Para trás fica Chiang Khong a cidade fronteiriça do norte da Tailândia; cruzando o Mekong chega-se ao Laos, mais concretamente à república Popular do Laos, país ainda sob o domínio comunista e um dos mais pobres do Sudoeste asiático.
Mais uma fronteira cruzada por meios terrestres, mas desta vez longe da penosa travessia que constituiu a passagem da Índia para o Nepal; aqui existe o que se pode verdadeiramente chamar de posto fronteiriço, moderno, imponente e eficiente.
De um lado os serviços de imigração da Tailândia, que de ar austero e olhar severo se recusaram de inicio a carimbar o meu passaporte, alegando que o visto já estava caducado, o implicaria o pagamento de uma multa, encaminhando-me para outro departamento, e fazendo demorar o processo. Esclarecido o mal entendido, e passando para os serviços de imigração do Laos, encontrei funcionários solícitos que após poucos minutos de espera me entregaram o passaporte, com o visto de trinta dias em troca dos meus 35 dólares, desejando-me entre simpáticos sorrisos uma boa estadia no Laos.
Foi um bom começo para esta estadia no Laos.
Houay Xai, não é mais do que uma pequena povoação que se estende ao longo do rio Mekong, e de onde se avista a Tailândia; sendo escassa de atractivos, Houay Xai oferece alojamento, alguns restaurantes e alguma comodidades aos turistas que aqui ficam antes de iniciarem o percursos pelo Laos, geralmente com destino à cidade de Luang Prabang.
Os dias aqui passados serviram para recuperar da viagem desde Chiang Mai e do processo de imigração, sendo passados calmamente em adaptação à nova moeda, à nova língua assim como em preparativos para a descida pelo Rio Mekong até Luang Prabang que demora dois dias num barco com condições básicas.