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Kathmandu

Ruas de Kathmandu

Apesar do intenso ruído e da pesada poluição que facilmente pode criar um impacto negativo a quem visita a cidade pela primeira vez, a intensa e atrativa cidade de Katmandu têm sempre algo novo e inesperado para oferecer mesmo para quem já aqui esteve.

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Iluminadas pela luz mágica do pôr-do-sol, as estreitas ruas da cidade enchem-se de gente criando uma compacta massa humana por onde motas, rickshaws e carregadores insistem na árdua tarefa de se movimentarem. As ruas lotadas de gente ganhar uma atmosfera mágica com os últimos raios de sol, capazes de expor ocultos recantos e de iluminar a tristeza de alguns rostos. Fachadas de edifícios velhos e degradados sobressaem desta paisagem urbana, onde a poeira cria um véu quase permanente, capaz de esbater os contornos da cidade.

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Os mercados matinais, que diariamente enchem praças e ruas estreitas, ganham uma atmosfera especial quando os primeiros raios de luz atravessam a densa e compacta massa de edifícios, trazendo uma nova intensidade às cores e dando uma nova perspectiva ao cenário.

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Deambular ao longo do emaranhado de ruas que constitui a parte antiga de Katmandu, indescritivelmente cheia de gente ao fim do dia, pode revelar-se um desafio capaz de desmoralizar o visitante menos preparado. Mas, ao mesmo tempo, é o momento ideal para captar os movimentos rotineiros do quotidiano da cidade… desde os rituais do “puja” ao estender da roupa nos terraços, das confusas procissões religiosas ao frenético movimento dos carregadores, dos pacientes vendedores ambulantes de frutas e legumes ao laborioso trabalho de enfiar grinaldas de flores.

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Mesmo que tenhamos passado inúmeras vezes pela mesma rua, dobrado a mesma esquina, percorrido o mesmo caminho, passado pela mesma “stupa” … Kathmandu sempre tem algo que nos surpreende: uma nova luz capaz de transforma imagens familiares, revelar um detalhe na escultura em madeira de uma porta, oferecer um novo brilho capaz de destacar uma cor, iluminar um sorriso cheio de curiosidade num rosto jovem ou o olhar sério daqueles que viram muitas coisas… ou sermos simplesmente atraído pelo aroma de um “roti” acabado de fritar.

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Streets of Kathmandu
Streets of Kathmandu

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Streets of Kathmandu
Streets of Kathmandu

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Streets of Kathmandu
Streets of Kathmandu

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Streets of Kathmandu
Streets of Kathmandu

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Streets of Kathmandu
Streets of Kathmandu

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Streets of Kathmandu
Streets of Kathmandu

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Streets of Kathmandu
Streets of Kathmandu

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Streets of Kathmandu
Streets of Kathmandu

Tihar… o festival pelas ruas de Kathmandu

marigold garland seller during Tihar Festival. Kathmandu
marigold garland seller during Tihar Festival. Kathmandu

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Kukur Puja

Kukur Puja

Durante o festival Tihar, um dos mais importantes festivais religiosos no Nepal, há um dia dedicado aos cães, “kukur” em nepalês.

De manhã cedo, através de ruas de Katmandu, as pessoas colocam o “tikka”, pigmento vermelho, na testa dos cães, uma grinalda de flores amarelas no pescoço, espalham grãos de arroz e algumas gotas de água sobre o animal. É oferecida comida como doces, carne e o “sel roti”, o pão tradicional nepalês feito de farinha de arroz e frito em óleo.

Tanto os cães domésticos ou vadios recebem o puja, acreditando-se que este ritual traz proteção e fortalece a ligação entre humanos e cães.

Os cães parecem confusos com o “tikka” e as grinaldas, mas eles facilmente esquecer a suspeita e o desconforto perante as guloseimas.

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kukur puja during Tihar Festival. Kathmandu
kukur puja during Tihar Festival. Kathmandu

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kukur puja during Tihar Festival. KAthmandu
offerings of sweets, flowers, rice and money for kukur puja during Tihar Festival. Kathmandu

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kukur puja during Tihar Festival. Kathmandu
kukur puja during Tihar Festival. Kathmandu

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kukur puja during Tihar Festival. Kathmandu
kukur puja during Tihar Festival. Kathmandu

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kukur puja during Tihar Festival. Kathmandu
kukur puja during Tihar Festival. Kathmandu

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Gai Puja

No terceiro dia do Festival Tihar é a vez das vacas serem veneradas, com ofertas de arroz, milho, frutas, sal, farinha de trigo, biscoitos, e “chapattis” e vegetais de tenras folhas verdes! Ao mesmo tempo que as vacas recebem alimento, as pessoas acendem velas e incenso, deixam cair pétalas de flores na cabeça e no dorso do animal e envolvem a cauda com um colorido cordel. Umas gotas de óleo de sésamo são vertidas na testa da vaca e um “tikka” é feito com pigmento vermelho.

