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Stepping Out Of Babylon

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Pondicherry

Auroville

Compreender Auroville não é tarefa fácil, visitá-la é ainda pior, em particular para quem não tem meio de transporte próprio. O local encontra-se a poucos quilómetros a norte de Pondicherry, no estado de Tamil Nadu, mas estende-se por um raio de cerca de 50 quilómetros. As alternativas são os autocarros disponibilizados pelo Ashram e pela organização de Auroville, ambos apresentando rígidos e reduzidos horários, e com visitas guiadas em grupo.

A primeira tentativa revelou-se frustrante, pois não foi mais do que conhecer o centro de acolhimento a visitantes, onde somos encaminhados para assistir a um vídeo sobre Auroville, o conceito, a história e o plano futuro, e depois seguir a passo acelerado para o local de onde ao longe se pode observar o edifício que constitui o núcleo do espaço e representa a filosofia associada a Auroville, a Matrimandir.

Da segunda visita, já com as coisas organizadas, e que me permitiram obter o passe de acesso ao interior da Matrimandir e ao espaço envolvente, não pude ver mais do que o edifício e os jardins circundantes, tendo também que assistir a um outro vídeo, desta vez sobre a construção da Matrimandir.

O conceito de Auroville surgiu da ideia da The Mother com o intuito de “criar uma cidade internacional, onde não existissem barreiras religiosas, culturais ou linguísticas, onde o ser humano se pudesse desenvolver em harmonia e ascender a uma consciência superior e divina”.

O projecto foi iniciado em 1968 numa cerimónia que reuniu enviados de diversas nações de todo o mundo, onde durante uma longa cerimónia cada um depositou um pouco de terra do seu país, num recipiente localizado abaixo do solo, pretendendo-se assim representar simbolicamente a união dos povos.

Em 1973, após a morte da The Mother, inicia-se a construção da Matrimandir, com base numa das suas visões, um “templo dedicado à meditação e que pretende criar um ideal de beleza capaz de elevar os espíritos”.

A Matrimandir, uma esfera ligeiramente achatada, coberta de discos forrados a folha de ouro, dispostos em várias camadas, que parece irromper do solo vermelho transportando o seu brilho para a superfície, devido ao efeito criado pelas construções que a circundam e que se assemelham a pedaços de solo levantados do chão, mas que são pequenas salas dedicadas também à meditação.

Anexa a cada uma destas salas de meditação, num total de doze conforme o números de pétalas do símbolo da The Mother, encontra-se um jardim cuja disposição e as flores escolhidas correspondem às suas doze qualidades: progresso, bondade sinceridade, gratidão, humildade, paz, igualdade, generosidade, coragem, perseverança, aspiração, receptividade.

Toda esta estrutura assim como os jardins, situam-se no cima de uma ligeira elevação do terreno, envolvida um vasto relvado pontuado de árvores, onde somente se ouve o som do chilrear das aves.

No interior do edifício, ao qual os visitantes somente podem aceder em visitas de grupo, previamente marcadas, calçando peúgas branca fornecidas à entrada, encontra-se um amplo espaço oval, todo revestido de mármore e alcatifa, dominado o branco e o tom suave e pálido rosa-salmão, que é a côr característica de Auroville. Daqui partem duas rampas de forma curva, delicadamente suspensas no espaço, que ascendem ao interior da sala de meditação, de forma cilíndrica, cuja amplitude do espaço somente é interrompida por um conjunto de pilares dispostos em círculo, no centro do qual está situada a espera de cristal que é para onde se foca toda a atenção. Mede cerca de setenta centímetros de diâmetro e está assente sobre uma estrutura metálica formada pelo símbolo do Sri Aurobindo, sendo atravessada por um raio de luz solar captado por um complexo sistema de sensores e de espelhos que se adapta à orientação do sol, que desce verticalmente desde o topo do edifício, por onde entra através de um orifício existente no tecto.

Ao atravessar esta esfera de cristal, criando assim o “símbolo da realização futura”, o foco de luz sai pela base do edifício, na direção de uma esfera de cristal de menor diâmetro que repousa no centro de uma estrutura de mármore, formada por diversas pétalas, claramente alusivas ao símbolo da The Mother, sobre as quais desliza suavemente uma fina camada de água, cujo suave mourejar contribui para realçar o efeito onírico e relaxante do espaço.

No interior da sala, onde os visitantes têm direito a permanecer quinze minutos para meditação, à medida que a iluminação elétrica se vai tornando menos intensa, reduzindo a sala a uma calma penumbra, o foco de luz-solar vai-se tornando mais visível aumentando o efeito místico da esfera de cristal.

A visita terminou no anfiteatro situado próximo, de forma oval que se desenvolve em torno do recipiente que simboliza o centro de Auroville e que reúne solo de vários países, mas que se encontra exposto ao inclemente sol tornando a permanência neste espaço uma verdadeira penitência, com a pedra usada da sua construção e de uma forma geral em todo o espaço envolvente, um arenito vermelho, a concentrar todo o calor. Este espaço é usado esporadicamente para espetáculos aquando do aniversário do Sri Aurobindo e da The Mother, e outras efemérides.

Quando começou a construção da Matrimandir, somente existia uma árvore a “banyan”, uma espécie que se encontra frequentemente no sul da Índia e que juntamente com a “bodhia” e a “neem” são consideradas sagradas. Em volta desta árvore, cujas raízes aéreas formam uma pequena e densa floresta, foi construído um espaço relvado, com banco onde os visitante podem descansar abrigados do sol sob a imensa copa da árvore.

