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Shiraz

Ashura Festival… e um dia o Irão acordou de luto!

Pouco depois da minha chegada no início do Outubro, notei pelo vários locais por onde tinha passado algumas lojas dedicadas à venda de bandeiras, faixas e estandartes onde dominava o preto, com inscrições em caracteres árabes. De dia para dia parecia que estas lojas cresciam em número ou simplesmente se tornavam mais evidentes, encontrando-se nos bazares e um pouco pelas ruas das cidades, expondo os seus artigos que incluíam também lenços, calças, camisas e véus, para além do limite das lojas, em expositores e bancadas que se estendem ocupando os passeios.

Mas foi no segundo dia após a chegada a Kashan, quando a lua se deixa de ver no céu, que senti que algo tinha mudado na cidade… as ruas enfeitadas com estandartes, os corredores dos bazares decorados com bandeiras, tudo invariavelmente preto com inscrições a verde ou vermelho, muitas mulheres de chador, homens de camisa preta… uma espécie de luto. Era o inicio do Muharram (Moarrão em português) o primeiro mês do calendário Islâmico que se inicia com a lua-nova, variando de acordo com o calendário Gregoriano.

Muharram é a segunda celebração mais sagrada para os muçulmanos a seguir ao Ramadão, e para a fação Xiita (Shias) tem um significado especial pois ao décimo dia do Muharram, o Dia do Ashura celebra-se a morte de Hussein (Husayn ou Hossein), neto de Maomé (Mohammed) e um dos 12 Imams (espécie de santos ou apóstolos da religião muçulmana) sucessores do profeta.

No ano de 680 DC, o Imam Hussein e 72 dos seus seguidores, foram cercados durante nove dias, passando por provações sem comida e sem água, tendo sido mortos ao décimo dia na Batalha de Karbala e os sobreviventes sido encarcerados. Este episódio, visto como a luta entre o bem, Hussein, e o mal, personificado pelo Califa Yazid I que ao comando das tropas árabes invadiu a Pérsia, marca a cisão da religião muçulmana entre Sunitas (Sunni) e Xiitas (Shias).

Estes eventos ocorridos 1335 anos atrás, são comemorados de forma intensa e emotiva com as manifestações de pesar e dor a tornarem-se mais intensas, com o luto mais carregado, tanto para homens como para mulheres, procissões, prantos e lamentos, batendo no peito, carregando pesados andores sobre a cabeça ou ombros, ou praticando autoflagelação com correntes que são atiradas sobre os ombros, contra as costas.

Os últimos três dias são os mais importante, sentindo-se tensão no ar com a chegada do anoitecer, altura em decorrem as celebrações, nas ruas ou nas mesquitas, que chegam ao auge no décimo dia, Dia do Ashura, que significa “décimo”.

Durante os dias que antecedem o Ashura, um pouco por toda a cidade, seja em lojas, em carros ou vindo das casas soam os cânticos relacionados com o martírio de Hussein, entoados como um lamento, seguindo o compasso da batida dos tambores. O mesmo ritmo que comanda as cerimónias nocturnas do bater no peito e do atirar das correntes. Um ritmo intenso e pesado, numa cerimónia masculina, onde as mulheres têm um lugar secundário.

Toda esta devoção, onde não é raro as pessoas chorarem, os cânticos a soarem como lamentos, o preto que dominar a decoração e as roupas, a emoção e intensidade colocada nas cerimónias, criam uma atmosfera extremamente intensa e emotiva, que somente pode ser experienciada no local. Segundo a tradição a quem verter lágrimas durante o Ashura, tem os seus desejos realizados por obra o Imam Hussein, e não é raro ver os homens chorarem seguindo as palavras de um orador, que em forma de cânticos relata o martírio de Hussein.

Um olhar superficial pode achar todas estas exageradas manifestações com fanatismo religioso, mas o que senti é que à uma profunda e honesta devoção… com uma pitada de competitividade e mesmo de exibicionismo na forma como os homens mais novos batem no peito sabendo que nas galerias assistem atentamente as mulheres.

