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Stepping Out Of Babylon

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Ladakh

pela estrada fora… entre Leh e Srinagar

Agora que nos aproximamos do dia de sairmos de Srinagar, depois de uma estadia de cerca de duas semanas, é altura de contar como cá chegamos.

Depois da longa viagem de autocarro que nos levou de Manali a Leh, pensávamos que não teríamos que enfrentar novamente semelhante provação, mas deparámo-nos com o facto de a única forma de sair de Leh, ponde de parte o avião, era fazer novamente o caminho de volta a Manali, ou então seguir-mos em “frente” o que significava irmos para a cidade de Srinagar.

Srinagar e toda a região envolvente estiveram até à cerca de dez anos fora do circuito turístico, nem sequer aparecendo nos guias de viagem pois estava vedada a estrangeiros devido à guerra civil entre tropas indianas e os movimentos separatistas que reclamam pela independência de Kashmir, que envolvem também o Paquistão.

Apesar deste cenário, as informações que nos chegarás dos viajantes que encontrámos em Leh, eram bastantes positivas, referindo uma cidade bonita, com forte presença muçulmana mas sem aparentes problemas de segurança. Seringar passou a ser o nosso próximo destino.

Tínhamos pela frente uma viagem de dez horas, para percorrer 434 quilómetros, feita durante a noite num jeep, onde éramos os únicos passageiros. Cedo percebemos que não iria ser uma viagem fácil e iriamos demorar muito mais tempo… o condutor era bastante mau, muitas vezes circulava em contramão, desviando-se no limite com bruscas guinadas no volante, enquanto tentava escrever mensagens no telemóvel.

Um das muitas paragens que fizemos durante a noite, foi em Mulbekh, que curiosamente era um local que queríamos visitar pois aí encontra-se uma estátua de Buda com cerca de sete metros de altura, esculpida na rocha entre os séculos VII e VIII. Mas esta não foi só uma paragem para comer ou beber um “chai”: aqui o motorista decidiu dormir. Assim passamos umas horas dentro do Jeep, parados à beira da estrada, num local completamente isolado, e desértico aquelas horas, rodeados pela densa escuridão sob o olhar protector do Buda.

Com o nascer do dia, passamos por Kargil, a partir de onde se tornaram claros os sinais da cultura muçulmana: mesquitas, bandeiras com as cores do islão, caligrafia árabe, mulheres com a cabeça coberta por véus… nem parecia que estávamos na Índia.

À medida que avançávamos a paisagem foi tornando-se cada vez mais verde, com a estrada a descrever sinuosas curvas ao longo das montanhas, coroadas de neve e vales revestidos de relva por onde serpenteavam rios e pastavam rebanhos de ovelhas e cabras, conduzidos por pastores nómadas, que transportavam os seus haveres em pequenas caravanas de mulas.

Depois de passar-mos Dras, mais uma vila sem aparente interesse, à medida que fomos subindo a montanha em direcção ao ponto mais alto, Zoji La, situado a 3529 metros de altitude, a temperatura começou a baixar a as condições de visibilidade foram drasticamente diminuído com o nevoeiro que por vezes formava uma densa barreira branca. Ao mesmo tempo as condições da estrada foram piorando, transformando-se num trilho estreito e lamacento, que cortava corajosamente a encosta que se desenvolvia quase a pique.

As dificuldades em circular, agravadas pela intensa chuva, pelas linhas de água que atravessavam a estrada, ou por zonas onde o desmoronamento de terras tornava a estrada ainda mais estreita, tornavam o cruzamento de veículos numa tarefa difícil e arriscada, obrigando a longas paragens foram criando longas filas de camiões e de autocarros. Nos pontos mais críticos da estrada, militares controlavam a circulação e vigiavam as condições de segurança da estrada, que por vezes tem que ser encerrada, em resultado de acidentes ou de desmoronamentos.

Perante todo este cenário que piorava à medida que avançávamos, o motorista do nosso Jeep ia buzinando furiosamente e tentando fazer perigosas e impensáveis ultrapassagens, que tentámos algumas vezes impedir.

Foi um acumular te tensão, que me deixou à beira do desespero, ao ponto de ter saído do carro com a intensão de prosseguir o resto do caminho a pé; a persistente chuva, o frio e a lama, que quase me fez escorregar assim que pus os pés na estrada, obrigaram-me a refrear o impulso.

Todo este pesadelo somente abrandou quando começamos a descer em direcção a Sonamarg, e o sol foi timidamente despontando por entre as nuvens; o resto do percurso foi feito sem sobressaltos, por entre vales verdes e floridos, com a estrada a atravessar inúmeras povoações.

À chegada a Srinagar, por volta das duas da tarde, depois de 18 horas de viagem, fomos deixados pelo nosso motorista numa larga e movimentada avenida, ao som da sinfonia de buzinas, que nos tínhamos desabituado de ouvir, enquanto estivemos no Ladakh. Voltámos à Índia!

Leh-Srinagar
Leh-Srinagar
Leh-Srinagar
Leh-Srinagar
Leh-Srinagar
Leh-Srinagar
Leh-Srinagar
Leh-Srinagar
Leh-Srinagar
Leh-Srinagar
Leh-Srinagar
Leh-Srinagar
Leh-Srinagar
Leh-Srinagar
Leh-Srinagar
Leh-Srinagar

O quotidiano em Leh

A cidade é pequena e calma, sem o habitual frenesim das cidades indianas, mas com bastante pó dado estarmos em pleno deserto, onde a água é um recurso escasso. Não um deserto de areia, mas de rocha e pedra, com terreno bastante arenoso. A pouca vegetação existente, maioritariamente faias e tílias, e os pequenos terrenos agrícolas dedicados ao cultivo de hortícolas, somente são conseguidos à custa de um complexo sistema de canais que irrigam os campos com a água que resulta do degelo das montanhas que envolvem a cidade de Leh.

As ruas principais são dominadas por, agências de viagens especializadas em caminhadas, artesanato do Ladakh e do Tibete, e pela venda de carpetes, mantas, echarpes e lenços de lã de yak ou pashemina, viradas para o turismo indiano como estrangeiro. Contudo, nas ruas secundárias podem ainda encontras lojas dedicadas ao comércio tradicional, como alfaiates, ourives, cabeleireiros, lojas de artigos religiosos budistas… e uma inúmera variedade de meias, luvas, gorros e peúgas, tido feito à mão, por senhoras que muitas vezes vemos a fiar a lã.