O projecto ainda não esta concluído, tendo até agora sido feito com base em trabalho voluntário e financiado por donativos. De acordo com a visão da The Mother, prevê-se a construção de um canal que circundará todo o espaço, formado uma barreira de água e separando-o do resto de Auroville, mas que de momento está a ter dificuldades de implementação devido à escassez de água que caracteriza a região e à localização da Matrimandir numa zona elevada do terreno.

Depois desta visita, que nenhuma liberdade deixa para explorar o espaço, fica a questão: para que serve tudo isto? Não é somente para meditar, pois para isso não é necessário nada desta complexa estrutura! Será, segundo as palavras da The Mother “o símbolo da resposta divina à aspiração do homem à perfeição”? Ou será somente para satisfazer o ego humano e deixar uma marca da sua existência para a posteridade, com a aspiração de que o seu nome nunca seja esquecido?

Auroville. Matrimandir
Auroville. Matrimandir
Auroville. Matrimandir
Auroville. Matrimandir
Auroville. Matrimandir
Auroville. Matrimandir
Umas das várias árvore “banyan”
Umas das várias árvore “banyan”
Auroville. Quiet Helaing Center
Auroville. Quiet Healing Center
Auroville. Quiet Helaing Center
Auroville. Quiet Healing Center
Auroville. Quiet Helaing Center
Auroville. Quiet Healing Center

Á volta do núcleo central, dominado pela Matrimandir, Auroville desenvolve-se em forma de uma elipse copiando a forma de uma galáxia, estando dividida em três zonas distintas: residencial, industrial e comercial, esta ultima incluindo supermercado destinado aos habitantes e algumas lojas onde se vendem artigos produzidos internamente, situadas na zona de recepção aos visitantes e uma outra em Pondicherry.

Aqui estão alojadas diversas comunidades, também elas com nomes retirados dos textos escritos pela The Mother, como Serenity, Felicity, Surrender, Sincerity, Fraternity, Silence… cada uma delas desenvolvendo projectos específicos, mas nem todas partilhando da filosofia do Sri Aurobindo e da The Mother.

A maioria está dedicada à agricultura, algumas integrando elementos da comunidade local, desenvolvendo técnicas para a produção sustentável de alimentos neste tipo de terreno e de clima e ao esforço de florestação que tem vindo a ser feito à cerca de quarenta anos, de tornar esta zona semi-desértica numa floresta, criando uma proteção natural ao solo e às reservas de água, tendo-se criado o chamado “green belt”.

Comunidades há, mais focadas na arquitectura e construção, desenvolvendo novas

técnicas, experimentando materiais e criando casas que ao mesmo tempo que correspondem à finalidade de alojar pessoas que aqui habitam, servem também como laboratório de experimentação de novas formas arquitectónicas.

Esta comunidades aceitam voluntários para trabalhar em troca geralmente de comida e de alojamento, podendo em alguns casos receberem um simbólico salário.

Foi adaptado um sistema financeiro em que não circula fisicamente dinheiro dentro de Auroville, tendo cada um dos habitantes um número associada a uma conta, que se apresenta nas lojas e restaurantes de Auroville. Este sistema pouco amigável para os visitantes pois têm que inicialmente se dirigirem ao Centro de Acolhimento para pedir um cartão temporário ou simplesmente dirigirem-se a alguns dos residentes que esteja por perto para efetuarem o pagamento, recebendo o nosso dinheiro.

Apesar de se pretender tornar Auroville auto-sustentável em termos financeiros, com a venda de produtos fabricados localmente, como o queijo, o pão, incensos, óleos essências e suplementos alimentares como a spirulina, e com as contribuições mensais de quem aqui habita, continua a haver o financiamento do Governo Indiano.

Graças ao Gundolf, um arquitecto alemão dedicado a este projecto à quarenta anos, pude visitar finalmente Auroville, onde tive a possibilidade de apreender melhor o conceito que está por trás desta estrutura e a forma como funciona. Conheci algumas das infraestruturas desta utopia social, como escolas, centro de saúde, biblioteca, restaurantes, salas de exposição, cinema, campo de jogos, piscina e inúmeros espaços destinados a espetáculos e a actividades culturais. Na designada Área Internacional, alguns países como a Índia e o Tibete têm os seu pavilhões com exposições e actividades culturais, onde também se realizam espetáculos.

Tudo isto funciona actualmente para cerca de 2500 habitantes, número muito inferior aos 50 mil inicialmente esperados e para a qual a cidade tem sido dimensionada.

Pertencente a Auroville, mas localizada a alguns quilómetros, junto à praia, encontra-se o Quiet Healing Center, dedicado às massagens, às terapias naturais e medicinas alternativas, com infraestruturas que permitem a realização de cursos e de secções de terapia, dispondo de um conjunto de edifícios destinados ao alojamento de quem aqui vem para tratamento ou simplesmente para relaxar.