Ao contrário dos cães, que na parte da manhã estão mais dispostos a dormir do que a comer, as vacas entusiasmam-se com as oferendas sendo totalmente indiferentes às guirlandas de flores e aos restantes rituais do “puja“. Pequenas notas de rupias são colocadas na cabeça das vacas, mas desaparecem rapidamente no bolso de alguém, contudo isto não parece perturbar o ritual de Gai Tihar.

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gai puja during Tihar Festival. Kathmandu
gai puja during Tihar Festival. Kathmandu

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gai puja during Tihar Festival. Kathmandu
gai puja during Tihar Festival. Kathmandu

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gai puja during Tihar Festival. Kathmandu
gai puja during Tihar Festival. Kathmandu

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offerings for gai puja during Tihar Festival. Kathmandu
offerings for gai puja during Tihar Festival. Kathmandu

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gai puja during Tihar Festival. Kathmandu
gai puja during Tihar Festival. Kathmandu

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Lakshmi Puja

O Tihar é comemorado principalmente durante o dia, geralmente com pujas de manhã cedo, mas na noite do terceiro dia do festival as ruas escuras de Katmandu iluminam-se para acolher a deusa Lakshmi.

Na entrada das casas e das lojas, o chão é decorado com desenhos coloridos, maioritariamente mandalas, adornados com flores, velas e oferendas de comida, enquanto guirlandas de flores de amarelo vivo, são penduradas por cima das portas de entrada das casas, aí permanecendo durante um ano, até ao próximo Tihar.

A entrada das casas é pintada com uma lama castanho-avermelhada, desenhando um caminho que conduz ao interior da habitação, que é iluminado durante toda a noite pela luz das velas, convidando a deusa Lakshmi para entrar trazendo prosperidade e boa sorte.

Ao longo da noite as pessoas se reúnem nas ruas decoradas com luzes, tagarelando, tocando música e jogando às cartas, enquanto grupos de crianças vão de porta em porta, cantando músicas pedindo dinheiro e doces. Foguetes rebentam de vez em quando, criando um das noites mais animadas no Nepal.

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Lakshimi Puja during Tihar Festival. Kathmandu
Lakshimi Puja during Tihar Festival. Kathmandu

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Lakshimi Puja during Tihar Festival. Kathmandu
Lakshimi Puja during Tihar Festival. Kathmandu

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Lakshimi Puja during Tihar Festival. Kathmandu
Lakshimi Puja during Tihar Festival. Kathmandu

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Lakshimi Puja during Tihar Festival. Kathmandu
Lakshimi Puja during Tihar Festival. Kathmandu

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Lakshimi Puja during Tihar Festival. Kathmandu
Lakshimi Puja during Tihar Festival. Kathmandu

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Lakshimi Puja during Tihar Festival. Kathmandu
Lakshimi Puja during Tihar Festival. Kathmandu

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Nota: a melhor altura para ver o gai puja e o kukur puja é no início da manhã … portanto, por isso o melhor é sair da cama logo após o nascer do sol. Caminhando ao longo das ruas de Katmandu vê-se um pouco em todo o lado o Kukur Puja, mas é melhor procurar uma área com vários talhos como é o local favorito dos cães. Para o Gai Puja encontram-se algumas vacas em Basantapur, perto da Durbar Square, mas o terreno à entrada de Pashupatinath (junto à bilheteira, mas não é preciso comprar o bilhete). O Lakshimi Puja acontece na noite do terceiro dia do festival de Tihar e está presente em todas as ruas da cidade.

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oferings of food piles in from of a small temple during Tihar Festival. Kathmandu
oferings of food piles in from of a small temple during Tihar Festival. Kathmandu

Namo Buddha… em busca de tranquilidade

Por vezes o ritmo intenso da cidade de Kathmandu, com o seu trânsito constante, as buzinas, ar poluído e o pó, obrigam a uma escapadela em busca de uma atmosfera mais limpa e de um ambiente mais calmo.

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Namo Buddha Stupa
Namo Buddha Stupa

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A localização da cidade, rodeada por montanhas, oferece várias opções para uma day trip em busca de natureza, do verde das montanhas, de ar limpo, e onde o cantar das aves se sobrepõem aos ruídos provocados por uma lata concentração de seres humanos, como acontece na sobrepovoada Kathmandu. Namo Buddha, é um destes discretos paraísos situados a poucos quilómetros da capital, onde domina a cultura e a religião tibetana, sendo um dos principais locais de peregrinação Budista no Nepal, juntamente com as stupas de Boudha e Swayambhunath.

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Namo Buddha Stupa
Namo Buddha Stupa

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Away from Namo Buddha Stupa to Thrangu Tashi Yangtse Monastery
Camino entre a Namo Buddha Stupae o Thrangu Tashi Yangtse Monastery, decorado com prayer flags

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A stupa abriga os restos mortais de um príncipe, que segundo a tradição, ofereceu o seu corpo como alimento a um tigre moribundo e esfomeado, num acto de compaixão. Para além do significado religioso, a modesta stupa não provoca grande impressão, sendo o local rodeado de pequenos restaurantes e lojas de souvenires.