Por aqui domina a cultura Ladakhi, que tem origem na cultura tibetana, mas que foi ganhando características próprias, que sobressai na língua e nas roupas tradicionais que algumas pessoas, em especial as mulheres, ainda envergam. A comida é muito semelhante à que experimentámos em Macleod Ganj, dominada por sopas de vegetais com massa (thupkas) e momos, mas que aqui apresenta uma variação que é a cevada tostada, que pode ser servida em sopa, a “tsampa”, ou cozinhada como papas, servidas ao pequeno-almoço.

Dada a proximidade com a região de Kashmir, existe aqui um significativa comunidade de muçulmanos, em especial nas ruas estreitas junto da mesquita, situada na zona antiga da cidade. Aqui encontrámos diversas padarias tradicionais, que desde as cinco horas da manhã fabricam os chapatis, estendendo a massa com os dedos e “colando-a” às paredes dos tandori (fornos verticais feitos em barro, com abertura no cimo), onde rapidamente formam bolhas, até ficam cozidos e estaladiços. Outra alternativa são uns bolinhos, ligeiramente salgados, de massa quebradiça, enfeitados com sementes de sésamo, também cozinhados no mesmo tipo de forno, tradicionais de Kashmir.

Estas padarias tornaram-se um local de visita quase diário, onde muitas vezes nos abastecemos, de chapatis e de bolinhos, antes de iniciar-mos alguma viagem pelas redondezas; uma verdadeira delícia, a 4 rupias cada um…

Durante os primeiros dias que estivemos em Leh, anuviava-se o evento cultural da temporada: um concerto para recolha de fundos para obras de beneficiação de um mosteiro budista. O local do espetáculo, é um terreno onde se realizam jogos de polo a cavalo, mas que serve principalmente para estacionamento de automóveis e de autocarros.

O espetáculo contava com a presença de artistas locais, desde música tradicional a sons mais modernos como o rock e o hip-hop. As vedetas eram dançarinos de Bollywood, vindos directamente de Mumbai. Pensávamos que eram a atração principal da noite, mas foram recebido entre assobios e vaias, que se foram agravando, obrigando à interrupção da actuação. Até deu pena.

Ficou claro que a população do Ladakh não aprecia muito os indianos e soubemos mais tarde que o Ladakh reclama autonomia em relação ao estado de Jammu e Kashmir, com o qual não tem qualquer relação cultural ou religiosa.

Dzomsa, significa ponto de encontro na língua Ladakhi. Trata-se de um projecto que pretende divulgar a cultura do Ladakh, promovendo a sustentabilidade. Nesta loja, limpa e arejada, podemos encher as garrafas com água filtrada e purificada, por 7 rupias. E comprar os deliciosos alperces secos, que são a fruta de eleição do Ladakh, e que nesta loja são muito melhores, mais saborosos e macios, do que os que se encontram à venda nos mercados e nas ruas.

Neste espaço, que funciona também como lavandaria, podemos encontrar outros furtos e vegetais secos, bons para as caminhadas, assim como proceder à troca de livros.

Ficámos fãs de um sumo de “seabuck berry”… não sabemos o que é este fruto, mas cresce abundantemente nestas paragens e é bastante rico em vitamina C.

Quanto a restaurantes ficamos clientes da Família Norlakh, que serve comida tibetana, exclusivamente vegetariana, e onde podemos provar a “tsampa” de vegetais.

Leh
Leh
Leh
Leh
Leh
Rua principal de Leh
Zona muçulmana no centro de Leh
Zona muçulmana no centro de Leh
Loja de artesanato/velharia do Ladakh
Loja de artesanato/velharias do Ladakh
Roupas tradicionais do Ladakh
Alfaiate de roupas tradicionais do Ladakh
Leh
Leh
Fábrica de rotis
Fábrica de rotis… pão quente das 5h da manhã até às 5h da tarde
Pão de Kashmir
Pão de Kashmir
Pão de Kashmir
Pão de Kashmir a ser cozinhado no tradicional forno tandori
Pães tradicionais de Kasmhir feitos em padarias situadas no bairro muçulmano da cidade de Leh, junto à mesquita
Pães tradicionais de Kasmhir feitos em padarias situadas no bairro muçulmano da cidade de Leh, junto à mesquita
Talho em Leh... nada de frigoríficos
Talho em Leh… nada de frigoríficos
Recinto para jogos de polo em Leh
Recinto para jogos de polo a cavalo, em Leh… nesta altura estava a ser usado para uma parada militar. Dada a proximidade com a fronteira Chinesa (Tibete) nota-se bastante a presença do exército em vários pontos da cidade
Aqui estou acompanhada da senhora que fez o gorro que comprei em Leh... enquanto tirávamos a foto, não parou de tricotar
Aqui estou acompanhada da senhora que fez o gorro que comprei em Leh… enquanto tirávamos a foto, não parou de tricotar
restaurante Neha, que serve deliciosos snack ao estilo indiano onde dominam os fritos
Restaurante Neha, que serve deliciosos snack ao estilo indiano onde dominam os fritos
Channa Batura, servida no restaurante Neha, que consiste num pão frito, com a massa semelhante aos portugueses pastéis de massa tenra, que acompanha um carril de grão
Channa Batura, servida no restaurante Neha, que consiste num pão frito, com a massa semelhante aos portugueses pastéis de massa tenra, que acompanha um carril de grão
Tsampa, sopa feita com farinha de cevada tostada e vegetais
Tsampa, sopa feita com farinha de cevada tostada e vegetais
Leh
Leh
Como fomos dos primeiros a chegar ao recinto onde se ia realiza o espetáculo, podemos assistir ao check-sound das 22 colunas de som!!!)
Como fomos dos primeiros a chegar ao recinto onde se ia realiza o espetáculo, podemos assistir ao check-sound das 22 colunas de som!!!
Concerto no recinto de polo em Leh
Concerto no recinto de polo em Leh
Concerto no recinto de polo em Leh
Concerto no recinto de polo em Leh
Projecto Dzomsa
Projecto Dzomsa
Projecto Dzomsa
Projecto Dzomsa. Água filtrada e purificada.
Projecto Dzomsa
Projecto Dzomsa… sumo de “seabuck berry”

 

