Esta cidade onde claramente domina a influência Tibetana, sendo o seu nome original Gyeltang ou Gyalthang, passou a chamar-se Zhongdian sob influência chinesa a partir dos anos cinquenta. Mas foi quando foi reconhecido o seu potencial turístico, com a zona antiga formada por um intrincado e estreito conjunto de ruas, com as suas casas de arquitectura tradicional da região, em pedra e madeira ricamente entalhada que passou a chamar-se Shangri-lá, indo buscar o nome a um romance escrito pelo inglês James Hilton, que aparentemente localizou nesta cidade, conferindo-lhe um carácter místico sinónimo de paraíso.
[clear]
À chegada, depois do curto percurso de autocarro que separa o terminal de autocarros da parte antiga da cidade, o cenário que se depara depois de caminhar uns poucos metros é completamente desolador, com uma vasta área destruída por um incêndio que em Janeiro deste ano destruiu parte do centro da cidade, sendo a paisagem ocupada pelos chamuscados escombros e pelas máquinas e camiões que procedem à limpeza e reconstrução, conferindo ao local uma atmosfera apocalíptica para a qual contribui o cinzento do céu.
[clear]
Apesar desta visão inicial, a estadia em Shangri-lá (Zhongdian) revelou-se agradável, com os dias passados entre visitas ao templo que domina a parte antiga da cidade, junto ao qual existe uma gigantesca roda de orações, cuja dourado se destaca entre o arvoredo que cobre a modesta colina, percorrendo as ruas da cidade antiga e fazendo algumas incursões na parte moderna da cidade, de traçado e arquitectura chinesa, mas onde é possível encontrar uma forte presença de pessoas de diferentes grupos étnicos, envergando orgulhosamente os seu trajes tradicionais, muitas vezes combinados com roupa ocidental.
[clear]
A impressão negativa que a cidade causou foi-se dissipando, e o facto de o fogo ter destruído parte do património da cidade fez também com que afastasse a atmosfera comercial e excessivamente turística que anteriormente existia, e que descaracteriza um pouco as cidades de Dalí e Lijiang, anteriormente visitadas.
[clear]
Aqui já se começam a sentir os efeitos da altitude… insónias, dores de cabeça, respiração curta, e o bater do coração de cada vez que se sobe uma escadas ou uma rampa mais inclinada.
[clear]

[clear]

[clear]

[clear]

[clear]

[clear]

[clear]

[clear]

[clear]

[clear]

[clear]

[clear]

[clear]

[clear]

[clear]

[clear]

[clear]

[clear]

[clear]
[clear]
População: 120.000 habitantes
Altitude: 3270 m