• Skip to main content
  • Skip to primary sidebar
  • Skip to footer

Stepping Out Of Babylon

Travel & Photography

  • Sobre mim
    • Contacto
  • Destinos
    • Africa e Médio oriente
      • Irâo
      • Marroccos
      • Turquia
    • Extremo Oriente
      • Japão
      • República Popular da China
    • Subcontinente Indiano
      • India
      • Nepal
      • Sri Lanka
    • Sudoeste Asiãtico
      • Camboja
      • Indōnesia
      • Malāsia
      • Myanmar
      • República Popular do Laos
      • República Socialista do Vietname
      • Singapura
      • Tailãnda
  • Itinerários & Mapas
  • Dicas de viagem
    • Comida vegetariana
    • Travessia de Fronteira
    • Caminhadas & Parques Naturais
    • Visa
  • Fotografia & Loja

Ilhas

Koh Jum (Koh Pú)

Véspera de lua cheia. De dia para dia o efeito produzido pela proximidade da lua é visível no mar, que todos os fins de tarde recua rumo a poente, alargando o areal e destapando as rochas que torna algumas das zonas da praia de Koh Jum pouco convidativas a mergulhos.

Por mais vezes que se veja o por do sol, parece que cada um é diferente trazendo consigo qualquer coisa de único e irrepetível: pela paisagem envolvente, pelas cores do céu, pelos reflexos no mar que aos poucos lhe vão mudando a cor, pelas nuvens que dão textura ao céu, pelos sons que vão mudando à medida que o céu escurece com o canto das aves a ser substituído pelo zumbido dos insectos, pelo ar que arrefece, pela companhia…. e acima de tudo por nós próprios, pelos sentimentos e emoções que trazemos connosco e que neste momento mágica do dia se mostram mais intensos.

Koh Jum, assim como as outras ilhas que visitei, tanto no Golfo da Tailândia como no Mar da Adamão, proporcionaram muitos momentos inesquecíveis, envoltos num manto onírico proporcionado por toda a envolvente e pela quietude dos locais… mas nem tudo é perfeito neste idílico quadro, podendo surgir inesperadamente, do meio do arvoredo que ladeia a praia, uma melodia tailandesa entoada em vozes agudas que espalhada por altifalantes nos trazem de volta à realidade e nos relembram que não estamos no paraíso mas sim numa das praias que fazem da Tailândia um destino apetecível em especial para quem quer fugir aos rigores do inverno dos países do norte.

 

Todos os dias a suave brisa que constantemente se sente traz esporadicamente consigo nuvens que deslizam calmamente no céu azul cobrindo temporariamente o sol e deixando cair grossas pingas de chuva que formam pequenas covinhas na areia, mas que são insuficientes para apagar o rasto deixado pelas pegadas dos que diariamente efectuam caminhadas ao longo do vasto areal recolhendo conchas, búzios e pedaços de coral, expostas pela descida da maré.

Os dias deslizam também suavemente, como que arrastados pela suave brisa que torna o calor intenso do sol numa amena temperatura, com a preguiça a invadir os corpos que se estendem languidamente num hammock protegidos pela sombra do arvoredo denso formado pelos coqueiros, palmeiras e demais vegetação tropical que estendem pelo areal até quase tocarem a linha de água, formando uma barreira compacta que se distingue pelos diferentes tons de verde que a cada fim de tarde vibram de intensidade com os últimos raios de sol.

A presença humana que ocupa os vários bungalow e cabanas dispostas ao longo da maior praia da ilha, apelidada entre os turistas de “Long Beach” ou de “South Beach” é escassa sendo constituída de forma heterogénea por casais, viajantes solitários e expats que aqui passam longas temporadas apreciando o ritmo calmo da natureza longe do ambiente de festas e de excessos e longe também dos sofisticados resorts que dominam muitas das ilhas do sul da Tailândia.

O local eleito para os oito dias passados em Koh Jum foi o Bo Daeng Bungalows, geridos alma e pachorrentamente pela pequena e rechonchuda Dila, que juntamente com a cozinheira fazem deste local um dos mais populares na ilha. O ambiente que aqui se vive é quase como uma família, com os hóspedes a partilharem a mesma mesa durante as refeições e a invadir a cozinha convivendo com os empregados, ajudando a levar os pratos e a limpar as mesas, podendo cada um servir-se de bebidas e fazer pedidos de comida diretamente à cozinheira, responsabilizando-se por assentar as despesas em pequenos cadernos, sendo o pagamento feito no fim da estadia.

