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Stepping Out Of Babylon

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Meghalaya

Os mastigadores de “paan”

"paan" chewer in the streets of Guwahati, Assam, India
preparando o tabaco de mascar numa das ruas da cidade de Guwahati, Assam, India

 

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Da intensa experiência que foi viajar nos estados do Nordeste da Índia, uma coisa houve que ficou marcada vivamente na memória dos sentidos: o paan… o cheiro, a côr, os gestos, o som do cuspir e o rasto vermelho deixado pelo chão.

Mas o que é o paan!?! Basicamente paan é noz de areca (areca nut), cujo aspecto se assemelha à noz-moscada, cortada em pequenos pedaços, e envolvida em folha de bétel, uma trepadeira de folha verde que tem efeitos estimulantes. A esta mistura junta-se muitas vezes tabaco (de mascar) e cal (hidróxido de cálcio)… sim, a mesma cal como a que se usa para revestir paredes.

A noz de areca, assemelha-se muito à noz-moscada, tanto no tamanho como no aspecto do fruto, mas em vez de nascer de uma árvore é o fruto de uma palmeira, cujas nozes crescem em cachos no topo de um fino e alto tronco.

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Areca nut still with the skin of the fruit
Fruto da árvore de Areca, uma espécie de palmeira, ainda com o fruto que envolve a noz. ao lado encontram-se as folhas de bétel indespensáveis à preparação do paan. Mokochung, Nagaland. India

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Betel Leaf sold in markets (folha de Betel à venda nos mercados)
Folha de Bétel que se encontra à venda nos mercados de vários países asiáticos. Bruma (Myanmar)

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Areca nut without skin
Noz de Areca à venda num mercado da Birmânia, já seca e sem o fruto, e cujo aspecto em muito se assemelha à noz-moscada, usada na culinária. Burma (Myanmar)

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Areca nut tree. Megahlaya. India
Palmeira de Areca, cujo fruto cresce no topo de um fino e alto tronco. Megahlaya. India

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A folha de bétel é cuidadosamente dobrada em forma de um pequeno rectângulo, conservado a noz de areca, e colocada na boca, sendo ligeiramente mastigada de forma a libertar lentamente os sucos, que aos poucos vão dando uma coloração avermelhada à saliva, que se estende aos cantos da boca e aos lábios. Ao fim de alguns anos de utilização, resulta não só os dentes deteriorados e manchados de vermelho, como também uma certa adição, devido às propriedade da folha de bétel. Misturada com tabaco, aumentam ainda mais os efeitos cancerígenos da noz de areca.

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paan street stall. Burma
banca de rua de preparação e vend de “paan”, onde estão disponíveis diversas variedades de tabaco . Burma (Myanmar)

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"paan" before being fold in the betel leaf. "paan" uma mistura de nós de areca, cal e tabaco de mascar, enbrulhada numa folha de betel)
“paan” uma mistura de nós de areca, cal e tabaco de mascar, embrulhada numa folha de betel

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O paan produz uma forte salivação, o que faz com que os seus consumidores tenham necessidade frequente de cuspir, o que é muitas das vezes feito de forma aparatosa, num jacto de saliva avermelhada, que deixa um rasto pelas ruas, passeios e até paredes!

Sendo bastante popular na Índia, o hábito de consumir paan encontra-se espalhado um pouco por todos os países asiáticos, como o India, Nepal, Bangladesh, Sri Lanka e Birmânia, sendo este ultimo o país onde a presença de paan é uma constante, desde mulheres a crianças.

Mas a passagem por alguns dos estados do Nordeste da Índia, Assam, Nagaland e Meghalaya deixou uma marca mais forte deste fenómeno. Aqui, talvez mais do que em qualquer outra das regiões da Índia a noz de areca é “rainha”, sendo mesmo mastigada sem a folha de bétel ou outros ingredientes.

Sendo predominantemente um hábito masculino, comum entre a população mais pobre, é uma imagem de marca entre motoristas de autocarros e condutores de tuk-tuks; mas no Nordeste da Índia o paan é também bastante popular entre as mulheres, sendo o seu consumo transversal às várias camadas sociais, não sendo de estranhar encontrar um pastor na ilha de Majuli a cuspir o paan ou a recepcionista de um hotel em Mokokchung com os cantos da boca marcados pelo vermelho da noz de areca.

O consumo de tabaco de mascar é também bastante popular, sendo misturado com cal, de forma a humedecer as folhas formando uma pasta que se coloca junto à gengiva. A preparação do tabaco, esfregando a mistura na palma da mão com os dedos, que depois é ligeiramente batida para ficar espalmada, são um dos gestos que se vêm constantemente… nas cidades ou nas vilas, nas ruas ou nas lojas, em autocarros e comboios…

Apesar do acto de mascar tabaco ser desagradável, pois produz também a necessidade frequente de cuspir, o paan, com o seu cheiro adocicado criou ao fim de três semanas de viagem pelo Nordeste da Índia, uma certa repugnância pela combinação do som com o jacto de saliva vermelha libertado pelos mastigadores de paan, que não se esforçam por ser discretos ou delicados, fazendo do acto de cuspir uma arte, onde por certo a trajetória e distância do rasto vermelho deixado no chão é motivo de orgulho.

