Há medida que os dias vão passando nesta grande e agitada Phnom Penh, onde aos pouco me vou identificando com os locais, com as ruas, com os restaurantes, cafés e mercados, vou também tendo contacto com outro tipo de espaços e com a diversificada oferta cultural que a cidade oferece, maioritariamente fomentada e direcionada pelos expats mas que proporciona também locais de convívio com os visitantes.
Diversos cafés que funcionam muitas vezes como bares e restaurantes, promovem secções de vídeo com a apresentação de documentários e de filmes, muitas das vezes sobre temas relacionados com o Camboja, exposições, concertos, debates, existindo mesmo pequenas salas de cinema onde é possível acompanhar o que vai sendo exibido em festivais e mostras de cinema mais independente, pelo resto do mundo.
A par disto existem também livrarias com uma vasta oferta de títulos em inglês e em francês, e sempre com várias secções vocacionadas para temos nacionais e sobre a Ásia em geral.
Muita desta actividade cultual está direcionada para ocidentais, sendo fomentada pela elevada presença de expats que aqui vivem, muitos ligados às dezenas de ONG que proliferam no Camboja e que aqui têm sede.
Ao fim de onze meses de viagem, o que senti falta e que nunca antes tinha encontrado foi esta oferta cultural, longe dos templos, palácios, monumentos, museus, artesanato ou folclore, que sendo interessante e reveladora da cultura e da história de um país não são suficientemente estimulantes e que se podem tornar monótonas e pouco estimulantes ao fim de um longo período de tempo.







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