Mas subindo a encosta, através de denso arvoredo por um caminho decorado de prayer flags chega-se ao cimo da colina, de onde se pode avistar o Mosteiro de Thrangu Tashi Yangtse. O mosteiro é de construção recente, e a sua arquitectura não impressiona, mas o interior do vasto templo, de tecto e paredes decorados com delicadas pinturas de temática budista criam uma atmosfera sagrada. Nos vários edifícios que fazem parte do mosteiro encontram-se outros templos mais pequenos, com elaboradas estátuas de Buda e da deusa Tara.

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Thrangu Tashi Yangtse Monastery
Thrangu Tashi Yangtse Monastery

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Thrangu Tashi Yangtse Monastery
Thrangu Tashi Yangtse Monastery

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Nearby Thrangu Tashi Yangtse Monastery some temples evoking the tradition of the prince that gave is blood and is live to save a tiger
Nearby Thrangu Tashi Yangtse Monastery some temples evoking the tradition of the prince that gave is blood and is live to save a tiger

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Around Thrangu Tashi Yangtse Monastery
Around Thrangu Tashi Yangtse Monastery

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Reina uma atmosfera de calma e de tranquilidade, promovida pelo ambiente sagrado do mosteiro e pela floresta de intenso verde que emoldura o local, coroada pelo branco da neve que cobre as montanhas da cordilheira da Annapurna.

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Nota: não é permitido tirar fotografias no interior dos templos que se encontram no interior do mosteiro.

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Where to sleep in Namo Buddha:

Namo Buddha is located 40 kilometers from the center of Kathmandu, about two hours away, so it can be visited in one morning. It is advisable to get out of Kathmandu early, around 7 a.m., to avoid the traffic jam.

But in the area, within walking distance, there are a few resorts.

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Where to eat in Namo Buddha:

Around the stupa of Namo Buddha, there are several restaurants aimed to pilgrims, who also sell religious articles and incense but that are not inviting for more than a chai.

Along the road where the bus stops, there are three eateries that serve tea and meals, but definitively Banepa offers better options in terms of food.

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Transportation to Namo Buddha:

There are no direct buses from Kathmandu to Namo Buddha.

You need to catch a bus at Ratna Park to Banepa first (depart with high frequency).

At the bus terminal of Banepa (bus park), there are buses that pass through Namo Buddha; just ask for Namo Buddha from the various buses that are parked in the bus park.

The bus stops very close to the stupa. After the stupa is about 10 to 15 minutes walk to the monastery.

  • bus Kathmandu to Banepa: 1 hour, 45 rupees
  • Benepa to Namo Buddha bus: 1 hour, 60 rupees

The bus frequency from Namo Buddha to Banepa is not high, so you may have to wait an hour for the next bus… or get a ride from a truck, but pay attention: being faster is more expensive than the bus.

The road between Kathmandu and Banepa is in good condition and the trip is reasonably comfortable, on a flat route. But from Banepa to Namo Buddha the road is steep and winding, unpaved and very deteriorated, making this last stage uncomfortable and tiring.

Dashain Festival em Kathmandu

Pela janelas chegam os sons desconexos dos tambores e das campainhas, que acompanham o desfilar dos andores que contornam os templos da Durbar Square. É o festival Dasain, o mais importante do calendário religioso hindu, mas que estende as suas celebrações aos outros grupos étnicos e religiosos do Nepal, sendo celebrado por todo o país.

Dura quinze dias, começando na lua-nova de Outubro e terminado na lua-cheia, sendo os sétimo, oitavo, nono e décimo dias os mais intensos, crescendo o numero de visitantes nos templos assim como a devoção na realização dos pujas; o comércio e os serviços encerram, nas ruas desfilam pessoas em traje “domingueiro” e estreando roupa nova, os autocarros enchem-se com os que visitam familiares e amigos, recebendo dos mais velhos o tika, marca feita na testa, com uma pasta preparada pelas mulheres, à base de pigmento vermelho, iogurte e arroz cozido,

Esta cerimónia realizada a nível doméstico, tanto pelas mulheres como pelos homens, inclui também a oferta de uma quantia simbólica de dinheiro, em papel e moedas, uma banana, um pedaço de coco, um pequeno ramo de ervas acompanhado de uma fita vermelha que é colocada à volta do pescoço, tudo isto simbolizando a abundância e a prosperidade.

São oferecidos aos convidados bebidas e carne, que é servida como prasad, comida abençoada pelos deuses, que resultou dos animais, búfalos, cabras, patos e galos, que foram sacrificados nos dias anteriores, para com o seu sangue abençoar, casas, ferramentas, motas, carros e máquinas em geral, acreditando-se assim evitar acidentes.

Apesar hindus, o consumo de carne durante o festival Dasain é aceite como forma de acalmar a deusa Durga, simbolizando a batalha em que a deusa mata o demónio Mahishasura, livrando a humanidade do terror, impondo a verdade, justiça e virtude, sendo o décimo dia celebrada a definitiva vitória de Durga.