As noites são passadas junto à fogueira acesa no estreito areal que sobra da maré-alta, olhando a magia do fogo enquanto alguém se entretém a dedilhar uma guitarra, e onde os mais pacientes se dedicam à tarefa de assar batatas nas brasas.

O mar de tão calmo torna-se de um azul leve e transparente onde se podem ver cardumes de pequenos peixes. E calma é a palavra que melhor descreve o ambiente que se vivem em Koh Jum. Durante o dia, surgem momentos em que o mundo parece parar, como se a natureza sustivesse a respiração, com o mar silencioso sem ondulação, com a ausência do vento que imobiliza os ramos das árvores, as aves calando as suas melodias e as cigarras a fazerem uma pausa no seu habitual zumbido.

Koh Jum
Koh Jum
Ilha de Koh Jum
Ilha de Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum. Bungalow da Bo Daeng, mesmo junto à praia, com as condições básicas: colchão, rede mosquiteira e hammock… nem fechadura nem cadeado!
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum
Koh Jum

Existem duas formas de acesso à Ilha de Koh Jum:

  • Apanhando o barco no cais da cidade de Krabi com destino a Koh Lanta e que deixa os passageiros perto da praia, sendo depois necessário fazer o transbordo para pequenos barcos a motor que deixam os passageiros no areal (400 baht)
  • Apanhando o barco em Laem Kruat, povoação a cerca de 30 minutos a Sul de Krabi, que deixa os passageiros no cais situado no lado poente de Koh Jum; depois é necessário apanhar um moto-taxi até ao alojamento pretendido (bus 50 bahts, barco 70 bahts, moto-táxi 50 bahts)

Bo Daeng Bungalows

Long beach, Ko Jum

Telef: 66814948760

Bungalow: o mais básico 150 baht (casa de banho partilhada)

Café, chá e leite à descrição

Não tem wi-fi

A eletricidade é somente com recurso a um gerador que funciona entre as 19h e as 23h.

Koh Phayam

Se Koh Pha Nang parecia estar perto do paraíso, Koh Phayam está ainda mais perto.

A ilha de Koh Phayam, situa-se na costa Oeste do Sul da Tailândia, no arquipélago de Surin,  muito perto da fronteira com a Birmânia. Este pequeno pedaço de terra coberta de vegetação tropical, que não mede mais do que quatro por sete quilómetros situa-se no azul claro quer caracteriza o mar de Adamão, em tudo diferente de Koh Pha Nang, onde a areia é grosseira, as encostas abruptas e onde as pequenas praias se aninham entre os maciços graníticos.

Aow Yoi, uma das maiores praias também conhecida por Long Beach, estende-se por cerca de três quilómetros formando uma baía ladeada de arvoredo, de areia muito fina e clara, formando uma superfície quase plana, o que faz com que durante a maré-vazia seja necessário caminhar mais de cem metros para chegar à linha da água, e daí quase outro tanto para ter água com altura suficiente para mergulhar.

Longe do ambiente de festa, a ilha vive o calmo quotidiano, com os seus cerca de 500 habitantes ainda bastante ligados à pesca e às plantações de caju e seringueiras que ocupam as zonas mais planas de ilha, sendo a produção de borracha uma actividade bastante presente competindo com o turismo, que marca presença pelos diversos alojamentos situados ao longo das praias e de alguns restaurantes e mercearias que se dispersam ao longo das duas principais estradas que atravessam a ilha.

O alojamento foi numa das cabanas do Lazy Huts, situado quase no extremo sul da praia de Aow Yoi, no meio de coqueiros e palmeiras; mesmo ao lado fica o restaurante pertencente ao Long Beach Huts, onde fiz praticamente todas as refeições, pois sem mota é difícil chegar à pequena vila existente junto ao porto, ou aos diversos cafés e restaurantes existentes junto ao porto ou nas outras praias da ilha.

Apesar de ser época alta a Koh Phayam tem poucos visitantes, sendo a maior parte dos estrangeiros que aqui se encontra, residentes por períodos longos de tempo, o que faz com que a praia de Aow Yoi pareça quase sempre vazia. Mesmo o custo de vida aqui, apesar de mais caro do que na Tailândia continental, é mais acessível comparado com a ilha de Koh Pha Nang.