O nosso quarto na Atisha guesthouse, que foi até agora o mais limpo que encontrámos
O nosso quarto na Atisha guesthouse, que foi até agora o mais limpo que encontrámos
Atisha guesthouse. Apesar do aparato o chuveiro só tinha água fria. Para tomar-mos banho de água quente tinha que ser com o balde!
Atisha guesthouse. Apesar do aparato o chuveiro só tinha água fria. Para tomar-mos banho de água quente tinha que ser com o balde!
Varanda situada em frente ao nosso quarto de onde podíamos apreciar a vista para as montanhas e onde era o ponto de encontro com os outros hóspedes, com quem partilhámos informações sobre os locais onde passámos e para onde pretendemos seguir
Varanda situada em frente ao nosso quarto de onde podíamos apreciar a vista para as montanhas e onde era o ponto de encontro com os outros hóspedes, com quem partilhámos informações sobre os locais onde passámos e para onde pretendemos seguir

Restaurante Lamayuru, que “descobrimos” no dia em que regressávamos da visita ao mosteiro com o mesmo nome, e onde a comida indiana sobressaía. Junto à entrada situa-se o local de trabalho de um dos muitos sapateiros que do seu posto junto à estrada observam atentamente o estado do calçado de quem passa, na esperança de fazerem algum tipo de arranjo. Mais de uma vez tivemos que recorre aos serviços destes profissionais... quase tudo, mas mesmo quase tudo tem arranjo, até mesmo uma “havaianas” partidas!)Restaurante Lamayuru, que “descobrimos” no dia em que regressávamos da visita ao mosteiro com o mesmo nome, e onde a comida indiana sobressaía. Junto à entrada situa-se o local de trabalho de um dos muitos sapateiros que do seu posto junto à estrada observam atentamente o estado do calçado de quem passa, na esperança de fazerem algum tipo de arranjo. Mais de uma vez tivemos que recorre aos serviços destes profissionais… quase tudo, mas mesmo quase tudo tem arranjo, até mesmo uma “havaianas” partidas!)

 

Ladakh. Lago de Pangong

Inicialmente não estava nos nosso planos ir visitar este ou qualquer outro lago na região do Ladakh, pois as distâncias apesar de não serem grandes, obrigam a longas e penosas viagens.

Contudo fomos seduzidos com a possibilidade de irmos visitar o mais próximo destes lago, o Pangong que é acessível por transportes públicos, e que é um dos maiores lagos de água salgada da Ásia, com somente um quarto dos seu 130 quilómetros de comprimento situados na Índia, sendo o restante no território Tibetano.

A viagem de autocarro começou pontualmente às 7 horas da manhã, num decrépito autocarro que somente faz este percurso três vezes por semana, pois a região à volta do lago é escassamente povoada. Como a viagem era longa e cansativa, desenvolvendo-se maioritariamente em montanha, obrigando ao cruzamento de um passo a 5360 metros de altitude, fomos aconselhados por outros viajantes a pernoitar numa das pequenas vilas situadas na margem do lago, e empreender a viagem de regresso no dia seguinte.

As informações em relação à duração total da viagem eram pouco concretas, mas apontavam para cerca de cinco a seis horas para percorrer os 154 quilómetros que separam Pangong de Leh. Contudo fomos confrontados com umas penosas 8 horas de viagem, com as habituais três paragens para refeições e mais duas para apresentar documentação, que para além do passaporte e do visto, acresce uma autorização especial para termos acesso a esta região. Chegámos estoirados, e para nossa e de mais uma dúzia de turistas, o autocarro não ia para a povoação que queríamos Spangmik, mas terminava numa outra, também junto ao lago mas que nunca chegámos a saber o nome, mas que ficava a 8 quilómetros do destino pretendido.

No meio de alguma desilusão e desorientação, formou-se um pequeno grupo entre os viajantes ocidentais, em que nos inserimos e onde discutimos a melhor estratégia a adoptar. Optámos por ficar no local onde o autocarro nos deixou, um conjunto de tendas e de construções precárias que funcionam como restaurantes, pois era daí que na manhã seguinte se iria iniciar a viagem de regresso.

Conseguimos arranjar um local para dormir, numa tenda que partilhamos com o nosso amigo Luke, com que já tínhamos feito a viagem entre Manali e Leh, e com quem temos trocado diversas informações turísticas nas várias vezes que nos cruzámos na cidade de Leh.

A solução de dormirmos na tenda revelou-se bastante razoável, pois apesar do frio e do vento que dominaram a noite junto ao lago, estávamos bastante confortáveis com quentes edredons e colchões macios (coisa rara), tendo pago 100 rupias (1.5€) por pessoas… claro que não havia casa de banho, mas somente uma retrete abrigada por chapas metálicas, plásticos e madeiras.

O lago situado a 4267 metros de altitude rodeado de áridas e despidas montanhas, é de uma beleza rara, com a água a reflectir diversas cores, desde o verde ao intenso azul. Enquanto esperávamos pelo pôr do sol, fomos caminhando ao longo do lago em direção a Spangmik, inicialmente em grupo coeso em entusiástica conversa, mas que aos poucos foi-se dispersando.

Ficámos juntamente com o Luke a meio do caminho, a descansar e a apreciar a paisagem e os cores lago que à medida que a luz do sol ia desaparecendo por trás das montanhas, iam mudando de tonalidades. Segundo dizem o lago apresenta sete cores diferentes…

Chang La, situado a 5360 metros de altitude, foi o ponto mais alto que tivemos que subir para chegar ao nosso destino
Chang La, situado a 5360 metros de altitude, foi o ponto mais alto que tivemos que subir para chegar ao nosso destino
Chang La
Chang La
Chang La
Chang La
Chang La
Chang La
uma das várias paragens para apresentar os passaportes e apresentar a documentação referente à autorização necessária para aceder a esta zona do território
uma das várias paragens para apresentar os passaportes e apresentar a documentação referente à autorização necessária para aceder a esta zona do território
o nosso autocarro numas das paragens que fizemos para almoçar
o nosso autocarro numas das paragens que fizemos para almoçar
Este foi o local, junto ao lago, onde o autocarro nos deixou, e onde passamos a noite
Este foi o local, junto ao lago, onde o autocarro nos deixou, e onde passamos a noite
A tenda onde íamos passar a noite que se avizinhava fria e ventosa
A tenda onde íamos passar a noite que se avizinhava fria e ventosa
A confirmação que o sitio onde estávamos não era o nosso destino final, Spangmik, que até lá ainda tínhamos 8 quilómetros pela frente
A confirmação que o sitio onde estávamos não era o nosso destino final, Spangmik, que até lá ainda tínhamos 8 quilómetros pela frente
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Luka, Cat e Ismael
Luka, Cat e Ismael
Lago Pangong
Lago Pangong
A nosso tenda onde passámos a noite no Lago Pangong
A nosso tenda onde passámos a noite no Lago Pangong

No dia seguinte acordámos bem cedo para ver o nascer do sol, que não se revelou tão espetacular como esperávamos, mas não deixou de ter a magia que sempre têm estes momentos. Depois do pequeno almoço, por volta das 8 horas da manhã, regressámos a Leh no mesmo autocarro. A viagem de regresso foi mais rápida, demorando seis horas, dado que o motorista raramente parou e a burocracia com os passaporte foi mais ligeira. Mesmo assim chegamos exaustos.

Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong ao nascer do sol… ainda com caras de almofada!
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Lago Pangong
Restaurante onde almoçamos... com o curioso nome dos "Três Idiotas"
Restaurante onde jantámos… com o curioso nome dos “Três Idiotas”… nem de propósito: foi onde alugámos a tenda onde ficámos com o Luka
Autocarro
Autocarro
Viagem de regresso a Leh
Viagem de regresso a Leh
Viagem de regresso a Leh
Viagem de regresso a Leh

 

 

Ladakh. Mosteiro de Lamayuru

O mosteiro de Lamayuru, que domina a colina onde se estende a pequena povoação com o mesmo nome, é dos mais antigos da região, datando do século IX e X. Para além do valor histórico, apresentava o atractivo de nos dias seguintes se realizar o festival anula de máscaras executado, pelo monges no interior do mosteiro.

Mais uma vez, optámos pelos transportes públicos para percorrer os cerca de 150 quilómetros que separam Leh de Lamayuru, e que nos levou 4 horas, pois mais uma vez tivemos que cruzar um dos passos a grande altitude. Parámos na povoação de Kaltse, para descansar e tomar um “chai” o que me levou a reparar nos pósteres que decoravam algumas lojas e restaurantes: em vez da habitual fotografia do Dalai Lama que se encontra por todo o lado em Leh e em outas zonas que visitamos do Ladakh, aqui aparece a imagem do Ayatola Komeni, o que representa bem a diversidade de culturas, e em particular de religiões, que existentes Índia.

Chegámos pelas 9 horas ao mosteiro, onde já decorria o festival, num recinto ao ar livre, onde se encontravam monges entoando cânticos e tocando tambores, enquanto no meio do recinto desfilavam outros monges envergando trajes de cerimónia com altos chapéus, transportando pesadas trompas metálicas, acompanhados por outros que executavam danças enquanto tocavam gongos.

Durante toda a manhã foram desfilando monges envergando diversos trajes, feitos com ricos materiais, e máscaras de madeira representando imagens alusivas à Roda da Vida, como por exemplo o porco e o Yamantaka, o Senhor da Morte, cujo rosto diabólico é encimado com figuras de caveiras, empunhando espadas e machados.

A assistência que inicialmente não era muita foi durante a manhã aumentando, em especial no numero de turistas indianos e estrangeiros. Um pouco à parte do frenesim das máquinas fotográficas, encontravam-se os habitantes do Ladakh, envergando as roupas tradicionais e girando continuamente a roda de orações.

Nos intervalos, monges vestidos de forma descuidada e com máscaras  de pele avermelhada e cabelos e barbas brancas, comportavam-se como diabretes, enquanto animadamente incentivavam a assistência a fazer donativos, que eram atirados para um lenço branco e recebidos com muita euforia e animação.

Muito do que se passou no recinto escapou ao nosso entendimento e interpretação pois todo o simbolismo destas danças, objectos, gestos e rituais está intimamente associado à religião budista e à cultura Tibetana e do Ladakh, não tendo por isso deixado de ser muito interessante e surpreendente.

Lamayuru
Lamayuru
Lamayuru
Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru
Festival no Mosteiro de Lamayuru

O Ladakh, apresenta a maior concentração de mosteiros tibetanos, sendo o de Lamayuru o mais antigo. Aproveitámos o intervalo para almoço do festival, para irmos visitar o mosteiro, que suplantou o que tínhamos visto dias anteriores em Thikse, não só pelos conjunto de edifícios como pela enorme quantidade de stupas e rodas de orações que encontramos ao percorrermos os labirínticos existentes entre as várias construções e templos.

Enquanto apreciávamos a paisagem árida e desértica, pontuada ocasionalmente por manchas de verde, chegou até nós o som dos cânticos budistas, que fomos seguindo até entrar-mos num dos vários templos do mosteiro, onde vários monges entoavam orações ao som do hipnótico ritmo dos tambores, envoltos na penumbra. Demorámo-nos neste espaço ao mesmo tempo estranho e cativante, embalados pelo som dos cânticos, ao mesmo tempo que assistíamos às prostrações executadas pelo fiéis que prestavam homenagem às três stupas ricamente executadas em prata e adornadas de pedras preciosas, contendo relíquias de algum monge ou outra figura importante da religião budista.

Mosteiro de Lamayuru
Mosteiro de Lamayuru
Mosteiro de Lamayuru
Mosteiro de Lamayuru
Mosteiro de Lamayuru
Mosteiro de Lamayuru
Mosteiro de Lamayuru
Mosteiro de Lamayuru
Mosteiro de Lamayuru
Mosteiro de Lamayuru
Mosteiro de Lamayuru
Mosteiro de Lamayuru
Mosteiro de Lamayuru
Mosteiro de Lamayuru
Mosteiro de Lamayuru
Mosteiro de Lamayuru
Mosteiro de Lamayuru
Mosteiro de Lamayuru
Mosteiro de Lamayuru
Mosteiro de Lamayuru

Depois de um almoço numa das guesthouses de Lamayuru, onde as opções variavam entre o arroz com lentilhas e massa salteada com vegetais, dirigimo-nos para Kaltse, num táxi partilhado, uma das formas de transporte existentes nesta zona, que consiste num carrinha pequena, com cerca de sete lugares, que faz um percurso fixo entre duas povoações, sem ter locais especifico para parar nem tão pouco horário certo… passa quando passa.