E um pouco por todo o lado, vêm-se sempre marcas brancas deixadas pela cal que colada aos dedos, é que depois são esfregando em ombreiras das portas, junto à lojas de paan, ou nos bancos dos autocarros e comboios…

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paan shop, that are small stall where the paan is prepared and sold, usually in pack of six. Mokokchung, Nagaland. India
paan shop, pequena loja ou quiosque que vende o “paan” preparado e que é geralemnte vendido em pacotes de seis unidades. Mokokchung, Nagaland. India

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marks left by the fingers with lime that is used to mix with the tobacco and the areca nut (marcas deixadas pela cal usada para misturar o tabaco de mascar com o noz de areca).
marcas pelos dedos sujos da cal usada para misturar o tabaco de mascar com o noz de areca. Nagaland. India.

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E o cheiro deixou também uma forte marca na minha memória, com quartos de hotel a cheirarem a paan, e com viagens longas de autocarro ou the sumo, a serem feitas na companhia de activos mastigadores de paan, cujo cheiro adocicado impregna o espaço, e a cruzam regularmente o meu campo de visão para cuspirem pela janela.

Uma negativa mas forte memória que criou em mim uma repugnância ao paan, ao qual os meus sentidos não conseguem ficar indiferentes.

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tuk-tuk driver spiting the paan, leaving a red trace on the streets (condutor de tuk-tuk
condutor de tuk-tuk junto às marcas deixadas no pavimento pela saliva tingida pelo vermelho deixado pela noz de areca… uma imagem sempre presente em muitas cidades da India, Sri Lanka e Birmânia

Nongriat e a floresta encantada

Magia. Sonho. Irreal.

Palavras que surgem na mente quando recordo Nongriat.

Nongriat
Nongriat

 

A chuva, apesar de previsível, começou inesperadamente com o inicio da descida do trilho para a aldeia de Nongriat, obrigando a algumas pausas para um chá em modestas cabanas de bambu. Mas o que se avizinhava ser um inconveniente à caminhada que se tinha pela frente ,revelou-se ser uma bênção, com a vegetação a ganhar um brilho que confere maior vivacidade e contraste aos cambiantes de verde que enchem todo o horizonte.

À medida que o som das grossas gotas de chuva se vai afastando, voltam os discretos sons da selva, com uma orquestra invisível formada por rãs e insectos. Musgos e líquenes mostram-se com todo o seu vigor, absorvendo gotas de água se desprendem lentamente das folhas de bambus, que parecem inclinar-se sob o peso da água.

 

a caminho de Nongriat
a caminho de Nongriat

 

a caminho de Nongriat
a caminho de Nongriat

 

a caminho de Nongriat
a caminho de Nongriat

 

Apesar de ter perdido o título de local mais chuvoso do mundo, resultante da persistente desflorestação, seja para alimentar o comércio de madeiras como para combustível das população local, Nongriat e a região envolvente de Mawsynram e Cherrapunjee nas East Kahsi Hills, continuam a registar elevada pluviosidade. E mesmo fora da monção (Julho e Agosto) é frequente haver chuvadas fortes, mas que durante a chamada estação-seca duram somente alguns minutos. Destes clima semi-tropical, resulta uma frondosa e diversificada cobertura vegetal: gigantescas árvores, palmeiras, bambus, fetos e a ficus, cujas raízes aéreas são indispensáveis à construção das pontes pedonais, que atraem tantos visitantes a Nongriat.

Nongriat. Megahlaya

 

Nongriat
Nongriat

 

carregador de folhas de louro que são colhidas na floresta

 

Nongriat. Megahlaya

 

A noite chega cedo ao fundo do vale, com o verde das encostas e perder-se à medida que o azul do céu se rende à negrura da noite, deixando a aldeia na quase total escuridão, interrompida aqui e ali pelo brilho débil da electricidade que chega a todas as casas. É esta negrura que me faz sentir novamente o quão longe estou da chamada civilização e quão agradável pode este simples e modesto modo de vida, onde o contacto com natureza traz uma profunda calma e tranquilidade.

Apreciando a frescura trazida pela noite, somos naturalmente convidados a partilhar o calmo serão com os restantes hóspedes, envolvidos pelo manto escuro da noite. Mas um brilho inesperado, de uma intensidade invulgar, surge por detrás das montanhas, desenhando cada vez com mais clareza os contornos do topo da encosta em frente à aldeia. É o espetáculo do nascer da lua, que aqui nesta noite de lua-cheia, oferece uma visão mágica que deixa toda a gente siderada, criando um espaço de silêncio no burburinhos das conversas cruzadas dos visitantes.

Kashi Hills. Megahlaya

 

Nongriat é uma das aldeias que se abrigam nas encostas das East Khasi Hills, e que devido ao isolamento mantêm quase intacto o modo de vida tradicional das tribo Khasi, que se baseia na recolha de produtos recolhidos directamente na floresta e que são vendidos no mercado de Sohra que atrai a população das regiões vizinhas todas as quartas-feiras. A floresta fornece pimenta, folha de louro, noz de bétel, canela, sumo de limão… ananases crescem naturalmente um pouco por todo o lado, jackfruit abundam nas árvores, em redor da aldeia cortiços abrigam abelhas cujo mel é também suporte da actividade económica local. Carregadores sobem e descem as encostas levando produtos da floresta e trazendo alimentos e demais produtos necessário ao simples quotidiano desta população de 150 pessoas, onde aparentemente a maioria são crianças.

