Galle é uma das cidades com maior património e história da costa sudoeste do Sri Lanka, com o seu forte construído inicialmente pelos Portugueses e mais tarde tomado e ampliado pelos Holandeses, conserva dentro das suas muralhas muitos exemplos de arquitectura colonial, seja em edifícios públicos, religiosos ou de habitação.
Com o crescimento do turismo transformou muito do património em sofisticados hotéis, boutique hotels, cafés e restaurantes que contribuem para manter a maioria dos edifícios em óptimo estado de conservação. Contudo nota-se uma certa falta de autenticidade, como se estivesse-mos perante um bilhete postal e não uma cidade com vida própria.
Pelas ruas passeiam-se grupos de turistas de câmera em punho com a tenção virada para sofisticadas lojas de souvenires e artesanato, visitantes cingaleses que aqui rumam em família apreciando as águas quase paradas da baía junto às muralhas e crianças vindas da escola nos com os seus uniformes impecavelmente brancos. Ouvem-se os sinos de uma igreja quando se passa perto de uma stupa budista, quebrando a quietude do local.
Rodeando a compacta fortaleza de pedra surge o mar de tons claros de um translúcido azul, que contrasta com o intenso verde da vegetação tropical e com o branco que cobre a maioria dos edifícios em Galle Fort. A brisa que sopra do mar tem um efeito refrescante mas a intensifica a humidade que se cola à pela.






Fora do forte encontra-mos uma cidade a viver a um ritmo completamente diferente, com a habitual desorganizada circulação automóvel o apitar das buzinas, o movimento acelerados das pessoas que sabem para onde vão. A uns pouco metros encontra-se o Dutch Market, num pitoresco edifício que reúne vendedores de fruta e legumes, mas onde os preços são claramente inflacionados para turistas.
Galle apesar de pitoresca e bem preservada não despertou grande entusiasmo mas proporcionou um agradável passeio pelas muralhas com vista para o mar.



Onde dormir em Galle:
A maioria dos alojamentos estão situados no interior da muralha, mas com todos os locais focados na gama alta e média alta, e nos grupos que vêm em tours organizados o que não é nada convidativo para um orçamento “backpacker”.
Como a cidade de Galle, a chamada “new town” mostra pouco atractivos a opção foi para fazer esta visita a Galle Fort numa day-trip. Para quem está alojado nas praia da costa sudoeste, seja Bentota, Hikkaduwa, Narigama ou Mirrisa, Gale situa-se a uma distância razoável para ser feita de autocarro.
Onde comer em Galle:
Dentro do forte, a oferta aponta para restaurantes e cafés sofisticados, com preços muito superiores ao que se encontra do outro lado da muralha, mas claro que com outro conforto e requinte.
Assim a melhor alternativa é procurar um rice and curry num dos restaurantes da new-town, encontrando-se várias hipóteses mesmo junto ao terminal de autocarros ou nas ruas transversais, onde não é preciso caminhar mais de 500 metros para encontrar um bom rice and curry por 200 LKR.
Mesmo ao lado do terminal de autocarros encontram-se várias pequenas lojas e quiosques que vendem os habituais rotis e uma grande variedade de pastéis fritos, que servem sempre de refeição caso se chegue tarde e já tenha terminado o rice and curry.
Ir ao Durch Market em busca de fruta a preços locais não se revela viável, com os comerciantes habituados aos turistas e a cobrarem o dobro do preço. Também junto à estação se encontram vendedores de fruta onde os preços estão afixados… geralmente o preço não é por quilo, mas o que se encontra indicado é o numero de peças de fruta por 100 LKR, i.e. 5 maçãs por 100 rupias mas se forem maças grandes somente se conseguem 3 maças pelo menos preço… este é o sistema de venda de fruta no Sri Lanka!


Transportes em Galle:
Galle tem estação de comboios e é uma das mais importantes paragens na linha Colombo-fort para Matara. Contudo a frequência dos comboios e a dificuldade de garantir um lugar sentado, em especial aos fins-de-semana torna o comboio uma opção menos atractiva. Mas apesar destas desvantagens o comboio proporciona viagens mais calmas e relaxantes, longe da poluição, do trânsito e do constante barulho das buzinas, que todos os condutores utilizam intensivamente, incluindo os motoristas de autocarros. Muitas das vezes os comboios fazem percursos afastados dos meios urbanos e proporcionam as melhores vistas para a paisagem natural, contudo não cobrem a totalidade da ilha.
Mesmo em frente à estação de comboio encontra-se o Terminal de Bus, que tanto tem serviços de longo curso (para Colombo e outras cidades) como ligações às povoações vizinhas. O terminal à primeira vista confuso pela grande quantidade de gente está bastante bem organizado com placas indicando o destino de cada autocarro. Existe também um posto de informações no meio do terminal, no piso inferior, que fornece precisas informações sobre destinos, preços e horários.
Bus Galle – Mirrisa: 1 hora, 50 LKR
Bus Galle – (Narigama) Hikkaduwa: 30 minutos, 35 LRK
Como ir de Galle para Colombo:
Para quem está em Hikkaduwa, Narigama, Mirissa e outras praias espalhadas pela costa sudoeste e pretende ir para Colombo, tem várias alternativas:
- Apanhar um dos muitos autocarros que faz o percurso pela estrada nacional A2, Galle-Colombo, mas estes autocarros não são “expresso” ou seja fazem múltiplas paragens muitas das vezes recolhendo passageiros fora das paragens “oficiais”.
A viagem demora mais do que 4 horas, entre ultrapassagens perigosas e buzinadelas infernais. Não é garantido lugar sentado a não se que se comesse a viagem no inicio do percurso, por exemplo Matara ou Galle.
- Usar os autocarros a/c (pequenos veículos com ar-condicionado) que fazem também o percurso pela estrada nacional A2, como os autocarros “normais” mas não efectuam tantas paragens; o facto de as janelas irem fechadas sempre elimina a poluição e o barulho, tornando a viagem menos cansativa.
Oficialmente a viagem demora 3 horas, mas o mais provável é demorar perto de 4 horas, dependendo do trânsito na cidade de Colombo, uma vez que o autocarro tem que atravessar toda a cidade até chegar a Colombo-Fort onde é o terminal e que fica no extremo norte da cidade.
O autocarro inicia o percurso no Galle Bus Terminal, plataforma número 2.
Ticket Galle-Colombo-Fort: 275 LKR (3 horas)
- Existem um autocarro moderno e confortável com a/c, de Galle para Maharagama, e que faz o percurso pela expressway o que demora 1.45 horas e parte a cada 30 minutos do topo Este do Galle Bus Terminal.
Chegando a Maharagama, cidade situada a Sul de Colombo, é necessário mudar para um dos autocarros urbanos com destino a Colombo-Fort que tem que atravessar toda a cidade, pois o terminal bus fica no extremo norte da cidade, o que se revela uma longa viagem.
Ticket Galle to Maharagama: 375 LKR (1.45 hora)
Ticket Maharagama to Colombo Fort: 50 LKR (1 hora)
- Usar o comboio, mas com como nem todos os comboios param em todas as estações, o melhor é rumar a Galle e daí iniciar a viagem para Colombo. A questão dos comboio é sempre a mesma: conseguir um lugar sentado uma vez que os bilhetes para a 1ª classe (a única com lugares marcados) encontram-se geralmente esgotados com antecedência.
A viagem entre Galle e Colombo-Fort demora cerca de 3 horas.
Ticket Galle to Colombo-Fort: 180 LKR (em 2ª classe)






Galle population: 99.000
Galle elevation: 1 meter