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Stepping Out Of Babylon

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Comida

A comida no Nepal

O que muitas das vezes estamos habituados a encontrar nos restaurantes nepaleses em Lisboa, não tem muito a ver com o que se come por aqui habitualmente; mas nota-se sem dúvida a forte influência da gastronomia indiana, com os seus caris de legumes acompanhados por arroz e servidos com um chutney, sendo ligeiramente menos picantes e com menos gordura.

O prato nacional do Nepal é sem dúvida do daal bhaat, que consiste num prato composto por uma grande porção de arroz que acompanha com o daal, caldo à base de lentilhas, cuja cor pode variar entre o laranja ou o acastanhadas, em função do tipo de lentilhas com que é feito, mantendo sempre a característica de ser bastante líquido; juntamente é servido uma pequena porção de carril de vegetais, muitas vezes abóbora e batata. Nos restaurantes esta refeição dá sempre direito a mais arroz e a mais daal, até o cliente ficar satisfeito, o que para um nepalês implica uma grande quantidade de arroz.

Nas zonas montanhosas do vale de Kahtmandu a refeição tradicional dos Newari, habitantes da zona, é composta por uma sopa de rebentos de bambu, caril de grão, feijão de soja salteado, salada de batata e pepino envolvida num molho de especiarias, e um chutney de espinafres secos, de sabor acre e salgado.

O chamado thakali, tradicional da zona entre os Himalayas e a planície do sul do país, o Terai, consiste numa refeição composta por carril de legumes, espinafres, daal, trigo sarraceno cozinhado até formar uma pasta moldável, iogurte, feijão salteado com espinafres secos e pickles de vegetais. O papari, feito à base de farinha de grão, de forma circular, fino e estaladiço, que muitas vezes é condimentado de especiarias e de picante, acompanha todos os pratos servidos no Nepal. Curiosamente o consumo de pão é pouco frequente às refeições.

daal bhaat
daal bhaat
Thakali
Thakali
refeição tradicional Newari
refeição tradicional Newari

Outra presença constante na gastronomia nepalesa, tanto em restaurantes como em snacks de rua é a comida tibetana, destacando-se os momos, que se encontram à venda em muitas bancas montadas na rua e que são consumidos geralmente no fim da tarde. Também são fácil encontrar os tradicionais snacks indianos, como as chamuças, o dai puri, channa bathura… A comida chinesa também está implementada com os seus noodles, chow mein e fried rice.

Momos coozinhados e servidos na rua, junto à Durbar Square em Kathmandu
Momos coozinhados e servidos na rua, junto à Durbar Square em Kathmandu
momo a serem preparados numa das ruas de Bhaktapur
momo a serem preparados numa das ruas de Bhaktapur
Um pequeno restaurante na Durbar Square em Kathmandu, que somente se dedica à venda de chamussas, que são fritas várias vezes ao dia numa gigantesca frigideira que se encontra à porta... não há melhor forma de anuncar um produto!
Um pequeno restaurante na Durbar Square em Kathmandu, que somente se dedica à venda de chamussas, que são fritas várias vezes ao dia numa gigantesca frigideira que se encontra à porta… não há melhor forma de anuncar um produto!
Momos servido numa taça feita de folhas secas, num dos obscuros restaurantes existentes na Durbar Square em Kathmandu. Bem diferentes dos que até agora tinha provado em Dharamsala no norte da India; estes são picantes e servido com um caldo.
Momos servido numa taça feita de folhas secas, num dos obscuros restaurantes existentes na Durbar Square em Kathmandu. Bem diferentes dos que até agora tinha provado em Dharamsala no norte da India; estes são picantes e servido com um caldo.
loja de venda de momo, que geralmente não servem mais nenhum tipo de comida, para além das variantes vegetaria e com carne, ambas servidas numa tigela e regadas com molho. Estes locais são facilmente identificados pela panela de aluminio, sempre colocada à entrada, onde os momo são cozinhados ao vapor.
loja de venda de momo, que geralmente não servem mais nenhum tipo de comida, para além das variantes vegetaria e com carne, ambas servidas numa tigela e regadas com molho. Estes locais são facilmente identificados pela panela de aluminio, sempre colocada à entrada, onde os momo são cozinhados ao vapor.
Restaurante que serve snacks como chamussas, puris e outras refeições ligieras, quase sempre à base de fritos
Restaurante que serve snacks como chamussas, puris e outras refeições ligieras, quase sempre à base de fritos

Apesar de maioritariamente hindus, os nepaleses são consumidores habituais de carne, não só pelos vários talhos espalhados pelas ruas da cidade como pela ementas dos restaurantes, onde são raros os “pure-veg”, locais onde não é consumida carne, seguindo à risca os costumes hindus.

Quanto aos doces encontra-se muitos dos doces tradicionais da Índia, como o gulab e o ladoo. Novidade foram umas argolas de massa frita, ligeiramente doce, que por vezes são servidas de manhã, em improvisadas banca de rua, juntamente com o chai.