Nongriat. Megahlaya

 

Homem carregando sacos de folha de louro para ser vendido no mercado de Sohra

 

Vila de Nongriat
Vila de Nongriat

 

É o riso das crianças nas suas brincadeiras incessante que enche o ar da aldeia, onde se estranha a ausência de aves, macacos ou outros animais. De manhã cedo, em aprumado uniforme escolar, os mais novos encaminham-se para a escola primária existente na aldeia, enquanto os mais crescidos sobem a encosta para ter aulas nas escolas de Tyrna e Sohra. Apesar do isolamento e do ambiente rural que se vive em Sohra, que poderia levar a um desinteresse pela educação académica, a escolaridade é levada muito a sério, com praticamente todas as crianças a irem à escola e a aprenderem inglês, língua que grande parte da população fala, mesmo nas vilas mais isoladas como Sohra.

A igreja cristã é também uma presença forte aqui em Megahlaya, que devido à remota localização, assim como Nagaland, se manteve impermeável ao hinduísmo, mas não resistiu à cristianização no século XIX, durante a presença britânica na Índia, imposta pelos missionários que aqui encontraram terreno propício, numa população praticante do animismo.

Mas Nongriat proporciona mais motivos de interesse do que somente as living root bridges, com vários trilhos que irradiam da aldeia, uns em direcção a aldeia vizinhas, que também escondem outras pontes-vivas, outros em direção a quedas de água, sendo a Rainbow Waterfall o destino mais popular. Para quem pretende banhar-se nas límpidas águas desta cascata, de um azul invulgar, tem que descer um íngreme trilho, mas pelo caminho, assim como em outros pontos dos rios que rodeiam Nongriat existem piscinas formadas naturalmente pelas rochas graníticas que forma o leito dos rios, proporcionando transparentes e calmas águas para um refrescante banho, aliviando peso do ar quente e húmido. Durante a monção não é permitido banhos no rio, devido à força das águas.

uma das pontes suspensas junto à aldeia de Nongriat que dá acesso às Rainbow falls
uma das pontes suspensas junto à aldeia de Nongriat que dá acesso às Rainbow falls

 

Rainbow falls. Nongriat. Megahlaya

 

Nongriat. Megahlaya

Como chegar a Nongriat:

  • todo o percurso é feito em escadas de cimento que têm degraus bastante regulares e em bom estado, fruto de fundos financeiros para suporte do desenvolvimento agrícola da região;
  • a descida é toda feita em degraus, até se chegar ao vale o que depois obriga a atravessar algumas pontes metálicas suspensas; são entre 2500 a 3000 degraus;
  • a descida não é difícil, mas o clima quente e muito húmido, que provocam uma transpiração constante tornam o percurso mais cansativo;
  • a subida é intensa, obrigando a algumas paragens que são sempre uma boa ocasião para apreciar a vista; é necessária bastante água em especial para o percurso ascendente;
  • a descida demora menos de 1.5 horas, mas a subida pode ser quase o dobro;
  • recomenda-se levar o mínimo de peso na mochila, sendo aconselhável deixar a maior parte da bagagem no guest house em Sohra.
  • se chover um impermeável revela-se pouco eficaz pois provoca ainda mais suor; o melhor é roupa leve que seque depressa;
  • não é necessário calçado especial, umas sandálias confortáveis servem perfeitamente pois todo o percurso é cimentado.
  • depois de Nongriat, caso se queira explorar aldeias e trilhos vizinhos um sapatos de caminhada podem ser mais confortáveis mas as sandálias cobrem as necessidades, caso tenham boa aderência em piso molhado;
  • recomenda-se ficar pelo menos uma noite me Nongriat para poder visitar mais pontes, cascatas e piscinas naturais, longe do trilho mais frequentado;
  • aos fins-de-semana aumenta significativamente o numero de visitantes, pelo que o melhor é chegar num Domingo e sair no sábado de manhã, evitando o barulho e a confusão e o rasto de lixo provocada pelos irresponsáveis visitantes que cegamente procuram a “double deck bridge” em busca da selfie perfeita!!!

 

caminho para Nongriat
caminho para Nongriat

Onde dormir em Nongriat:

Existem três homestays in Nongriat. A primeira logo à entrada da povoação, depois de se atravessar uma das living root bridges (pontes-vivas), uma no centro de Nongriat, e a ultima, já depois de se cruzar a double deck bridge. A Serene Homestay é a mais popular e a que oferece melhores condições. Existem quartos duplos e outros partilhados, mas todos com casa-de-banho partilhada. O jantar é preparado para todos os hóspedes e para quem mais tenha encomendado, servido em estilo buffet com deliciosa comida vegetariana.

Cama: 200 rupies, por pessoa, independentemente de quarto duplo ou partilhado.

Jantar: 130 rupies

O dono Ryan é uma boa fonte de informações sobre trilhos para outras aldeias e pontes, piscinas naturais, e sobre o modo de vida e cultura locais. A sua consciência ambiental e o bom inglês com que expressa fazem de Ryan o porta-voz de Nongriat e de aldeias vizinhas, que se unem para impedir o governo de abrir uma estrada até ao vale. Este chamado “progresso” iria desequilibrar o modo de vida socioeconómico e teria consequências ambientais resultantes do aumento de visitantes.