Estes sacrifícios animais, frequentemente realizados junto aos templos de Durga e Kali, estão a ser gradualmente substituídos por oferendas de frutos, de forma a poupar os animais, pois o sacrifício de animais não se encontra previsto em nenhum dos textos sagrados hindus, resultando provavelmente de uma fusão das práticas religiosas anteriores à chegada das religiões praticadas actualmente no Nepal: hindu, budista e muçulmana.

O vermelho que enche o olhar durante todos os dias em que decorre o festival, em especial no décimo, nos sahrees das mulheres, nos panos que cobrem as imagens, na cor do tika, nas fitas vermelhas que enfeitam os altares e nas que se colocam ao pescoço, é sinal de prosperidade, simbolizando também os laços de sangue que unem os elementos da mesma família, que num país como o Nepal, em que toda a estrutura social e económica se baseia nos laços de sangue e na casta, é fundamental à integração de um individuo.

Estátuas de Buddha, qu segundo os hindus é a sétima reencanação de Vishnu, com o tika marcado na testa
Estátuas de Buddha, qu segundo os hindus é a sétima reencanação de Vishnu, com o tika marcado na testa
oferendas colocadas em frente à entrada das casas
oferendas colocadas em frente à entrada das casas
venda de animais para os sacríficios durante o Dasain, na Durbar Square
venda de animais para os sacríficios durante o Dasain, na Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
desfile nas ruas de Kathmandu, no primeiro dia do festival onde as mulheres transportam o kalasha, onde foram plantadas as sementes de cevada cujos rebentos serão cortados no décimo dia do festival
desfile nas ruas de Kathmandu, no primeiro dia do festival onde as mulheres transportam o kalasha, onde foram plantadas as sementes de cevada cujos rebentos serão cortados no décimo dia do festival
papagaios
loja de papagaios, que nesta altura são muito concorridas
Procissões durante o Dasain, em torno dos vários templos que integram a principal praça de Kathmandu, onde é mais evidente a celebração do mais importante festival religioso do Nepal
Procissões durante o Dasain, em torno dos vários templos que integram a principal praça de Kathmandu, onde é mais evidente a celebração do mais importante festival religioso do Nepal

Por todo o lado, em especial nos últimos dias do festival vêm-se pessoas ostentando um pequeno punhado de ervas, geralmente presas na orelha, na roupa ou no cabelo, que foram oferecidas durante a cerimónia do tika. Trata-se de um ritual realizado pelas mulheres que plantam no primeiro dia do festival, na lua-nova, sementes de cevada num pote com água e dejectos de vaca, que é abençoado por um sacerdote num templo. Durante os dez dias seguintes este pote, o kalasha, é mantido no interior da casa, longe da luz, sendo venerado duas vezes ao dia geralmente pelo elemento masculino da família. No décimo dia do festival, os rebentos são cortados e para além de utilizados na cerimónia do tika, são também colocados à entrada das casas, juntamente com outras oferendas como arroz, frutos e flores, sendo por vezes acompanhada de uma pequena lamparina que arde em ghee, conferindo ao ar das ruas estreitas de Kathmandu um aroma particular.

Durante o Dasain, crianças reúnem-se durante o dia nas praças e nos terraços dos prédios, para lançarem papagaios feitos de finos pedaços de bambu que forrados com plásticos coloridos se elevam tão alto no céu de Kathmandu que se deixam praticamente de ver. Durante estes dias são construídos, um pouco por todos as povoações, baloiços feitos com grossos tronco de bambo, que servem de diversão à crianças, avistando-se ao longe pela sua altura, que ultrapassa as construções mais modestas.

papagaios no céu cinzento de Kathmandu
papagaios no céu cinzento de Kathmandu
cerimónia do tika durante o Dasain, na Himalaya Guest House
cerimónia do tika durante o Dasain, na Himalaya Guest House
cerimónia do tika durante o Dasain, na Himalaya Guest House
cerimónia do tika durante o Dasain, na Himalaya Guest House

 

Kathmandu. Pashupatinath

Ainda com os raios de sol a aparecerem timidamente por trás da colina que ladeia Pashupatinath, eleva-se o fumos dos incensos queimados no interior do Pashupati Mandir, situado juntos aos ghats que dão acesso ao poluído Rio Bagmati e cujo acesso ao templo é interdito a não hindus.

Pashupatinath, é o local mais sagrados da religião hindu existentes no Nepal, em particular para os seguidores do deus Shiva, sendo o local de eleição para as cerimónias de cremação que se realizam nas margens do rio, que serve também para rituais banhos purificadores.

Apesar de situada a uns escassos cinco quilómetros de Kathmandu, vive-se aqui uma atmosfera sagrada, onde a religiosidade e a devoção são evidentes, vivendo-se com mais intensidade durante as cerimónias fúnebres, acompanhadas do toque seco dos damaru, pequenos tambores com duas faces, e do som estridente dos pratos metálicos.

Atravessando o rio, chega-se a uma pequena elevação por onde se encontram espalhados em pequenos grupos formando um vasto conjunto de templos: o Gorakhnath, encerrando imagens de Shiva ou do lingam, outa forma de o representar. Abrigado pelas gigantescas árvores que cobrem a colina, este é local de eleição para bandos de macacos que há muito se habituaram a conviver com os humanos.