Argolas de massa frita
Argolas de massa frita
Massa frita numa mistura de oléo e açucar formando uma calda espessa. São talvez os doces que se encontram mais frequentemente no Nepal
Massa frita numa mistura de oléo e açucar formando uma calda espessa. São talvez os doces que se encontram mais frequentemente no Nepal
Doces tradicionais Neplaleses, feitos com uma massa semelhante à "massa areada", com pouco açucar mas bastante secos
Doces tradicionais Neplaleses, feitos com uma massa semelhante à “massa areada”, com pouco açucar mas bastante secos
Loja de doces em Bhaktapur
Loja de doces em Bhaktapur

Mas a revelação foi o curd, que é muito semelhante ao iogurte em aspecto e consistência, mas que não resulta por fermentação do leite sendo obtido por coagulação, adicionando sumo de limão ou vinagre, designando-se em português por coalho. Por vezes, tanto no Nepal como na Índia, é chamado curd ao simples iogurte. À superfície forma-se uma camada espessa e ligeiramente amarelada que é a parte mais deliciosa. Quando descobri esta iguaria comecei por consumir copinho pequenos… actualmente só me contento com meio litro!!!

Curd
Curd
A "King Curd" a loja mais famoso de curd em Bharaktapur
A “King Curd” a loja mais famoso de curd em Bharaktapur
Comida de rua em Kathmandu.... omolete de vegetais
Comida de rua em Kathmandu…. omolete de vegetais

 

 

A comida do Sul da Índia

A todos os atractivos que o sul da Índia apresenta, em particular o estado de Tamil Nadu, há que somar a comida, que aqui apresenta uma maior diversidade de legumes e de especiarias, resultando numa grande variedade de sabores, cores e aromas, dominado o picante, sendo servida em folhas da bananeira e acompanhada com o omnipresente arroz cozido, que no sul substitui os chapatis que no norte as acompanham sempre as refeições. O que também nunca falta são os papadis, uma fina folha de massa de grão condimentada com especiarias e que é frita ficando estaladiça.

Para o pequeno almoço são servidas as dosas, uma espécie de crepe muito fino e estaladiço, feito com farinha de arroz e de lentilha, recheado com legumes (quase sempre batata) e servida com um chutney de côco, fresco e picante, e com o sambar, um caril de legumes pouco espesso, onde o dosa vai sendo embebida.

Esta combinação de sambar e chutney pode também acompanhar os iddlys, uns pães não fermentados feitos de farinha de lentilha, que são cozinhados ao vapor, ou as wadas (ou vadas), umas argolas de massa feita com farinha de lentilha, aromatizada com especiarias e frita em óleo.

Mas a revelação foi o pongal, uma pasta feita de arroz muito cozido, temperada com cominhos, sementes de mostarda, pedaços de gengibre fresco e cajus, tudo envolvido em ghee e cozinhado com muitas folhas de carril. À semelhança das outras alternativas de pequeno almoço, o pongal é também servido com chutney de côco e com sambar ou outro caril de legumes.

A folha de carril, que aqui é usada fresca aparece em quase todos os pratos servidos nas tradicionais refeições, thalis, constituídas por arroz e um conjunto de três ou mais acompanhamentos. Muitas das refeições incluem o chamado de butter milk, que é uma espécie de leite, mais aguado e ligeiramente fermentado que lhe confere um sabor ligeiramente ácido e que é servido ligeiramente temperado de sal.

Mas mais frequente do que o butter milk, é o iogurte que é misturado com o arroz e os restantes acompanhamentos que constituem uma refeição típica do sul da Índia.

Nos pratos tradicionais do sul, utiliza-se muito o côco, tanto o fruto, o “leite” como o óleo, a por vezes a flor e o tronco da bananeira. O panner que no norte era uma constante, aqui no sul tem uma presença muito discreta.

Quanto ao pão… nada de naans, nem de chappati ou rotis… aqui são parothas, feitas de massa muito elástica que é estendidas com ajuda de óleo, batendo a massa sobre a bancada até ficar fina e começar a rasgar, altura em que se dá um nó atando as pontas para depois de repousar ser novamente estendida rusticamente com a mão, e cozinhada sobre uma chapa, muitas vezes aquecida com lenha; são fofas e separam-se em camadas… e claro que acompanham com um caril de vegetais, sendo servidas geralmente ao fim da tarde, como lanche.

O dahl, estufado de lentilhas, que é servido aqui no sul, espesso e consistente, em nada se compara com o que geralmente se encontra no norte do país: bastante líquido, assemelhando-se mais a uma sopa.

O sempre presente chai, é bebido a qualquer hora por toda a Índia, tanto após as refeições como a acompanha-las, servindo também de pretexto para fazer um pequena pausa durante o dia de trabalho. Em Tamil Nadu, o chai é substituído por café, igualmente açucarado e bebido com leite, é servido em copos de metal, que por sua vez vêm dentro de um taça cilíndrica, também de metal; antes de ser bebido, o café é despejado de um recipiente para outro, várias vezes, antes de ser bebido.

Também no sul se encontra nesta altura do ano uma maior variedade de legumes: para além da batata, cenoura e ervilha, aqui encontram-se caris feitos com vegetais de folha verde, kelas (uma espécie de pepino de casca rugosa de sabor intensamente amargo mas que se diz ser bastante benéfica para purificar o sangue), drumstick (moringa), côco, banana e jaca (jackfuit), assim como uma grande variedade de legumes que muitas vezes não consigo identificar.

