa, uma professora de inglês, que permitiu ficar a conhecer um pouco mais da cultura, hábitos e tradições Cingaleses, que de outra forma são difíceis de apreender. A generosidade estendeu-se até à oferta de um delicioso rice and curry preparado pela proprietária, onde o delicado sabor do óleo de côco marcou a diferença de entre os muitos “rice and curry”’s degustados ao longo da estadia no Sri Lanka.

Gold Rock Guest House

Address: 45, Kandy Road, Dambulla

Contact: 066 2248 114, 71 118 8958

Email: guestgoldrock@gmail.com

Quarto para uma pessoa, com casa de banho: 1000 LKR

No Wi-fi

Gold Rock Guest House. Dambulla
Gold Rock Guest House. Dambulla
Gold Rock Guest House. Dambulla
Gold Rock Guest House. Dambulla
Gold Rock Guest House. Dambulla
Gold Rock Guest House. Dambulla
Family from Gold Rock Guest House. Dambulla
Family from Gold Rock Guest House. Dambulla
Contacts. Gold Rock Guest House. Dambulla
Contacts. Gold Rock Guest House. Dambulla

Onde comer em Dambulla:

Perto do Dambulla Bus Terminal (Kandy Road) existem várias opções, com alguns restaurantes abertos logo pela manhã, com deliciosos coconut hopper, sweet string hoppers e os habituais rotis, chamussas, e demais snacks fritos que se podem encontrar também ao longo do dia. Pelo fim da tarde é tempo para os kotu e rotis. Pela hora de almoço não é difícil encontrar um rice and curry, mas que esgota cedo, pelo que não se recomenda adiar o almoço.

sweet string hoppers (lavariya). Dambulla
sweet string hoppers (lavariya). Dambulla

Do lado oposto à paragem dos autocarros privados (Anuradhapura road) encontra-se um restaurante muito recomendável com comida Cingalesa.

… mas a melhor refeição foi proporcionada na Gold Rock Guest House, com um rice and curry caseiro… um delicioso exemplo da hospitalidade Cingalesa.

home made rice and curry
home made rice and curry

 

Internet e wi-fi:

Existe um posto de Internet que também disponibiliza wi-fi na Kurunegala Road, muito próximo da Clock Tower, num primeiro andar por cima de uma loja de electrónica.

Clock Tower. Dambulla
Clock Tower. Dambulla

Transportes em Dambulla:

Dambulla tem um Terminal de autocarros (Dambulla Bus Terminal) situado na Kandy Road, a cerca de 10 minutos do Dambulla Cave Temples, e daqui partem autocarros para Sigiriya e Kandy.

Dambulla Bus Terminal
Dambulla Bus Terminal

Mas caso se pretenda ir de Dambulla para Trincomalee ou para Colombo, é necessário procurar o local onde param os autocarros privados que fazem com elevada regularidade a ligação entre a costa Este e a capital e que passam obrigatoriamente por Dambulla. Este autocarros fazem paragem na Anuradhapura Road, junto a uma árvore de mangas… sim! Parece estranho mas este é o ponto de referência usado pela população local… mango tree. A concentração de tuk-tuk neste local também serve para localização da paragem, que não tem qualquer sinalização ou abrigo, mas onde geralmente estão parados alguns autocarros esperando passageiros, antes de seguirem viagem.

Private bus stop at Anuradhapura Road. Dambulla
Private bus stop at Anuradhapura Road. Dambulla

Esta paragem fica a cerca de 700 metros do Dambulla Bus Terminal, caminhando para norte desde o terminal até à Clock Tower, e aí virar à direita, e caminhar mais uns 200 metros.

Para quem fica alojado junto ao Cave Temples, e quer chegar à paragem dos autocarros privados, tem que fazer uma caminhada de um pouco mais de 2 quilómetros, o que é possível de ser feito a pé. Mas para facilitar pode-se apanhar um dos muitos autocarros que pára em frente à entrada principal do Cave Temples e perguntar por um que pare na “Clock Tower” ou “private bus”. O bilhete custa 10 ou 20 LKR. Um tuk-tuk custa 100 LKR.

Kandy Road. Dambulla
Kandy Road. Dambulla
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Dambulla Temple Caves. Entrance near Kandy road

 

População de Dambulla: 70.000

Altitude de Dambulla: 168 metros

Uppuveli Beach, Trincomalee e a chuva

O primeiro som que nos chega de manhã das adormecidas ruas de Uppuveli é o “Für Elise”, uma popular composição de Beethoven, que tocado numa versão simplificada anuncia a passagem do vendedor de pão e bolos, que conduz lentamente o seu triciclo motorizado que funciona ao mesmo tempo de loja. Um contraste entre a sofisticada melodia e a simplicidade do local… uma praia na costa Este do Sri Lanka, orlada pelo verde dos coqueiros e vegetação tropical.

Uppuveli é somente uma pequena povoação, disposta num reticulado de ruas entre a estrada nacional e a praia, situada a 4 quilómetros a Norte da cidade de Trincomalee, o maior aglomerado populacional da costa Este da ilha. Dada a configuração da costa que forma uma baía, protegida da fortes correntes do Oceano Indico, por um pequeno cabo, a ondulação não é tão forte, o que permite uns banhos de mar descontraídos, com a memorável temperatura da água, que se mantem morna apesar do invernoso céu cinzento.

Uppuveli Beach. Trincomalee

O cantar dos galos, as vacas a pastar pela berma da estrada, a quietude do lugar fazem-nos esquecer que Uppuveli é uma das mais populares praias da costa Este, mas que em Janeiro, época das chuvas, se encontra praticamente deserta com excepção actividade dos pescadores, que continuam rotineiramente a reparar as redes enquanto gralhas enchem o ar com o característico grasnar rouco e persistente.

Uppuveli Beach. Trincomalee
Uppuveli Beach. Trincomalee
Uppuveli Beach. Trincomalee, where the currents bring a significant amount of garbage that spread along the sea line
Uppuveli Beach. Trincomalee, where the currents bring a significant amount of garbage that spread along the sea line
Uppaveli_DSC_7847
Uppuveli village with signs of the Tsunami 2004
Uppuveli Beach. Trincomalee
Uppuveli Beach. Trincomalee
Uppuveli Beach. Trincomalee
Uppuveli Beach. Trincomalee

Durante a época das chuvas o céu enche-se facilmente de nuvens, que nem sempre trazem chuva, com o azul do mar a ganhar tons escuros, e a rebentação das ondas a espalhar uma espuma branca pela areia que sem sol, se mostra escura. Uma caminhada junto ao mar, remete-nos para os passeios pela praia durante o Inverno no litoral Português, mas aqui a brisa morna que vem do mar e a água tépida que nos molha os pés, contrastam e criam um choque com essa memória fria.