No dia a seguir ao Ashura, realiza-se o Ashura Carnival, um desfile de grupos de pessoas e de carros-alegóricos que contam os vários episódios do martírio de Hussein e dos seus seguidores. Este cortejo assemelha-se a um desfile de Carnaval, mas onde em vez de divertimento se vive uma atmosfera séria e de pesar, mas já longe da intensidade do dia anterior. Do final, encerrando o desfile um gigantesco andor construído em madeira é transportado por centenas de homens que completam três voltas pelo pátio da mesquita.

As celebrações terminam nesse mesma noite com, sham-e ghariban, com a população reunindo-se junto a mesquitas e praças em vários pontos da cidade de Yazd, onde assisti aos últimos dias do Ashura, para acender velas o que confere um ambiente especial de calma e serenidade.

O Ashura é celebrado um pouco por todo o mundo onde esteja presente uma comunidade Xiita, sendo as celebrações no Irão muito mais moderadas do que é frequente encontrar em imagens de outros países como no Paquistão ou no Iraque onde a prática de autoflagelação é levada ao extremo, provocando feridas graves nos participantes, atitude condenada por alguns religiosos. No Irão estas práticas são proibidas, e apesar das mazelas deixadas pelo bater violento das mãos contra o peito, vezes a fio, e o atirar de correntes contra as costas, não atinge proporções exageradas nem estados de transe, com a população mostrando-se comedida, apesar da agitação e excitação que se sente no ar.

Estar no Irão durante o Ashura, por mero acaso, foi sem dúvida uma experiência única, intensa e inesquecível, tendo ao mesmo tempo sido um período um pouco “pesado” resultante de toda a solenidade e austeridade que se espalhou entre a população, que nem por isso deixou se mostrar a generosidade e a simpatia habituais.

Decorações do Ashura à venda n uma loja junto ao Grand Bazar de Theran
Decorações do Ashura à venda n uma loja junto ao Grand Bazar de Theran

 

Procissão nos primeiros dia do Ashura. Shiraz
Procissão nos primeiros dia do Ashura. Shiraz

 

Procissão nos primeiros dia do Ashura. Shiraz
Procissão nos primeiros dia do Ashura. Shiraz

 

Procissão nos primeiros dia do Ashura. Shiraz
Procissão nos primeiros dia do Ashura. Shiraz

 

Procissão nos primeiros dia do Ashura. Shiraz
Procissão nos primeiros dia do Ashura. Shiraz

 

Correntes usadas na autoflagelação à venda no bazar de Shiraz
Correntes usadas na autoflagelação à venda no bazar de Shiraz

 

Comemorações do Ashura pela comunidade Iraquiana, em que pesadas estruturas metálicas são transportadas. Yazd
Comemorações do Ashura pela comunidade Iraquiana, em que pesadas estruturas metálicas são transportadas. Yazd

 

Comemorações do Ashura pela comunidade Iraquiana. Yazd
Comemorações do Ashura pela comunidade Iraquiana. Yazd

 

Ashura numa pequena mesquita na Old City de Yazd
Ashura numa pequena mesquita na Old City de Yazd
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Ashura Day at Yazd

 

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Ashura Day at Yazd

 

Ashura Carnival
Mulheres assistindo das galerias que circundam o patio das mesquita ao Ashura Carnival, realizado durante a tarde no dia a seguir ao Ashura Day.

 

Ashura Carnival
Ashura Carnival

 

Ashura Carnival
Ashura Carnival, after the Ashura Day

 

Ashura Candle Ceremony. Yazd
Sham-e Ghariban. Ashura Candle Ceremony. Yazd

 

Ashura Candle Ceremony. Yazd
Sham-e Ghariban. Ashura Candle Ceremony. Yazd

 

Ashura Candle Ceremony. Yazd
Sham-e Ghariban. Ashura Candle Ceremony. Yazd

Durante estes dias é oferecido chá em pequenas bancas improvisadas um pouco por todo o lado, sendo por vezes também oferecida comida, como o Gheimeh, um estufado de carne de borrego, lentilhas e legumes servido com arroz e o Sholehzard, um pudim feito de arroz e açafrão. Outras das refeições tradicionais é o ash, cujos ingrediente contendo borrego, são cozinhados por voluntários durante toda a noite, ficando pronto na manhã seguinte para o pequeno-almoço.