A toda a volta a povoação vive uma harmoniosa rotina, longe da confusa e movimentada avenida que lhe dá acesso, com os seus vendedores de artigos religiosos, intercalados por pequenos restaurantes, onde moradores conversam enquanto comem o pequeno-almoço mergulhando argolas de massa frita no fumegante chai.

Junto aos ghats sagrados, sentados em algum canto, debaixo de uma árvore ou encostados a um templo, encontram-se os shadus: homens considerados sagrados, vindos originalmente da Índia, ascetas, renunciantes da vida e dos bens materiais que deambulam pelo país reunindo-se em locais sagrados como Pashupatinath, sendo essencialmente adoradores de Shiva, e como tal ostentando na testa o simbólico tridente e transportando consigo os colares de sementes de rudraska, consideradas sagradas.

São facilmente reconhecidos de pelas suas longas barbas, cabelo com dreadlocks, muitas vezes longas ao ponto de tocarem os pés, magros, geralmente praticantes de yoga e dedicados à meditação, vivendo em busca da consciência profunda, considerando que o mundo que nos rodeia, não é mais do que uma ilusão, a que chamam maya.

Podem andar despidos, cobertos de cinzas ou envergando panos laranja e amarelos, conforme a divindade que seguem, sendo frequentemente fumadores de charas (haxixe), nos seu tradicionais chilums, cachimbos de forma cilíndrica que se fumam verticalmente, como prática habitual no caminho da espiritualidade.

Despojados de bens materiais, transportam consigo somente o que cabe num pequeno saco que transportam ao ombro: um cobertor onde se sentam e que representa o espaço físico que ocupam neste mundo, alguns panos com que se cobrem e um recipiente metálico com o qual recolhem donativos de comida e dinheiro, vivendo de esmolas e de caridade, dormindo em abrigos improvisados ou em dharamsalas, locais de acolhimento de peregrinos que se encontram espalhados um pouco por toda a Índia e Nepal.

Os sadhus são considerados homens santos, sendo procurados para abençoarem, darem orientações a quem procura fé ou tem duvidas sobre ela, oferecendo palavras sábias, dando conselhos e resoluções para os problemas da vida, recebendo em troca veneração de quem os visita e lhe toca pés em sinal de respeito, dando-lhes oferendas, e mostrando veneração e respeito.

Para algumas pessoas são vistos como vagabundos, preguiçosos, impostores, vendedores de charas ou mesmo criminosos que decidiram seguir este caminho para evitarem as regras da sociedade ou fugirem ao rígido sistema de castas.

Alguns reclamam poderes especiais, como o de se tornarem invisíveis, de morrerem e ressuscitarem, de jejuarem durante meses ou anos.

Pashupatinath é também local de eleição para os babas, cuja palavra significa pai tanto em hindu como em nepalês, que são também considerados homens santos, filósofos religiosos e sábio, sendo muitas vezes visitados para abençoarem alguém ou para darem orientação moral e espiritual, realizando pujas e praticas ancestrais.

Vêm-se muitas vezes a deambular pelas ruas de Kathmandu, a pedir dinheiro ou comida; na Durbar Square, encontram-se muitas vezes vestindo as suas roupas de cor açafrão ou laranja, ostentando na testa elaborados pinturas e abordando os turistas para posarem para as fotografias em troca de dinheiro… estes são os falsos-babas, que nada têm de sagrado e nem sequer são respeitados pelos habitantes locais.

Contudo  fronteira entre babas e shadus é bastante ténue sendo este tema um dos mais complexos do mundi espiritual da rica religião hindu.

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Pashupati Mandir
Pashupati Mandir
Pashupati Mandir
Gorakhnath
Gorakhnath
templos junto aos ghats do Rio Bagsmati
templos junto aos ghats do Rio Bagsmati
shadus
shadus
Shadu
Shadu
Gorakhnath
Gorakhnath
Pashupati Mandir
Pashupati Mandir
Pashupatinath
Pashupatinath
musicos tocando os damaru durante uma cerimónia de cremação junto ao rio
musicos tocando os damaru durante uma cerimónia de cremação junto ao rio
ghats
ghats
Cerimónia de cremação nos ghats junto ao Pashupati Mandir
Cerimónia de cremação nos ghats junto ao Pashupati Mandir
Pashupati Mandir
Pashupati Mandir
Gorakhnath
Gorakhnath
Junto aos ghats do Rio Basmati
Junto aos ghats do Rio Basmati
Gorakhnath
Gorakhnath

… por Kathmandu

Afastando-nos das ruas principais, entra-se num mundo de ruas estreitas onde desembocam noutras ainda mais estreitas que nos levam para pátios, sempre com um pequeno templo, um nicho ou uma estátua, e daí para outras ruas fazendo-nos perder neste emaranhado mas dando-nos a descobrir verdadeira preciosidades, como a stupa Kathesimbhu datada do século XVII, a maior existente no centro da cidade, muito semelhante ao Swayambhu que domina a colina mais alta da cidade.