Em Kaltse, contávamos apanhar um autocarro de volta para Leh, mas uma paragem no posto de policia existente uns quilómetros antes, onde tivemos que apresentar os passaportes e preencher o livro de registos, atrasou-nos e fez com que perdêssemos o últimos autocarro. Restou-nos esperar pacientemente, juntamente com um rapaz indiano que estava na mesma situação que nós, pela passagem de algum táxi ou outro veículo turístico que nos levasse ao nosso destino. As horas foram passando, enquanto o optimismo ia esmorecendo e o cansaço se instalava, fazendo com que a possibilidade de sair de Kaltse nesse dia se tornasse mais remota.

Um pouco em desespero dirigi-me a um mini-bus para saber se tinham lugar para nós, mas só mais tarde, quando finalmente tivemos a confirmação que nos podiam transportar para Leh, é que nos apercebemos que estávamos num veículo alugado por uma família indiana, de Mumbai, que andava em turismo pelo norte da Índia. Foram extremamente simpáticos e bastante curiosos sobre o nosso país e o nosso modo de vida, tendo partilhado connosco alguma da comida caseira que transportavam na viagem. Para nós foi bastante interessante poder saber mais alguma coisa sobre a sociedade indiana, em especial vista da perspectiva de uma família com uma confortável situação económica, bastante viajados, com filhos na faculdade e com dinheiro para fazerem férias.

No fim da viagem à chegada a Leh, perguntaram-nos onde era o nosso resort…. resort… bem… respondemos que estávamos alojados numa guesthouse mas omitimos que nem sequer tinha água quente corrente; acho que não iriam compreender que os “ricos” europeus venham para a Índia fazer vida de pobres, a dormir em hotéis baratos e a andar em transportes públicos J

Almoço em Lamayuru
Almoço em Lamayuru
Almoço em Lamayuru
Almoço em Lamayuru
Almoço em Lamayuru
Almoço em Lamayuru
Junto à Montanha Magnética
Junto à Montanha Magnética
Paragem na viagem de regresso a Leh para "ver" a montanha que dizem ter um efeito magnético e que atrai os veículos automóveis... não tivemos provas
Paragem na viagem de regresso a Leh para “ver” a montanha que dizem ter um efeito magnético e que atrai os veículos automóveis… não tivemos provas

Estas paragens para registo junto da policia são frequentes por todo o estado de Jammu e Kashmir, dada a proximidade com as fronteiras da China e do Paquistão, com que a Índia tem uma história recente de confrontos e guerras. Pelo mesmo motivo os telemóveis  não têm acesso às redes internacionais nem mesmo às indianas. A presença policial e militar nesta zona é muito mais evidente do que nos locais por onde temos passado, sendo frequente haver postos de controlo nas estradas principais da região.

Ladakh. Mosteiro de Thikse e Palácio de Shey

Quando abandonámos a estrada principal e nos dirigimos para o Mosteiro de Thikse, constituído por diversos edifícios que pareciam escorrer pela encosta rochosa que se erguia solitária na ampla paisagem, parecia que nos aproximávamos de uma construção abandonada e sem vida, onde reinava um silêncio quase total.

Fomos subindo, passando por inúmeras stupas e fazendo girar as rodas de orações que encontrámos pelo caminho até deparar-mos com o templo principal, vigiado por um monge, que lia atentamente. Todo o ambiente convidada ao silêncio.

Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse
vista do Mosteiro de Thikse
vista do Mosteiro de Thikse
Templo Maitreya
Templo Maitreya no interior do Mosteiro de Thikse
Templo Maitreya
Templo Maitreya
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse

O mosteiro, situado a cerca de 19 quilómetros de Leh, foi construído no século XV, sendo ainda habitado por monges budistas. Recentemente foi construído um novo templo, o Maitreya, dominado por uma enorme estátua do Buddha. Junto ao principal templo, e o mais antigo, demorámo-nos a observar e a interpretar as pinturas que decoram as paredes exteriores, representando os guardiões dos quatro pontos cardiais e a roda da vida.

Eis o significado da Roda da Vida, segundo a explicação existente no Mosteiro de Thikse:

“A Roda da Vida, foi desenvolvida para ajudar a entender o funcionamento das nossas mentes. Mostra-nos o caminho da libertação do ciclo da vida e da morte.

No centro da roda encontram-se três animais – o porco, a serpente e o galo – representando os três principais pecados, respectivamente, a ignorância, o ódio e a inveja.

O controlo total sobre estes três pecados leva à libertação do ciclo da existência.

A parte maior da roda é dividida em seis secções: os seis estados da transmigração. Na parte mais abaixo, o Inferno (Nyalwa), à direita o estado dos Fantasmas (Yidaks), à esquerda o estado Animal (Dundo). No topo, ao centro está representado o mundo dos Deuses (Deva-Ghan), à direita os Titans (Lhamayin) e à esquerda o Homem (Mi).

Os três estados da metade superior da roda representam uma vida mais afortunada, em comparação com os três estados representados na metade inferior; contudo mesmo nos estados superiores existe sofrimento e infelicidade em resultado de acções negativas.

Os que nasceram nos estados superiores encontram-se aí em resultado de anteriores acções positivas, mas mesmo assim não lhes é garantido que atinjam o Nirvana, e não se encontram libertos dos estados inferiores.

Os que nasceram nos estados inferiores, em resultado de ações negativas em vidas anteriores, poderão reencarnar num estado superior, ou mesmo chegar ao Nirvana, em resultado de acções positivas.

A causa do eterno renascimento está ilustrado nas doze imagens representadas no anel exterior da Roda da Vida. O homem cego representa a Ignorância. Para fugir á ignorância, encontra-se o homem a fazer potes de barro, que atinge a Consciência, ilustrada pelo macaco a trepar a uma árvore, sem descanso para cima e para baixo.

A partir da consciência chega-se ao Nome e à Forma, representados por um homem a remar num barco que significa as necessidades do corpo e da mente de forma a atingir a reencarnação no oceano de Samsara. O Nome e a Forma trazem consigo os seis sentidos, representados pelas seis casas com cinco janelas, que são os olhos, o nariz, a língua, a pele e a mente. A partir dos seis sentidos atinge-se o Contacto, representado pelo homem e a mulher abraçados. Do Contacto vem o Sentimento representado pelo homem a ser atingido, no olho, por uma seta. Do Sentimento vem o Desejo e a Ganância representados por um homem a agarrar um fruto. Da Ganância, vem a Existência, representada por uma mulher prestes a dar à luz, e da Existência vem o Nascimento, representado por uma criança acabada de nascer. Do Nascimento vem a Velhice, e da Velhice vem a Morte.