Durante so 10 dias que decorrem as celebrações do Ashura, um pouco por toda o lado surgem quiosques que oferecem chá, e por vezes doces, tâmaras, refeições, pão... é tradicional a oferta de comida durante estes dias
Durante so 10 dias que decorrem as celebrações do Ashura, um pouco por toda o lado surgem quiosques que oferecem chá, e por vezes doces, tâmaras, refeições, pão… é tradicional a oferta de comida durante estes dias

 

Gheimeh
Gheimeh, comida oferecida durante um dos dias que antecede o Ashura Day

 

Preparação da sopa "ash" na noite do Ashura para ser consumida na manhã seguinte ao pequeno almoço
Preparação da sopa “ash” na noite do Ashura para ser consumida na manhã seguinte ao pequeno almoço

 

Durante o Ashura, em especial nos últimos 3 dias:

Nos últimos três dias a maior parte das lojas estão fechadas, o que inclui bancos, lojas de câmbio, restaurantes, mercearias, etc… comida praticamente só a que é distribuída gratuitamente durante as celebrações ou a dos restaurantes dos hotéis.

Muitos serviços de autocarros, tanto locais como de longo curso são cancelados.

Convém vestir modestamente, evitando cores fortes ou claras, roupa florida, etc… contudo para os turistas há sempre mais tolerância.

Como é um período de pesar e de luto, devem-se evitar manifestações públicas de grande entusiasmo, como dançar, ouvir música, rir às gargalhadas…

 

Imam Hussein Fan Club:

O Ashura comemora-se em todo o Irão, tanto em cidade como em pequenas povoações, e celebrações podem ser vistas tanto nas ruas da cidade com nas mesquitas, sendo o acesso livre e gratuito.

Um pouco por acaso, juntei-me a um grupo denominado Imam Hussein Fan Club, que sem intenções comerciais organizou para os turistas presentes em Yazd, deslocações para assistir às cerimónias durante os últimos dias do Ashura. Este grupo, foi constituído por guias turísticos com vista a incentivarem o chamado “turismo religioso” e acima de tudo promover o Irão em termos turísticos, tentado limpar a imagem de islâmicos radicais com que muitas vezes este país está catalogado.

Uma organização excelente que disponibilizou acesso a zonas reservadas das mesquitas, veículos para visitar outras formas de celebrar o Ashura, afastadas do centro da cidade de Yazd, e inclusive algumas refeições. Contudo, toda esta organização pouco espaço oferece a quem quer deambular por conta própria, com os vários elementos da organização a não deixarem muita liberdade de movimento.

 

 

Calendário de eventos organizado pelo grupo "Imam Hussein Fan Club"
Calendário de eventos organizado pelo grupo “Imam Hussein Fan Club”

As ruinas de Persepolis

Somos recebidos à entrada por duas gigantescas estátuas representando touros, cujas cabeças já destruídas não roubam importância, conferindo até um aspecto misterioso. Do lado oposto deste pórtico, outras duas estátuas com corpo de robusto touro alado e de cabeça humana, que como guardiões observam indiferentes o passar do tempo e dos milhares de turistas que aqui afluem diariamente. Estamos em Persepolis, na chamada Gate of Nations.

A entrada de Persepolis é guardada pelas gigantescas esculturas que representam Shedu (ou Lamassu) com corpo de leão ou por vezes de touro, cabeça humana e asas de pássaro, uma divindade protetora relacionada com o zodíaco e com origem na Mesopotâmia

Mas apesar de Persepolis significar a “cidade dos Persas”, este local não foi construído como cidade mas sim com fins cerimoniais mostrando a grandeza e poder do Império Aqueménida (Achaemenid Empire).