Muito perto do centro de Kathmandu, a sul da Durbar Square, encontra-se a Jhochhen, conhecida por Freak Street cujo nome vem dos anos 60 e 70 em que aqui se concentravam os viajantes ocidentais ligados ao movimento hippie.

Apesar de muitos edifícios em betão e de algumas lojas dedicadas aos turistas, o bairro é dominado ainda pelo quotidiano nepalês, com os seus pequenos templos e nichos que um pouco por todas as ruas são objecto de devoção diária, com as suas oficinas, os alfaiates, barbeiros e com as suas lojas que vendem um pouco de tudo, mas por vezes tão pequenas que pouco mais espaço há do que o necessário para caber lá o vendedor e escurecidas pelos constantes cortes de energia elétrica.

Do movimento hippie sobrevive somente a loja de bolos, Snow Man, a funcionar desde 1968 onde esteve o Jimi Hendrix e o Cat Stevens, que se agora cá viessem não encontrariam nenhuma diferença pois o espaço parece que parou no tempo, estando coberto com uma patine de pó e muito fumo, que confere um tom castanho e baço a todo o espaço, contribuindo para o ambiente nostálgico que nos absorve, onde as cassetes de áudio estão ainda orgulhosamente expostas junto ao balcão. Os bolos são bons, oferecendo uma grande variedade entre tarte de maça, bolo de chocolate, browine, cheesecake, crumble… mas todos demasiado doces.

Mais a norte da Durbar Squere encontra-se o bairro de Thamel, um verdadeiro ghetto de turistas em Kathmandu, repleto de hotéis e guest houses para todos os gostos e preços, onde todas as lojas estão dirigidas ao turismo: desde artesanato de Kashmir, com as suas pashminas e bordados, artigos de trekking, agências de viagem, lojas de câmbios, postos de internet, roupa que varia entre o estilo freak e um misto de artigos tradicionais adaptados ao gosto e à moda ocidental, instrumentos musicais, cds, artesanato tibetano com os seus quadros de estilo thanka, supermercados…

Thamel apresenta a maior concentração de livrarias da cidade com uma grande seleção de livros em inglês e mesmo em alemão e francês, algumas com o sistema de compra e vende de livros em segunda mão.

Por aqui encontra-se também uma vasta e diversificada oferta de restaurantes e cafés, que à noite alguns se transformam em bares, onde se podem encontrar a chamada comida “ocidental” (pizzas, crepes, hamburguers, saladas, etc..) ou deliciar com a gastronomia japonesa, coreana. Nas pastelarias, muitas vezes identificadas como “german bakery” há sempre várias variedades de pão, croissants, bolos e o normal serviço de cafetaria com expresso, americanos, capuccinos… Mesmo assim existem verdadeiros achados, com comida tradicional nepalesa e tibetana, e muitos outros com especialidade Newari e Nepalesas.

De uma forma geral, todos estes restaurante em Thamel apresentam preços significativamente mais elevados do que o resto da cidade, mesmo comparando com Jhochhe, onde fiquei nos primeiros dias da estadia em Kathmandu; praticamente todos estes espaços têm wi-fi gratuito (quando não há cortes de corrente eléctrica, que acontecem pelo menos três vezes por dia), oferecendo qualidade e conforto para quem precisa de fazer uma pausa no intervalo das compras, abrigar-se num dia de chuva ou simplesmente relaxar e conviver. Toda esta oferta não é somente destinada aos turistas, atraindo muitos nepaleses que também se deliciam de toda esta abundância de escolhas, sendo presença constante em cafés.

Mas Thamel cansa. É demais. Na minha segunda estadia em Kathmandu, depois de um intervalo em Bhaktapur e Nagarkot, optei por ficar aqui, mas ao fim de três dias, mudei-me novamente para Jhochhen, onde a vida decorre docemente, longe da confusão.