Segunda a frase da The Mother “Auroville não pertence a ninguém em particular, sendo um local de busca espiritual e material, tirando partido das novas tecnologias e descobertas, em constante progresso”. Pelo que vi, cumpre estes objectivos, onde por exemplo se podem encontrar escolas com métodos de ensino alternativos, em que os alunos escolhem as disciplinas a desenvolver, de acordo com as suas potencialidades e capacidades, sob orientação de professores e acompanhamento dos pais, preparando-os ao mesmo tempo para ingressarem em universidades no estrangeiro, europa e estados unidos, essencialmente.

Das pessoas que conheci, tanto em Auroville como no Quiet Heling Center durante o tempo que frequentei o curso de Niamaya Ayurvedic Therapeutic Massage, apercebi-me que existe uma identidade comum às pessoas que aqui vivem e que aqui nasceram, que quando questionadas sobre a sua origem, respondem que são “auroviliens”.

A maioria dos habitante é de origem francesa ou alemã, existindo ainda pessoas de outras trinta nacionalidades.

Mas para conhecer Auroville não chegam umas visita. É necessário permanecer semanas ou meses para ter contacto com os inúmeros projectos nas diferentes áreas onde cada um se pode associar e participar. Ficou a vontade de voltar!

Reprodução da esfera e do suporte existentes no interior da sala de meditação da Matrimandir. Esto fot foi tirada na Mother House
Reprodução da esfera e do suporte existentes no interior da sala de meditação da Matrimandir. Esto fot foi tirada na Mother House

Pondicherry… viver na “The Mother’s House”

Os primeiros dias da minha estadia em Pondicherry foram atribulados enquanto não arranjei um sitio para ficar alojada nas três semanas que planeava ficar pela cidade. Depois de uma curta estadia no hotel Park Guest House, onde tinha uma varanda com uma agradável vista para o mar, e de uns dias no Coramandal Heritage, percorri muitas das ruas da cidade em busca de um quarto a preço razoável e com o mínimo de condições, mas todas as tentativas se revelaram sem sucesso, pois a cidade ia encher-se para as comemorações do dia da independência e em especial do aniversário do Sri Aurobindo, uma personalidade incontornável na vida da cidade, ambos no dia 15 de Agosto. Restava-me desembolsar um valor mais elevado do que tenho estado a pagar para ficar num dos anónimos e impessoais hotéis espalhados na zona mais confusa e afastada do centro, o que estava a revelar num cenário desamimado.

Por mero acaso, na sequência de uma longa conversa com o senhor que me alugou a bicicleta nos primeiros dias, em que fui começado a conhecer um pouco da filosofia e dos ensinamentos do Sri Aurobindo, sugeriu-me que procurasse a Mothers House onde de certo arranjaria um quarto para ficar pois é pouco conhecida. E assim encontrei um poiso definitivo, que tinha um quarto, com casa de banho, e varanda com vista para o mar, disponível exatamente para os dias que eu planeava passar em Pondicherry, por 300 rupias, cerca de quatro euros por dia.

………….

E tudo na vida é assim: umas vezes flui e tudo se conjuga de forma harmoniosa de acordo com a nossa vontade e com os nossos desejos e outras parece exactamente o contrario, e por mais que nos esforcemos para que as coisas resultem bem e de acordo com os nossos planos, mais energia negativa se gera criando frustração e ansiedade.

É aprender a aceitar as coisas como elas são, sem criar grandes espectativas, tentando observar de longe o quotidiano e os nosso próprios actos, de forma a não nos envolvermos demais em conjecturas , especulações e pensamentos que nada nos trazem de positivo. De uma forma geral, os acontecimentos vão-se sucedendo de uma forma natural, independentemente dos nosso quase sempre insignificantes esforços para a controlar-mos o que chamamos “a nossa vida”. A Índia com a sua energia própria faz com que estes acontecimentos e reviravoltas, tanto positivas como negativas ao longo do dia a dia, se tornem mais intensas, mas ao mesmo tempo ensina-nos um pouco como lidar com as mudanças no fluir das energias, que criamos, transmitimos e recebemos. Basta estarmos sintonizados na frequência certa.

………….

A Mothers House, fica situada na povoação de Vaithikuppan, um bairro de pescadores, imediatamente a norte do centro histórico da cidade, mas a uma distância razoável para ser percorrida a pé, se bem que eu tenho optado sempre por andar de bicicleta. A casa gerido por uma alemã rendida à filosofia espiritual da “The Mother”, é de uma extrema limpeza e organização, com inúmeras regras a respeitar e pequenos avisos espalhados por todo o lado que relembram o que se deve e e não deve fazer. A juntar a isto vêm-se fotografias do Aurobindo e da “The Mother”, quadros com pequenos textos e frases manuscritas por eles, pinturas…

Muitos dos quartos têm vista para o mar, que não fica a mais de 100 metros. Aqui para além de uma sala de estar e de refeições, virada para um pequeno e cuidado jardim, com lagos artificiais, existe uma pequena biblioteca, sala com computador, sala de meditação, cozinha, terraço, parque para as bicicletas… enfim… tudo o indispensável para se ficar aqui a viver. Efetivamente existem pessoas a viver aqui permanentemente.

Com a chegada à Mothers House voltei a ter acesso às regalias oferecidas a quem está alojado no ashram: senhas para acesso à cantina onde se podem fazer as três refeições diárias por 20 rupias (cerca de 0.25 euros), alugar de bicicleta (30 rupias), e acesso às seções colectivas de meditação, à biblioteca e a outros espaços pertencentes à organização.

