Angkor Thom. Templo Baphuon
Angkor
Angkor Thom. Bayon
Angkor Thom. Templo Bayon
Angkor: Angkor Thom
Angkor Thom, a cidade capital do Império Khmer, ocupa uma área de três quilómetros quadrados, circundados por uma muralha com cerca de oito metros de altura, construída em pesados blocos calcários, que forma um quadrado perfeito, onde em cada uma das faces se encontra uma porta de acesso, orientada segundo os pontos cardeais, existindo uma quinta entrada, do lado nascente, denominada de “Victory Gate”; em volta deste conjunto desenvolve-se um fosso de água, de largura significativa, cuja construção assim como da muralha foram construídas com o intuito de reforçar as defesas da cidade após o saque do Império Cham em 1177.
No interior das muralhas, encontram-se conjuntos de edifícios, de onde se destaca o templo Bayon, conhecido pelas gigantescas esculturas de rostos que decoram as torres, à semelhança das que se encontram nas cinco portas da muralha. Com menos impacto mas não menos importantes são o Phimeanakas, onde se situava o palácio real, cuja construção em madeira não sobreviveu, o templo Baphuon, o Terraço do Rei Leper, e mais um conjunto de edifícios e construções de carácter religioso, que foram sendo acrescentados pelos pelo vários reis que constituíram o Império Khmer.
Angkor: Ta Prohm
Um das imagens mais populares de Angkor, onde a natureza parece ter decidido tomar conta da obra dos homens, com as raízes das gigantescas ficus e outras árvores tropicais, envolvendo os edifícios e muros, cobertos de musgos e líquenes.
Mas é esta mesma popularidade que enche por completo este edifício, construído no século XII, destinado a mosteiro budista, que torna difícil apreender o espetáculo oferecido pela mistura entre a sólida e pesada construção e a forma ágil e graciosa como as árvores se adaptaram às suas formas rectilíneas das cinzentas pedras.
Angkor: Preah Khan
O templo de Preah Khan, que significa “espada Sagrada” foi construído sob as ordens do Rei Jayavarman VII, enquanto o templo de Angkor Thom se encontrava em reconstrução depois de ter sido saqueado dutante a Guerra com os Cham, outro reino que domino parte do que é hoje o Camboja. Masi tarde funcionou como mosteiro e universidade.
O edificio situada a norte de Angkor Thom, menos exuberante do que os seus vizinhos, apresenta-se compacto e de intrincados e estreitos corredores, que ao se cruzarem forma um câmara quase sempre decorada com um nadi (touro sagrado) ou um lingam (simbolizando Shiva).
Angkor: Banteay Srey e Kbal Spean
O templo de Banteay Srey, assim como o Kbal Spean, situam-se a norte do núcleo principal de Angkor, pelo que recebem a visita de poucos turistas.
Banteay Srey, datado do século X, é famoso pelas suas esculturas que se destacam no arenito vermelho com que este edifício construído, que fica realçada pela luz do nascer do sol.
Sobressai a simplicidade da sua construção, formada por um conjunto de três níveis de muros, disposto de forma piramidal, aos quais se tem acesso por uma alameda empedrada, encontrando-se o conjunto rodeado quase totalmente por um fosso de água.
Um pouco mais a norte, situado numa pequena elevação das Montanhas de Kulen, rodeada de floresta encontra-se o Kbal Spean, que criam um ambiente místico para o qual contribui a presença de uma linha de água, que apesar de esvaziada pela época seca, desemboca numa pequena cascata, enchendo o ar de um som refrescante.
Ao longo do leito do rio encontram-se imagens de deuses hindus esculpidas na rocha, abençoando as águas que por aqui passam antes de chegarem a Angkor.
Angkor
Angkor, que em khmer significa “cidade”, funcionou durante os séculos IX e XV como a capital do Império Khmer, até 1431, altura em que foi saqueada pelos tailandeses, que mantiveram o domínio sobre esta região até 1907, altura em que passou a ser governada pelos franceses. Mas somente no final do século XIX, Angkor começou a ser famoso atraindo visitantes o que levou ao inicio dos estudos e do desenvolvimento de muitos projectos de restauro destas ruínas que com esquecimento quase foram conquistadas pela selva.
O mais popular dos templos que constituem actualmente as ruinas da cidade de Angkor é sem dúvida Angkor Wat, mas a jóia da coroa é o conjunto de edifícios Angkor Thom, de onde se destaca o Bayon.
Dada a vastidão da área que se estende por cerca de 300 quilómetros quadrados, se bem que os mais importantes estejam situados relativamente próximo da cidade de Siam Reap, a opção para a maioria das pessoas que não visita Angkor integrada numa excursão, é alugar um tuk-tuk ou ir de bicicleta, dado que a distância até à entrada do parque arqueológico é de aproximadamente dez quilómetros.
Existem várias opções em termos de bilhetes: de um dia (20$), três dias (40$) e de sete dias (60$). Optei por um bilhete de três dias, tendo no primeiro visitado Banteay Srey e Kbal Spean, que se situam longe do núcleo central, recebendo por isso menos visitantes, mas obrigando ao aluguer de um tuk-tuk, para alcançar os 50 quilómetros que distam de Siem Reap. Os restantes dois outros dias foram destinados à visita de Angkor Thom, Preah Khan, Ta Prohm, Banteady Kdei, Sras Srang, Pre Rub, e claro, o famoso Angkor Wat, onde optei por assistir ao nascer do sol.
Sem duvida que a melhor opção para quem visita os templos de Angkor, é iniciar o dia bem cedo, pouco depois das cinco horas da manhã, altura em que se pode fazer o percurso até às ruínas, sob o fresco da madrugada, e aproveitar o inicio da manhã, tanto pela elevada temperatura que caracteriza esta altura do ano, que depois das dez horas tornam o percurso penoso, como para poder usufruir do espaço antes da chegada dos grandes grupos de visitantes que chegam em grandes autocarros de turismo.
Algum dos núcleos de ruínas encontram-se em trabalhos de restauro, muitos com o financiamento de países como a Índia, Coreia e Japão, o que torna por vezes o local num misto de parque arqueológico e estaleiro de construção civil.
Por todo o lado, à entrada dos templo e na área circundante existem inúmeros vendedores de recordações, como postais, roupa, fruta, bebidas, quadros que insistentemente perseguem os turistas na esperança de alguma venda. Nos locais mais importantes cria-se uma espécie de mercado, que para além da venda de roupa e de recordações relacionadas com os templos, oferecem muitas opções em termos de restaurantes e cafés, todos com os preços um pouco inflacionados, oferecendo um menu com várias opções de comida khmer e ocidental.