Destino quase obrigatório numa visita à cidade de Bangkok é o Grande Palácio, começou a ser construído no final do século XVIII pelo rei Rama I, quando este decidiu passar a capital de Sião, ainda antes deste território se chamar Tailândia, para Bangkok, para a zona denominada de Rattanakosin, que hoje em dia constitui o centro histórico da cidade.
O actual Rei Rama IX e a sua esposa a Rainha Sirikit, figuras adoradas pelo povo, cuja imagem se encontra espalhado por todo o país, desde expostos em avenidas, edifícios públicos e casa particulares, como dando nome a instituiçõ. escolas, universidades, museus
agemrato e nome se encontra espalahdo ções, escolas, universidades, museus, institutos, etc, já não habitam neste palácio, apesar de continuar a ser palco de cerimónias oficiais.
Mas o chamado Grande Palácio situado próximo do rio Chao Phraya, não se resume somente à antiga residências dos reis de Sião, englobando numa vasta área delimitada por altos muros com um perímetro próximos dos dois quilómetros, que isolam o espaço das amplas avenidas que o envolvem, integrando diversos edifícios, pavilhões, muitos transformados em museus e salas de exposições, e templos budistas que foram sendo construídos pelos vários reis desta dinastia que sucederam a Rama I.
O palácio de espelha a arquitectura típica tailandesa, com os seus telhados em estilo pagoda, sobrepondo-se uns ao outros, terminado em cúpulas cilíndricas apontando ao céu, e onde as telhas de colorido envidraçado, reforçam o brilho que cobre de dourado quase todas as estruturas em madeira, que são elaboradamente trabalhadas e decoradas com dragões e outros animais míticos. As paredes exteriores são forradas muitas da vezes mosaicos de intricados padrões geométricos, com pequenos espelhos coloridos ou simplesmente forrados com folha de ouro que cobrem entalhes de madeira.
Os interiores são muitas das vezes decorados com pinturas representado as várias etapas da vida de Buddha, que se estendem das paredes aos tectos
Todo o espaço envolvente está impecavelmente limpo e cuidado, tanto na forma de extensos relvados, pontuados por bonsai como pequenos jardins formados conjuntos de árvores, arbusto e pequenas plantas que juntamente com pequenas estátuas e pedras cobertas de musgo por onde escorre um fio de água, enchendo o local de uma atmosfera relaxante, apesar da grande quantidade de visitantes.
Um dos templos que mais atenções atrai é o Wat Phta Kaero onde se encontra a Emerald Buddha, uma estátua esculpida numa pedra única de jade, com cerca de 66 centímetros de altura e que se encontra no topo de um gigantesco altar, apresentando um intrincado e complexo trabalho de escultura em madeira e metal, tudo coberto de ouro. No interior do templo vive-se um misto de deslumbramento turístico com devoção budista, tendo os monges que visitam este local em grande número, acesso a um local específico para efectuarem as suas orações.
Tudo brilha neste local, onde a grande massa de visitante é eficientemente orientada pelo vasto espaço que por vezes parece pequeno dado a concentração de edifícios e o número de pessoas.
Para visitar o Grande Palácio é necessário pagar o bilhete de 500 bahts, cerca de 12 euros e obriga a seguir à risca rígidas regras quanto à indumentária, obrigando a usar ombros e pernas cobertas, podendo à entrada “alugar-se” uma saia comprida, umas calças ou um lenço.
Contudo este bilhete permite também o acesso a outros palácios, um pouco mais afastados e a alguns museus, mas mais uma vez as regras tailandesas, obriga a gastar mais alguns bahts para alugar um cacifo onde se tem que deixar bolsas e mochilas, máquina fotográficas e telemóveis, a passar por detector de metais, ser revistado, mostrar carteiras e bolsas, e no caso da visita ao Palácio Anantasamakhom, implica a compra de um sarong, saia tradicional das mulheres tailandesas, que não pode ser devolvido à saída. Tudo este processo funciona de forma eficaz e rápida dada a eficiência marcial dos muitos funcionários que zelam por estes locais e pelas centenas de setas e placas que servem de orientação aos visitantes. Eficiente mas cansativo.
















Dada a vastidão do Grande Palácio, que absorve umas boas horas do dia, a visita ao Mansão Vimanmek, casa construída em madeira de teca e que serviu de residência ao rei Rama V, transformada em museu com os seus objectos, o Palácio Parusakawan construído em madeira no estilo arte-nova, e ao Palácio Ananda Samakhom, onde é actualmente utilizada como sala de audiências do rei, foi deixada para outro dia, em que o céu se cobriu de nuvens negras trazendo chuva torrencial, que apesar de já ter terminado a monção ainda surge esporadicamente, carregando o ar de uma humidade pesada.
A exposição no Palácio Ananda Samakhom foi a que mais impressionou. Num museu onde tudo é fausto, que ocupa parte de um palácio construído ao estilo renascentista europeu, mas construído já no século XX, onde impera o mármore, forrando paredes exteriores e decorando em elaborados entalhes o interior das salas onde se encontram expostas encomendas dos reis para as diversas comemorações oficiais, desde aniversários a datas significativas do calendário religioso.





Há medida que se avança pelas várias salas do interior do palácio, com o som abafado por fofas alcatifas, tudo brilha, desde as sedas, usadas para dar forma e cor a tapeçarias que cobrem as paredes evocando motivos religiosos, muitos associados à vida de, a esculturas em madeira coberta de folha dourada, passando pelas de peças de ourivesaria de trabalho minucioso, complexas cenas esculpidas em painéis de madeira com muitos metros de superfície com um detalhe inacreditável, tronos e palanquins dos vários reis forrados a ouro e decorados com pedras preciosas… tudo é brilho, tudo é ouro, tudo é luxo.