Com o fim do dia, o sol esconde-se por trás da floresta tropical, fazendo crescer as sombras dos coqueiros que aos poucos conquistam o areal, deixando-nos na sombra enquanto o mar ainda reflecte os últimos raios de sol

Uppuveli
Uppuveli

Trincomalle, à semelhança de Batticaloa, localiza-se numa península, o que anunciava a possibilidade de agradáveis passeios pela cidade, mas a chuva persistente que durou mais do que um dia puseram de parte este plano, antecipando a partida de Trincomalee, que ficou para trás envolta num manto cinzento.

... leaving Trincomalee
… leaving Trincomalee

Onde dormir em Uppaveli:

Sendo uma das mais populares praias da costa Este, juntamente com Arugam Bay, existe uma grande oferta em termos de alojamentos, mas que nesta altura do ano, Janeiro, época das chuvas, se encontram maioritariamente fechados. Sobram os resorts mais sofisticados, alguns hotéis, as guest houses e muitas casas que alugam quartos (homestays). Nesta altura do ano (Janeiro) os preços mais baratos rondavam os 1000 LKR para um quarto.

Como o autocarro deixa os passageiros junto à entrada principal de Uppaveli, o mais natural é ir caminhado pelas ruas da povoação até chegar à praia. Entrando pela Beach Road, que apesar de ser o principal acesso à praia, tornou-se num zig-zagerar por entre casas e onde a construção de resorts bloqueou o acesso directo.

Chegando à praia, pode-se caminhar para o lado esquerdo, e encontrar uma sequência de alojamentos, mais sofisticados e mais ao estilo de resorts. Por trás encontram-se, as casas da população local onde muitas alugam quartos e pelo meio alojamentos que por estarem longe da praia têm preços mais atractivos.

Foi o caso do Sunrise Hotel, com excelentes quartos, numa zona sossegada a uns 5 minutos do areal, e que por estar vazio foi possível negociar o preço para 1000 LKR por noite. O staff é pouco simpático e o local não tem “atmosfera” mas os quartos são muito bons comparados com muitos outros visitados, que pelo mesmo preço oferecem locais sem condições.

 

Sunrise Hotel

Address: No. 49, Alles Garden, Trincomalee, Sri Lanka

Free wi-fi, mas não em todos os quartos, sendo necessário ir por vezes para o restaurante.

Sunrise Hotel. Uppuveli. Trincomalee
Sunrise Hotel. Uppuveli. Trincomalee
Sunrise Hotel. Uppuveli. Trincomalee
Sunrise Hotel. Uppuveli. Trincomalee

Mas chegando à praia, e caminhando para o lado direito, na direção dos barcos de pesca encontram-se outro tipo de alojamentos, mas modestos mas com mais ambiente. Para quem sai do autocarro na estrada nacional, é necessário caminhar um pouco para trás em direção a Trincomalee, até chegar a uma gigantesca igreja cristã (Holy Cross Convent), de arquitectura moderna, que fica do lado direito. Do lado esquerdo, mesmo em frente fica outro acesso à praia de Uppaveli, que é o mais fácil para chegar ao “French Garden”, “Regist Guest House” e “Anton Guest House”, entre outras existentes na mesma zona.

accommodation at Uppuveli. Trincomalee
accommodation at Uppuveli. Trincomalee
accommodation at Uppuveli. Trincomalee
accommodation at Uppuveli. Trincomalee

Onde comer em Uppuveli:

Alguns hotéis têm restaurante e pelas pequenas ruas de Uppuveli encontra-se um ou outro restaurante de comida local, que contudo têm preços demasiado inflacionados.

A solução mais económico é ir até à estrada nacional, e caminhar um pouco para norte, não mais do 200 metros, até chegar a um entroncamento, em redor do qual se reúne algum comercia, como uma frutaria, algumas lojas e um restaurante que serve roti e kotu. Caso se encomende serve também rice and curry, mas numa versão modesta e pálida, por 150 LKR.

Contudo o kotu é bastante bom assim como os rotis, tendo-se contudo destacado os coconut hoopers que feitos pela manhã desaparecem rapidamente. O local não tem nome, mas é o único sítio que serve comida nesta zona da estrada que liga Trincomalee a Nilaveli.

Roti and Kotu restaurant at Neraveli Road
Roti and Kotu restaurant at Nilaveli Road
Coconut Hoppers. rstaurant at Neraveli Road
Coconut Hoppers. rstaurant at Neraveli Road

Transportes de Trincomalee para Uppuveli:

Os autocarros para Uppuveli partem do lado esquerdo do terminal. Contudo algum dos autocarros com direção a Nilaveli nem sempre param em Uppuveli. Não há indicações pelo que é necessário perguntar aos motoristas ou a algum funcionário que se encontre no local.

Bus Ticket: 20 LKR.

A viagem não demora mais do que 15 minutos

Às 13.30h parte do lado direito do terminal, na mesma zona onde estão os autocarros privados para Colombo e Kandy um autocarro que passa em Uppuveli.

 

Para quem está em Uppuveli, em frente ao entroncamento onde se situa o pouco comércio encontra-se um paragem de bus, onde passa de hora a hora, às horas certas, um autocarro para Trincomalee. Atenção que nem todos os autocarros param nesta paragem.

Trincomalee, in front of the bus Terminal... some restaurants and roti shops
Trincomalee, in front of the bus Terminal… some restaurants and roti shops

Como ir de Trincomalle para Colombo ou Dambulla de bus:

Do terminal de autocarros de Trincomalle, cómodamente situada junto ao centro da cidade, partem regularmente autocarros com destino a Colombo que param em Dambulla.

Existem também autocarros da companhia estatal SLTB, de cor vermelha, com destino a Colombo e que demoram quase 3 horas a chegar a Dambulla.