Inesquecível foi também a viagem de barco de ligação entre o porto de Ranong e Koh Phayam, que demora mais de duas horas, se a opção for pelo barco mais lento, e que permite apreciar os mangais que estoicamente parecem emergir das calmas águas, assim como as dezenas de pequenas ilhas, quase todas desabitadas, que se encontram ao longo do trajecto.

Esta ilha proporcionou momentos mágicos e boas recordações: poder estar a saborear a temperatura amena do mar enquanto no horizonte o sol em tons de laranja se vai afundando no oceano e do lado oposto a lua quase cheia se ergue por trás das árvores que rodeiam a praia. São sensações como esta, irrepetíveis, que se tornam em momentos memoráveis.

Viagem de barco entre Ranong e Koh Phayam
Viagem de barco entre Ranong e Koh Phayam
Koh Phayam
Koh Phayam
junto ao porto de Koh Phayam
junto ao porto de Koh Phayam

DSC_7283

Aow Yoi em Koh Phayam
Aow Yoi em Koh Phayam
Aow Yoi
Aow Yoi
Aow Yoi em Koh Phayam
Aow Yoi em Koh Phayam
Cabana onde fiquei pertencente ao Lazy Huts
Cabana onde fiquei pertencente ao Lazy Huts
Interior do tecto da cabana onde fiquei os quatros dias passados em Koh Phayam, totalmente construida em bambu
Interior do tecto da cabana onde fiquei os quatros dias passados em Koh Phayam, totalmente construida em bambu
Lazy Huts onde a casa de banho era num pequeno patio anexo à cabana
Lazy Huts onde a casa de banho era num pequeno patio anexo à cabana
Aow Yoi em Koh Phayam
Aow Yoi em Koh Phayam
Aow Yoi em Koh Phayam
Aow Yoi em Koh Phayam
Aow Yoi
Aow Yoi
uma das estradas existentes na ilha de Koh Phayam, que não têm mais largura do que a necessária para o cruzamento de duas motos, pois estes são os únicos veículos existentes na ilha...
uma das estradas existentes na ilha de Koh Phayam, que não têm mais largura do que a necessária para o cruzamento de duas motos, pois estes são os únicos veículos existentes na ilha…

Koh Pha Nang. Haad Tien Beach

Por instantes cessa o som vibrante das cigarras, conseguindo-se assim distinguir nitidamente o mar que constantemente as rochas graníticas transformando o azul claro em espuma branca; como por ordem de uma força invisível recomeça a sinfonia, enchendo o ar quente da tarde, convidando à preguiça, nalgum local abrigado do sol, que apesar da fina camada de nuvens que cobre o céu aquece o corpos que indolentemente se estendem na areia grossa da pequena praia de Haad Tien.

A toda a volta, emoldurando a praia estão as colinas cobertas de vegetação tropical que se encavalita nas rochas graníticas que dominam a ilha, estendendo-se até quase tocar o mar.

Koh Pha Nang (ou Koh Phanang) é popular pela sua vida nocturna em particular pelas  “full moon party” que entretanto já se banalizaram e ocorrem diversas vezes por semana, na praia de Haad Rid, no extremo Sul da ilha.

Para fugir a este ambiente, a escolha foi a praia de Haad Tien, situada na costa Este da ilha, somente acessível por barco e talvez por uma estrada que atravessa a ilha mas que poucos ousam percorrer.

Dos vários bungalows e cabanas, que pomposamente se denominam de resort, existentes em Haad Tien, a escolha foi para o Sanctuary, que para além de oferecer vários tipos de alojamento, aposta nas terapias alternativas, massagens, programas de detox que incluem dieta e actividade física, workshops, aulas e cursos de yoga, reiki e meditação.

Os dias foram passando até se transformarem numa semana, altura para rumar a outro destino, deixando para trás o suave passar dos dias, divididos entre mergulhos no cálido e tranquilo mar do Golfo da Tailândia, passeios pelas duas praias situadas perto, sestas passadas na cama de rede e deliciosas refeições de comida tailandesa saboreada no restaurante do Sanctuary e no vizinho Bamboo Resort, que oferece porções maiores a preços mais baixos, apesar de tudo nas ilhas ser significativamente mais caro do que na Tailândia continental.