A construção de Persepolis iniciou-se em 515 AC, por ordens de Cyrus “o Grande” (Cyrus the Great) fundador do Império Aqueménida, tendo sido posteriormente acrescentados diversos edifícios pelos seus sucessores: Darius e Xerxes.

Mas foi Alexandre “o Grande” que em 300 A.C. pôs fim à grandeza deste local, pilhando e incendiando, aparentemente por vingança por anteriormente o Rei Xerxes ter mandado incendiar a cidade de Atenas.

Ao longo do espaço, paredes revelam extensas imagens esculpidas na pedra, representado enviados de outras nações, trazendo oferendas, mostrando exércitos, ornamentados com flores, inscrições e várias representações onde se representa um leão atacando um touro, simbolizando a eterna luta da Lua (touro) com o Sol (leão); esta dualidade está também relacionada com a religião Zoroastriana, e representa o Ano Novo Persa (Nowruz), que coincide com o Equinócio que marca o inicio da Primavera.

The faravahar, também denominado fravahr, simboliza a nação Persa, e encontra-se representado em vários locais das ruínas de Persepolis, destacando-se nas figuras esculpidas no Túmulo de Artaxerxes II, uma espécie de anjo protector de forma de ave, que no centro tem uma figura humana segurando um aro, cujo significado está intimamente ligado à religião Zoroastriana.

Sendo Persepolis o coração da Pérsia, em vez de “sálâm”, a tradicional saudação em farsi, mas que tem origem na língua árabe, somos convidados a usar o antigo termo “dûrut”.

Persepolis, é sem duvida local de visita obrigatória de quem viaja pelo Irão, e apesar da grande quantidade de pessoas que visita o local, a grande maioria em excursões organizadas, não retira impacto ou beleza as estas ruínas de mais um império desaparecido.

Persepolis. Gate of Nations
Persepolis. Gate of Nations

 

Persepolis. Gate of Nations
Persepolis. Gate of Nations

 

Persepolis
Persepolis

 

Persepolis
Persepolis

 

Persepolis
Persepolis. Tumulo de Artaxerxes II

 

Persepolis
Persepolis

 

Persepolis
Persepolis

 

Persepolis
Persepolis

 

Persepolis
Persepolis

 

Persepolis
Persepolis

 

Persepolis
Persepolis, faravahar, simbolo na nação Persa e também representação da religião Zoroastriana.

 

 

Persepolis. Artaxerxes II Tomb
Persepolis. Shedu ou Lamassu: corpo de leão, cabeça humana e asas de pássaro. Divindade protectora relacionado com o zodíaco com origem na antiga Mesopotâmia

 

Persepolis
Persepolis. leão atacando um touro, a eterna luta da Lua (touro) e do Sol (leão) que está relacionado com a religião Zoroastriana, e que representa o Ano Novo Persa (Normuz), que coincide com o Equinócio que marca o inicio da Primavera

Transportes:

Esta é sem duvida o desafio para quem pretende visitar Persepolis.

Praticamente todos os hotéis e agências de viagem organizam tours que podem ou não incluir Naqsh-e Rostam ou mesmo Pasargadae: com valores entre os 30 e 50 USD.

É também possível contratar um táxi para o percurso de ida e volta que espera no local pelos visitantes; contudo há relatos de que na volta é pedido mais dinheiro do que o combinado, com base de que no

É possível chegar a Persepolis de transportes públicos: no terminal Karandish é necessário caminhar em direção à saída sul, e aí atravessar a avenida para o outro lado onde se encontra um pequenos terminal de pequenos autocarros. Aí apanhar um autocarro para a cidade de Marvdasht, a 50 km. Daqui é possível seguir de táxi para percorrer mais 10 km.