Uma das avenidas principais, afastadas da zon central da cidade
Uma das avenidas principais, afastadas da zon central da cidade
um dos muitos patios que se encontra escondido de quem passa apressadamente pelas ruas principais de Kathmandu
um dos muitos patios que se encontra escondido de quem passa apressadamente pelas ruas principais de Kathmandu
Kathmandu
Kathmandu
stupa Kathesimbhu
stupa de Kathesimbhu
stupa Kathesimbhu
stupa de Kathesimbhu, que surge inesperadamente num patio ao qual se acede por uma da ruas que liga Basantapur ao bairro de Thamel
Um dos muitos templos que se encontram pelas ruas de Kathmandu
Um dos muitos templos que se encontram pelas ruas de Kathmandu
Himalaya Guest House. Jhochhen. Esta foi o primeiro alojamento em Kathmandu, numa guest house com ambiente familiar, bem localizada perto da Durbar Square, mas onde o ambiente não foi dos mais calorosos apesar de sempre prestáveis em ajudar e a dar indicações
Himalaya Guest House. Jhochhen. Esta foi o primeiro alojamento em Kathmandu, numa guest house com ambiente familiar, bem localizada perto da Durbar Square, mas onde o ambiente não foi dos mais calorosos apesar de sempre prestáveis em ajudar e a dar indicações
Himalaya Guest House onde fiquei em Jhochhen
Himalaya Guest House onde fiquei em Jhochhen
Kathmandu
Kathmandu
Templo junto aos ghats do Rio Bagsmani
Templo junto aos ghats do Rio Bagsmani
A sul da Durbar Square, já bastante fora da zona frequentadas pelos visitantes, encontra-se o Rio Bagmati onde se situam uns ghats, que dá acesso a um rio fétido e poluído, por onde desliza grande quantidade de lixo que cobre as margens, onde já não é possível ser usado para os tradicionais banhos purificadores
A sul da Durbar Square, já bastante fora da zona frequentadas pelos visitantes, encontra-se o Rio Bagmati onde se situam uns ghats, que dá acesso a um rio fétido e poluído, por onde desliza grande quantidade de lixo que cobre as margens, onde já não é possível ser usado para os tradicionais banhos purificadores
Pastelaria Snow Man em Jhochhen
Pastelaria Snow Man em Jhochhen
Pastelaria Snow Man em Jhochhen
Pastelaria Snow Man em Jhochhen
Kathmandu na zona a sul da Durbar Saqure
Kathmandu na zona a sul da Durbar Saqure
Um dos modos de transporte publico disponiveis na cidade.
Um dos modos de transporte publico disponiveis na cidade.
Thamel
Thamel
Thamel
Thamel
Posto de correios destinado ao envio de encomendas, que são embaladas por funcionários, que as depois embrulham em panos cozidos à mão; tudo isto depois de passar por um longo processo de hora e meia, que inclui passar por vários departamentos, receber várias assinaturas e carimbos. Exasperante. MAs tudo isto permite empregar dez funcionários que no dia em que lá fui eram mais do que o numero de clientes
Posto de correios destinado ao envio de encomendas, que são embaladas por funcionários, que as depois embrulham em panos cozidos à mão; tudo isto depois de passar por um longo processo de hora e meia, que inclui passar por vários departamentos, receber várias assinaturas e carimbos. Exasperante. MAs tudo isto permite empregar dez funcionários que no dia em que lá fui eram mais do que o numero de clientes
Estação de correios da Durbar Square
Estação de correios da Durbar Square
Dentista
Dentista
Kathmandu
Kathmandu
Kathmandu
Kathmandu no bairro de Thamel, uma das zonas onde se começou a construir após os anos 70’s altura em que começou o interesse turistico pelo Nepal
Thamel
Thamel
Durbar Square
Durbar Square
Indrachow
Indrachow

Himalaya Guest House

Jhochhen 23

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Kathmandu. Patan (Lalitpur)

Patan, também conhecida por Lalitpur que significa a “cidade da beleza” foi em tempos capital do reino, e é considerada a mais antiga cidade do Vale de Kathmandu.

A principal atração é a Durbar Square, onde à volta do Palácio Real, datado do século XVII, se dispõem diversos templos, uns de arquitectura típica Newari, com os seus telhados em estilo pagoda e que servem de inspiração à bandeira Nepalesa, outros mais antigos construídos ao estilo Shikhara dos templos hindus, com as suas torres quadrangulares, que se vão estreitando em direção ao céu.

De manhã cedo, vêm-se ainda pessoas a tomar banho e a lavar a roupa nos vários tanques construídos abaixo do nível da rua, cuja água jorra de bicas decoradas com elaborados trabalhos em pedra. É tempo para apreciar o cento de Patan, e as rotinas da população que se abastece de alimentos nos vários vendedores ambulantes que se encontram nas ruas adjacentes à praça, enquanto aos poucos as lojas vão abrindo e com vagar vão sendo expostas as mercadorias que gradualmente vão dando côr ao tom acastanhado que domina a cidade.

Apesar de já ter sido uma cidade independente, encontra-se actualmente absorvida pelo perímetros urbano de  Kathmandu; contudo consegue manter o seu ambiente medieval, numa relativa calma e tranquilidade, apesar do movimento das ruas que a rodeiam onde a vida segue ao ritmo moderno dos automóveis e das buzinas, que com dificuldade percorrem as ruas que rapidamente se vão transformado em mercados.

O templo Krishna Mandir domina a Durbar Square com a sua pesada estrutura. Do seu interior vêm sons de cânticos hindus, e o frequente tocar dos sinos que é repetido pelos peregrinos enquanto entoam orações, e de onde emana o fumo dos muitos incenso, cujo cheiro é suficientemente intenso para chegar a quem está na praça.

Situado no interior de um acanhado pátio de um discreto edifício de uma das ruas que saem da praça principal de Patan, encontra-se o Golden Temple, construído no século XII é dedicada a Buddha.

Mais afastado da Durbar Square, situado uma zona residencial mas ainda integrada na zona histórica da cidade, encontra-se o Templo Kumbeshwor dedicado a Shiva, com os seus cinco andares que o tornam um dos mais altos do país.