Os dentes e as garras de Yamantaka, o Senhor da Morte, seguram a roda, mostrando que não existe fuga ao sofrimento, morte e renascimento a não ser que se ultrapasse os três pecados capitais: a Ignorância, o Ódio e a Inveja, e se atinja o Nirvana.”

Pinturas à entrada do templo no mosteiro de Thiksey
Pinturas à entrada do templo no mosteiro de Thiksey
Roda da Vida
Roda da Vida
Roda da Vida
Roda da Vida
Mosteiro de Thikse
Mosteiro de Thikse

Deixando para trás o Mosteiro de Thikse, encaminhamo-nos para o Palácio de Shey, que se localiza a cerca de três quilómetros, tendo passado pela maior concentração de stupas existente na região do Ladakh. São centenas de construções impecavelmente pintadas de branco, independentemente de algumas já se encontrarem bastante degradadas, que se destacam na árida e semidesértica paisagem de montanhas despidas de vegetação e qualquer presença humana.

Gompas entre o Mosteiro de Thikse e o Palácio de Shey
Gompas entre o Mosteiro de Thikse e o Palácio de Shey
Gompas entre o Mosteiro de Thikse e o Palácio de Shey
Gompas entre o Mosteiro de Thikse e o Palácio de Shey
Caminhada entre o Mosteiro de Thikse e o Palácio de Shey, que optámos por fazer à pé dado a distância ser pequena, mas que dado o sol e o constante pó levantado pelos carros, não foi das mais agradáveis
Caminhada entre o Mosteiro de Thikse e o Palácio de Shey, que optámos por fazer à pé dado a distância ser pequena, mas que dado o sol e o constante pó levantado pelos carros, não foi das mais agradáveis

Após visitar-mos o Palácio de Shey, que não se revelou nada de espetacular para além da ampla vista que daí se tem para o vale, ocupado por agricultura e árvores de fruto, conseguido pelo engenho do homem que consegui irrigar estes terrenos arenosos e secos.

Palácio de Shey
Palácio de Shey
Palácio de Shey
Palácio de Shey
Palácio de Shey
Palácio de Shey
Palácio de Shey
Palácio de Shey
Palácio de Shey
Palácio de Shey
Vista do Palácio de Shey
Vista do Palácio de Shey
Trincando os deliciosos alperces que são o fruto seco mais popular da região do Ladakh
Trincando os deliciosos alperces que são o fruto seco mais popular da região do Ladakh

Leh, Ladakh

Os 485 quilómetros que percorremos até Leh, atravessando uma vasta cadeia montanhosa, fez com que quase tudo tenha mudado radicalmente: a paisagem, a cultura, a comida, a língua, a escrita, as roupas, a religião e a fisionomia dos rostos.

Chegámos ao estado de Jammu e Kashmir, o mais a norte da Índia, que faz fronteira com o Paquistão e com a China (Tibete), vizinhos com quem os indianos têm tido muitos problemas fronteiriços, desde guerras a terrorismo, fazendo com que grande parte deste território estivesse interdito a estrangeiros até aos anos noventa. Ainda o mês passado tropas chinesas ocuparam uma faixa tipo “terra de ninguém” existente entre a Índia e o Tibete, criando algum atrito e apreensão mas que foi resolvido em poucos dias. Por tudo isto nota-se nesta região uma forte presença militar.

Leh é a capital da região do Ladakh, que se localiza junto à fronteira com o Tibete de onde vêm uma forte influência cultural e religiosa, praticando-se o Mahayana, o Budismo Tibetano, cujos símbolos estão presentes em todo o lado, como as rodas e as bandeiras de orações e as incontáveis gompas (mosteiros) e stupas.

As stupas são construções feitas em pedra e argila (e mais recentemente em cimento), que funcionam como locais de devoção, e cuja característica forma resulta, segundo a tradição, da resposta que Budha deu quando lhe pediram para criar um símbolo que ajudasse a espalhar os seus ensinamentos; a resposta foi dada dobrando as suas roupas e colocando sobre elas a taça, virada ao contrário, com que recolhia as dádivas e no topo o pedaço de madeira.

Junto às stupas e frequente encontrar pedras empilhadas, que formam muros com alguns metros, que contêm inscrições em relevo com orações ou mantras, geralmente ”om mani padme hum”.

Esta região é extremamente árida, registando-se pouco precipitação para além da neve que cobre a paisagem durante a maior parte do ano. Em Leh, a 3505 metros de altitude, nota-se bem o ar seco que juntamente com a altitude provocam um cansaço físico acompanhado por fortes dores de cabeça e algumas dificuldades de respiração. Para compensar estes efeitos temos bebido muita água, mas mesmo assim não tem sido suficiente, levando-nos a ter que repousar mais horas do que o normal para recuperar de algum esforço físico, mesmo que seja uma pequena caminhada ou uma visita a algum mosteiro próximo.

Enquanto recuperávamos da viagem que nos trouxe de Manali, aproveitámos para conhecer a cidade e os principais monumentos, donde se destaca o Palácio e a Namgyal Tsemo Gompa, que dominam a cidade de Leh.

Junto a estes edifícios, situados no topo de um maciço granítico, encontra-se a parte mais antiga da cidade, com as tradicionais casas construídas com tijolos de argila cinzenta, fazendo com que se fundam com as cores da paisagem.

Parte antiga da cidade de Leh
Parte antiga da cidade de Leh
Stupa
Stupa
Tecto do interior de uma stupa, com pinturas alusivas à vida de Buddha
Tecto do interior de uma stupa, com pinturas alusivas à vida de Buddha
Palácio de Leh
O Palácio de Leh, construído no século XVI, que é uma imitação do Palácio Potala, em Lhasa, no Tibete, que foi ocupada até 1940 pela família real do Ladakh
Leh
Leh
Palácio de Leh
Palácio de Leh
Leh
Leh
Palácio de Leh
Pormenor dos trabalho em madeira junto ao telhado de um dos blocos que constitui o Palácio de Leh

No interior do Palácio de Leh, enquanto procurávamos refúgio do intenso sol e do calor que abrasava a pele, fomos surpreendidos ao encontrar o templo budista que ocupa uma das salas interiores do edifício. Reinava um silêncio total, e o ar estava pesado com o fumo e o cheiro do óleo queimado nas lamparina, permanentemente acesas, e que debilmente tentavam iluminar o espaço.