Bus Ticket Trincomalle-Bandulla: 132 LKR (3 horas)

Trincomalee_Bus Terminal_DSC_7884
Bus from Trincomalee to Colombo, that stops at Dambulla (SLBT, the red governmental buses)
Bus Trincomalee to Colombo_Schedule_DSC_7808
Schedule. Bus from Trincomalee to Colombo, that stops at Dambulla

Batticaloa e os Burghers

Sobre Batticaloa, pode-se afirmar que se encontra fora do itinerário turístico, em parte por ter sido bastante fustigada pela guerra civil que durou 25 anos e somente terminou em 2009, pelos poucos atractivos em termos de património histórico e religioso e acima de tudo pela remota localização a meio da costa Este do Sri Lanka, totalmente afastada fora do chamado “triângulo cultural” que inclui Kandy, Polonnaruwa e Anuradhapura.

E de facto à chegada constata-se que assim é, pois não se encontra durante um dia inteiro mais nenhum estrangeiro, pelo reduzido numero de alojamentos no centro da cidade e acima de tudo pelos olhares ávidos da maioria da população, que se mostra muito curiosa e ao mesmo tempo muito tímida.

Mas mostrou-se bastante atractiva, com uma privilegiada localização no extremo de uma península com o mar de um lado e a ria do outro, fazendo parecer quase uma ilha, pois quando se caminha pela cidade rapidamente nos deparamos com água, que cria um agradável obstáculo.

Batticaloa
Batticaloa
Batticaloa
Batticaloa
Batticaloa
Batticaloa
Bridge that link Puliyanthivu to the modern town. Batticaloa
Bridge that link Puliyanthivu to the modern town. Batticaloa
Batticaloa
Batticaloa

 

E a parte antiga de Batticaloa, Puliyanthivu, é de facto uma ilha, onde se situa o antigo forte solidamente construído pelos Holandeses, assim como muitos edifícios destinados a habitação, colégio, escolas, hospitais e igrejas cristãs, onde domina a arquitectura colonial ao estilo europeu, quase sempre rodeados de altos muros de pedra, cujos portões metálicos deixam vislumbrar.

Pelas ruas tranquilas desta parte da cidade, que se alcança facilmente por uma das pequenas pontes que liga a ilha à parte moderna da Batticaloa, mulheres caminham lentamente absorvidas na sua conversa, homens deslizam suavemente de bicicleta, caminham crianças saindo da escola, cujo imaculado uniforme branco parece que nos leva de volta para os tempos da presença britânica.

Batticaloa
Batticaloa
Batticaloa
Fish market on the side of the road. Batticaloa
Batticaloa
Batticaloa
Clock tower. Batticaloa
Clock tower. Batticaloa
Comercial area of Puliyanthivu. Batticaloa
Comercial area of Puliyanthivu. Batticaloa

Do outro lado, na parte “nova” da cidade pouco à de interessante com excepção da vista para vários pontos da laguna e pelo mercado local, simplesmente designado Batticaloa Market, onde no interior se vendem produtos alimentares e à volta se alinham lojas de variado tipo de comércio.

Batticaloa
Batticaloa
Batticaloa
near the market. Batticaloa

Mas Batticaloa juntamente com a cidade de Trincomalee são zonas onde se concentra o maior numero de burgers, nome que identifica os descendentes de portugueses e de holandeses que por laços familiares se foram ligando à população cingalesa, desde o século XVI, criando um grupo étnico com língua própria, o crioulo, e professando a religião cristã, que ainda hoje se mantêm apesar da passagem dos ingleses que aqui deixaram a religião protestante.

Da presença portuguesa ficaram nomes, os Silva, os Pereira ou Perera, os Fonseca… em nomes de actividades comerciais, em nomes de ruas, inscritos em placas que identificam consultórios médicos ou gabinetes de advogados… mostrando que esta pequena população de burgher detém um estatuto elevado na sociedade Cingalesa.

Em Batticaloa encontra-se a “Lourenço de Almeida Social & Cultural Centre”, uma associação cultural pertencente à “Sri Lankan Portuguese Burgher Foundation”, que desenvolve diversas actividades sociais na região Este do Sri Lanka. Da curta estadia em Batticaloa, que foi mais uma paragem para descanso no itinerário entre Arugam Bay e Trincomalee, não houve oportunidade para descobrir a cultura Burgher, mas num passeio pelas ruas surgiu um encontro com duas raparigas, uma delas de olhos verdes e pele clara, que depois de elogiada pelos bonitos olhos, respondeu orgulhosamente “I am a burgher”.

A presença dos burghers, que representam cerca de 0.3% da população do Sri Lanka, é discreta para quem circula na cidade, mas aqui nota-se claramente a influência da cultura Tamil, dominante no Norte da ilha, e que aqui já se faz notar pelos numero de templos hindus, pelos traços fisionómicos e pela pele escura de muitos dos habitantes… e até no rice and curry que aqui adquire outro sabor, que nos transporta para a Índia.

 

De Pottuvil para Batticaloa:

A estrada que liga Pontuvil até Batticaloa, desenvolve-se sempre ao longo da costa. Contudo desta proximidade pouco se avista do mar, mas como compensação a paisagem que se avista da estrada é dominada pela água… seja em lagoas, pântanos e lagunas cobertas de nenúfares e salpicadas pela brancura das garças, seja pelos extensos campos de arroz que em algumas zonas mostram o verde claro dos jovens rebentos mas que noutros locais se tingem de tons dourados das espigas maduras.

É um percurso verdadeiramente bonito, e onde a escassa presença de povoações torna a viagem fluída e agradável, com o mês de Janeiro a marcar a época das chuvas e a deixar um rasto verde na memória.

 

Bus trip from Pottuvil to Batticaloa
Bus trip from Pottuvil to Batticaloa
Bus trip from Pottuvil to Batticaloa
Bus trip from Pottuvil to Batticaloa
Bus trip from Pottuvil to Batticaloa
Bus trip from Pottuvil to Batticaloa
Bus trip from Pottuvil to Batticaloa
Bus trip from Pottuvil to Batticaloa
Bus trip from Pottuvil to Batticaloa
Bus trip from Pottuvil to Batticaloa
Bus trip from Pottuvil to Batticaloa
Bus trip from Pottuvil to Batticaloa

Onde dormir em Batticaloa:

Poucos atractivas opções no centro da cidade, visto que os hotéis e resorts ficam perto da praia, na zona de Kallady uma outra parte da cidade do outro lado da peninsula o que obriga a apanhar um tuk-tuk.