Claro que tudo isto obriga ao cumprimento de muitas e rígidas regras, onde é proibido, fumar, consumir bebidas alcoólicas, ouvir música e fazer barulho e ter que recolher à guest house antes das 10h da noite, altura em que é encerrado o portão que só volta a ser aberto no início da manhã seguinte.

Na cantina deve ser mantido o silêncio durante as refeições, sendo os infractores de imediato advertidos, como já me aconteceu, não ficar mais tempo do que o necessário para comer, levantar os prato e entregá-los na zona da lavagem tendo previamente deitado fora os resto de comida, deixar as mesas limpas, respeitar os sentido de circulação dentro do espaço para que ninguém se atrapalhe… enfim uma infinidade de regras, mas que efetivamente funcionam e permitem em pouco tempo servir uma grande quantidade de refeições, que chegam a atingir as 7 mil por dia, aquando do aniversário do Sri Aurobindo, a 15 de Agosto.

Mas o que e realmente foi mais difícil de cumprir e o rígido horário a que são servidas as refeições:

Pequeno-almoço: 6.40 as 7.30

Almoço: 11.15 as 12.15

E o jantar: 20.00 as 20.30

O horário é cumprido rigorosamente… nem parece a Índia. E tudo está impecavelmente limpo! A comida é muito simples e pouco variada, tendo sido concebida pela “the Mother” e segundo dizem tem tudo o que precisamos para sermos saudáveis… segundo os conceitos alimentares dos anos 70, talvez! A todas as refeições é servido, leite ou em alternativa iogurte, pão e bananas, sempre bananas. Ao almoço e jantar é servido arroz, muito arroz, com um caldo de legumes variados e por vezes com algumas leguminosas, como as lentilhas e o grão. À primeira refeição do dia é acrescentada ao pão, bananas e leite, uma espécie de papa adocicada à base de bulgur, muito boa e servida morna, que muitas vezes serve também de sobremesa ao jantar. Esporadicamente surge panner, uma espécie de queijo, ou um pudim com frutas… muitos lacticínios e muito açúcar…. para compensar a comida é pouco picante, pouco salgada e pouco condimentada!

Claro que nos intervalos delício-me com chamussas, croisantes e lassis!!!!

Mothers House
Entrada principal da Mothers House
Mothers House
Mothers House
Mothers House
Biblioteca da Mothers House com a fotografia do Sri Aurobindo
Mothers House
Vista da varanda do meu quarto na Mothers House. A rede serve para manter afastadas as gralhas que devido à quantidade de lixo existente pelo chão se transformaram numa verdadeira praga, intrumetida e barulhenta
Mothers House
O meu quarto na Mothers House
Mothers House
O meu quarto na Mothers House
Mothers House
Interior da Mothers House
Mothers House
Vista do terraço da Mother House para a vila Vaithikuppan
Mothers House
Rua onde se situa a Mothers House no bairro de pescadores de Vaithikuppan

Mothers House

28, Patchaivazhaiamman Koil Street

Vaithikuppan

Pundicherry

(0431 222 0337)

[email protected]

Sri Aurobindo and “The Mother”

Do muito que a cidade de Pondicherry tem para oferecer, e por muito que os franceses se esforcem por fazer sobressair a sua cultura num pequeno território do sul da Índia, uma coisa não passa despercebida, mesmo a quem aqui fica por pouco tempo: Sri Aurobindo e a ”The Mother”.

As suas fotografias e símbolos estão espalhados por toda a cidade, em lojas, restaurantes, edifícios, no nome das ruas, no desenho dos portões das casas, em anéis, pendentes de fios e outros adornos, em autocolantes colados em carros e tuk-tuks….

O símbolo da “The Mother” é constituído um círculo, no centro do qual está desenhada uma flor estilizada de quatro pétalas, à volta da qual se encontram outras doze pétalas, representando os poderes da “The Mother”. O Sri Aurobindo é representado por dois triângulos que sobrepostos formam uma estrela de seis pontas, no centro da qual se encontra uma flor de lótus.

Um pouco de história para entender este fenómeno… Sri Aurobindo nasceu em Calcutá no fim do século IXX, no seio de uma família abastada, tendo estudado em Inglaterra desde os 7 anos de idade. Mais tarde paralelamente a uma carreira como professor tornou-se um dos pensadores que esteve por trás do movimento anti-colonialista e independentista que levou à saída dos ingleses da Índia. Entretanto ao longo da sua vida foi tendo várias experiências místicas que o levaram a aprofundar o caminho da espiritualidade através do contacto com vários gurus e da prática de yoga*, sem contudo abandonar a política. Em 1914 estabeleceu-se em Pondicherry onde fundou um ashram para acolhimento dos seus seguidores e onde residiu até à data da sua morte em 1950, com 78 anos.

Em 1914, aquando de uma visita a Pondicherry, uma francesa chamada Mirra Alfassa, a quem mais tarde foi atriuído o nome “The Mother”, artista nascida em Paris no seio de famílias ricas, que desde a infância era acompanhada de visões e de misticismo, viu no Sri Aurobindo, a encarnação das suas visões, tendo-se tornado sua discípula e companheira espiritual. Desde então, “The Mother”, em quem Sri Aurobindo via a encarnação da Mãe Divina, foi a responsável pela criação do ashram, para receber e abrigar o crescente numero de seguidores da filosofia do Sri Aurobindo, que se juntavam para ouvir os seus ensinamento e assistir às meditações, “promovendo o auto-desenvolvimento pelo qual cada um possa descobrir o seu próprio Ser e expandir uma consciência superior, espiritual e supra-mental, que irá transformar e divinizar a natureza humana” (retirado do livro “Sri Aurobindo on Himself”).