 

Serene Homestay, em Nongriat
Serene Homestay, em Nongriat

 

Serene Homestay, em Nongriat
Serene Homestay, em Nongriat

 

Onde comer em Nongritat:

Qualquer uma das homestays em Nongriat serve comida, assim como as duas cabanas junto às pontes na aldeia de Nongriat. Contudo é comida muito simples, basicamente arroz e dal… e frango.

A melhor opção é a Serene Homestay, com comida vegetariana. Os pequenos-almoços com porridge, fruta e frutos secos são deliciosos. O jantar (130 rupias) é servido em estilo buffet, tanto para hóspedes da homestay como para quem encomendar com antecedência, e é uma óptima oportunidade para sociabilizar com os restantes viajantes.

 

pequeno-almoço no Serene Homestay, em Nongriatpequeno-almoço no Serene Homestay, em Nongriat

Como ir de Sohra (Cherrapunjee) para Nongriat:

Em frente ao By the Way Lodge, há uma paragem onde pelas 9 da manhã passa um autocarro com destino a Tyrna, a povoação mais próxima de Nongriat com acesso rodoviário… daqui para a frente existem somente caminhos descendo as encostas das montanhas até às povoações situadas junto ao vale.

  • Bus de Sohra para Tyrna: 20 rupias (passa por volta das 9 am; a viagem demora perto de 1 hora)
  • shared-taxi de Sohra para Tyrna: 40 rupias
  • em Tyrna é necessário caminhar pela estrada até encontrar o caminho que dá acesso a Nongriat, cerca de 30 minutos de caminhada, descendo pela estrada. Basta ir perguntado por “Nongriat” à população local pois todos sabem indicar o caminho, até as crianças.
  • Chegando a um pequeno aglomerado de casas, onde existe uma chai-shop feita em bambu, encontra-se, do lado esquerdo o trilho para Nongriat que segundo conta tem mais de 2800 degraus e umas quantas pontes suspensas, até se chegar a Nongriat.

 

Bus de Sohra para Tyrna
Bus de Sohra para Tyrna

 

Tyrna
Tyrna

Living Root Bridges… entre musgos e fadas!

A floresta encantada onde crescem pontes feitas de raízes de árvores, onde o tempo parece suspenso num sonho, onde a natureza faz truques de magia, onde a luz chega filtrada pela tecto formado pelas copas das árvores, onde somos transportados para uma outra dimensão, como se tivéssemos entrado num mundo onde fadas e gnomos nos observam por entre musgos e gotas de chuva.

As pontes criadas pela mão paciente do Homem, parecem nascer directamente das árvores, como se estas tivessem decidi estender os braços para a outra margem do rio, fundindo-se com pedras e apoiando-se em troncos. Uma discreta camada de musgos e líquen cobrem a superfície da trama destas estruturas vivas, abrigo de insectos e de minúscula vida animal que parece indiferente ao engenho do Homem.

Mas não são somente as pontes que tornam este local especial. Toda a paisagem envolvente contribui para a atmosfera fantástica que se observa no meio desta floresta, de onde emana uma energia capaz de unir novamente o Homem às suas raízes primordiais, catalisando a troca de energias.

Não há palavras para descrever a magia deste local… e as fotografias somente podem transmitir uma impressão visual, não contendo a energia da floresta, com os sons harmoniosos da natureza nem as sensações que inundam os sentidos que tornam as memórias dos dias passados em Nongriat numa onírica memória.

… um local de onde nos espreitam fadas, duendes, elfos e gnomos!

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Living root bridges. Nongriat. Megahlaya
Living root bridges. Nongriat. Megahlaya

 

Living root bridges. Nongriat. Megahlaya
Living root bridges. Nongriat. Megahlaya

 

Living root bridges. Nongriat. Megahlaya
Living root bridges. Nongriat. Megahlaya

 

Living root bridges. Nongriat. Megahlaya
Living root bridges. Nongriat. Megahlaya

 

Living root bridges. Nongriat. Megahlaya
Living root bridges. Nongriat. Megahlaya

 

Living root bridges. Nongriat. Megahlaya
Living root bridges. Nongriat. Megahlaya

 

Living root bridges. Nongriat. Megahlaya
Living root bridges. Nongriat. Megahlaya

 

Living root bridges. Nongriat. Megahlaya
Living root bridges. Nongriat. Megahlaya

 

Living root bridges. Nongriat. Megahlaya
Living root bridges. Nongriat. Megahlaya

 

Living root bridges. Nongriat. Megahlaya
Living root bridges. Nongriat. Megahlaya

 

Living root bridges. Nongriat. Megahlaya
Living root bridges. Nongriat. Megahlaya

 

Living root bridges. Nongriat. Megahlaya

… mais sobre as “living root bridges de Nongriat:

As chamadas pontes-vivas, ou living root bridges, são obras da engenharia humana que soube tirar partido da natureza, numa simbiose perfeita. Aproveitando as longas raízes aéreas de uma árvore (ficus erratica) a população local foi durante gerações entrelaçando estas raízes com troncos e bambus, criando pontes vegetais para atravessar os rios que cruzam os vales formados pelas Khasi Hills.

