O chilrear das pequenas aves que se ouve logo que os primeiros raios de sol surgem por trás das montanhas, anunciam o fim do chuva que durante dois dias escureceu o vale de Daramkot, trazendo gelo, granizo e frio mas deixando um manto branco no cimo das montanhas mais próximas, da cordilheira de Dhauladar, parte da cadeia montanhosa que constitui os Himalayas.
Este é o cenário de uma povoação dispersa ao longa da encosta numa época que antecede a primavera que para além dos dias amenos e primaveris trás consigo centenas de visitantes que procuram refúgio do calor do sul da Índia, acordando e dando vida à sonolenta Daramkot e à despovoada Bagshu.
Menos calma pela presença da comunidade Tibetana, a vila de McLeod Ganj, mantem a calma rotina, somente interrompida pelo afluxo de visitantes oriundos essencialmente de Delhi e do estado vizinho do Punjab, que nos fins-de-semana entopem as estreitas ruas, de um frenesim urbano em busca do exotismo das montanhas coroadas de neve.
Não sendo esta a primeira estadia por estas paragens, houve tempo de rever locais, encontrar diferenças, notar ausências e encontrar novidades. Houve tempo para assistir aos ‘teachings’ do Dalai Lama, para saborear os momo em versão street-food, para descobrir novos percurso pelas encostas das montanhas, praticar yoga no HIYC, assistir a palestras budistas no Centro Tushita e fazer o curso de meditação Vipassana.
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Alojamento:
…. centenas de opções desde hotéis, guest houses e quartos em casas particulares dos habitantes locais… mais perto da povoações, mais perto da montanha, com acesso por estrada ou por caminhos pedonais… mas calmas ou mais ‘animadas’…

Pink House: quartos desde 300 rupias (com casa de banho partilhada) até 500 rupias para quarto duplo com casa de banho; contudo este valor pode subir rápidamente assim que se aproxima a época-alta (especialmente em Maio); alguns quartos com cozinha cujo aluguer diário é de 600 rupias; no Wi-fi 🙁 Para quem pretende ficar por longas temporadas, mais do que um mês, o preço pode ser negociado.

Kamal Guest House: 300 rupias por quarto individual com casa de banho; mas este valor pode subir rápidamente assim que se aproxima a época-alta (especialmente em Maio); free and good Wi-fi

Conifer Lodge: 300 rupias por quarto individual com casa de banho; mas este valor pode subir rápidamente assim que se aproxima a época-alta (especialmente em Maio); quartos pequenos e básicos. Um apartamento disponível. free Wi-fi
Onde comer:
É vasta a oferta em termos de restaurantes, quer em Daramkot, Bagshu ou em McLeod Ganj, sendo esta ultima a que reúne as melhores opções em termos qualidade, sobressaindo a deliciosa comida Tibetana, à base de momos, sopa de noodles e o tradicional thenduk.
Para comida ao estilo indiano, mais concretamente ao estilo do Punjab e com a presença das especialidades de Amritsar a melhor opção é sem duvida Bagshu.
Para Daramkot ficam os restaurantes que servem o habitual mix de comida ocidental, indiana, mexicana, chinesa e israelita, mas onde se podem encontrar boas pizzas… contudo não se destaca nenhum em particular.





Transportes:
Amritsar – Dharamsala: não existindo estação de comboios em Dharamsala, a estação mais próximo é na pouco atractiva cidade de Pathankot no extremo norte do estado do Punjab. Daqui é necessário ir até ao terminal de bus, recorrendo a uma viajem em tuk-tuk. Para evitar transbordos a alternativa é efectuar o percurso entre Amritar e Dharamsala em autocarro público, pois não se encontram disponíveis serviços turísticos, sendo geralmente necessário efectuar transbordo no terminal de bus de Pathankot.
Contudo, existe um autocarro directo que parte do terminal em Amritsar pelas 12 horas, sendo conveniente chegar mais cedo para reservar um bom lugar, pois os veículos são velhos, desconfortáveis e o percurso no estado de Himachal Pradesh, para além de sinuoso, não oferece uma estrada em boas condições.
- Bus: Amritsar – Dharamsala: a viagem, de pouco mais de 200 quilómetros demora entre 5 a 6 horas. Custo: 240 rupias.
Delhi – Dharamsala: Os autocarros partem do Terminal de Bus (Maharana Pratap Inter-state Bus Terminal – ISBT) situado junto a Majnu Ka Tilla, o bairro tibetano em Delhi, e servido pela estação de Metro “Kashmiri Gate”. É possível adquirir bilhetes nas muitas agências de viagens de Pahar Ganj, com alguns autocarros a iniciarem serviço perto desta zona ou perto de Old Delhi Train Station.
- Bus: Delhi – Dharamsala: cerca de 12 horas de viagem, geralmente efectuadas de noite, que pode ser em autocarro local ou serviço turístico, com o preço a variar entre 550 e 1200 rupias, conforme o grau de conforto.
Para a viagem: McLeod Ganj – Delhi (Maharana Pratap Inter-state Bus Terminal – ISBT) existem diversas opções, todos efectuando a viagem de noite:
- Os autocarros da companhia local HRTC (Himachal Road Trasnport Corporation), que constituem a opção mais barata, com várias versões dependendo da qualidade e sofisticação dos veículos, tendo em atenção que parte da estrada é de montanha o que exclui uma viagem confortável. Nestes veículo é raro encontrar estrangeiros. Os bilhetes podem ser adquiridos na bilheteira existente na praça principal de McLeod Ganj, não sendo necessário grande antecedência a não ser que se queira reservar um lugar especifico, o que dado o mau estado da estrada e da suspensão do veículo é de todo recomendável escolher um lugar na parte da frente do autocarro.
- Os chamados turísticos, onde os preços variam entre 800 e 1200 rupias, em função do conforto e da arco do veículo, sendo os ‘Volvo’ os mais caros. Existem muita empresas e por isso não é difícil arranjar bilhete, que pode ser adquirido nas muitas agências de viagens que se encontram em McLeod Ganj, Daramkot ou Bagshu.
Mais alternativas em termos de horários são possíveis a partir de Dharamsala.




Melhor altura para visitar:
Apesar do tempo primaveril, algumas estradas podem estar cortadas, nos pontos mais altos, pela neve, o que obriga a desviar por percurso menos interessantes e mais movimentados.
Esta região de Dharamsala, oferece duas alturas propícias aos visitantes:
- entre meados de Março ao inicio de Junho
- de Setembro até final de Outubro
De Novembro a Fevereiro as temperaturas são baixas e grande parte de hotéis, restaurantes e lojas encontram-se fechados. Junho, Julho e Agosto é a época das monção, sendo a constante e intensa chuva pouco convidativa a percurso nas sinuosas estradas de montanha.