Com a morte do Sri Aurobindo, foi a “The Mother” que até 1973, ano em que morreu com 95 anos, criou e desenvolveu grande parte da estrutura que existe em Pondicherry associada ao ashram, actualmente administrada pelo Sri Aurobindo Ashram Trust, como escolas, instalações desportivas, infantários, casas de repouso, hospitais tanto de medicina ayurvédica como alopática, biblioteca, laboratório de fotografia, agência de viagem, restaurante, tipografia… e uma quinta nos arredores da cidade que fornece grande parte dos alimentos servidos na cantina, destinada aos funcionários e a quem se encontra alojado nas instalações do ashram.

De salientar que esta prática de yoga não se refere ao que habitualmente está associado a esta palavra, resumindo-se a uma espécie de rendição e de entrega perante a vida, e onde a prática de meditação, que dura cerca de quinze minutos, é somente uma pequena parte do processo, não obedece sequer a nenhuma técnica ou método.

Foi também a “The Mother”” que criou o conceito de Auroville, cidade situada a poucos quilómetros a norte de Pondichery, cuja construção se iniciou em 1968, com o intuito de congregar uma comunidade internacional empenhada no desenvolvimento harmonioso de uma sociedade acima de questões politicas e religiosas.

Paralelemente existem várias oficinas de madeira, papel, têxteis, fotografia, cabedal, utensílios de alumínio, batik, perfumes, etc… cuja produção enche as 17 lojas que pertencem ao ashram, espalhadas pela zona histórica de Pondicherry, satisfazendo o gosto do turista ocidental, mas também destinadas aos seguidores, como é o caso das livrarias que reúnem as obras escritas pela “The Mother” e principalmente as publicações dos textos do Sri Aurobindo, e das lojas de venda de fotografias das duas personalidades que são uma presença constante em toda a cidade.

Para dar apoio ao crescente número de visitantes foram sendo criadas várias guest houses, cerca de dezoito, exploradas por privados mas que seguem a mesma filosofia e as regras do ashram, fornecendo alojamento a preços inferiores aos praticados nos restantes hotéis da cidade.

Toda esta estrutura torna a Sri Aurobindo Ashram Trust a maior detentora do património imobiliário de Pondicherry, o que facilmente se pode comprovar pelo grande numero de edifícios pintados de cinzento e branco que caracterizam as instalações associadas ao ashram, que se encontram por todo a parte antiga da cidade. Graças a isto, muito dos edifícios antigos são mantidos em funcionamento e em bom estado de conservação contribuído para preservação do património e do ambiente colonial que caracteriza Pondicherry.

Pelo número de pessoas que trabalha nos vários departamento desta instituição, a Sri Aurobindo Ashram Trust deve também se o maior empregador de mão de obra na zona histórica cidade!

De uma forma mais ou menos evidente, o símbolo do Sri Aurobindo e da “The Mother” encontra-se espalhado por toda a cidade… no desenho dos portões das casas, em placas que identificam uma instituição, onde o texto aparece escrito com a caligrafia da “The Mother” ou do Aurobindo, em pequenas placas a entrada das casas…

Aproveitei para visitar o Ashram se encontram os túmulos do Sri Aurobindo e da “The Mother”, durante a meditação colectiva que se realiza diariamente no local, ao fim do dia, depois do pôr do sol.

O túmulo, um retângulo de pedra mármore que se eleva a cerca de um metro do solo, permanentemente coberto de flores que formando os respectivos símbolos, encontra-se no centro do pátio à volta do qual se desenvolve o conjunto de edifícios que compõem o Ashram, por baixo de uma árvore e rodeados por vários canteiros de flores harmoniosamente dispostos e bem cuidados.

Enquanto aguardava ia observando as dezenas de devotos, tanto indianos como estrangeiros, que se encaminhavam em respeitoso silêncio para os túmulos, ajoelhando-se, encostando-lhe a testa, ou simplesmente passando a mão sobre as flores, enquanto os incensos iam enchendo o espaço de um odor doce e cujo fumo ajudava a criar uma atmosfera mística.

Quando as luzes foram desligadas, ficando somente um débil foco apontado para os túmulos, e os muros altos do ashram afastavam o ruído da rua, foquei a minha atenção nas dezenas de pontas incandescentes do incenso a arder que ficaram a flutuar na escuridão do espaço e cujo fumo espesso realçado pelo foco de luz, deslizava lentamente sobre os túmulos. Assim se passou meia hora.

Não aprofundei esta filosofia, mas em termos práticos do contato que fui tendo com as pessoas estavam envolvidas nesta organização, tanto trabalhadores como seguidores, deparei-me com pessoas distantes, circunspectas, rígidas e ligeiramente antipáticas, longe dos sorrisos calorosos com que sou geralmente recebida, especialmente aqui no sul.

Olhando de longe… em Dharamkot e em geral no estado de Himachal Pradesh éramos acompanhados pelo bem disposto sorriso do Dalai Lama; em Kashmir seguia-nos o olhar atento do Ayatola Khomeini; por toda Índia a imagem do Sri Sai Baba (atenção, não confundir com o Sri Sathya Sai Baba) com o seu olhar humilde é venerada e respeitada… Pondicherry encontrou inspiração nos ensinamentos do Sri Aurobindo e da “The Mother”….