Cada uma destas pontes, adapta-se perfeitamente ao local, parecendo fundir-se na natureza. Descendo em direcção a Nongriat, encontra-se a Jingkieng Pi-Tymmen, a mais longa das pontes; passando a aldeia de Nongriat chegamos à famosa double-deck bridge, cujos dois níveis resultam da necessidade de atravessar este rio quando as chuvas da monção fazem subir a águas submergindo o nível inferior da ponte. Caminhando em direcção à Rainbow Waterfall encontra-se a Maw Saw bridge, que é a que tem uma atmosfera mais misteriosa e fantástica.

Existem diversas pontes feitas de raízes da árvore ficus nas Khasi Hills, mas Nongriat tem o privilégio de se encontrar numa zona onde a concentração é maior tornando esta aldeia numa boa base para explorar trilhos e descobrir outras living root bridges.

Living root bridges. Nongriat. Megahlaya
Living root bridges. Nongriat. Megahlaya

 

Onde dormir em Nongriat:

//steppingoutofbabylon.com/pt/2016/07/nongriat-e-a-floresta-encantada/

Onde comer em Nongritat:

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Como ir de Sohra (Cherrapunjee) para Nongriat:

//steppingoutofbabylon.com/pt/2016/07/nongriat-e-a-floresta-encantada/

Cherrapunjee… o local com mais chuva do mundo?!

Cherrapunjee ou Shora?!?!… o primeiro nome é o “oficial” e o que consta dos mapas, o segundo nome é pelo qual esta povoação situada num planalto junto às Khasi Hills é conhecido pela população local.

Nesta altura do ano, em que as chuvas da monção são uma memória distante, somente riachos deslizam pelo leito rochoso deste planalto, onde o verde da vegetação se dá por vencido mudando para tons de amarelo. Depois de deixar para trás a cinzenta cidade de Shillong, percorrendo uma sinuosa estrada de paisagens agrícolas e montanhas de profusa vegetação, onde se assiste à bucólica mas árdua vida rural, chega-se à desolada povoação de Sohra. A chegada num Domingo de manhã, com o céu coberto de um delicado manto de nuvens cinzentas, as lojas fechadas, as ruas vazias de gente e as estradas desertas de tráfego deixaram uma impressão de desalento que mesmo no dia seguinte, com o sol a brilhar num céu azul não conseguiu apagar.

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Sohra (Cherrapunjee)
Sohra (Cherrapunjee)

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Sohra
Sohra

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Sohra (Cherrapunjee)
Sohra (Cherrapunjee)

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Numa região dominada fortemente pelo Cristianismo, nas mais diversas formas desde cristãos, anglicanos, protestantes, evangélicos, presbiterianos, etc…, o domingo está inteiramente reservado para ir à igreja. Pelo meio da manhã, as desertas ruas de Sohra, vão ganhando algum colorido, com a população caminhando em direção às várias igrejas, em indumentária domingueira, onde homens vestem camisas impecavelmente engomadas, mulheres usam lungis de sofisticados tecidos, raparigas usam orgulhosamente pomposos e coloridos vestidos e laços enfeitando o cabelo, cuidadosamente penteado.

Situada num planalto das Khasi Hills, a cerca de 1400 metros de altitude, Sohra sofre de desertificação, numa zona onde a agricultura é difícil num terreno empobrecido pela erosão resultante do abate de árvores, que provocou já visíveis alterações climatéricas que fizeram com que este local, anteriormente designado por “wettest place on earth”, tenha perdido este título.

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Kashi festival, Sohra (Cherrapunjee)
Kashi festival, Sohra (Cherrapunjee)

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Contudo Shora é ponto de passagem obrigatório para quem pretende explorar as encostas das Khasi Hills, e serve também como escala técnica para quem pretende descer ao vales onde se abrigam as aldeias onde habitantes mantêm o tradicional modo de vida da cultura Khasi, e onde a aldeia de Nogriat sobressai pelas fantásticas pontes feitas de raízes de árvores vivas: as living root bridges.

Pouco há a fazer ou ver em Sohra, mas o dia pode ser aproveitado para uma visita às Nohkalikai Falls, a 5 quilómetros de Sohra Market. Em Abril a quantidade de água nos rios não é abundante, mas mesmo assim a visita às cataratas proporciona um passeio interessante e uma vista para a cadeia de colinas que se estende até à fronteia com o Bangladesh.

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Nohkalikai Falls. Sohra (Cherrapunjee)
Nohkalikai Falls. Sohra (Cherrapunjee)

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Nohkalikai Falls. Sohra (Cherrapunjee)
Nohkalikai Falls. Sohra (Cherrapunjee)

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A estadia de um dia em Sohra deu a oportunidade de assistir ao ultimo de três dias de festival, onde crianças e adultos, vestindo trajes tradicionais, executaram danças ao som de uma minimalista e repetitiva música.

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Kashi festival, Sohra (Cherrapunjee)
Kashi festival, Sohra (Cherrapunjee)

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Kashi festival, Sohra (Cherrapunjee)
Kashi festival, Sohra (Cherrapunjee)

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Kashi festival, Sohra (Cherrapunjee)
Kashi festival, Sohra (Cherrapunjee)

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Nohkalikai Falls:

Bilhete de entrada: 10 rupias + 20 rupias para a máquina fotográfica.

Não existem autocarros para as cascatas, pelo que a solução é um taxi (300 rupias) ou pedir boleia.

