
A vida no lago Dal começa cedo, mesmo antes do nascer do sol e do início da actividade das aves que povoam os molhos de nenúfares e de flores de lótus.
Acordámos bem cedo, para nos dirigirmos na companhia de dois dos nossos vizinhos da guesthouse para a zona onde se realiza diariamente o mercado de legumes, que começa às 4.30h da manhã e termina pouco depois das 7h.
Os vendedores, todos homens, moviam-se agilmente as “shikaras” que se aglomeravam numa zona mais amplas do lago, onde confluíam vários canais. Os produtos transaccionados são resultado da produção dos terrenos alagados existentes no lago, não apresentando muita variedade: couve, nabo, pepino, curgetes…
Da nossa “shikara” fomos observando esta actividade, enquanto éramos abordados por vendedores de bolos, flores e de açafrão.
A chuva que carregava o céu desde que saímos de casa, começou a aumentar de intensidade fazendo com os vendedores se apressassem e o mercado terminasse mais cedo.
O regresso feito também calmamente, mas sob a chuva que pouco depois de chegar-mos ao mercado começou a cair, com a “shikara” deslizando pelo lago, embalando-nos com o suave balanço do barco e com o som dos remos a mergulhar na água, à medida que o sol ia iluminado a paisagem.