Quanto à fruta, dominam as mangas e as bananas, que se apresentam muitas variedades, não só no aspecto exterior como no sabor. O côco também é vendido em todo o lado, sendo a sua polpa comida, com o auxilio de uma lasca da casca do côco, cortada certeiramente com uma catana, após se ter bebido o líquido do interior.

Thali típico do sul da Índia, servido sobre folha de bananeira e composto por uma grande variedade de caris, servidos em pequenas taças... o arroz veio mais tarde!
Thali típico do sul da Índia, servido sobre folha de bananeira e composto por uma grande variedade de caris, servidos em pequenas taças, um puri, muitas vezes servido como pequeno almoço e um papadi… o arroz veio mais tarde!
Porothas acabadas de fazer
Porothas acabadas de fazer
um das muitas bancas que na rua sevem snacks e refeições ligeiras. A massa das porothas, é estendida e esticada até ficar muito fina , sendo depois enrolada formando um nó para depois de repousar, ser estendida com a mão
um das muitas bancas que na rua sevem snacks e refeições ligeiras. A massa das porothas, é estendida e esticada até ficar muito fina , sendo depois enrolada formando um nó para depois de repousar, ser estendida com a mão
Os pequenos pães brancos são iddlys, que juntamente com a wada acompanham um sambar e um chutney de côco. Como este pequeno-almoço foi comido num restaurante com mais categoria, foram servidos ainda mais dois condimentos, um à base de menta e o outro uma pasta vermelha e muito picante
Os pequenos pães brancos são iddlys, que juntamente com a wada acompanham um sambar e um chutney de côco. Como este pequeno-almoço foi comido num restaurante com mais categoria, foram servidos ainda mais dois condimentos, um à base de menta e o outro uma pasta vermelha e muito picante
Preparação dos iddlys, em que a massa liquida é deitada sobre um prato metálico próprio, com pequenas concavidades. O pano serve para impedir que a massa escorra pelos pequenos orifícios do prato que permitem aos iddlys serem cozinhados ao vapor, em grandes panelas metálicas
Preparação dos iddlys, em que a massa liquida é deitada sobre um prato metálico próprio, com pequenas concavidades. O pano serve para impedir que a massa escorra pelos pequenos orifícios do prato que permitem aos iddlys serem cozinhados ao vapor, em grandes panelas metálicas
pongal... uma especialidade servida ao pequeno-almoço por todo o estado de Tamil Nadu, acompanhado por um chutney de côco e pelo sambar. A mistura vermelha é uma pasta de malagueta que nunca cheguei a utilizar pois o prato em si já é picante e bastante condimentado. Come-se misturando os acompanhamentos e o pongal com os dedos.
pongal… uma especialidade servida ao pequeno-almoço por todo o estado de Tamil Nadu, acompanhado por um chutney de côco e pelo sambar. A mistura vermelha é uma pasta de malagueta que nunca cheguei a utilizar pois o prato em si já é picante e bastante condimentado. Come-se misturando os acompanhamentos e o pongal com os dedos.
Experimentai o pongal por sugestão deste rapaz nepalês com quem partilhei a mesa de um restaurante em Madurai. Como é tradicional por aqui, o pequeno-almoço é acompanhado pelo café, com leite, servido num copo metálico, e que é servido juntamente com uma taça, para a qual o café é vertido diversas vezes antes de ser bebido pelo copo.
Experimentai o pongal por sugestão deste rapaz nepalês com quem partilhei a mesa de um restaurante em Madurai. Como é tradicional por aqui, o pequeno-almoço é acompanhado pelo café, com leite, servido num copo metálico, e que é servido juntamente com uma taça, para a qual o café é vertido diversas vezes antes de ser bebido pelo copo.
Este foi um dos mais tradicionais restaurantes que encontrei em Thanjavur, em que nem prato havia, sendo a comida servida directamente em folha de bananeira colocada em cima da mesa. As doses de arroz são sempre exageradas. Os acompanhamentos vão sendo servidos sempre que um empregado passa com pequenos baldes e se apercebe que não são suficientes para acompanhar a dose de arroz, podendo-se repetir as vezes que se quiser.
Este foi um dos mais tradicionais restaurantes que encontrei em Thanjavur, em que nem prato havia, sendo a comida servida directamente em folha de bananeira colocada em cima da mesa. As doses de arroz são sempre exageradas. Os acompanhamentos vão sendo servidos sempre que um empregado passa com pequenos baldes e se apercebe que não são suficientes para acompanhar a dose de arroz, podendo-se repetir as vezes que se quiser.
Num dos restaurantes tradicionais de Thanjavur, onde repousam em cima da mesa os "baldes" de onde é servida a comida
Num dos restaurantes tradicionais de Thanjavur, onde repousam em cima da mesa os “baldes” de onde é retirada a comida que é servida nas folhas de bananeira
paan... mistura de nóz moscada partida em pequenos pedaços e que pode ser misturada com vários outros ingredientes, incluíndo tabaco. Esta é uma versão adocicada que é frequentemente consumida após as refeições, sendo colocada na boca até humedecer e posteriormente mastigada. Acredita-se que reduz a acidez da boca após a refeição e assim previne as cáries. Contudo o consumo diário e excessivo de paan provoca manchas vermelhas nos dentes que se vêm frequentemente entre a população mais pobre.
paan… mistura de nóz moscada partida em pequenos pedaços e que pode ser misturada com vários outros ingredientes, incluíndo tabaco. Esta é uma versão adocicada que é frequentemente consumida após as refeições, sendo colocada na boca até humedecer e posteriormente mastigada. Acredita-se que reduz a acidez da boca após a refeição e assim previne as cáries. Contudo o consumo diário e excessivo de paan provoca manchas vermelhas nos dentes que se vêm frequentemente entre a população mais pobre.
Uma fruta frequente do sul que não consegui fixar o nome: O sabor e textura assemelham-se a uma anona, mas o exterior parece um kiwi
Uma fruta frequente do sul que não consegui fixar o nome: O sabor e textura assemelham-se a uma anona, mas o exterior parece um kiwi
Encontra-se uma grande variedade de bananas nos mercados e nos vendedores ambulantes que percorrem as ruas das cidades por onde passei.
Encontra-se uma grande variedade de bananas nos mercados e nos vendedores ambulantes que percorrem as ruas das cidades por onde passei.
Este vegetal encontra-se em quase todos os pratos de caril que comi. É cozinhado cortado em pequenos troços, mas mesmo assim, somente se pode comer o seu interior, pois a parte exterior é demasiado fibrosa
Este vegetal encontra-se em quase todos os pratos de caril que comi. É cozinhado cortado em pequenos troços, mas mesmo assim, somente se pode comer o seu interior, pois a parte exterior é demasiado fibrosa
Um dos mais conhecidos restaurantes de Madurai, onde no piso de baixo é servida comida de modo informal, e no piso de cima, geralmente reservado a homens de negócios e a estrangeiros, a mesma comida é servida com acréscimo de 20% no preço devido ao serviço melhorado e ao ar-condiconado... quase que à força tentaram.me encaminhar para o piso superior, mas consegui vitoriosamente comer onde queria
Um dos mais conhecidos restaurantes de Madurai, onde no piso de baixo é servida comida de modo informal, e no piso de cima, geralmente reservado a homens de negócios e a estrangeiros, a mesma comida é servida com acréscimo de 20% no preço devido ao serviço melhorado e ao ar-condiconado… quase que à força tentaram.me encaminhar para o piso superior, mas consegui vitoriosamente comer onde queria
Hotel Saravana Bhavan... uma das maores cadeias de restaurantes do sul da Índia. Em Tamil Nadu é frequente os restaurantes chamarem-se de "hotel"... os hoteis são geralmente denominado de "lodge" mas nem sempre é assim, e acaba por causar alguma confusão.
Hotel Saravana Bhavan… uma das maiores cadeias de restaurantes do sul da Índia. Em Tamil Nadu é frequente os restaurantes chamarem-se de “hotel”… os hoteis são geralmente denominado de “lodge” mas nem sempre é assim, e acaba por causar alguma confusão.