Mas como Batticaloa foi somente uma paragem no meio do percurso para Trincomalee, donde resultou somente numa noite aqui passada, a busca por um quarto não foi muito exigente. Assim surgiu o Hotel Sun Rice (sim… rice! não Sun Rise, como seria previsível). Modesto edifício de piso térreo com vários quartos, situado na parte de trás do restaurante com o mesmo nome. Perto da estação de comboio e a uma distância de cerca de 800 metros do terminal de autocarros. Limpo e bem conservado, mas pintado de cores que podem influência o humor do espírito mias resistente!!!

Hotel Sun Rice

Addresss: Bar Street, Batticaloa

Quarto com casa-de-banho: 1000 LKR

Mas depois de alguns passeios pela cidade surgiram outras opções:

  • LMD Guest House. Address: 15, Lady Manning Drive
  • The Moon Hotels, guest house convenientemente localizada junto ao edifício do terminal de autocarros (CTB Bus Station). Address: 3rd Covington’s Road, Puliyanthivu West

Subaraj Inn, anunciado em vários guias turísticos, está fechado e definitivamente fechado.

 

Hotel Sun Rice. Batticaloa
Hotel Sun Rice. Batticaloa
Hotel Sun Rice. Batticaloa
Hotel Sun Rice. Batticaloa
Hotel Sun Rice. Batticaloa
Hotel Sun Rice. Batticaloa

Para quem prefere ficar mais afastado dos meios urbanos, Kalkudah Bay, 30 quilómetros a norte de Batticalola, é um destino apetecível para quem procura praia e que foge aos “guias turísticos”. Para dormir a Moni Guest House foi uma fidedigna sugestão, que infelizmente não houve oportunidade de experimentar.

 

Onde comer em Batticaloa:

Batiicaloa não sobressaiu em termos de comida, encontrando-se à hora de almoço o habitual rice and curry, os rotis e kutus ao jantar.

Em frente ao terminal de autocarros (Private bus terminal) encontram-se alguns restaurantes servindo rice and curry mas sem brilho.

Em frente à CTB Bus Station, ao lado do Cargills, encontra-se um café/restaurante com bons snacks.

 

Como ir de Batticaloa para Trincomalee de bus:

Para complicar Batticaloa tem 3 terminais de bus. Para facilitar os três terminais situam-se lado a lado na zona de Este de Puliyanthivu, numa distância de cerca de 300 metros.

Para quem caminha desde a “clocktower” (um clichê em qualquer cidade Cingalesa), encontra primeiro a Minibus Stand, que não é mais do que um terreno à beira da estrada onde os autocarros estacionam. Mais à frente situa-se o gigantesco edifício da CTB Bus Station, de onde partem os autocarros da companhia estatal identificáveis pela côr vermelha. Pelo meio fica o Private Bus Terminal, também num terreno à beira da estrada mas com um pequeno edifício de apoio, que consiste num posto de informações (pouco útil) e sala de espera.

Não há informação sobre horários e destinos, sendo a melhor opção perguntar aos motoristas que deambulam pelo terminal… são sempre a melhor fonte de informações assim como os restaurantes ou quiosques situados na zona.

Para quem segue para Norte, em direção a Trincomalee, tem um autocarro que passa pelo Private Bus Terminal pelas 8.45 a.m., e que é directo para Trincomalee, não sendo necessário trasnbordos.

Bus Batticaloa to Trincomalee: 180 LKR (8.45 horas)

CTB Bus Station. Batticaloa
Bus trip from Batticaloa to Trincomalee
Bus trip from Batticaloa to Trincomalee
Bus trip from Batticaloa to Trincomalee
Bus trip from Batticaloa to Trincomalee

População: 90.000

Altitude: 17 metros

Arugam Bay… na praia em low season

Arugam bay sendo um dos melhores locais para o surf no Sri Lanka tem duas faces: a época alta, Maio a Agosto… e o resto do ano, onde Arugam Bay volta a ser uma vila de pescadores!

Entre Novembro e Abril pode-se considerar a melhor época para visitar o Sri Lanka, com os meses de Dezembro e Janeiro a atingirem o pico de turismo. Mas a costa Este e a zona Norte da ilha que são as zonas menos visitadas, difíceis de alcançar e que durante muitos anos forma placo de guerra, apresentam um clima diferente, com chuvas durante este período. Os meses de Maio a Outubro são os que apresentam um clima mais favorável no Norte e na costa Este, onde se situa a praia de Arugam Bay.

Arugam Bay Beach
Arugam Bay Beach
Arugam Bay Beach

Mas para quem não persegue as “ondas” visitar Arugam Bay, ou outro qualquer local, em época baixa proporciona algumas vantagens: mais sossego, mais espaço, quartos mais baratos, transportes menos cheios… por ouro lado, muitos restaurantes e alojamentos fechados, menos vida social e por vezes alguma chuva que se pode mostrar persistente. Contudo o clima nunca é frio e a temperatura do mar nunca é baixa.

Sendo a costa sudoeste bastante seca e árida, a visita durante a época das chuvas, que mesmo assim não traz chuva todos os dias, proporciona paisagem cheias de verde e bastante água para tornar a Arugam Laguna atractiva para muitas aves que por aqui se alimentam.

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Arugam Laguna
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Arugam Laguna

E assim a estadia em Arugam Bay proporcionou calmos e longos passeios pela quase deserta praia, acompanhados pelo ritmo pesado da rebentação, sentindo o ar húmido vindo do mar e a temperatura tépida da água. Passeios que se podem estender até à laguna, situada a parte Norte da baía e que separa esta zona da povoação de Pottuvil.

Com a luz filtrada pela suave camada de nuvens, o mar mostra-se pesado de cores escuras, assim como o areal cujo tons juntamente com o abundante lixo trazido pelas marés está longe de formar uma imagem paradísica deste local, que contudo se transforma nos meses em que dezenas de surfistas disputam as ondas que se forma à entrada da baía.

Arugam Bay Beach
Arugam Bay Beach

Arugam Bay vive do surf e dos negócios relacionados como escolas, aluguer de material, quartos, etc… Não havendo nenhuma actividade em termos de surf, com o mar revolto e desorganizado, a uma cota superior ao habitual tornando o areal mais estreito, toda a população local se encontra direcionada para a pesca, que continua a ser a principal ocupação e fonte de rendimento desta pequena povoação que foi seriamente afectada com o Tsunami de 2004, que atingiu seriamente a costa Este e Sul do Sri Lanka.