A maior dificuldade está em atravessar a barreira humana criada pelos taxistas que praticamente impedem as pessoas de alcançar o terminal do outro lado da rua, bloqueando a passagem, dando informações erradas de que não existem autocarros (por ser sexta-feira ou outro motivo qualquer) e oferecendo diversos preços para o percurso até Persepolis.

Perante esta situação não consegui fazer nem sequer recolher informações sobre o itinerários ou preços das viagens de autocarros.

A solução surgiu inesperadamente de um casal que se encontrava no terminal e que se ofereceu para me dar uma boleia, e trazer de volta, tendo visitado Persepolis comigo. Com isto, para não abusar da generosidade deste casal ficou a faltar a visita a Naqsh-e Rostam, altamente recomendada.

at Persepolis
at Persepolis

Comer:

Existem infraestruturas de apoio à entrada e mesmo dentro do complexo que servem bebidas e refeições ligeiras, com preços mais elevados.

No interior do complexo é possível encontrar bebedores de água.

 

Bilhetes:

Persepolis: 150.000 rials

No interior do complexo existe um museu, sendo necessário adquirir outro bilhete: 100.000 rials.

Shiraz… do vinho e dos poetas

Shiraz, com mais de 2000 anos de história é considerada o coração da Pérsia, não só em termos históricos como culturais; conhecida como a cidade dos poetas, onde se encontram os túmulos dos poetas Hafez e Saadi e famosa pelo vinho que actualmente é proibido de acordo com as leis islâmicas, mas que no século IX chegou a ser o mais famoso do médio Oriente. Apesar das semelhanças fonéticas com o nome da casta Syrah, popular na Europa, nada têm a ver com o Shiraz iraniano é um vinho branco… sim, “é” porque clandestinamente ainda se produz e nem todas as vinhas existentes na região são para produção de uva de mesa ou de passas!

A cidade muito tem para oferecer aos visitantes, entre mesquitas, bazares, jardins, etc… mas nem tudo se encontra próximo do centro, sendo necessárias longas caminhadas ou umas viagens em shared-taxi.

Como visita obrigatória é a Masoleum of Hafez (Aramgah-e Hafez), onde está o túmulo do poeta Hafez, rodeado por um jardim, onde os habitantes e visitantes se deslocam para prestarem homenagem ao poeta, rezando, lendo livros ou simplesmente deambulando pelo local. A chegada a este local pelo fim do dia, quando o sol já desapareceu no horizonte mas o céu ainda conserva uns tons de azul que em rapidamente vão escurecendo deixando surgir as estrelas, que juntamente com a devoção intelectual e espiritual se unem para criar uma atmosfera mágica à qual não se fica indiferente.

Mais imponente pela arquitectura, de elaborada decoração em mosaicos formando motivos geométricos que forra o tectos de principal edifício, e pelos amplos e minimalistas jardins, o Masoleum of Saadi (Aramgah-e Saadi), não apresentou uma atmosfera tão acolhedora, sendo igualmente muito popular entre a população local que aqui se desloca ao fim do dia saboreando a tranquilidade e o ar fresco, seja entre casais jovens como em família.

Masoleum of Hafez (Aramgah-e Hafez),
Masoleum of Hafez (Aramgah-e Hafez)

 

Masoleum of Hafez (Aramgah-e Hafez),
Masoleum of Hafez (Aramgah-e Hafez)

 

Masoleum of Hafez (Aramgah-e Hafez),
Masoleum of Hafez (Aramgah-e Hafez)

 

Masoleum of Hafez (Aramgah-e Hafez),
Masoleum of Hafez (Aramgah-e Hafez)

 

Masoleum of Saadi (Aramgah-e Saadi),
Masoleum of Saadi (Aramgah-e Saadi)

 

Masoleum of Saadi (Aramgah-e Saadi)
Masoleum of Saadi (Aramgah-e Saadi)

 

Masoleum of Saadi (Aramgah-e Saadi)
Masoleum of Saadi (Aramgah-e Saadi)

O Bazar-e Vakil, apesar da interessante arquitectura do edifício não se mostrou particularmente interessante, encontrando-se dominado pelas decorações do Ashura, o maior festival religioso para os muçulmanos Xiitas, onde dominam as bandeiras negras com inscrições religiosas.