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Tarifas. Nohkalikai Falls. Sohra (Cherrapunjee)
Tarifas. Nohkalikai Falls. Sohra (Cherrapunjee)

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Onde dormir em Sohra:

Existem várias opções em termos de alojamento em Sohra, mas a maioria está situada em Lower Cherrapunjee, numa zona onde as habitações estão um pouco mais dispersas, a cerca de 3 quilómetros de Sohra Market, o centro da vila.

Dos vários alojamentos disponíveis a escolha foi para o despretensioso By the Way Lodge, onde o dono, que mais parece um rastafári, nos recebe de forma afável, fornecendo todas as informações.

Existem dois dormitório, e alguns quartos. A casa-de-banho e o chuveiro (com água quente) são partilhados, mas são modernos e impecavelmente limpos. Reina uma boa atmosfera e é o local ideal para encontrar outros backpackers e descansar antes de exigente descida para Nongritat. É possível deixar parte da bagagem no By the Way Lodge.

By the Way Lodge (Dukan Road, Lower Cherrapunjee)

Dorm: 250 rupias

O by the way localiza-se perto da Indian Petrol Pump station. A menos de 500 metros da ultima paragem dos sumo em Lower Cherrapunjee.

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By the Way Backpackers Hostel. Sohra (Cherrapunjee)
By the Way Backpackers Hostel. Sohra (Cherrapunjee)

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By the Way Backpackers Hostel. Sohra (Cherrapunjee)
By the Way Backpackers Hostel. Sohra (Cherrapunjee)

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Lower Cherrapunjee não tem muito para oferecer, para além de uns restaurantes e de alguns alojamentos, mas fica numa zona ampla de paisagem natural, que de certo depois da monção é totalmente verde atravessada por linhas de água, mas que em Março começa a ficar seca. Mas o By the Way Lodge e a simpatia do seu proprietário são razões mais do que suficiente para escolher ficar em Lower Cherrapunjee.

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Onde comer em Sohra (Cherrapunjee):

Não sendo amigável para vegetarianos, nos restaurantes locais de Cherrapunjee existem sempre várias opções vegetarianos incluindo os tradicionais pratos da cozinha Indiana, aos quais se juntam os noodles.

Domingo está tudo fechado em Sohra Market, mas alguns restaurantes estão abertos em Lower Cherrapunjee.

7 Trep Restaurant: Boa comida indiana. Um caril com uma rica variedade de vegetais, servido numa generosa porção e acompanhado de arroz custa 70 rupias. Os noodles e os momos são os favoritos da população local. A comida é cozinhada na altura o que pode demorar um pouco. O staff é muito simpático.

Mas para quem quer começar o dia cedo, são poucas as opções, para além de pequenos estabelecimentos, um misto de café e de mercearia, que servem refeições, basicamente à base de arroz e carne, a partir das 8.30h da manhã.

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um restaurante local em Sohra (Cherrapunjee)
um restaurante local em Sohra (Cherrapunjee)

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pequeno-almoço num restaurante local em Sohra (Cherrapunjee)
arroz com grão e chai, o pequeno-almoço num restaurante local em Sohra (Cherrapunjee)

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Transportes em Sohra (Cherrapunjee):

Para percorrer os 3 quilómetros que separam Lower Cherrapunjee de Sohra Market existem shared-taxis (localmente designados por tempo) que circulam pela estrada recolhendo e largando passageiros. Geralmente é necessário esperar até estarem quase cheios para fazerem o percurso, recolhendo e largando passageiros pelo caminho, sem local de paragem específico. Os tempo são pequenos veículos (Suzuki Maruti) pintados de preto e amarelo.

  • Shared-táxis de Lower Cherrapunjee para Sohra Market: 10 rupias

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paragem de "sumos" em Lower Cherrapunjee
paragem de “sumos” em Lower Cherrapunjee

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Como ir de Sohra (Cherrapunjee) para Nongriat:

Em frente ao By the Way Lodge, há uma paragem onde pelas 9 da manhã passa um autocarro com destino a Tyrna, a povoação mais próxima de Nongriat com acesso rodoviário… daqui para a frente existem somente caminhos descendo as encostas das montanhas até às povoações situadas junto ao vale.

  • Bus de Sohra para Tyrna: 20 rupias (passa por volta das 9 am; a viagem demora perto de 1 hora)
  • shared-taxi de Sohra para Tyrna: 40 rupias
  • em Tyrna é necessário caminhar pela estrada até encontrar o caminho que dá acesso a Nongriat, cerca de 30 minutos de caminhada, descendo pela estrada. Basta ir perguntado por “Nongriat” à população local pois todos sabem indicar o caminho, até as crianças.
  • Chegando a um pequeno aglomerado de casas, onde existe uma chai-shop feita em bambu, encontra-se, do lado esquerdo o trilho para Nongriat que segundo conta tem mais de 2800 degraus e umas quantas pontes suspensas, até se chegar à aldeia.

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ATM em Sohra:

Existem um ATM junto à bomba de gasolina na Dukan Road, em Lower Cherrapunjee assim como em Sohra Market.

Não existe ATM em Tyrna ou Nongriat.

