Da presença francesa na região ficou uma rede não muito extensa de caminhos de ferro: cerca de 612 quilómetros no Camboja e uns simbólicos 3.5 quilómetros no Laos, mais concretamente entre as ilhas de Don Det e Don Kon; as sucessivas guerras e a falta de manutenção fizeram com que o serviço ferroviário tenha sido suspenso, onde a única linha a funcionar comercialmente no Camboja, ligando Battambang à capital, Phnom Penh, tenda sido encerrada em 2009.
A visita a Battambang, que ainda subsistia uma réstia de esperança de encontrar em funcionamento esta linha, ou pelo menos parte do percurso até Phnom Penh, revelou-se infrutífera, tendo contudo servido de oportunidade para visitar a estação, situada não muito longe do centro da cidade, e onde o relógio marca permanentemente as 8.02 horas, contribuindo juntamente com o vazio do espaço envolvente, para criar uma sensação de abandono e desolação.




Estação ferroviária de Battambang





Mas apesar de encerrado o serviço de passageiros, alguns troços da linha são utilizados pela população local para transporte de mercadorias, em plataformas de bambu que colocadas sobre rodados se deslocam sobre os carris com recurso a um motos de um motociclo, mantendo assim a funcionalidade das instalações ferroviárias, que apesar de degradadas constituem ainda um recurso como meio de transporte, num país onde a rede de estradas não é muito extensa.
Contudo, ao chegar ao local contatei que pouco resta do propósito de transportar mercadorias e população, sendo actualmente utilizado como percurso turístico, entre as estações de O Dambong e de O Sra Lav, que demora cerca de vinte minutos a meia hora, custando 5$ por pessoa. Todo este cenário demoveu-se de participar nesta Aventura, limitando-me a registar o cenário que envolve a pequena estação, onde os edifícios e outras instalações ferroviárias estão votadas ao abandono.