Templo budista no interior do Palácio de Leh
Templo budista no interior do Palácio de Leh
Templo budista no interior do Palácio de Leh
Templo budista no interior do Palácio de Leh
Templo budista no interior do Palácio de Leh
Templo budista no interior do Palácio de Leh
Templo budista no interior do Palácio de Leh
Templo budista no interior do Palácio de Leh
Manuscritos com orações no interior do templo budista no interior do Palácio de Leh
Manuscritos com orações no interior do templo budista no interior do Palácio de Leh
Namgyal Tsemo Gompa
Namgyal Tsemo Gompa
Leh
Leh
Ardua subida para a Namgyal Tsemo Gompa
Subida para a Namgyal Tsemo Gompa
Namgyal Tsemo Gompa
Namgyal Tsemo Gompa
Bandeiras de orações junto à Namgyal Tsemo Gompa
Bandeiras de orações junto à Namgyal Tsemo Gompa
Perto da Namgyal Tsemo Gompa
Perto da Namgyal Tsemo Gompa
Namgyal Tsemo Gompa... onde o romande é proibido!
Namgyal Tsemo Gompa… onde o romande é proibido!
Leh
Leh
Stupa e pedras com inscrições de orações
Stupa e pedras com inscrições de orações
Stupas
Stupas junto às quais são depositadas pedras com orações

Um pouco mais afastado do centro, encontra-se a Shanti Stupa, inaugurada em 1983 pelo Dalai Lama, decorada com episódios da vida de Budha, e de onde se tem uma ampla vista da cidade de Leh. Demorámo-nos por lá enquanto recuperávamos da subida dos 531 degraus que são necessários subir para lá chegar.

Palácio de Leh visto da Shanti Stupa
Palácio de Leh eNamgyal Ysemo Gompa vistos da Shanti Stupa
Leh, vista da Shanti Stupa
Leh, vista da Shanti Stupa
Shanti Stupa
Shanti Stupa
Shanti Stupa
Shanti Stupa
Shanti Stupa
Shanti Stupa

 

Panorâmica de Leh, vista da Shanti Stupa:

A primeira maçã em dois meses!!!
A primeira maçã em dois meses!!!
Leh
Leh vista da Shanti Stupa
Efeitos da altitude!!!
Efeitos da altitude!!!
Uma das muitas rodas de orações existentes em Leh
Uma das muitas rodas de orações existentes em Leh

Manali-Leh Highway

Manali foi somente uma paragem intermédia para chegar-mos ao nosso destino: Leh, na região de Ladakh, no estado de Jammu e Kashmir, o mais a norte da Índia.

Inicialmente tínhamos planos de ir para o vale de Spiti, ainda no estado de Himachal Pradesh, próximo da fronteira com o Tibete, mas como a estrada ainda não estava aberta devido à neve, optámos por seguir directamente para Leh, cuja estrada tinha aberto uns dias antes.

A geralmente designada Manali-Leh Highway, é a segunda estrada mais alta do mundo, chegando aos 5328 metros de altitude o que juntamente com as condições climatéricas durante o Inverno, com temperaturas abaixo dos 20ºC negativos, fazem com que esta estrada somente esteja aberta de 15 de Junho a 15 de Setembro, altura em que circulam os autocarros públicos, que fazem esta viagem em dois dias.

Contudo, assim que as condições da estrada o permitem inicia-se a circulação automóvel, tanto para veículos pesados como para veículos turísticos, como jeeps e mini-bus. Optámos pela solução mais económica, o mini-bus com capacidade para doze pessoas, que nos custou 2200 rupias por pessoa, cerca de 31€.

De salientar que o termo “highway” não deve ser traduzido como auto-estrada, pois as velocidades praticadas, as características da traçado e as condições de segurança nada têm a ver com o que conhecemos com esta designação; deve sim ser entendido literalmente como estrada a grande altitude.

Os 485 quilómetros de viagem estavam previstos serem feitos em 17 horas, com saída de Manali às 2 horas da manhã, mas o estado da estrada, a condução cuidadosa do motorista, juntamente com algumas paragens para comer e descansar, fizeram com que somente chegássemos a Leh pelas 11 da noite, completando assim 21 horas de viagem. Deste tempo todo temos que descontar uma hora em que andámos às voltas em Manali, passando por vários rebanhos de cabras e de ovelhas que aquela hora aproveitava as estradas desertas para se encaminharem para pastagens mais altas, para recolher juntos dos vários hotéis e guesthouses os restantes passageiros: indianos, israelitas, venezuelanos e um alemão.

 Foi a mais longa viagem que alguma vez fiz por meios terrestres, mas foi de longe a mais bonita, impressionante e memorável de todas. É de uma beleza indescritível e não encontro palavras para transmitir as emoções que me despertou. Nem tão pouco as fotografias fazem justiça ao que vimos, de qualquer das formas colocamos algumas, muitas delas tiradas do autocarro em andamento, o que justifica a má qualidade.

 O estado da estrada é bastante mau, não só pelo seu traçado sinuoso que percorre muitas das vezes as encostas das montanhas num ziz-zag, como pelo estado do pavimento, quase todo em terra e com muitas pedras soltas, atravessado frequentemente por linhas de água que escorrem dos maciços de neve, o que provocou um constante e cansativo balançar durante toda a viagem.

A viagem iniciou-se ainda de noite, mas à medida que íamos subindo as montanhas que se encontram a norte de Manali, o céu ia clareando o que permitiu ver que para trás tinham ficado as densas florestas de cedros que caracterizam a região de Kullu, tendo-se a paisagem tornando mais árida, rochosa e com muitas zonas cobertas de neve, que chegava a ultrapassar em altura a janela do autocarro.

Parámos na povoação de Koksar que não é mais do que um conjunto de construções aninhadas um vale desértico, que servem de apoio aos camionistas e demais viajantes que percorrem estas paragens, que consistem basicamente em dormitórios e restaurantes.

Quando cruzámos o passo de Rothang, a paisagem mudou radicalmente, tornando-se completamente árida e cinzenta, sem vegetação.

As horas foram passando, subindo montanhas até aos pontos mais acessíveis para cruzar cordilheiras, descendo encostas até às zonas baixas onde se encontram as pontes metálicas, em mau estado, que permitem atravessar os principais rios, e percorrendo desfiladeiros escavados ao longo de milhares de anos por linhas de água formadas pelo degelo.

À medida que avançávamos as cores das encostas montanhosas iam variando entre os vários tons de cinzentos, ocres e muitos cambiantes de castanhos, que contrastavam com o intenso azul do céu, sempre limpo, sem uma única nuvem. Contudo a temperatura era baixa, em especial quando subíamos aos pontos mais altos, mas o sol aquecia o suficiente para não tornar o ambiente demasiado frio.