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Como ir de Sohra (Cherrapunjee) para Shillong:

Tanto em Lower Cherrapunjee com em Sohra Market, encontram-se sumos (jeeps-partilhados de côr amarela) que ligam Sohra a Shillong. Funcionam desde o amanhecer até ao fim do dia; iniciam o percurso quando estão cheios.

  • sumo de Sohra para Shillong: 70 rupias (1.5 horas)

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altitude: 1484 m

população: 14.816

Shillong… chegada à “morada das nuvens”

Sendo Shillong a capital do estado Indiano de Meghalaya, que literalmente significa “morada das nuvens” devido à elevada pluviosidade, fui recebida com céu cinzento que em poucos minutos se tornou numa tempestade com o escuro céu a iluminar-se com os relâmpagos, fazendo descer a temperatura e fazendo-nos lembrar que estamos já em zona de montanha. Passada a tormenta foi tempo de percorrer as ruas do centro da cidade em busca de um alojamento a preços modestos, tarefa que se revelou exasperante, à semelhança do que se passou anteriormente em Guwahati: hotéis que não recebem estrangeiros, o fim-de-semana que atrai muita gente a estas paragens mais fresca, e um qualquer evento na cidade a atrair visitantes do resto da Índia.

Depois da ronda pelos vários hotéis, onde a resposta foi quase sempre “full”, mesmo quando aparentemente o local se encontra deserto, chega-se finalmente a um local que se apresenta deserto – Marwari Basa Hotel – modesto e de preços razoáveis, contudo pouco acolhedor tendo em conta o clima de Shillong. Seguisse mais uma ronda, pelas sempre íngremes ruas do centro da cidade, que se revelou infrutífera, em parte pelos preços elevados em parte pela habitual resposta de “full” que se aplica também a locais que não têm licença para alojar estrangeiros. Aceitando a derrota, com o cansaço a fazer-se sentir nas pernas mas com a moral elevada, foi tempo de retornar Marwari Basa Hotel, que apesar de não ser cativante se apresentou como a melhor solução… mas para meu espanto, chegando à recepção sou recebida com o desanimador “full”… como é possível?!?!? 15 minutos antes os mais de dez quartos estavam vazios?!?!? Confrontado com a situação de que era óbvio que não havia ninguém o proprietário acedeu em me disponibilizar um quarto, mas pelo dobro do preço!!! Perante tal atitude somente me restou um solene virar costas e reiniciar novamente a busca. Mas desta vez o razoável conhecimento adquirido do centro cidade, permitiu-me encontrar um “cubículo” onde dormir, demasiado caro mas confortável e nas palavras do gerente “more or less clean”!

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Medidnfo dioptrias no Police Bazaar. Shillong
Medindo dioptrias nas ruas do Police Bazaar. Shillong

 

Shillong, capital do estado de Meghalaya, dado o clima fresco e ameno das montanhas atrai os habitantes do vizinho estado de Assam, que aqui buscam alivio do calor tórrido das planícies, numa cidade que fica a menos de 3 horas de Guwahati.

Aqui a atmosfera urbana ganha um toque exótico pela presença dos habitantes pertencentes às tribos locais, os Kashi e os Garo, cujas rosto de formas mongóis e pele clara, a baixa estatura e um particular modo de vestir, se destacam facilmente da restante população indiana.

Da suposta atmosfera dos tempos do colonialismo britânico pouco resta nesta cidade situada no topo de uma colina e que parece derramar pelas encostas circundantes. Aqui e ali surgem casas cuja arquitectura revela ligações à Europa, de amplas janelas, alpendres e jardins, mas onde os típicos telhados, bastante inclinados e de configuração complexa, foram sendo substituídos pelo prático alumínio.

O centro da cidade, localmente designado de Police Bazaar, rodeado por cinzentos edifícios de betão e por uma rotunda próxima a partir da qual emanam várias estradas, de trânsito intenso, ruidosas e poluídas, em particular a GS Road permanentemente congestionada de trânsito. Surpreendentemente as zonas comerciais da cidade apresentam-se modernas e cosmopolitas com muitas lojas vendendo as mais populares marcas internacionais de vestuário, o que se reflecte na forma de vestir da população mais jovem, que adoptou totalmente o estilo ocidental.

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Police Street. Shillong
Police Street. Shillong

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Para além da área cosmopolita da cidade, situada em volta do Police Bazaar a cidade apresenta outras zonas comerciais, menos sofisticadas mas estimulantes.

Circulando por ruas cinzentas e tristes, de prédios degradados e casas precárias, ruas sujas e lamacentas chega-se ao Bara Bazaar (also called Barra bazaar). Um mercado onde se vende um pouco de tudo, onde ao longas das estreitas e labirínticas ruas se alinham lojas cuja mercadoria se estende para além dos limites das mesmas, dificultando a circulação nas ruas apinhadas de gente.

Bara Bazaar. Shillong
Bara Bazaar. Shillong

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Bara Bazaar. Shillong
Bara Bazaar. Shillong

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Um mercado vibrante e animado, o Bara Bazaar constitui um bom primeiro contacto com a população da tribo Kashi, que domina as colinas desta zona do estado de Meghalaya, e que aqui reúne para vender e adquirir produtos, que vão desde os tradicionais artefactos às modernos roupas, dos brinquedos de plástico às ferramentas de trabalho agrícola, dos bolos caseiros aos cogumelos selvagens!