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Arugam Bay
Fisherman at Arugam Ba
Arugam Bay Beach
Fisherman at Arugam Bay
Fisherman at Arugam Bay

Arugam bay não é um local para onde se vai… é um local onde se tem que chegar… fica na costa oposta de Colombo e do único aeroporto internacional, pelo meio ficam as montanhas, para fugir às montanhas há que contornar pelo sul ou pelo norte, por extensas planícies de clima tropical… seja qual for a opção são viagens que não se não se fazem num dia, obrigando sempre a uma ou numa perspectiva mais sensata a duas paragens pelo caminho.

 

Arugam Bay. Road Pottuvil-Panama
Arugam Bay. Road Pottuvil-Panama

Onde dormir em Arugam Bay:

Em época baixa a maioria dos locais encontram-se encerrados, ou se estiveram aberto provavelmente estão sinistramente desertos. Ao longo da estrada principal, dos dois lados alinham-se sucessivos alojamentos de diferentes estilos e para diferentes orçamentos.

A Beach Hut é um dos locais mais antigos e por isso mais populares e mesmo em low season atrai bastantes turistas, alguns de passagem outros que aqui permanecem por longos períodos, saboreando a tranquilidade do lugar e a proximidade do mar, que não fica a mais do que vinte metros.

Existem vários tipos de acomodações, desde quartos a cabanas, com diversos níveis de comodidades e de conforto. A Beach Hut dispões de restaurante que proporciona um espaço agradável rodeado de floresta.

Quarto duplo com casa-de-banho: 1000 LKR (low-season)

Free wi-fi

Beach Hut @ Arugam Bay
Beach Hut @ Arugam Bay
Beach Hut Room @ Arugam Bay
Beach Hut Room @ Arugam Bay
Beach Hut @ Arugam Bay
Beach Hut @ Arugam Bay

 

Onde comer em Arugam Bay:

Muitas das guest houses têm restaurante, mas em época baixa estes e muitos outros estão fechados. Os que estão abertos, como a Beach Hut, oferecem o habitual menu com muitas opções de internacional.

Na estrada principal que passa em Arugam Bay (estrada Pottuvil-Panama) existem alguns restaurantes de comida local, a maioria servindo somente rotis e fried-rice, e que também nesta altura do ano estão quase todos fechados.

Mas mostrando-se indiferentes às variações entre época alta e época baixo, pois vive essencialmente da população local, encontra-se um restaurante na zona sul de Arugam Bay, junto à estrada nacional, muito perto da curva que de certa maneira marca o limite da povoação, com a indicação de Roti Shop. Para além de funcionar com uma pequena mercearia, vende côcos, serve rotis, kotus e uma grande variedade de snacks, incluindo alguns doces típicos do Sri Lanka, que servem de pequeno-almoço, como coconut rotis e coconut hoopers, que esgotam logo pela manhã. Ao almoço o habitual rice and curry, pelo qual é cobrado um preço exagerado aos estrangeiros, 250 LKR; contudo delicioso, rico e com direito a refill.

rice and curry @ Arugam Bay
rice and curry @ Arugam Bay
restaurante @ Arugam Bay
restaurante @ Arugam Bay

 

Bus de Arugam Bay para Batticaloa:

De manhã somente existe um autocarro directo de Arugam Bay para Batticaloa, que passa na estrada principal pelas 5h ou 5.30h, e chega a Batticaloa por volta das 10.30h.

Alternativa é um tuk-tuk até Pottuvil (100 LKR) e no terminal de bus apanhar um dos muitos autocarro com destino a Batticaloa. Mas nem todos são directos, apesar de às 10 horas existir um que evita transbordos.

Do Bus Terminal de Pottuvil, que não é mais do que um conjunto de autocarros estacionados perpendicularmente à estrada, com tuk-tuks esperando do lado oposto, partem autocarros com elevada frequência para Kalmunai, e daí apanha-se outro para Batticaloa.

Bus Pottuvil – Kalmunai: 93 LKR (2.15h)

Bus Kalmunai – Batticaloa: 59 LKR (1.5h)

Pottuvil Bus Terminal
Pottuvil Bus Terminal
Bus Pottuvil to Kalmunai, on the way to Batticaloa @ Pottuvil Bus Terminal
Bus Pottuvil to Kalmunai, on the way to Batticaloa @ Pottuvil Bus Terminal

A viagem entre Pottuvil e Kalmunai é particularmente bonita com a estrada a atravessar extensas planícies de campos de arroz e com muitas zonas de vegetação natural e fraca presença humana que fazem parte do Lahugala National Park.

 

Dos elefantes e dos autocarros… de Kataragama para Arugam Bay

Tendo já visitado a costa sul, é altura de procurar outras paragens, mas a orografia da ilha, com uma cadeia montanhosa a ocupar quase todo o centro da parte sul do território, é pouco atractiva para ser atravessada implicando lentas viagens o que obriga a procurar itinerários mais longos mas acessíveis.

Outros dos obstáculos são os parques naturais, que obrigam as estradas a contornar vastas zonas, com o Sri Lanka a destacar-se pelo total de 26 reservas de vida selvagem num território 1.4 vezes maior que Portugal.

E uma imagem que fica das viagens pelas várias regiões do Sri Lanka é o verde. O verde dos coqueiros e da floresta tropical. O verde das planícies de campos de arroz. O verde de florestas nas montanhas. O verde dos nenúfares e flores de lótus que cobrem lagos e zonas pantanosas.

E fora dos zonas mais densamente povoadas, como a costa sudoeste, a Sul de Colombo e o triângulo que abrange Colombo-Kandy-Galle, escasseiam povoações e pode-se percorrer dezenas de quilómetros onde a paisagem ainda mantem natural.

A viagem de Kataragama em direção à costa Este, é longe de ser linear obrigando a um extenso percurso de forma a evitar o Yala National Park. Primeiro para norte em direção à anónima Buttala, depois para nordeste até à desconhecida Monaragala, e daí rumo a Este até Pottuvil. Mas o destino final deste longo itinerário é a praia de Arugam Bay, inicialmente 4 km a sul de Pottuvil.

