A bruma da manhã espalha-se pela paisagem plana e ampla do delta do Rio Thanlwin, quase que fazendo desaparecer a linha do horizonte que separa o rio do céu. Para trás fica a ainda sonolenta cidade de Mawlamyine.
Há medida que o barco avança rio acima em direção a Hpa-An, ao ritmo lento e monótono do trepidante motor, vão surgindo na paisagem pequenas elevações cobertas de vegetação tropical, onde no meio das várias tonalidades de verde, surgem orgulhosas pagodas cobertas de ouro.
Ao longo do rio, junto a pequenas povoações, mulheres tomam banho e lavam roupa nas águas turvas e castanhas; no meio de eufóricas gargalhadas, crianças brincam nas margens e nas águas pouco profundas lamacentas do rio, interrompendo a brincadeira para acenarem um enérgico adeus à passagem o barco, despertando um irresistível sorriso como resposta.
Foi um percurso fluvial em embarcação reservada ao turismo, onde as novas pontes e estradas decretaram o fim do serviço feito por ferry, que ligava Mawlamyine a Hpa-An.