praia de Haad Tien
praia de Haad Tien
um dos muitos bungalows existentes que se escondem na densa vegetação da encosta onde se situa o Sanctuary
um dos muitos bungalows existentes que se escondem na densa vegetação da encosta onde se situa o Sanctuary
DSC_6885
Praia de Haad Tien com um dos muitos barcos que faz a ligação entre praia em particular ao cais de Tong Sala
Sanctuary Resort
Sanctuary Resort
Praia de Haad Tien junto ao Sanctuary
Praia de Haad Tien junto ao Sanctuary
Sanctuary Resort
Sanctuary Resort
Dormitório do Sanctuary Resort, oferecendo excelentes condições, em que diariamente o quarto é limpo, as camas feitas e a toalha de banho é trocada. Por 220 bahts (5.5€) é um luxo com vista privilegiada para o mar, que não fica a mais do que dez metros
Dormitório do Sanctuary Resort, oferecendo excelentes condições, em que diariamente o quarto é limpo, as camas feitas e a toalha de banho é trocada. Por 220 bahts (5.5€) é um luxo com vista privilegiada para o mar, que não fica a mais do que dez metros
Sanctuary Resort
Sanctuary Resort
Dormitório do Sanctuary que conta quase diáramente com a visita de algum dos gatos que se abrigam neste espaço
Dormitório do Sanctuary que conta quase diáramente com a visita de algum dos gatos que se abrigam neste espaço
o Sanctuary Resortena praia de Haad Tien
o Sanctuary Resort na praia de Haad Tien
Tong Sala, a principal vila de Koh Pha Nang e onde atracam os ferry e os barcos de passageiros que ligam a ilha a Don Sak
Tong Sala, a principal vila de Koh Pha Nang e onde atracam os ferry e os barcos de passageiros que ligam a ilha a Don Sak
Espera pelo barco de regresso à Tailândia continental, no cais de Thong Sala, onde a maior parte dos passageiros regressa espapaçada de mais uma  “half-moon party” em Haad Rin
Espera pelo barco de regresso à Tailândia continental, no cais de Thong Sala, onde a maior parte dos passageiros regressa espapaçada de mais uma
“half-moon party” em Haad Rin
Na compra do bilhete de barco, que inclui as duas horas e meia de travessia marítima e mais hora e meia de autocarro, desde o cais em Don Sak até Sura Thani, os passageiros são “etiquetados” com um autocolante que de acordo com as cores os distingue em relação os destino seguinte que pode ficar por Sura Thani ou ter destino a Bangkok ou à costa oeste do país, podendo o bilhete incluir todo o trajecto
Na compra do bilhete de barco, que inclui as duas horas e meia de travessia marítima e mais hora e meia de autocarro, desde o cais em Don Sak até Sura Thani, os passageiros são “etiquetados” com um autocolante que de acordo com as cores os distingue em relação os destino seguinte que pode ficar por Sura Thani ou ter destino a Bangkok ou à costa oeste do país, podendo o bilhete incluir todo o trajecto

Viagem com destino ao sul…

Trinta horas de viagem; sete transbordos; quatro diferentes meios de transporte; uma noite dormida no comboio; duas refeições; 1377 bahts (cerca de 35€)… este é o balanço da viagem entre a cidade de Ayutthaya e a ilha de Koh Phangan, situada na costa Este da Tailândia.

Tudo começou calmamente com uma caminhada pela cidade de Ayutthaya, situada a cerca de 150 quilómetros a Norte de Bangkok, até à estação de comboios, depois de ter feito o check-out pelas 11 horas da manhã de mais um quarto despersonalizado e de uma estadia sem história dominada pela antipatia dos proprietários.

A travessia do pequeno rio Pa Sak, que separa a parte antiga da cidade da zona onde se situa a estação de caminhos de ferro, não demorou mais do que três minutos, num pequeno barco a motor que durante todo o dia liga pacientemente estas duas partes de Ayutthya.

Seguiu-se uma pequena espera pelo comboio que me levaria para Bangkok, o que permitiu apreciar a vida que se cria sempre em volta das estações, com os seus vendedores de frutas e legumes, os seus restaurantes improvisados, os taxistas que pacientemente esperam pela chegada de clientes, interceptando os estrangeiros com a habitual pergunta “para onde vão?”… os monges que se encontram um pouco por todo o lado, chamando a atenção pelas cores berrantes dos seus trajes que contrastam com a habitual calma e serenidade que demonstram.

A viagem, que demorou pouco mais de hora e meia, foi numa carruagem de segunda classe, longe das agruras do ar-condicionado e com mais possibilidades de contacto com a população tailandesa, sem contudo se proporcionar qualquer abertura para uma simples conversa, talvez em resultado da barreira linguística, mas que mesmo assim proporcionou abertos sorrisos que nem sempre são fáceis.