Shiraz
Shiraz

 

Bazar-e Vakil
Chás no Bazar-e Vakil

 

Fábrica de pão em Shiraz. Tradicionalmente o pão no Irão é espalmado, existindo contudo muitas variedades e formatos, variando de cidade para cidade e de fábrica para fábrica.
Fábrica de pão em Shiraz. Tradicionalmente o pão no Irão é espalmado, existindo contudo muitas variedades e formatos, variando de cidade para cidade e de fábrica para fábrica.

 

Bazar-e Vakil
Bazar-e Vakil com as ruas decoradas com bandeiras negras para o Ashura, o maior festival religioso dos muçulmanos xiitas

 

Bazar-e Vakil
Tecidos para shadors no Bazar-e Vakil

 

Mas a impressão mais marcante de Shiraz, não tanto pelo espaço que é deslumbrante, mas pela atmosfera vivida foi a Aramgah-e Shah-e Cheragh, a gigantesca mesquita situada no centro da cidade, que pode passar despercebida apesar dos seus ornamentados portais e de ser o principal local de peregrinação da cidade de Shiraz. Medidas de segurança impediram entrada de câmera fotográfica, mas nenhuma imagem pode transmitir a impressão causada pelo interior da mesquita onde se situa o tumulo de Sayyed Mir Ahmad, com paredes, pilares e tectos totalmente cobertos de pequenos espelhos formando uma espécie de caleidoscópio à medida que nos deslocamos. No interior, onde homens e mulheres estão separados, reina um ambiente misto de devoção religiosa com filas de mulheres totalmente vestindo de negra rezando e prestando homenagem junto do tumulo ao mesmo tempo que outras se sentam em grupo, conversando descontraidamente enquanto crianças correm e brincam sem descanso.

À volta da mesquita, fora do alcance de quem circula pelas ruas de Shiraz fica o gigantesco pátio que aos poucos se foi enchendo de pessoas. De longe chega o som de tambores, de batida lenta e sincopada, e de cânticos que mais se assemelham a lamentos. Seguindo em direção a estes invulgares sons, que nos levam para fora da mesquita, deparamo-nos com uma procissão, em que grupos de homens vestidos de camisa negra, batem com a mão no peito ao ritmo das palavras que saem estridentes dos altifalantes que acompanham o cortejo. Mais atrás outros grupos de homem, atiram com molhos de correntes sobre os ombros, num acto de flagelação deixando o brilho metálico das correntes sobre o tecido das camisas. Este foi o dia que marcou o primeiro de dez dias em que celebra o Ashura em todo o Irão.

Fora deste ambiente negro e pesado, a visita no dia seguinte à Masjed-e Nasir-al-Mock foi o oposto, com as luz a entrar na sala de orações através das janelas que ocupam toda a fachada virada a nascente, iluminado o interior do espaço de uma luz quente colorida, transmitindo paz e conforto.

Masjed-e Nasir-al-Mock
Masjed-e Nasir-al-Mock

 

Masjed-e Nasir-al-Mock
Masjed-e Nasir-al-Mock

 

Masjed-e Nasir-al-Mock
Masjed-e Nasir-al-Mock

 

Masjed-e Nasir-al-Mock
Masjed-e Nasir-al-Mock

Aramgah-e Shah-e Cheragh Mosque:

Não são permitidas câmeras fotográficas; contudo durante o Ashura, na companhia de elementos do “foreigner affairs” (voluntários com bom domínio do inglês que conduzem turistas pelo recinto) é possível tirar fotografias.

As mulheres têm que usar chador, que cobre totalmente o corpo da cabeça aos pés; à entrada são fornecidos chadors gratuitamente.

Aberta 24 horas.

Estrada gratuita.

