O pão tem sem duvida um papel muito importante na dieta da população iraniana, encontrando-se um pouco por todo o lado, seja em bazares, ou nas ruas das cidades, pequenas fábricas de pão que servem ao mesmo tempo de local de venda. Difíceis por vezes de encontrar, escondendo-se em ruas secundárias ou pequenos becos, discretas, muitas vezes sem letreiros ou qualquer tipo de indicação, somente assinaladas por um pão pendurado à entrada ou pela fila que se faz à porta.
O pão mais comum e talvez o que se encontra com mais frequência é o barbari (Nan-e barbari), com uma forma oval distorcida, espessura e umas estrias que o tornam mais fino e crocantes em alguns pontos. Também muito popular é o lavash (Nan-e lavash), muito fino e esbranquiçado, ligeiramente estaladiço, tem a vantagem de se poder conservar por bastante tempo. Não é das opções mais interessantes com pouco sabor e um aspecto muito industrial, mas é dos mais antigos pães do Médio Oriente.
Tanto o barbari como o lavash são cozinhados em fornos, que actualmente são elétricos. Mas o Nan-e sangak, tem a particularidade de ser cozinhado num forno sobre superfície coberta de pequenas seixos, o que lhe confere uma superfície com “covinhas” na base, resultando num pão mais estaladiço, mas com a mesma forma do barnari.
Variando na forma, sendo redondo e fina, mas mais fofo do que o lavash, o taftoon (Nan-e taftoon) que somente encontrei em Yazd, que tem a vantagem de ser dos mais pequenos, pois no Irão os pães têm tamanho familiar.
Existem várias fornadas durante o dia, e os habitantes sabem a que horas podem encontrar o pão quente; eu limitei-me a confiar na sorte e aproveitar a passagem por uma destas pequenas fábricas para me deliciar com pão feito à mão e acabado de sair do forno.