Enquanto das paragens em Buttala e Monoragala para mudança de autocarros não ficou memória, assim como o percurso de autocarros pela estrada nacional onde amiúde se alinham ao longo da estrada casa, lojas, restaurantes, oficinas e demais construções, o mesmo não se aplica ao resto do percurso.

Entre Kataragama e Buttala encontra-se uma das mais agradáveis viagens de autocarro feita no Sri Lanka, que num mês contou com mais de 20 viagens de autocarros… não contando com os vários transbordos geralmente necessários em cada viagem. Este percurso passa junto ao Yala National Park, uma extensa área que se classifica como o segundo maior parque natural do país, cuja significativa população de elefantes e leopardos atrai muitos visitantes.

Mas deixando os animais viverem a sua vida tranquilamente longe de humanos empoleirados em jeeps que se passeiam pelas estradas do parque, as visitas a parques naturais ficaram fora do itinerário.

Mas para compensar a viagem de autocarro entre Kataragama e Buttala ofereceu um espetáculo de todo inesperado, com a passagem por um elefante que circulava à beira da estrada, e que sem mostrar qualquer tipo de sobressalto, parou como que a observar o gigantesco veiculo que se cruzou no seu caminho. Mas avistar animais selvagens ao longo desta estrada não é invulgar, o que obriga os veículos a circular a velocidade reduzida evitando buzinadelas, o que torna a viagem verdadeiramente relaxante, oferecendo a possibilidade de disfrutar calmamente a natureza que enche toda a paisagem de verde. De zonas pantanosas passa-se gradualmente, à medida que se caminha para Norte, para terrenos mais secos, de solo avermelhado onde a vegetação se resume a árvores e arbustos de folha miúda, por entre os quais foi possível avistar mais um outro exemplar do elefante do Sri Lanka, uma subespécie do elefante Asiático.

Bus Kataragama to Buttala. bus trip Katamarama-Arugam Bay
Bus Kataragama to Buttala. bus trip Katamarama-Arugam Bay
Bus Kataragama to Buttala. bus trip Katamarama-Arugam Bay
Bus Kataragama to Buttala. bus trip Katamarama-Arugam Bay

Deixando para trás Monaragala e à medida que se avança para Este em direção a Pottuvil a estrada estende-se quase em linha recta ao longo de planícies arborizadas que oferecem um pouco de frescura às temperaturas tropicais da região, refrescado o corpo e suavizando a intensa luz do sol. Os últimos quilómetros antes de Pottuvil a paisagem vai-se despedindo do arvoredo para se estender em infinitas planícies de campos de arroz. Estamos de novo perto de outro parque nacional, não tão popular como o de Yala, mas cujas características de laguna atraem muitas espécies de aves: o Lahugala National Park.

A brisa morna a entrar pelas janelas, enquanto o autocarro desliza suavemente pelas intermináveis rectas e o equilíbrio sereno da paisagem, proporcionam uma profunda sensação de calma e tranquilidade que juntamente com o inesperado “encontro” com um elefante, fez com que esta viagem ficasse marcada por intensas e positivas sensações.

 

Monaragama to Pontuvil. bus trip Katamarama-Arugam Bay
Monaragama to Pontuvil. bus trip Katamarama-Arugam Bay
Monaragama to Pontuvil. bus trip Katamarama-Arugam Bay
Monaragama to Pontuvil. bus trip Katamarama-Arugam Bay
Monaragama to Pontuvil. bus trip Katamarama-Arugam Bay
Monaragama to Pontuvil. bus trip Katamarama-Arugam Bay
Monaragama to Pontuvil. bus trip Katamarama-Arugam Bay
Monaragama to Pontuvil. bus trip Katamarama-Arugam Bay
Monaragama to Pontuvil. bus trip Katamarama-Arugam Bay
Monaragama to Pontuvil. bus trip Katamarama-Arugam Bay

 

Como ir de Kataragama para Arugam Bay de bus:

O percurso tem o total de 137 quilómetros mas demorou 6 horas a fazer.

Como o único autocarro directo parte de Kataragama para Pottuvil pelas 6 horas da manhã, pelo que a alternativa foi ir primeiro to Buttala. Em Buttala basta perguntar por um autocarro na direcção de Pottuvil, e como não há ligação directa é necessário parar em Monaragala e mudar para outro autocarro até ao destino final, Pottuvil.

Alguns autocarros terminam em Pottuvil, a maior povoação na zona, mas alguns seguem até Panama, e passam em Arugam Bay. Caso o autocarro termine em Pottuvil a única opção é apanhar um tuk-tuk para fazer os 4 quilómetros que separam o terminal de bus das primeiras guest houses de Arugam Bay. Caso se pretenda ir para o “centro” da povoação é preciso caminhar mais um quilómetro, mas em qualquer dos caso o tuk-tuk não deve custar mais do que 100 LKR.

 

Bus Kataragama to Buttala: 46 km (9.35h – 11h)

Ticket: 85 LKR

 

Bus Buttala to Monaragala: 20 km (11.05h – 11.55h)

Ticket: 40 LKR

 

Bus Monaragala to Arugam Bay: 71 km (12.30h – 15.30)

Ticket: 120 LKR

 

Bus Kataragama to Buttala. bus trip Katamarama-Arugam Bay
Bus Kataragama to Buttala. bus trip Katamarama-Arugam Bay
Monaragama Bus terminal. bus trip Katamarama-Arugam Bay
Monaragama Bus terminal. bus trip Katamarama-Arugam Bay
Monaragama Bus terminal. bus trip Katamarama-Arugam Bay
Monaragama Bus terminal. bus trip Katamarama-Arugam Bay

 

Mas todos os transbordos necessários ao longo de uma viagem não são tão incómodos como parecem à primeira vista, pois todos os autocarros param nos terminais, onde não é difícil encontrar o autocarro seguinte, sendo contudo necessário recorrer à ajuda da população local ou perguntar aos motoristas que esperam no terminal, pois a maior parte das vezes não há existe sinalização.

Estas pausas nos terminais, dada a elevada frequência dos autocarros, nunca demoram mais do que 30 minutos, sendo o mais frequente encontrar um autocarro que está prestes a partir, sendo necessário somente “saltar” lá para dentro.