Para mim, a comida do Sul da Índia, em especial no estado de Tamil Nadu, é uma das melhores de todo o país, tendo somente como rival a comida do estado de Gujarat, com uma grande variedade de sabores e de ingredientes, intensa, picante e com o certo exotismo tropical não deixando se se apresentar simples e despretensiosa. Tudo isto torna uma refeição numa deliciosa experiência para os sentidos.

O Sul da Índia é um paraíso para vegetarianos, sendo frequente encontrar restaurantes “pure veg” assim como comida de rua sem produtos animais. Contudo, os laticínios estão presentes tanto no chai como no iogurte que frequentemente faz parte do thali.

Cada visita a Chennai, comumente chamada de Madras, constitui um deleite para o paladar, com muitas opções para explorar as especialidades gastromómicas do sul da India, desde sofisticados restaurantes a simples refeitórios, sem esquecer a comida de rua!!

Uma deliciosa memória!!!



… porque comer é importante ;)

Pelo que conhecemos da Índia e que provavelmente se pode estender a outros países asiáticos, não se encontra aqui o chamado “culto da mesa”, tanto no dia-a-dia como nos restaurantes mais económicos, frequentados quase exclusivamente por indianos.

Quando se chega a mesa está vazia, sem toalha, pratos ou talheres, quanto muito encontra-se o saleiro e o pimenteiro. Logo de imediato são trazidos copos, sempre metálicos, e um jarro de água da torneira, ou de outro recipiente de armazenamento de água. Após o pedido a comida é rapidamente confecionada, encontrando-se a cozinha à vista ou mesmo virada para a rua, sendo de imediato servida, em pratos e taças metálicas, acompanhada sempre por algum tipo de pão, naan, chapati ou pharata, que ajuda a levar a comida para a boca em substituição dos talheres.

Não existe o conceito de “entradas”, pois o que estamos habituados, nos restaurantes indianos em Portugal, a comer no inicio da refeição como chamuças, puri, baghi, são aqui consumidos ao pequeno-almoço ou durante o dia como snack. Somente vem para a mesa o que pedimos e nunca nos perguntam se queremos mais alguma coisa, sobremesa ou café, nem existe na maioria dos restaurantes indianos doces ou tão pouco se vendem bebidas alcoólicas.