Será que temos que ter sempre uma imagem ou um símbolo para nos guiar? Será mesmo preciso acreditar em qualquer coisa? Não basta ser só “isto”?!?

* Desde o primeiro contacto com a filosofia do Aurobindo, uma palavra que me despertou a atenção foi o yoga, que não é o que estamos habituados a associar, mas um caminho a seguir para atingir uma consciência divina. O caminho, ou sadhana, “tem por objectivo transformar a vida a mente e o corpo afastando-nos da consciência mundana e levando-nos para a consciência divina”. Aqui não existem exercícios físicos, mantras ou técnicas de respiração ou de meditação; o sadhna deste yoga refere-se à “aspiração pela auto-concentração, pela auto-abertura ao poder divino acima de nós”. Pelo que me apercebi, a prática de meditação que dura cerca de quinze minutos, não obedece a nenhuma técnica ou método, sendo realizada diariamente de manhã ou ao fim do dia.

(este texto data de Agosto de 2013)

Sri Aurobindo e a The Mother
The Mother e Sri Aurobindo, numa das muitas imagens que se encontra por toda a cidade, e sempre presentes nos quartos pertencentes ao ashram onde fiquei e que têm sempre o nome de uma das qualidade enunciadas pela The Mother
entrada do refeitório pertencente ao ashram
Entrada do edificio onde se situa a cozinha e refeitório pertencente ao ashram e onde fui comer quase todos os dias
Entrada do ashram
Entrada do ashram, onde Sri Aurobindo e a The Mother viveram, e que hoje alberga os seus túmulos que são local de peregrinação
Sala virada para o jardim, onde geralmente tomava as refeições
Sala virada para o jardim, onde geralmente tomava as refeições no refeitório do ashram
uma das refeições servidas no refeitório do ashram
Uma das refeições servidas no refeitório do ashram, sempre iogurte (ou leite), pão e banana… desta vez o prato principal foi um rico arroz com vegetais aromatizado com especiarias… um dos melhores pratos que experimentei, pois geralmente a comida era bastante simples e pouco condimentada
eu e a Ami, a minha companhia em muitas das refeições que fiz no refeitório
eu e a Ami, a minha companhia em muitas das refeições que fiz no refeitório, onde tínhamos que nos refugiar numa sala afastada das instalações principais, para podermos conversar, dado que é proibido falar durante as refeições

Pondicherry

Enquanto olho o mar que reflecte as nuvens cinzentas que cobrem o céu, observo as ondas que lentamente se formam e vêm rebentar junto à chamada costa de Coramandel onde se situa a cidade de Pondicherry, no estado de Tamil Nadu. Nuvens de libelinhas efetuam os seus voos sem aparente ordem ou objectivo enquanto pousadas no cimo dos coqueiros as gralhas insistem no seu grasnar rouco e constante. O calor da tarde gera um torpor que inibe qualquer iniciativa ou movimento.

A viagem desde Thanjavur, feita de autocarro público, transportou-me por extensas planícies, salpicadas de coqueiros, onde pontualmente despontam, como que arrancadas do chão, maciças formações graníticas, cuja cor não difere muito do avermelhado ferroso da terra, cujos campos permanecem despidos e por lavrar, enquanto esperam pela monção. Zonas há em que a água dos rios, que se espalha facilmente pelo terreno plano é suficiente para irrigar o campos de cana-de-açucar, com as suas folhas verdes escuras e brilhantes, e para permitir o cultivo de arroz que se parecem com um macio tapete vegetal.

Todos os percursos que fiz pelo sul desde que saí de Chennai, revelaram uma paisagem predominantemente rural, em que a estrada serpenteia por campos agrícolas, atravessando pequenas povoações, cujas casa construídas maioritariamente em folha de bananeira habilmente entrançada formando paredes e tecto, estáo dispostas à beira da estrada, expondo o quotidiano doméstico à vista de quem passa.

Pondicherry é mais do que uma cidade pois o mesmo nome pode também designar a União Territorial de Pondicherry, considerada como um estado independente e que é constituída por mais três pequenos territórios: Karaika situada a cerda de140 km para sul, ainda junto ao estado de Tamil Nadu, Yanam a 870 quilómetros para norte e Mahé que se situa no estado de Kerala, na costa oeste, ficando afastada mais de 647 quilómetros. Todas estes territórios constituíam colónias francesas que com a independência ficaram agregadas num único estado, mantendo ainda alguma da identidade cultural francesa, que é cultivada pelos locais.

A presença cristã, que praticamente só se nota no sul da Índia, torna-se mais evidente em Pondicherry, onde proliferam igrejas, católicas e protestantes, conventos, escolas e outas instituições de carácter religioso, algumas com fins caritativos, existindo até uma livraria dedicada exclusivamente à religião cristã.

Mas o mais evidente é a presença francesa, que se manifesta pela arquitectura dos edifícios, pelos restaurantes, cafés e esplanadas e também pela forte presença cultural resultante da actividade da Alliance Française, que promove exposições, secções de cinema e outros eventos, paralelemente aos cursos de francês que atraem indianos vindos de várias partes do país.