A mochila pode ser transportada dentro do autocarro, mas por vezes o ajudante de motorista (que faz a cobrança dos bilhetes) insiste para colocar a mochila na bagageira, opção que nunca deve ser aceite pois a bagageira está suja, cheia de poeira ou de lama caso chova!

Os bilhetes são sempre vendido no interior do veículo, seja qual for o percurso ou a empresa transportadora.

Os terminais de autocarros são longe se der uma zona atractiva, mas caso se tenha alguns minutos de espera proporcionam sempre possibilidade de encontrar uma refeição, fruta, um roti ou outro snack para comer durante a viagem… vendendo-se também rice and curry devidamente embrulhado para take-away, que somente tem o inconveniente de não serem fornecidos talheres, pois no Sri Lanka come-se com a mão, e somente os restaurantes disponibilizam colheres.

Quanto aos autocarros não são nem bons nem maus… são basicamente todos iguais, feitos todos na mesma fábrica Lanka Ashok Leyland, seguindo todos o mesmo modelo… a única diferença é que há uns mais antigos e outros mais modernos, ou seja em melhor condições, mas mesmo os mais antigos nunca se encontram propriamente degradados, e somente são usado sem zonas urbanas e para curtas distâncias.

Os autocarros vermelhos pertencem à companhia estatal (SLTB); os autocarros azuis e brancos são de empresas privadas, mais focados no lucro, o que leva a que o autocarro pare cada vez que alguém na beira da estrada ou em qualquer ponto da cidade faz sinal para parar ou quando quer descer num determinado sítio. Já os autocarros da SLTB são mais respeitadores dos locais oficiais de paragem, mas tem menos frequência.

Apesar do desconforto provocado por autocarros demasiado cheios, pelas inúmeras paragens, pelo constante buzinar, pelas perigosas ultrapassagens e pela condução desenfreada de alguns motoristas, o autocarro é sem duvida e melhor forma de viajar pelo Sri Lanka, que para além de cobrirem todo o território, proporcionam um estimulante contacto com a população e múltiplos sorrisos…. e muita musica cingalesa!!!!!

 

Tickets. bus trip Katamarama-Arugam Bay
Tickets. bus trip Katamarama-Arugam Bay

Como sair de Arugam Bay:

De manhã, somente um autocarro passa em Arugam Bay com destino a Norte, em direcção a Batticaloa, com o inconveniente horário das 5 ou 5.30h da manhã, sendo difícil obter informações precisas.

A paragem de autocarro de Arugam Bay é em frente à escola, na parte Norte da praia, não muito longe da ponte que cruza a lagoa que separa Arugam Bay de Potuvil.

A alternativa é um tuk-tuk até Pottuvil (100 LKR) e no terminal de bus apanhar um dos vários buses que ai se encontram estacionados.

Pottuvil Bus Terminal
Pottuvil Bus Terminal

Kataragama e os “puja”

Kataragama juntamente com Sri Pada são importantes locais de peregrinação para Budistas, Hindus e Muçulmanos. Contudo Kataragama mostra-se mais popular entre a população Hindu, grande parte constituída por indivíduos de etnia Tamil.

A viagem de Ella para Kataragama demorou quase 3 horas, com a estrada a serpentear junto ao vale, sempre em descidas perigosas, tornando-se mais plana à medida que caminha para sul, em direção a Tissamaharama. Em pouco tempo a paisagem passou de floresta para extensos campos de arroz que nesta altura do ano (Janeiro) se encontram de um verde intenso, onde o calor do meio da tarde fez a curta viagem de autocarro parecer mais longa, com a humidade e misturar-se com o suor e a deixar a roupa colada à pela.

Bus Ella to Kataragama
Bus Ella to Kataragama

Mas por volta das cinco da tarde, depois de descansar de mais uma viagem de autocarro, é altura ideal para uma caminhada tranquila pelas ruas da cidade em direção ao Temple Park, uma extensa área arborizada onde se concentram os templos: um hindu, uma stupa budista e uma mesquita muçulmana. Pelo caminho o aumento do numero de lojas de venda de artigos religiosas e de oferendas para o puja serve de indicação que estamos perto da entrada.

Depois de passar um pequeno rio, onde alguns peregrinos se banham seguindo ritos religiosos, vamos caminhado por uma alameda por onde se passeiam vagarosamente vacas, e peregrinos se encaminham transportando bandejas de frutas decoradas com enfeites de plástico, criando um conjunto colorido que desfila em direção ao templo. Para trás ficou a mesquita quase deserta no meio de uma população maioritariamente hindu.

Temple Park. Kataragama
Temple Park. Kataragama
Temple Park. Kataragama
Temple Park. Kataragama
Hindu Puja offerings. Kataragama.
Hindu Puja offerings. Kataragama.
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Temple Park. Kataragama
Maha Devale. Kataragama
Maha Devale. Kataragama

Passando o portão de entrada, onde os sapatos ficam de fora à guarda de um zeloso funcionário, encontra-se um recinto murado que reúne alguns templos e outros edifícios e no centro do qual está o Maha Devale, um pequeno templo hindu incapaz de albergar as centenas de pessoas que aqui ruma pelas 6 horas, altura em que se inicia o puja.

Em volta outros templos atraem devotos que realizam também oferendas e orações, mas é em redor da bodhi tree, da mesma espécie da árvore onde Buddha atingiu a iluminação, e considerada sagrada tanto para hindus como budistas, que famílias se reúnem orando, meditando ou lendo textos sagrados enquanto as crianças correm e brincam soltando gargalhadas e gritos que quebram a atmosfera solene do espaço.

Bodia Tree. Temple Park. Kataragama.
Bodia Tree. Temple Park. Kataragama.
Maha Devale. Kataragama
Maha Devale. Kataragama

Mas enquanto não se inicia o puja, à tempo para caminhar por uma longa alameda até ao fim do parque em direção à Kirivehra, templo budista em forma de stupa, pintada de imaculado branco. Pelo caminho pequenos quiosques vendem flores de lótus, ghee (manteiga clarificada, ou seja limpa de vestígios de água ou de impurezas) e incensos que os peregrinos usam como oferendas, com o ghee a servir para manter acesas lamparinas que à medida que o sol desce no horizonte oferecem maior brilho em contraste com o céu que se vai tornando escuro.