O pagamento é sempre feito à saída, a uma pessoa que geralmente só tem essa função, muitas vezes o dono do restaurante. Simples, rápido e eficaz. Com isto as refeições são bastante rápidas, nem nos fazendo sentir confortáveis se ficarmos mais tempo do que o necessário, mesmo que às vezes soubesse bem aproveitar a refeição para dar algum descanso às pernas.

Excepção são os restaurantes mais caros que geralmente só se encontram nas grandes cidades ou os situados em zonas turísticas, onde é raro encontrar clientes indianos; aí temos sempre talheres (colher e garfo, até agora nada de facas), copos e guardanapos, lista de sobremesas e em alguns locais são vendidas bebidas alcoólicas, geralmente cerveja.

Na zona onde estamos de Mcleod Ganj, dado o grande numero de turistas, tanto nacionais como estrangeiros, existe uma grande variedade de restaurantes, servindo comida indiana, tibetana, chinesa, tailandesa, mexicana, as inevitáveis pizzas e lasanhas e muitas especialidades israelitas, pois é de Israel que vêm grande parte dos turistas, chegando a haver hotéis e guesthouses em Dharamkot, praticamente “dominadas” pelo “povo de Israel”, encontrando-se muitas tabuletas escritas em hebraico. Contudo temos optado maioritariamente por comida indiana e tibetana, que para além de ser mais barata, oferece melhores de garantias de qualidade do que as opções ocidentais.

Lista de restaurantes tibetanos, que elegemos em Mcleod Ganj

Tibet Kitchen, na Jobibara Road, perto do cruzamento principal: grande restaurante de três pisos frequentado maioritariamente por tibetanos, com comida vegetariana e não-vegetariana: experimentámos os tradicional momos, o pão tibetanos chamado Timgo (pálido, elástico e cozido a vapor), a Thupka, uma sopa de vegetais e noodles e o Fry Thinthuk, que é uma massa muito larga, em pequenas tiras, que neste caso é salteada com vegetais.

Restaurante Tibetian Kitcken em Mcleod Ganj
Restaurante Tibet Kitcken em Mcleod Ganj

Restaurante Tibetian Kitcken em Mcleod Ganj: momos fritos e Fry Thentuk
Restaurante Tibet Kitchen em Mcleod Ganj: momos fritos e fry thinthuk

Lung Ta, na Jobibara Road: para além de uma grande variedade de pratos japoneses, todos vegetarianos, têm um menu especial, que vaira diariamente e que se repete semanalmente; comemos uma tempura perfeita de vegetais, acompanhada por arroz, duas saladas e uma sopa miso com tofu caseiro por 150 INR por pessoa. Este restaurante apresentou uma qualidade acima da média, batendo aos pontos quase todos os japoneses de Lisboa… todos excepto o Tomo em Algés 😉 Ambiente descontraído e simpático, com uma sala interior e uma varanda para o exterior, recomenda-se por tudo! Foi tão bom que já lá voltámos outra vez 😉

Restaurante japonês em Mcleod
Restaurante japonês Lung Ta em Mcleod Ganj

Restaurante japonês em Mcleod
Restaurante japonês Lung Ta em Mcleod Ganj

Takhyil Peace Restaurant, na Jobibara Road: calmo restaurante de ambiente familiar, vegetariano, onde comemos os melhores momos até agora, a acompanhar a Thinthuk que é uma sopa espessa com legumes, geralmente couve, cenoura e cebola, e tiras de massa larga partida em pedaços grandes e de aspecto tosco.

Peace restaurante em Mcleod Ganj
Takhyil Peace Rrestaurante em Mcleod Ganj

Gakyi Restaurant, na Temple Road: pequeno e verde, onde a Mrs. Kalsang Dickyi cozinha comida tibetana vegetariana, entre momos, tupkas e thinthuk… Pedimos uns momos de espinafres, onde a massa se apresentava mais fina que o que habitualmente encontramos noutros restaurantes. Aprovado ficou também o prato de massa salteada com vegetais, onde predominava a pak-choi. Ficámos clientes, ainda para mais as doses são generosas e podem ser partilhados por duas pessoas.

Restaurante Tibetano Gakyi em Mcleod Ganj
Restaurante Tibetano Gakyi em Mcleod Ganj

Em Dharamkot, encontra-se uma grande variedade de gastronomias, mas nenhum dos que experimentámos se destaca, nem na comida indiana nem na tibetana, com excepção do Trimurti Garden, onde temos comido uns óptimos pequenos almoços, e onde um optimo thali, com um foge um pouco ao tradicional. Encontra-se aqui um óptimo pão e bolos caseiros, assim como cereais com iogurte, sumos, saladas de frutas e todos os mimos que um viajante procura para se sentir em casa, contudo o preço é pouco convidativo, pois um pequeno-almoço aqui pode sair mais caro do que uma refeição num restaurante indiano ou tibetano em Mcleod Ganj. Neste espaço realizam-se aulas e cursos de yoga.