Aqui também se podem encontrar o Lycée Françaises, frequentado tanto por crianças indianas como francesas, pois aqui reside um significativa comunidade francófona, muitas vezes ligada ao turismo, restauração, lojas de decoração e ao comércio de artigos orientados para o gosto e para os padrões ocidentais.

As ruas da cidade são disposta ortogonalmente, orientadas paralelamente à praia, muitas delas orladas de árvores que proporcionam cor e alguma frescura, sendo frequente penderem dos muros cachos de buganvílias de intenso rosa. De uma forma geral toda a parte considerada como centro histórico, e que corresponde à maior presença francesa, é calma, limpa e organizada, não existindo lixo nas ruas, esgotos a céu aberto, ou vacas a passear. O trânsito é pouco intenso, dominado as bicicletas, os rickshwas, e cada vez mais as motorizadas e os tuk-tuk que aos poucos se vão impondo, sendo contudo um local para descobrir a pé, ou melhor ainda, de bicicleta, para manter o espírito da cidade!

Ao fim da tarde a marginal que se estende ao longo de toda a frente marítima da cidade, é fechada ao trânsito e literalmente ocupada pelos habitantes e pelos turistas, a maioria indianos, que aproveitam o ar fresco proporcionado pela ligeira brisa do mar enquanto convivem e caminham, em grupos de amigos ou em família, debicando amendoins e pistácios, lambuzando os dedos em colorido algodão doce e enchendo a rua de frenética animação. Pela manhã, enquanto a marginal não é aberta ao trânsito, vêm-se muitas pessoas a praticar exercício físico, como correr, caminhar, fazer flexões e alongamentos, o que é verdadeiramente invulgar num país pouco dado à prática desportiva.

Junto à "praia" de Pondicherry com a bicicleta que aluguei durante praticamente todo o tempo que aqui estive
Junto à “praia” de Pondicherry com a bicicleta que aluguei durante praticamente todo o tempo que aqui estive
Pondicherry
“Praia” de Pondicherry
Pondicherry
Mantendo a tradição deixada pelos franceses os polícias em Pondicherry usam um chapéu semelhante aos “gendames” mas em vermelho
Pondicherry
Uma das muitas casa coloniais que se mantém preservada, sendo geralmente transformadas em hotéis , café ou em lojas, como é o caso desta dedicada ao fabrico e venda de bordados
Pondicherry
Pondicherry, junto a um dos edifícios pertencentes ao ashram, pintada nas características  cores cinzento e branco
Pondicherry
Pondicherry
Pondicherry
Pondicherry
Pondicherry
Pondicherry
Pondicherry
Pondicherry
Pondicherry
Igreja dos Missionários em Pondicherry; um contras-te estranho entre os tropicais coqueiros e o estilo neo-renascentista do edifício
Pondicherry
Pondicherry
Pondicherry junto à marginal
Marginal junto à “praia” de Pondicherry, onde à noite estes carrinhos se transforma em vendas de refrigerantes, doces e de uma grande variedade de aperitivos e frutos secos salgados e picantes que são muito populares entre os indianos
MArginal em Pondicherry
Marginal depois da hora de jantar, onde se vêm muitas pessoas a passear e algumas exercitando-se a fazer caminhadas, aproveitando o abrandar do calor
Pondicherry
Pondicherry
Pondicherry
Monumento dedicado ao responsável pela redação da constituição Indiana
Honesty Department Stores
Honesty Department Stores: um verdadeiro achado nesta cidade d ePondicherry de uma loja que parece que parou no tempo, algures nos anos 40… o numero de funcionários e elevado pois tudo é manual. Para pagar é preciso passar por três balcões e pelos três respectivos funcionários: o que passa a factura, o que recebe o dinheiro, o que carimba o recibo, sendo necessário depois ir entregar este documento ao primeiro empregado para receber o que comprámos.
Honesty Department Stores
Honesty Department Stores
Honesty Department Stores
Honesty Department Stores onde mais uma vez está presente a fotografia do Sri Aurobindo e da The Mother

Contrastando com a calma e tranquila Pondicherry francesa, há ainda para descobrir a sua irmã indiana, que se vai manifestando à medida que nos afastamos do mar, com os seus habituais bazares, barulhentos e fervilhando de gente, em especial ao cair do dia, em que se fazem as compras nos mercados que estão aberto desde a manhã, só abrandando o ritmo na altura mais quente do dia. Por oposição à “white town” a parte mais indiana de Pondicherry é discriminatóriamente denominada de “black town”.

A zona onde fiquei alojada a maior parte dos dias que passei em Pondicherry situa-se na parte norte da cidade, numa povoação de pescadores: Vaithikuppan. Aqui voltava-se novamente à Índia, com cães e vacas, crianças a brincar na rua, miúdos a jogar críquete e volei… os altifalantes a debitarem estridentemente os cânticos religiosos logo pela manhã durante a semana em que decorreu um dos muitos festivais que preenchem o calendário hindu; motivo de festa e de grande azáfama, na decoração dos andores que percorrem a povoação com imagens de deuses coberto de ricos panos, seguidos pela fanfarra e iluminados por focos de luz fornecida pelo ruidoso e gerador poluente gerador a diesel que fornece energia elétrica ao cortejo. Enfim… sempre com vida e energia.