Kirivehara Stupa. Temple Park. Kataragama
Kirivehara Stupa. Temple Park. Kataragama
Kirivehara Stupa. Temple Park. Kataragama
Kirivehara Stupa. Temple Park. Kataragama
Temple Park. Kataragama
Temple Park. Kataragama

Mas voltando Maha Devale onde já se iniciou o puja, uma pequena multidão, entre peregrinos, visitantes e turistas, apinha-se junto às três entradas do templo para tentar observar o ritual do puja que se realiza no interior, onde somente uma dezenas de pessoas tem espaço para poder assistir. De repente, depois de um silêncio prolongado que permite apreciar a calma e serenidade do espaço, já envolto em escuridão, começam a tocar os sinos dentro do templo, a qual se junto um pesado sino que se encontra no exterior formando uma massa compacta de som, histérico e agressivo que quebram a quietude do espaço, mas cujos devotos parecem ficar indiferentes.

Temple Park. Kataragama
Temple Park. Kataragama
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Maha Devale. Kataragama

A estadia em Kataragama ofereceu uma visão diferente do Sri Lanka, longe dos grupos de turismo organizado, dos boutique hotels, do world heritage, dos preços inflacionados, da comida internacional… aqui para além da habitual simpatia e dos sorridentes rostos, somos recebidos com amigáveis e sinceros sorrisos que se misturam alguma curiosidade, num ambiente humilde e descontraído que nos faz sentir genuinamente bem-vindos.

Segundo os guias de viagem é preferível ficar em Tissamaharama e visitar Kataragama numa day-trip, e esta é a opção seguida por praticamente toda a gente. Mas vale a pena ficar pelo menos uma noite em Kataragama, apreciando a calma das ruas ao amanhecer, onde a pouca população se desloca sem pressa e com tempo e disponibilidade para uma curta conversa e um simpático sorriso. As ruas são calmas longe da habitual confusão de transito ou das buzinadelas, e mesmo a estrada nacional que atravessa a povoação, Tissa Road, está longe do movimento e da agitação de outras estradas do mesmo género.

A noite passada em Kataragama, proporcionou um passeio pelas ruas da cidade e pelo espaço junto aos templos, com a luz suave do nascer do dia, quando o ar ainda é fresco e se pode observar o acordar da cidade… uma cidade qua parece adormecida até à hora do puja da tarde, em que se enche de actividade.

 

Kataragama
Kataragama
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Kataragama
Kataragama
Kataragama
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Kataragama
Kataragama
Kataragama
Kataragama
Kataragama
Kataragama
Kataragama

Onde dormir em Kataragama:

Mesmo junto ao terminal de autocarros de Kataragama, não sendo sequer necessário atravessar a Tissa Road, encontra-se a Lake House Pilgrim Rest. Apesar da tabuleta ter a indicação de Lake House Resort, o espaço nada tem de sofisticado oferecendo preços razoáveis e mais baratos do que outros locais assinalados nos guias turísticos como budget. De acordo com o recibo este alojamento pertence à “The Associated Newspapers of Ceylan, Ltd.”, destinando-se a peregrinos mas está aberto a todos os visitantes.

Quarto duplo com casa de banho: 900 LKR (sem água quente, mas as temperaturas nesta região, mesmo em Janeiro são elevadas).

No wi-fi

Num edifício anexo, mais moderno, existem quartos mais sofisticados, com ar-condicionado, wi-fi e outras comodidades.

A localização é óptima e o local sossegado, com alguns dos quartos com varanda e vista para um mar de verde formado pelos campos de arroz.

O staff pouco fala inglês.

Address: Pussadewa Mawatha (mesmo junto ao terminal de bus de Kataragama)

 

Lake House Pilgrim Rest (Lake House Resort). Kataragama
Lake House Pilgrim Rest (Lake House Resort). Kataragama
Lake House Pilgrim Rest (Lake House Resort). Kataragama
Lake House Pilgrim Rest (Lake House Resort). Kataragama
Room view from Lake House Pilgrim Rest (Lake House Resort). Kataragama
Room view from Lake House Pilgrim Rest (Lake House Resort). Kataragama
Lake House Pilgrim Rest (Lake House Resort). Kataragama
Lake House Pilgrim Rest (Lake House Resort). Kataragama

Onde comer em Kataragama:

Não é difícil encontrar restaurantes de comida local, mas quem procura comida internacional não tem muitas hipóteses em Kataragama, com excepção de alguns hotéis mais sofisticados.

Por sugestão da população local o almoço foi no Ruhunu Bakery and Hotel que apesar do nome de hotel somente serve comida. Serve um competente rice and curry, cuja opção vegetariana custa 80 LKR, e que está disponível desde o inicio do dia. Para além de alguma pastelaria encontram-se muitos snacks. Não é fácil comunicar em inglês e não existe propriamente um menu, com a ementa e os preços afixados nas paredes em Cingalês.

Address: Abhaya Mawatha, Kataragama, Hatton, Kandy

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Ruhunu hotel and Bakery. Kataragama

Pelas ruas da pequena e concentrada Kataragama, encontram-se mais restaurantes servindo também rice and curry, rotis, kotus, hoppers, etc… variando a oferta em função da hora do dia. Também se encontram frutarias com os deliciosas côcos, cuja variedade existente no Sri Lanka chama-se King Coconut, e são de casca amarela, muito sumarentos e mais doces e saborosos dos que os habituais côco de casca verde.

 

Como ao jantar dificilmente se encontra um rice and curry, Kataragama ofereceu a possibilidade de experimentar os hoppers… também conhecidos noutros países por apam, são uma espécie de panquecas feitas de farinha de arroz e leite de côco que no Sri Lanka podem servir de pequeno-almoço ou ao fim do dia como refeição, com ou sem ovo, sendo demolhados e pequenas taças de picantes caris.

Hoppers. Kataragama
Hoppers. Kataragama

 

Transportes em Kataragama:

A cidade é pequena e pode ser percorrida a pé, e deste o terminal de autocarros até à entrada principal do complexo formado pelos vários templos, são 5 a 10 minutos a pé.

Do pacato terminal de autocarros de Kataragama partem com frequência autocarros para Tissamaharama, Buttala, Wellawaya, Matara, etc…

Kataragama bus terminal
Kataragama bus terminal

População: 21.000

Altitude: 48 metros

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Sou a Catarina, uma viajante de Lisboa, Portugal… ou melhor, uma mochileira com uma máquina fotográfica!

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