Tahli (refeição completa) no Trimuti Garden
Tahli (refeição completa) no Trimuti Garden…. estufado de beterraba, carril de legumes, salada, yogurt, sopa de lentilhas (daal), arroz e chapati

Pequeno alomoço no Trimuti Garden
Pequeno alomoço no Trimuti Garden

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Trimuti Garden: alojamento, restaurante e escola de yoga

Recentemente descobrimos em Dharamkot, o Half Moon Café, que não é mais do que uma barraca feita de madeira e plástico, com algumas mesas e um excelente vista para o vale que se estende até Bhagsu. Aí temos comido sempre thali, composto pelo tradicional dal (sopa espessa à base de diversos tipos de lentilhas que também pode ter feijão), um carril de legumes, duas paratas e o sempre presente arroz, que por vezes é cozinhado com cominhos (jeera). Tudo isto por 80 INR, cerca de 1.15€ por pessoa.

Tahli no Halfmoon em Dharamkot
Tahli no Halfmoon em Dharamkot… bom, barato e bem servido… talvez o melhor daal que experimentámos até agora

Halfmoon em Dharamkot
Halfmoon em Dharamkot

Workshop de pão tibetano

Depois da experiência do workshop de momos decidi ir fazer um outro, no mesmo local, desta vez dedicado ao pão. Mesmo sabendo que o pão na Ásia não é dos mais famosos, temos tido boas surpresas com as variedades que encontramos tanto nos restaurantes como à venda na rua.

Basicamente a massa usada para fazer os pães tibetanos é muito semelhante à que tínhamos aprendido para os momos: farinha, fermento e água.

Foi quase uma aula privada, pois estava somente uma outra rapariga a fazer o workshop; apesar disso foi difícil obter informações mais detalhadas sobre os hábitos e a cultura gastronómica do Tibete, pois nos momentos de pausa, em que a massa levedava ou em que se cozinhavam os pães, o “chef” estava constantemente ao telemóvel.

Fizemos três tipos de pães, todos com a mesma massa: começamos com um reservado a festas de casamento ou de passagem de ano. É recheado e cozinhado numa panela, mas já experimentámos uma outra versão, que os tibetanos comem a acompanhar a refeição, sem recheio e cozido a vapor, mantendo-se o característico feitio, semelhante a um nó. É comido simples ou com um pedaço de manteiga, que no Tibete é de yak, mas aqui na Índia é de vaca. Da mesma forma, o óleo usado na preparação do recheio é uma adaptação aos costumes locais, sendo a versão original feita também com manteiga de yak, que segundo dizem tem melhor sabor.

Pão de festa depois de cozido numa panela
Pão de festa depois de cozido numa panela

Seguiu-se o tigmo, sendo servido no dia a dia, com ou sem recheio, e cuja forma se obtém com a ajuda de dois “pauzinhos” e um outro pão recheado, servido em dias de festa e ocasiões especiais. Depois de cozinhados ao vapor estes pães abrem como uma flor, mostrando o colorido recheio, à base de cenoura, tomate, alho, gengibre e coentro, sendo o tom amarelo dado pelo açafrão.

Todos os ingredientes são colocados crus na massa do pão, antes de esta ser cozinhada, impregnando-a dos sabores dos vegetais, que são realçados pelo molho de soja que serve de acompanhamento.

Tigmo
Recheio do tigmo, à base de tomate, gengibre, coentros e cebola

Tigmo
Tigmo recheado de legumes e curcuma

Tigmo
preparação dos pães para lhes ser dada a forma caracteristica

Tigmo
Tigmo cuja forma é conseguida com o auxilio de dois “pauzinhos”

Tigmo
Pão recheado com legumes crus, com a forma semelhante a um laço

Tigmo antes de serem cozidos ao vapor
Tigmo e um outro pão recheado preparado para dias de festa, antes de serem cozidos ao vapor

Tigmo
Tigmo

Tradicionalmente no Tibete usa-se recheio de carne, pois dado o clima os legumes não são em abundância, prevalecendo o consumo de carne. A versão vegetariana é aparentemente mais uma adaptação à cultura indiana, onde esta grande comunidade de tibetanos está inserida à mais de 60 anos, encontrando-se diversos tibetanos que não comem carne, assim como restaurantes exclusivamente vegetarianos.

Estes workshops assim como a comida que temos experimentado em restaurantes espalhados por McLeod Ganj, revelaram-nos uma quase desconhecida gastronomia e uma boa alternativa aos pratos indianos, tendo-nos deliciado com os suaves e leves pratos tibetanos, à base de massa, salteada ou servida numa sopa, sempre acompanhada de vegetais levemente cozinhados, onde domina a couve pak-choi.

Momos tibetanos

Ao oitavo dia, quarta-feira… entrámos no espírito das montanhas J e decidimos fazer uma aula de momos, prato típico do Tibete. Estamos na Índia, é verdade… mas aqui a comunidade de tibetanos é grande e desde que o Dalai Lama tornou Mcleod Ganj sua casa, estes primos dos “dumplings” nasceram e ficaram para satisfazer os Budistas mais vorazes.

Em Mcleod Ganj, Bhagsu e Dharamkot, vendem-se na rua, nos restaurantes e nos pequenos espaços improvisados no cimo da montanha… pequenas formas de nuvens.

