Os mercados são sem duvida um dos pontos altos da visita a uma cidade, onde a diversidade de produtos e o seu exotismo prendem a atenção e despertam a imaginação numa tentativa por vezes frustrante de decifrar a utilidade de algum ingrediente, distinguir entre um fruto e um legume ou simplesmente perceber espécie de animal se encontra exposto para venda.
Todas as cidades e pequenas povoações têm um ou mais mercados, alguns iniciando-se mesmo antes do nascer do sol e terminando perto da hora do almoço, outros começando pelas cinco da tarde e prolongando-se pela noite. Podem ser em espaços criados para o efeito, com bancas devidamente organizadas ou simplesmente surgindo de forma aparentemente espontânea a longo das ruas.
Existem os mercados dedicados à venda de produtos alimentares, tanto frescos como embalados, mas onde sempre se encontra uma zona destinada a servir refeições simples, como sopas de arroz e de noodles, peixe ou carne grelhados no carvão, ou salteados no wok juntamente com alguns vegetais; tudo preparado no momento e em poucos minutos.
Muita desta comida pode ser também embalada em pequenos sacos de plástico para ser transportada para casa ou para o local de trabalho, não sendo raro ver pessoas a debicarem comida à medida que vão caminhado pelas ruas da cidade.
O mesmo se aplica à furta, que é descascada e cortada em pedaços para poder ser consumida pela rua com a ajuda de um pequeno pauzinho de bambu que funciona como garfo.
As bananas são uma presença constante nos mercados, podendo-se também encontrar à venda em pequenas bancas improvisadas nas ruas das cidades, junto a um terminal de autocarros ou simplesmente frente ao portão de uma das casas que se alinham ao longo das pequenas ruas secundárias das cidades.
Para além das bananas vendidas frescas, em grupos de dez ou doze, os tailandeses desenvolveram criativamente muitas formas de as confecionarem: cortadas em pequenas lâminas e fritas em óleo, ou em grossas fatias envolvidas numa mistura de farinha de arroz, água e sésamo que são também fritas e comidas ainda quentes, podem ser grelhadas no carvão, inteiras e com casca, descascadas, cortadas em rodelas, intactas ou esmagadas, dispostas ao longo de um fino pau de bambu, servindo de recheio a rottes, em sumos e batidos…
Todos os passeios pelos mercados despertam muitas e intensas sensações, não só pelo visual como também pelos cheiros que se libertam das panelas fumegantes, dos grelhados, do peixe e do marisco vendidos secos que enchem sacas, dando vontade de experimentar muita desta vasta oferta, em especial a fruta, onde descobri uma enorme variedade de sabores, cheiros e texturas, nem sempre tão interessantes como poderiam à partida parecer.
Mas sem dúvida que a pior experiência alimentar que vivi na Tailândia, e quiçá a pior da minha vida prende-se com este fruto chamado durian, de cheiro intenso e pouco atractivo, bastante popular entre os tailandeses, mas capaz de provocar as melhores e as piores reações, havendo mesmo pessoas com repulsa pelo cheiro, ao ponto de ser proibido transportar durian em transportes públicos e consumidos junto a templos e monumentos.
Os doces são também uma presença constante nos mercadas da Tailândia, vendendo-se também pelas ruas da cidade, embalados e apresentados de forma colorida e cativantes, mas extremamente doces, como quase toda a comida na Tailândia, mesmo os pratos de massas e sopas de noodles.
É frequente as cidades terem mais do que um mercado, mesmo as de dimensão mais modesta, muitos dedicados à venda de alimentos mas outros mais focados em artigos de utilidade e de roupa. Nas cidades com mais turismo, como Chiang Mai, muitos destes mercados são vocacionados para a venda de artesanato tradicional da Tailândia, como as roupas características das povoações das montanhas, que se destina não só aos visitantes ocidentais como também aos muitos turistas nacional, que aqui encontram muitos “souvenires”.






