Templo Kumbeshwor
Templo Kumbeshwor
Templo Kumbeshwor
Templo Kumbeshwor
Templo Kumbeshwor
Templo Kumbeshwor
Um dos vários pujari, sacerdotes, que se encontra junto ao Templo Kumbeshwor para efectuar o puja
Um dos vários pujari, sacerdotes, que se encontra junto ao Templo Kumbeshwor para efectuar o puja
Golden Temple
Golden Temple
Golden Temple
Golden Temple

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Patan
Patan
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square com a Krishna Mandir ao fundo
Durbar Square com a Krishna Mandir ao fundo
À semelhança de Kathmandu e Bhaktapur também em Patan é necessário comprar um bilhete para poder visitar o centro histórico. Em Kathmandu, junto à Durbar Square a confusão é tanta que consegui sempre evitat passar por lá sem comprar bilhete, mas em Patan não tive hipótese e lá se foram mais 500 rupias para a conservação do património mundial, que ainda por cima não dão direito a visitar nem o museu nem outros templos situados na zona histórica da cidade
À semelhança de Kathmandu e Bhaktapur também em Patan é necessário comprar um bilhete para poder visitar o centro histórico. Em Kathmandu, junto à Durbar Square a confusão é tanta que consegui sempre evitat passar por lá sem comprar bilhete, mas em Patan não tive hipótese e lá se foram mais 500 rupias para a conservação do património mundial, que ainda por cima não dão direito a visitar nem o museu nem outros templos situados na zona histórica da cidade
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square

Kathmandu. Durbar Square

Kathmandu faz parte do imaginário do oriente, soando a paragens exóticas e remotas… mas hoje em dia muita coisa mudou, parecendo ao mesmo tempo que outras ficaram suspensas no tempo. É moderna e cosmopolita e mantendo-se medieval e cheia de tradições. Congestionada e poluída. Superlotada e caótica mas onde sempre se encontra um local calmo e intimista. Uma cidade de contrastes que tem sobrevivido ao crescimento sabendo manter vivas as tradições que fazem de Kathmandu um local único, de onde emana uma energia contagiante.

À primeira vista, Kathmandu pode não apresentar muitos atractivos com o seu ambiente poluído, o trânsito intenso e as persistentes buzinas, fazendo com que pouca gente se demore, não ficando mais do que o tempo suficiente para esperar pelo próximo avião… mas a quem dedica um olhar mais atento e um percurso pelas zonas mais antigas da cidade, Kathmandu tem muito para oferecer.

A Durbar Square, ou Basantapur como é mais conhecida entre os locais, é sem duvida o “coração” da cidade, dominada pelo palácio real (durbar significa palácio) rodeado de estátuas e de dezenas de templos, que reúnem os diversos estilos de arquitectura religiosa construídos típicos do Nepal. Daqui emanam várias ruas que de praça em praça nos levam para outros bairros e para zonas mais modernas da cidade, ao longo das quais se estendem bazares cuja mercadoria extravasa o espaço da loja, fazendo com que o percurso se torne penoso e lento, com constantes encontrões, obstáculos, motas e richshaws, a tentarem avançar a custo pelo meio da multidão.

As praças, dominadas por templos repletos de religiosidade, transformam-se rapidamente, com o final do dia, em frenéticos mercadores apinhados de gente, onde se vendem todos os tipos de mercadorias, desde roupa, alimentos, comida… sem que isto perturbe as orações e a realização dos puja.

Pelas ruas mais antigas, agitadas e barulhentas, entre as várias lojas e oficinas, surgem passagens, pequenas e baixas que nos levam por corredores escuros para um mundo à parte, calmo e recatado transportando-nos para um ambiente doméstico e intimo, que são o prolongamento das acanhadas casas; no centro destes pátios quais encontra-se quase sempre uma estátua de Buddha ou de alguma divindade hindu, decoradas com flores, e panos vermelhos de grinaldas douradas, símbolo de prosperidade; diante destas imagens são diariamente colocadas oferendas, como arroz, flores, frutos e uma pequena lamparina.

Apesar de já ter terminado a monção, a chuva ainda marca presença em alguns dos dias passados na cidade, surgindo imprevisível e alterando totalmente o clima… fraca mas persistente, mas sempre com a mesma cansativa intensidade durante dias, criando um som constante e monótono que envolve os dias numa melancolia cinzenta. Mas também imprevisivelmente o dia pode nascer ameno e cheio de sol, mas que raramente é suficiente para afastar as nuvens que escondem as montanhas que rodeiam a cidade.

Durante o Dasain, a principal festa religiosa Nepalesa, que se comemora nesta altura do ano, os papagaios de papel dominaram o céu da cidade, manejados por miúdos que habilmente exibiam a sua perícia elevando-os a grande altitude até se aparecerem somente pequenos pontos no azul do céu, não se distinguindo uns dos outros; ocupam praças os terraços dos prédios mais altos. É das imagens mais bonitas que fica da cidade, onde no meio de um aparente caos crianças brincam calmamente de olhos postos no céu.

Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square

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Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square. Palácio Real
Durbar Square. Palácio Real
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square. Palácio Real
Durbar Square. Palácio Real
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Uma das ruas de acesso à Durbar Square, num fim de tarde
Uma das ruas de acesso à Durbar Square, num fim de tarde
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
Durbar Square
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