A primeira experiência, foi à porta do templo do Dalai Lama, uma mão cheia de momos frescos, saiam de um balde de plástico, em direção à panela de vapor, que poisava sob uma caixa de lume improvisada. A panela de cozer a vapor tinha dois níveis e estava cheia de momos, uns já prontos a servir e outros ainda a cozer. Indianos rodeavam a senhora, debatendo o preço constantemente, não queriam pagar as 10 rupias pelos quatro momos servidos, uma vez que tinham sido muitos a encomendar, o preço teria que ser mais baixo…

Pedimos quatro momos, que nos serviram com molho picante feito de malagueta vermelha, intenso e extremamente forte, tocámos o “vermelho”, para saborear o primeiro Momo de batata, em formato mais tosco e redondo que o normal, mas de sabor aromático e fofo. Foi uma boa descoberta…

Os primeiros momos foram experimentados à porta da residência do Dalai Lama
Os primeiros momos foram experimentados à porta da residência do Dalai Lama

Os primeiros momos foram experimentados à porta da residência do Dalai Lama
Os primeiros momos foram experimentados à porta da residência do Dalai Lama

Continuando a aprofundar a culinária tibetana, fomos almoçar ao restaurante “Tibetian Kitchen”, junto ao templo budista de McLeod Ganj, que vemos sempre cheio de tibetanos, pois pensámos que este pequeno restaurante fosse o ideal para nova jornada de momos. Sala cheia, disseram-nos para entrar pela porta ao lado que tinham mais salas, percebemos que o “pequeno restaurante” se multiplicava por mais três pisos do edifício adjacente. Tibetanos, turistas e indianos povoavam as salas, fazendo-nos subir os três andares do edifício para encontrar-mos uma mesa vaga. Pedimos um prato de momos vegetarianos, por cerca de 80 rupias, uma Tupka, uma sopa de vegetais e noodles, o Fry Thinthuk, que é uma massa muito larga, em pequenas tiras, que é salteada com vegetais e um pão tibetano chamado Tingo (pálido, elástico e cozido a vapor).

Estes momos, mais trabalhados e de massa mais fina, estavam recheados de couve, cenoura e cebola, o sabor dos vegetais era suave e autêntico e foram servidos ao lado de uma taça com um caldo insípido de coentros, sendo o método tradicional, mergulhar o momo no caldo, tornando a massa envolvente mais fresca e húmida. Os legumes cozidos a vapor ficam mais crocantes e frescos, o sal é pouco e as especiarias são nulas, tornando este prato bastante saudável e aromático, com uma simplicidade subtil, normalmente difícil de alcançar no ponto certo….

Momos do Takhyil Peace Restaurante.
Momos do Takhyil Peace Restaurant

Decidimos no dia seguinte entrar no “Takhyil Peace Restaurant” e experimentar mais uns momos. Estes de recheio igual aos anteriores, à base de couve e cenoura, mas mais aromáticos, foram comidos acompanhados de molho de soja (o melhor que experimentei até agora) de sabor mais suave e consistente, que ligava na perfeição com o sabor dos vegetais. Apesar do formato não ser perfeito, o sabor e a textura estavam no ponto certo. Com a bandeira do Tibete em fundo, agradecemos ao simpático tibetano pela refeição que nos serviu, sempre com um sorriso na cara.

Recheio de legumes crus, que fizemos previamente, de couve e espinafres
Recheio de legumes crus, que fizemos previamente, de couve e espinafres

estender a masa e dividi-la em porções
estender a masa e dividi-la em porções

estender a massa para rechear os momos
estender a massa para rechear os momos

mesa cheia de momos
mesa cheia de momos

estender a massa para rechear os momos
estender a massa para rechear os momos

dar a forma aos momos doces
dar a forma aos momos doces

dar a forma ao momo
dar a forma ao momo

Quarta-feira era o dia da nossa aula de momos, chegamos por volta das onze da manhã, estando já três israelitas nas suas posições estudantis em frente à mesa de trabalho. Os alunos foram chegando e a mesa foi enchendo, sendo no final dez pessoas à volta da pequena estrutura de madeira. Éramos portugueses, israelitas e ingleses numa casa indiana, a ter uma aula de comida tibetana; pagámos previamente 300 rupias, cerca de 4.5€ por pessoa para uma aula de duas horas, que já tinha sido cancelada na segunda-feira, fazendo a expectativa aumentar na ultima hora 😉

O professor tibetano, falava um inglês perceptível e a aula começou com a explicação dos ingredientes que íamos utilizar e os tipos de momos que íamos preparar: dois salgados, um de couve, cenoura e cebola e outro de espinafres com queijo, terminando com um momo doce recheado com uma mistura de óleo, açúcar, sésamo e farinha… neste ponto os asiáticos nunca me surpreendem, sendo geralmente sobremesas demasiado doces e estranhas de sabor e textura, para o meu gosto e esta infelizmente não foi exceção.

O método de fazer a massa, perceber o ponto e a textura, o tempo de descanso, o amassar e esticar, aprender as técnicas de formar os característicos momos, tornou toda a aula mais interessante.