//shahecheragh.ir/

Masjed-e Nasir-al-Mock:

Horário:

Durante a semana: 8.00h – 12.00h; 15.30h – 18.00h

Sexta-feira e feriados: 8.00h – 11.00h; 15.30h – 17.00h

Ticket: 100.000 rials

Convém ir durante a amanhã por volta das 10 ou 11 horas, quando o sol incide sobre a fachada de vitrais.

Masjed-e Nasir-al-Mock. Schedule
Masjed-e Nasir-al-Mock. Schedule

Alojamento:

Niayesh Boutique Hotel

In front of BiBi Dokhtaran, Alley 4,

Namazi Junction towards Shahe-e Cheragah

Telef: 0711 2233 622

www.niayeshhotels.com

Dormitório com uma forma semelhante a um corredor mais ou mais ou menos dividido em compartimentos com 2 camas cada, pouco espaço. Os quartos têm janela para o pátio central que também funciona como restaurante, o que se pode tornar um pouco barulhento com o pequeno-almoço a ser servido pelas 7 am.

Dorm: 400.000 rials.

O pequeno-almoço está incluído e é optimo, em estilo buffet (fruta, pão, ovo, queijo, iogurte, manteiga, doces, mel, chá e café… e umas deliciosas tâmaras envolvidas em tahini (pasta de sésamo).

Boa localização.

Free Wi-fi.

 

Niayesh Boutique Hotel. Drom room
Niayesh Boutique Hotel. Dorm room

 

Niayesh Boutique Hotel
Niayesh Boutique Hotel

 

Niayesh Boutique Hotel. Contacts
Niayesh Boutique Hotel. Contacts

Onde comer:

Pelas ruas principais do centro da cidade, como por exemplo a Loft Ali Khan Boulevard e a Karim Khan-e Zand Boulevard encontram-se alguns restaurantes de fast-food, com kebabs, falafel e ash-e reshteh e halim.

Como a maioria das cidades iraniana, Shiraz também tem o seu doce tradicional, o Foloodeh, uma espécie de gelado feito de finos noodles, aromatizados com água de rosas e ligeiramente adocicados. Pode por vezes ser servido com gelado e regado com sumo de lima. Intensamente refrescante.

O Salamat Restaurante é uma sugestão vegetariana, localizado na Niayesh Boulevard, mas como se encontra afastado do centro da cidade ficou por explorar.

 

Foloodeh, Doce típico de Shiraz, gelado com sabor a água de rosas
Foloodeh, Doce típico de Shiraz, gelado com sabor a água de rosas

 

Transportes:

A chegada a Shiraz faz-se no bem organizado Karandish Bus Terminal. À chegada somos abordados por vários taxistas e possivelmente encaminhados para um quiosque te táxis pré-pagos. Solução a evitar caso se esteja a viajar sozinho pois aqui os táxis cobram 100.000 rials até ao centro da cidade; por metade do preço pode-se apanhar um shared-taxi nas ruas que rodeiam o terminal.

Para ir do centro da cidade para o Karandish Bus Terminal, o principal da cidade e de onde partem os autocarros de longo-curso, é necessário ir até ao pequeno terminal de bus, o Ahmid Bus Stop, na Dastgheib Boulevard, perto da Mesquita Aramgah-e Shah-e Cheragh; existe um pequeno quiosque de venda de bilhetes que fornece informações sobre o numero do autocarro e a paragem correspondente.

Bus Esfahan – Shiraz: 7 horas, 170.000 rials, Normal Bus

Bus Shiraz – Yazd: 5 horas, 200.000 rials ,VIP Bus

 

Estrada Esfahan - Shiraz
Estrada Esfahan – Shiraz

 

Estrada Esfahan - Shiraz, onde a chegada a esta ultima cidade se reveste de uma paisagem mais verde e onde surge agricultura
Estrada Esfahan – Shiraz, onde a chegada a esta ultima cidade se reveste de uma paisagem mais verde e onde surge agricultura

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