Em Bangkok, na estação de comboios de Hualamphong tinha pela frente uma espera de mais de quatro horas pelo comboio que pelas 6.30h da tarde partia com destino ao sul do país, à cidade de Surah Thani.

Dado ser o aniversário do Rei Bhumibol toda a estação estava decorada de amarelo, com grinaldas e flores, e nos ecrãs passavam imagens de sua majestade ao longo dos seus  86 anos de vida, tanto entre os monges como em visitas diplomáticas com outros chefes de estado e no meio da população, que a avaliar pelo numero de pessoas que neste dia vestiam roupa amarela, é figura muito querida dos tailandeses.

Masi uma vez, assisti ao toque do hino nacional, que soa diariamente pelas seis horas da tarde nas ruas e em outros locais públicos, durante o qual a população pára e se mantem de pé, imóvel e compenetrada, voltando tudo à normal actividade assim que deixa de soar a música.

Nesta segunda viagem de comboio pela Tailândia a opção foi novamente pela “sleeper class” devido às 12 horas de duração previstas, mas desta vez em segunda classe, de forma a fugir às agruras provocadas pelo ar-condicionado. Curiosamente as condições em termos de conforto são em tudo semelhantes, com lençóis, almofada, coberta e cortinados que promovem alguma privacidade e ajudam a proteger da agitação provocada pelas poderosas ventoinhas, que se tornam desnecessárias ao longo da noite, pois as temperaturas nesta altura do ano não são muito elevadas.

A chegada pelas sete da manhã a Sura Thani, apesar do atraso do comboio, permitiu-me chegar a tempo para comprar o bilhete com destino à ilha de Koh Phan Nang, que ainda implicava um percurso de autocarro de hora e meia, até ao cais de embarque de onde partem os barcos para as ilhas mais próximas, como Koh Samuri.

Claro que à chegada à estação tinha um conjunto de agentes das empresas transportadores que operam nas ligações a esta ilha e às outras que formam este pequeno arquipélago, oferecendo vários pacotes, com a opção em catamaram ou a mais económica, em ferry, com um preço mais acessível mas mais lenta.

Acabei por optar por comprar o bilhete conjunto bus+ferry a um destes operadores por ser a solução mais fácil e cómoda, aperar de ser certamente mais dispendiosa. Contudo viajar por meios próprios, como estava habituada no Índia e no Nepal, não se tem afigurado tarefa fácil: muitas vezes desconheço completamente os locais onde chego, não conseguindo assim avaliar o preço de um tuk-tuk ou de um táxi; obter informações junto da população é complexo e muitas vezes frustrante dada a dificuldade de comunicar em inglês e a minha inaptidão para o tailandês; é também difícil obter informações da parte do pessoal dos hotéis que encaminham sempre para os serviços turísticos que vendem; as estações de autocarros ficam muitas vezes longe do centro da cidade, o que implica apanhar um táxi-coletivo, que se não for partilhado com mais gente se pode tornar bastante caro… tudo isto mais a necessidade constante de negociar o preço e o facto de muitas vezes ser necessário efectuar vários transbordos numa só viagem faz com que muita gente opte pelos serviços turísticos. Por isso se ouve com frequência da parte dos estrangeiros que viajar pela Tailândia é fácil… “easy easy”!

A espera pelo autocarro demorou bem mais do que o previsto, prolongando-se por três horas enquanto se aguardava pela chegada de mais um comboio vindo de Bangkok, que traria o número suficiente de passageiros que justificasse fazer a viagem até ao cais de embarque do ferry, o que me impossibilitou de apanhar o primeiro ferry da manhã, tendo que esperar pelo das 13h…. mais três horas de espera.

Durante a manhã, o céu que era azul e o ar que era quente a abafado rapidamente se transformaram em cinzento com as nuvens que o intenso e fresco vento arrastavam, criando forte ondulação no mar e ameaçando tornar ainda mais longa a travessia, prevista inicialmente para duas horas e meia de viagem.

À chegada ao porto de Thong Sala, a principal cidade Koh Phan Nang, a chuva começou a cair, forte e fria, vinda das nuvens negras que cobriam o céu, dando à tarde uma tonalidade quase nocturna.