Em quinze minutos que levaram a cozer os momos, o cheiro a gás encheu a sala e sai para fumar um cigarro… Sem entrar em mais em pormenores culinários, o processo ficou registado em algumas fotos da aula… estavam bons e foram duas horas bem passadas, não sobrando nenhum para contar a história 😉

momo doce
o meu primeiro momo 😉

momos prontos para cozer a vapor
momos prontos para cozer a vapor

momos prontos para cozer a vapor
momos prontos para cozer a vapor

momos prontos para cozer a vapor
momos prontos para serem degustados

Jaipur… em busca do Lassi perfeito

Soubemos que a tradição desta bebida feita de iogurte, tem extrema importância para os habitantes desta cidade. O nosso guia, falava de um sitio histórico, chamado Lassiwalla, que por sorte ficava numa rua bem por trás onde estamos alojados. Era final de dia quando demos com o sito por mero acaso a caminho de casa, fica no meio da Rua MI Road (Mirza Ismail Road), de fronte a um restaurante chamado Niro’s; para nosso espanto não existia um, mas quatro estabelecimentos que vendiam Lassi, ao lado uns dos outros e todos eles diziam que eram a loja mais antiga de Jaipur e todos eles se chamavam Lassiwalla.

Lassiwalla
Lassiwalla

Lassiwalla
Lassiwalla

Ficamos confusos e analisámos os espaços que estavam a nossa frente, para podermos escolher o eleito desse dia. Mais tarde soubemos que existia uma Lassiwalla-war desde o sucesso do primeiro estabelecimento.

Apontamos para o primeiro do lado esquerdo, parecia-nos ser o mais original e dizia que os fabricava desde 1944, mas estava já em modo de limpeza criteriosa por quatro indianos, todos eles limpavam exaustivamente a bancada de mármore e todos os instrumentos associados a fabrico da famosa bebida.

Mesmo ao lado, outro balcão com indianos a preparar lassis e com alguns clientes a fazer os seus pedidos, o que me despertou logo atenção, foram os recipientes em terracota com forma de cone de gelado. Mais do lado direito estava uma loja, esta com uma sala interior, onde se fritavam chamussas e se vendiam lassis e a mais outra ao lado que era praticamente igual, mas sem sala interior.

Optamos pela mais óbvia, a que estava com clientes indianos a beber o seu lassi preferido… pedimos 2 e pela quantia de 34IRN cada, recebemos o nosso desejado cone. A preparação é bastante simples, uma taça de metal com 60cm cheia de curd de iogurte, aguardava a colherada do seu dono, um indiano robusto, em flor de lotus que recebia os pedidos e colocava uma porção de curd, numa batedeira gigante, manuseada por outro indiano, depois de batido o curd, o liquido espesso é colocado no cone de terracota e depois gentilmente da mesma taça onde se encontrava o curd original é tirada a “capa” mais espessa de curd, numa só colherada, que se coloca por cima do liquido do lassi. De sabor adocicado e fresco este lassi, foi uma experiencia incrível, já tinha experimentado alguns lassis na minha vida, mas não como este… .todos os outros me sabiam a simples iogurte batido, misturado com leite. Este por ser naturalmente espesso e fresco, de sabor adocicado e com a sua curd por cima, colocaram a fasquia bem mais acima 😉

Sem duvida o melhor Lassiwalla de todos.....desde 1944 ;)
Sem duvida o melhor Lassiwalla de todos…..desde 1944 😉

Sem duvida o melhor Lassiwalla de todos.....desde 1944 ;)
Sem duvida o melhor Lassiwalla de todos…..desde 1944 😉

Sem duvida o melhor Lassiwalla de todos.....desde 1944 ;)
Sem duvida o melhor Lassiwalla de todos…..desde 1944 😉

Sem duvida o melhor Lassiwalla de todos.....desde 1944 ;)
Sem duvida o melhor Lassiwalla de todos…..desde 1944 😉

Sem duvida o melhor Lassiwalla de todos.....desde 1944 ;)
Sem duvida o melhor Lassiwalla de todos…..desde 1944 😉

Sem duvida o melhor Lassiwalla de todos.....desde 1944 ;)
Sem duvida o melhor Lassiwalla de todos…..desde 1944 😉

Vietname: comida de rua

Antes de regressar-mos ao hotel, parámos no mercado para comprar o nosso jantar: umas almôndegas servidas no pão, acompanhado de vegetais e regado com molho. Uma delicia por um preço simbólico de 12.000 VND o que equivale a cerca de 0.50€. A sobremesa: bananas.

Quando regressámos a Vinh Long, perto da hora do almoço, e como queríamos sair dali o rapidamente possível, fomos direitos à estação de camionagem onde depois de uma complexa troca de palavras conseguimos bilhetes para Ho Chi Ming, por 70.000VND, num bus que partiria 2 horas mais tarde: foi o tempo exacto de ir buscar as malas ao hotel e comprar comida no mercado para comermos pelo caminho!
Foi das melhores refeições até ao momento: rolinhos de vegetais e camarão, embrulhados em folha de papel de arroz (os designados spring rolls) acompanhados de molho de amendoim. Esta iguaria custou 20.000 VND (0.80€).
Almoço antes da viagem de regresso a Ho Chi Minh
A viagem de volta a Ho Chi Minh foi bastante mais agradável pois tinhamos a companhia de uma italiana e de um mexicano com quem podémos partilhar as aventuras da viagem e os planos para as próximas paragens.
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Sou a Catarina, uma viajante de Lisboa, Portugal… ou melhor, uma mochileira com uma máquina fotográfica!

Cada palavra e foto aqui presente provém da minha própria viagem — os locais onde fiquei, as refeições que apreciei e os roteiros que percorri. Viajo de forma independente e partilho tudo sem patrocinadores ou anúncios, por isso o que lê é real e sem filtros.

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