Angkor, que em khmer significa “cidade”, funcionou durante os séculos IX e XV como a capital do Império Khmer, até 1431, altura em que foi saqueada pelos tailandeses, que mantiveram o domínio sobre esta região até 1907, altura em que passou a ser governada pelos franceses. Mas somente no final do século XIX, Angkor começou a ser famoso atraindo visitantes o que levou ao inicio dos estudos e do desenvolvimento de muitos projectos de restauro destas ruínas que com esquecimento quase foram conquistadas pela selva.
O mais popular dos templos que constituem actualmente as ruinas da cidade de Angkor é sem dúvida Angkor Wat, mas a jóia da coroa é o conjunto de edifícios Angkor Thom, de onde se destaca o Bayon.
Dada a vastidão da área que se estende por cerca de 300 quilómetros quadrados, se bem que os mais importantes estejam situados relativamente próximo da cidade de Siam Reap, a opção para a maioria das pessoas que não visita Angkor integrada numa excursão, é alugar um tuk-tuk ou ir de bicicleta, dado que a distância até à entrada do parque arqueológico é de aproximadamente dez quilómetros.
Existem várias opções em termos de bilhetes: de um dia (20$), três dias (40$) e de sete dias (60$). Optei por um bilhete de três dias, tendo no primeiro visitado Banteay Srey e Kbal Spean, que se situam longe do núcleo central, recebendo por isso menos visitantes, mas obrigando ao aluguer de um tuk-tuk, para alcançar os 50 quilómetros que distam de Siem Reap. Os restantes dois outros dias foram destinados à visita de Angkor Thom, Preah Khan, Ta Prohm, Banteady Kdei, Sras Srang, Pre Rub, e claro, o famoso Angkor Wat, onde optei por assistir ao nascer do sol.
Sem duvida que a melhor opção para quem visita os templos de Angkor, é iniciar o dia bem cedo, pouco depois das cinco horas da manhã, altura em que se pode fazer o percurso até às ruínas, sob o fresco da madrugada, e aproveitar o inicio da manhã, tanto pela elevada temperatura que caracteriza esta altura do ano, que depois das dez horas tornam o percurso penoso, como para poder usufruir do espaço antes da chegada dos grandes grupos de visitantes que chegam em grandes autocarros de turismo.
Algum dos núcleos de ruínas encontram-se em trabalhos de restauro, muitos com o financiamento de países como a Índia, Coreia e Japão, o que torna por vezes o local num misto de parque arqueológico e estaleiro de construção civil.
Por todo o lado, à entrada dos templo e na área circundante existem inúmeros vendedores de recordações, como postais, roupa, fruta, bebidas, quadros que insistentemente perseguem os turistas na esperança de alguma venda. Nos locais mais importantes cria-se uma espécie de mercado, que para além da venda de roupa e de recordações relacionadas com os templos, oferecem muitas opções em termos de restaurantes e cafés, todos com os preços um pouco inflacionados, oferecendo um menu com várias opções de comida khmer e ocidental.