Vila de Vaithikuppan
Vila de Vaithikuppan, situada fora do centro histórico e onde fiquei alojada duranre a maior parte dos dias que passei em Pondicherry
Vila de Vaithikuppan
Vila de Vaithikuppan, dedicada essencialmente à pesca, onde junto a esta foz de uma ribeira os pescadores procedem à descarga do pescado, completamente alheios ao lixo que é trazido pelas águas e ao cheiro a detritos e a esgoto doméstico
Vila de Vaithikuppan
Vila de Vaithikuppan, onde diariamente de manhã bem cedo as mulheres procediam à decoração da rua, junto à entrada das suas casas, efectuando elaborados desenhos, muitas das vezes com cores garridas, feitos com pó fino semelhante a uma areia que é espalhado somente com a ponta dos dedos. Os desenhos eram mais elaborados durante a altura em que decorreu um festival religioso hindu
Vila de Vaithikuppan
Vila de Vaithikuppan
Festival religioso hindu na vila de Vaithikuppan
Festival religioso hindu na vila de Vaithikuppan, em que por duas semanas a povoação esteve em festa, que tinha os principais acontecimentos depois do anoitecer
Festival religioso hindu na vila de Vaithikuppan
Festival religioso hindu na vila de Vaithikuppan
Mercado Goubert em Pondicherry
Mercado Goubert em Pondicherry
Mercado Goubert em Pondicherry
Venda de peixe seco no Mercado Goubert, na parte mais “indiana” da cidade de Pondicherry
Restautrante Ganesh onde se comem umas maravilhosas chamussas e onde experimentei o "dai puri", um massa frita que forma uma especie de concha que é recheada com molhos adocicados e picantes.. mais uma vez com a fotografia do Sri Aurobindo e da The Mother
Restautrante Ganesh onde se comem umas maravilhosas chamussas e onde experimentei o “dai puri”, um massa frita que forma uma especie de concha que é recheada com tomate, cebola e malagueta, e regada com molhos adocicados e picantes, aos quais se junta um pouco de iogurte. Esta mistura tem que ser comida rapidamente antes que a massa fique ensopada e torne a tarefa de levar a comida à boca num episódio triste… Mais uma vez com a fotografia do Sri Aurobindo e da The Mother a presidir à decoração da sala

A chamada Pondicherry Beach, não é uma verdadeira praia, pois com o avanço do mar nas ultimas décadas foi necessário construir uma barreira de pedra para manter as águas suficientemente afastadas da marginal, não sobrando nenhum acesso de areia ao mar. Para mergulhar na águas é necessário viajar alguns quilómetros, para norte ou para sul, mas mesmo assim não é fácil encontrar uma praia minimamente limpa, tanto pelo lixo e pelos dejectos deixados na praia, como pelos resíduos da pesca que é ainda a principal actividade económica das pequenas populações situadas junto ao mar.

praia a sul de Pondicherry onde por fim consegui dar um mergulho; a água estava quente mas devido ao céu nyblado demorei bastante tempo até consegui secar a roupa, pois mesmo com este aspecto desértico a praia  tinha gente
praia a sul de Pondicherry onde por fim consegui dar um mergulho; a água estava quente mas devido ao céu nyblado demorei bastante tempo até consegui secar a roupa, pois mesmo com este aspecto desértico a praia tinha gente

No Café des Artes, na Rue Suffreon situado na parte mais francesa da cidade que ocupa os quarteirões mais próximos do mar, pode-se beber um café expresso acompanhado de um croissant enquanto se ouvem discretamente nos altifalantes a voz de Bob Marley. Sabe bem. Também sabe bem “voltar” a estes ambientes ocidentais e de certa maneira familiares, pois por mais atrativos sejam os locais que visitamos ou o tempo que lá passarmos manter-se-á presente sempre a nossa identidade e cultura. Ao fim de quase cinco meses na Índia sinto-me perfeitamente confortável e à vontade neste país, mas sempre mantive presente que nunca poderei fazer parte desta cultura.

(este texto data de Agosto de 2013)

Café des Arts
Café des Arts
praia a sul de Pondicherry onde por fim consegui dar um mergulho; a água estava quente mas devido ao céu nyblado demorei bastante tempo até consegui secar a roupa, pois mesmo com este aspecto desértico a praia  tinha gente
praia a sul de Pondicherry onde por fim consegui dar um mergulho; a água estava quente mas devido ao céu nublado demorei bastante tempo até consegui secar a roupa, pois mesmo com este aspecto desértico a praia tinha gente
Uma foto na companhia da Nicola, uma descendente de goeses , para atestar a minha ida ao "banho"
Uma foto na companhia da Nicola, uma descendente de goeses , para atestar a minha ida ao “banho”

Park Guest House

1, Goubert Avenue (Beach Road)
Pondicherry – 605001

Phone: +91413 2224644 / 2233644
Email: [email protected]

Quarto duplo com casa de banho: 600 rupias

Park Guest House em Pondicherry
Park Guest House em Pondicherry
Park Guest House pertencente ao ashram assim como mais outros 16 hoteis e guest houses na cidade
Park Guest House pertencente ao ashram assim como mais outros 16 hoteis e guest houses na cidade

Coramandel Heritage Hotel

36, Rue Nidarajapayer

email: [email protected]

site: www.hotelcoramandal.com

Quarto individual com casa de banho: 800 rupias

Hotel Coramandel
Hotel Coramandel
Hotel Coramandel
Hotel Coramandel

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