As mulheres da tribo Kashi, para além dos traços fisionómicos, identificam-se facilmente pela forma de vestir, usando um pano, geralmente de xadrez, que é preso num dos ombros, tapando as roupas já de estilo ocidental.

Deambulando pelo ruas mal pavimentadas do mercado, a concentração é desviada para a variedade e novidade dos alimentos vendidos, fazendo com que de vez em quando um pé resvale para uma poça lamacenta. Aqui e ali surgem olhares curiosos e sorridentes, em rostos redondos mas que não se deixam fotografar.

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Shillong
Shillong

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Shillong
Shillong

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Onde dormir em Shillong:

Muitas opções mas os preços são demasiado elevados para as condições oferecidas, com os hotéis mais focados no turismo indiano e não tanto em backpackers. Não existe propriamente guest houses, mas sim hotéis. Shillong é destino de fim de semana para os turistas indianos de West Bengal.

Perto do Police Bazaar, ao longo da GS Road e nas transversais da Police Street encontram-se várias opções:

Marwari Basa Hotel: quarto individual 300 rupias, duplo 600 rupias, casa-de-banho partilhada. Os quartos são muito básicos mas com boa luz, todos com casa de banho partilhada. O edifício é antigo, entrincheirado entre prédios de betão mas tem algum charme. Fica entre a GS Road (onde está bem assinalado) e a Police Street, numa estreita rua que liga as duas principais artérias da cidade, longe do barulho da GS Road. O dono, o filho, é de uma antipatia extrema.

Hotel Lamlyn (GS Road) quarto individual com casa-de-banho: 600 rupias. Staff simpático mas ambiente barulhento. Alguns quartos não têm janela, como é o caso do quarto individual. Razoavelmente limpo, com casa-de-banho moderna e água quente.

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Hotel Lamlyn... "more or less clean sheets" using the word of the owner. Shillong
Hotel Lamlyn… “more or less clean sheets” using the word of the owner. Shillong

 

Aparentemente há um Youth Hostel em Shillong mas não consegui encontrar.

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Onde comer em Shillong:

Em Shilllong sobressaem os restaurantes de comida indiana, desde os mais modestos aos mais sofisticados.

Mas a escolha foi para os simples momos, num pequeno e despretensioso restaurante numa das ruas pedonais que liga GS Road e a Police Street (AC Lane). Aqui somente são servidos momos, vegetarianos e de carne, e sopa, um espesso caldo de galinha, com uma refeição a custar a módica quantia de 40 rupias. O restaurante está aberto durante todo o dia, mas encerra cedo, pouco depois do pôr-do-sol.

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momos restaurant. Shillong
momos restaurant. Shillong

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momos restaurant. Shillong
momos restaurant. Shillong

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No Bara Bazaar existem alguns restaurantes e pelas ruas podem-se encontrar vendedores de pães e doces, como uns deliciosos bolos de côco cozinhados ao vapor, especialidade de Sohra, povoação vizinha.

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Transportes em Shillong:

O pouco que há para ver pode ser feito a pé, contudo todas as ruas são inclinadas. A Police Bazaar Street mostra-se o local mais agradável de percorrer pois está vedada ao trânsito.

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Como ir de Shillong para Sohra (Cherrapunjee):

Poucos autocarros circulam aos Sábados em Meghalaya. Não há autocarros públicos ou privados para Sohra (Cherrapunjee) ao Domingo; a única alternativa são os sumos (shared taxis) ou os táxis. Aos Domingos, não há transportes públicos em Meghalaya.

De qualquer maneira, sumos ou autocarros, partem do mesmo local, um terminal de bus situado perto do Bara Bazaar. Deste terminal, um aparentemente inacabado edifício de betão, encontram-se no primeiro andar os sumos com destino a Sohra; circulam todo o dia e partem quando estão cheios (11 passageiros).

  • “sumo” (shared taxis) de Shilllong para Sohra: 70 rupias

A viagem demora 1.5 horas. A vista é bonita e convém ficar junto à janela do lado esquerdo do veículo. O sumo faz uma primeira paragem em Sohra Market, e uma segunda paragem em Lower Cherrapunjee, onde se situa a maioria dos alojamentos e restaurantes, e é o que se pode chamar de zona turística.

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"sumo" terminal. Bara Bazaar. Shillong
“sumo” terminal. Bara Bazaar. Shillong

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"sumo" para Sohra. Bara Bazaar. Shillong
“sumo” para Sohra. Bara Bazaar. Shillong

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Como ir de Shillong para Guwahati:

Os autocarros que ligam Shillong a Guwahti partem da Bus Station que fica na GS Road, a menos de 5 minutos da rotunda principal. Mesmo em frente ao terminal encontra-se um posto de turismo oficial, mas pouco interessa apresenta, pois os mapas fornecidos são pouco úteis e as informações vagas; contudo pode ser útil para quem queira alugar um veículo com motorista.

  • Bus ticket de Shillong para Guwahati: 135 rupias (4h)

Em alternativa pode-se fazer esta viagem em menos tempo recorrendo a um sumo (shared taxi). Os sumos para Guwahti partem na Keating Road, uma das estradas que sai da rotunda principal.

  • sumo de Shillong para Guwahati: 170 rupias (a viagem demora no mínimo cerca de 2.45h, dependendo do trânsito)

 

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altitude: 1525 m

população: 132.867

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