Tudo isto me fez parar e esperar que algo acontecesse, pois as informações que fui recolhendo eram de que seria impossível chegar à praia de Had Tien, destino final desta viagem, devido às condições do mar. Esperei e como sempre algo surgiu a solução: entre as poucas pessoas que ainda se encontravam abrigadas da chuva junto ao cais de embarque, duas tinham o mesmo destino que eu, com a vantagem de já conhecerem a zona.

Depois de muita negociação, o táxi lá seguiu atravessando a ilha por íngremes estradas emolduradas pelo verde dos coqueiros e das bananeiras, para Haad Rid, praia famosa pela “Full Moon Parties” e por muitas mais festas que aqui ocorrem quase diariamente. Aqui a estrada acaba, sendo praticamente intransitável até Haad Tien, o que obriga a seguir viagem nuns pequenos barcos de pesca que funcionam como táxi, ligando Had Rin às restantes praias da costa Este da ilha.

Foi aqui que olhando a rebentação das ondas questionei se seria boa ideia continuar nesse dia até Haad Tien, pois o barco que aguardava na areia oferecia pouca confiança perante a ondulação do mar. Todos ajudamos a empurrar o barco para o mar, e numa rápida e desajeitada corrida saltei lá para dentro, encorajada pela confiança dos restantes passageiros, tanto estrangeiros como tailandeses. De inicio a rebentação era forte e o som seco da madeira do casco do barco a bater contra o mar ao mesmo tempo que as ondas nos iam molhando a roupa, foi um pouco assustador mas a viagem decorreu sem incidentes.

Contudo dado o estado do mar o barco ficou numa praia próxima de Haad Tien, sendo o resto do percurso feito a pé por um trilho que iam serpenteando por vários bungalows construídos em madeira e folha de bananeira, através da densa vegetação que cobre toda a ilha de um verde compacto que contrasta com o tom quente alaranjado das rochas graníticas constantemente fustigadas pela ondulação de um mar azul claro.

Estação de comboios de Ayutthaya
Estação de comboios de Ayutthaya
Viagem de comboio entre Ayutthya e Bangkok
Viagem de comboio entre Ayutthya e Bangkok
Arredores de Bangkok
Arredores de Bangkok
Espera pelo ferry em Sura Thani
Espera pelo ferry em Sura Thani
Travessia em ferry entre Sura Thani e Koh Phan Nang
Travessia em ferry entre Sura Thani e Koh Phan Nang
Travessia em ferry entre Sura Thani e Koh Phan Nang
Travessia em ferry entre Sura Thani e Koh Phan Nang
Chegada a Koh Phan Nang
Chegada a Koh Phan Nang
Koh Phan Nang
Koh Phan Nang

Primary Sidebar

Donation…

Sharing is caring… Stepping Out Of Babylon remains free (and without advertisement). It takes me hundreds of hours to research, organize and write… and thousands of euros to sustain.

As I put all my love, effort and ‘free time’ in this project I would love to continue my journey providing all the information to make your trip easier and cheaper… or just inspire you with nice texts and good photos.

If you find any interest and value in what I do, please consider supporting my work with a donation of your choosing, between a cup of coffee and a good dinner.

With Love!

€

Give what you can

Select Payment Method
Personal Info

Donation Total: €5.00

Subscribe to our mailing list and get interesting stuff and updates to your email inbox.

  • 2,121,852
  • 566,003
  • 584

Footer

Products

  • Cotton Candy Sellers. Kathmandu 35€ – 60€
  • Mekong at dusk. Laos 30€ – 65€
  • Street Butcher. Yangon 30€ – 65€
  • Monk at Shwedagon Pagoda. Myanmar 30€ – 65€
  • Maha Shivaratri. India 35€ – 60€

Tags

alojamento Angkor Assam Bago Borneo Caminhadas Champasak China Beach Comida Cát Bà Gujarat Himachal Pradesh Hué Hà Nôi Ilhas Istanbul Kashan Kashmir Kathmandu Kutch Ladakh Leh Mcleod ganj Meghalaya Nagaland Ninh Binh Nordeste da Índia Parques Naturais Parvati Valley Phnom Penh Pondicherry Punjab Rajastão Sapa Sarawak Shangri-lá (Zhongdian) Srinagar Tabriz Tamil Nadu Transportes Travessia de Fronteira Vientiane Vinh Long Yangon Yazd

search

Categories

  • English
  • Português

Copyright © 2023 · SOOB Infinity Pro on Genesis Framework · WordPress · Log in

We use cookies to ensure that we give you the best experience on our website. If you continue to use this site we will assume that you are happy with it.Ok