As montanhas particamente despidas de vegetação criavam um ambiente inóspito onde aparentemente não poderia existir vida, mas mesmo assim, avistámos algumas aves de pequeno porte, uma lontra e um antílope, para além de alguns burros selvagens.

 O cansaço era grande mas mesmo assim tentei manter-me acordada durante toda a viagem tal era o efeito magnético que me despertava a paisagem que me rodeava, contudo o sono venceu-me por alguns momentos, mesmo com todos os abanões e solavancos do autocarro e do som estridente da música indiana que o motorista ouviu durante toda a viagem para se manter desperto.

Circulámos devagar e com frequentes paragens sempre que tínhamos que nos cruzar com algum veículo, pois a estrada apresenta zonas muito estreitas e outras ainda ocupada pela neve, ou para atravessar alguma linha de água que cruzava a estrada.

Passámos por diversos grupos de pessoas, que se encontravam a trabalhar em algumas obras de manutenção e de melhoramento da estrada, partindo e empilhando pedras, com recurso a ferramentas rudimentares, sem a ajuda de qualquer tipo de maquinaria. Os seus rostos com lábios grosso e narizes largos, eram escuros e com a pele ferida pelo sol, apesar dos lenços que alguns debilmente tinham enrolados à volta da cara para se protegerem do pó da estrada. As suas roupas eram velhas e sujas, os seus corpos pequenos e magros. À medida que o autocarro passava, estes homens e mulheres fitavam-nos, com o seu olhar vazio e indiferente. No meio de toda a beleza da paisagem, esta pobreza trouxe de volta a realidade das condições em que ainda vive grande parte da população deste país.

Fizemos nova paragem em Pang, um conjunto de tendas que servem refeições e vendem bolachas e chocolates, situada próximo de uma base militar, a segunda que encontramos durante a viagem e que destoam completamente da paisagem com os edifícios pintados com o habitual padrão camuflado verde, quanto tudo à volta é dominado pelo castanho e cinzento.

Com o aproximar do fim do dia atravessámos uma vasta zona, completamente plana entre duas cordilheiras de montanhas, onde avistámos alguns acampamentos de nómadas com as suas tendas circulares, que percorrem estas paragens durante os meses de verão conduzindo rebanhos de centenas de ovelhas e cabras em busca do escasso e rasteiro pasto que rompe o árido solo à medida que o gelo recua.

O deslocar dos rebanho fazia levantar nuvens de poeira que na sua lenta subida em direção ao céu eram atravessadas pelos raios de sol que diminuírem de intensidade antes de desaparecerem por trás das montanhas e roubarem as cores à paisagem.

Tivemos ultima paragem em Upshi, para jantar, mas o cansaço juntamente com a falta de propostas apetecíveis, fez com que não comesse-mos nada. Enquanto esperávamos o motorista foi tratar do controle dos passaportes junto da policia.

Eis uma lista com o itinerário entre Manali e Leh, onde os passos (pontos altos) entre cordilheiras estão assinalados com um asterisco.

km Localização Altitude
0              Manali 1896 m

51

Rothang (*)

3980 m

71

Koksar

–

107

Tandi

2573 m

113

Keylong

3349 m

145

Darcha

3400 m

–

Zingzing Bar

4320 m

186

Baralacha (*)

4892 m

222

Sarchu Serai

4253 m

276

Lachulang (*)

5019 m

299

Pang

4500 m

364

Tanglang (*)

5360 m

424

Upshi

3384 m

485

Leh

3505 m

Manali-Leh
Manali-Leh
Manali-Leh
Manali-Leh
Manali-Leh
Manali-Leh
Manali-Leh
Manali-Leh
Manali-Leh
Manali-Leh
Koksar
Koksar
Koksar
Koksar
Ainda em Koksar aproveitámos para comer uma paratha de legumes, o pequeno-almoço típico Indiano, acabadinha de fritar em óleo e que estava deliciosa
Ainda em Koksar aproveitámos para comer uma paratha de legumes, o pequeno-almoço típico Indiano, acabadinha de fritar em óleo e que estava deliciosa
Koksar
Koksar
Primeira paragem em Koksar para o pequeno almoço e para o chekpoint junto da polícia onde foram apresentados os passaportes dos passageiros estrangeiros.
Primeira paragem em Koksar para o pequeno almoço e para o chekpoint junto da polícia onde foram apresentados os passaportes dos passageiros estrangeiros.
Para acompanhar um quente e reconfortante “chai” (chá preto com leite e muito, muito açúcar, consumido por toda a Índia) nada como a bolachinha Parle-G, que se encontra por todo o lado e que pelo custo de 10 rupias, 0.15€, tem ajudado a matar o “ratinho” que nos assalta nestas viagens
Para acompanhar um quente e reconfortante “chai” (chá preto com leite e muito, muito açúcar, consumido por toda a Índia) nada como a bolachinha Parle-G, que se encontra por todo o lado e que pelo custo de 10 rupias, 0.15€, tem ajudado a matar o “ratinho” que nos assalta nestas viagens
Manali-Leh
Manali-Leh
Manali-Leh
Manali-Leh
Manali-Leh
Manali-Leh
A nossa carrinha
A nossa carrinha
A paragem em ZingZing Bar
A paragem em ZingZing Bar
A paragem seguinte foi em ZingZing Bar, pelas 11 horas, onde almoçamos, uma omolete no pão e um revigorante feijão com arroz, refeição típica desta zona da Índia.
A paragem seguinte foi em ZingZing Bar, pelas 11 horas, onde almoçamos, uma omolete no pão e um revigorante feijão com arroz, refeição típica desta zona da Índia.
ZingZing Bar
ZingZing Bar

DSC_9067

Manali-Leh
Manali-Leh
Manali-Leh
Manali-Leh
Manali-Leh
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Paragem para descanso
Paragem para descanso
Manali-Leh
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Pelas 5 horas da tarde nova paragem em Pang. A ementa não era muita variada, pelo que optámos por uns ovos mexidos servidos entre dois rotis.
Pelas 5 horas da tarde nova paragem em Pang. A ementa não era muita variada, pelo que optámos por uns ovos mexidos servidos entre dois rotis.
Manali-Leh
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Manali-Leh

Este é o link para um pequeno filme que fizemos durante a viagem de autocarro:

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