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Stepping Out Of Babylon

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Kathmandu

Kumari, a deusa viva

Num dos muitos edifícios que fazem da Drubar Square um dos locais de passagem obrigatória para quem visita Kathmandu, é o Kumari Chowk, onde habita a deusa Kumari, nome dado à deusa hindu Durga enquanto criança, que encarna numa menina escolhida criteriosamente entre dezenas de candidatas, entre os três e os cinco anos, de acordo com as suas características físicas e predisposição astrológica. Até atingir a puberdade a eleita é considerada a deusa-viva Kumari, cuja palavra em sânscrito significa virgem, permanecendo fechada neste edifício isolada da vida mundana, e de onde sai anualmente durante a celebração do Indra Jaartra, um festival religioso hindu e de mais algumas outras celebrações religiosas.

Mas diariamente pode ser vista da varanda do palácio onde habita, durante os cerca e trinta segundos em que as portadas da maior janela do primeiro andar se abrem expondo a deusa, vestindo de vermelho-vivo, que realça o brilho dos inúmeros adornos que a cobrem, com os olhos sublinhados a traço negro e os lábios pintados de vermelho; na testa sobressai a mancha triangular pintada de vermelho e dourado, no rosto uma expressão de aborrecimento de uma pré-adolescente entediada.

Acredita-se que com o olhar, a Kumari responde a perguntas não verbalizadas feitas pelos crentes que de baixo a observam, batendo palmas à sua chegada à janela e novamente quando volta a desaparecer nas entranhas do Kumari Chowk.

Mas esta Kumari em breve será mulher, sendo destronada por outra menina, cujo destino nos primeiros anos estará encerrado neste edifício, sendo exposta para devoção dos fiéis hindus e curiosidade dos turistas que enchem o pequeno pátio, diariamente pelas quatro horas da tarde… e que à saída compram o postal da imagem da deusa que não ponderam registar, dada a pressão dos segurança que interditam e ameaçam que ousar profanar imagem da divindade gravando-a em formato digital.

A esta menina, que é Kumari desde 2008, mesmo depois de chegar a mulher e se libertar do peso da divindade com que o destino e a vontade dos homens a aprisionaram, não está reservado futuro fácil, pois segundo a lenda, o homem que casar com uma destas raparigas terá vida curta.

Patio interior da Kumari Chowk
Patio interior da Kumari Chowk
No interior da Kumari Chowk enquanto se aguarda com espetactiva que a menina-deusa apareça na janela do primeiro andar
No interior da Kumari Chowk enquanto se aguarda com espetactiva que a menina-deusa apareça na janela do primeiro andar
Kumari Chowk
Kumari Chowk
Kumari Chowk na Durbar Square. Kathmandu
Kumari Chowk na Durbar Square. Kathmandu
Venda de postais com a imagem da Kumari, já que é proibido registar imagens
Venda de postais com a imagem da Kumari, já que é proibido registar imagens
Kumari Chowk na Durbar Square. Kathmandu
Uma das janelas exteriores da Kumari Chowk onde todos os elementos de madeira se encontram esculpidos

Kathmandu. Swayambhunath

Kathmandu é nepalesa, mas convive bem com outras culturas, recebendo uma vasta comunidade de refugiados tibetanos que se encontram um pouco por toda a cidade mas que se concentra maioritariamente a oeste do Rio Bishnumati.

 A vasta cidade estende-se por uma planície emoldurada por uma cadeia montanhosa que a envolve, mas que poucas vezes se deixa ver através da neblina causada pela poluição provocada pelo intenso trânsito que entope as principais avenidas e lhes confere um manto de poeira cinzenta.

Das poucas elevações, Swayambhu, situada na zona oeste da cidade, destaca-se não tanto pela vista mas pela stupa, datada do século V que domina a colina e pelo conjunto de templos budistas que a rodeia.

Os 300 degraus feitos em pedra e já muito desgastados são o principal acesso para quem aqui chega a pé, vindo do centro da cidade, que são percorridos pelos peregrinos e pelos visitantes sob o olhar atentos das centenas de macacos que dominam a colina que envolve o templo, convivendo com os visitantes sempre com o intuído de se apoderarem de algo para comer ou simplesmente por curiosidade e divertimento.

A primeira impressão à chegada não foi a mais favorável, parecendo que o recinto religioso se tinha tornado numa feira, onde por todo o lado se encontram bancas de venda de artesanato, souvenires, bandeiras tibetanas e uma parafernália de bugigangas mais ou menos relacionadas com o artesanato tibetano e com a religião budista. No meio de tudo isto, dezenas de visitantes, em muito maior numero do que os peregrinos, em grupos liderados pelos respectivos guias, iam avidamente tirando fotografias a todos os detalhes e pormenores referidos durante a explicação.

Passada a primeira impressão, e demorando o tempo suficiente para que a hora do almoço afastasse grande parte dos visitantes o local revela-se verdadeiramente especial. Como se fosse uma pequena povoação com pouco mais do que duas ou três ruas, ladeadas por casas em tijolo, actualmente convertidas em lojas e restaurantes, e onde estão dispostas estátuas, altares e dezenas de pequenas stupas, decoradas com estátuas representando Buddha sentado em posição de meditação sobre uma flor de lótus que por sua vez repousa num yoni, símbolo feminino da criação, segunda a iconografia hindu, o que mostra como estas duas religiões foram absorvidas ao longo dos séculos, pelos nepaleses, em particular os habitantes do Vale de Kathmandu.

Swayambhu, esconde muitos detalhes que só se revelam numa visita mais demorada, com tempo para apreciar a rotina dos peregrinos efectuado as suas orações, acendendo incenso e pequenas velas que vão ardendo em toscos recipientes de barro, fazendo girar as rodas de orações enquanto circundam a stupa principal sempre no sentido dos ponteiros do relógio. Pequenas stupas e templos ocupam o espaço, onde em pequenos recantos surgem nichos representando várias fases da vida de Buddha.

Mas o que domina a atenção é sem dúvida é a stupa central, cuja brancura da sua enorme cúpula esférica contrasta com o intenso azul do céu. Grande parte do simbolismo e da cosmologia budista está aqui representado proporcionado aos peregrinos meditarem e refletirem enquanto efectuam as voltas em torno da stupa.

A cúpula branca representa o útero e consequentemente a criação; à volta os quatro nichos com imagens de Buddha orientados segundo os pontos cardeais representam os quatro elementos – água, ar, fogo e terra – ao qual acresce mais um representando o elemento espaço ou céu. Sobre a cúpula ergue-se um pilar de madeira que simboliza o elemento masculino, que está apoiado numa base quadrangular decorada com um panos verde brilhante, também orientada segundo os pontos cardeais, onde uma estão pintados os chamados “Adi-Buddha” que olham nas quatro direções, e que tudo vêm. Entre os olhos, do ponto chamado “urna” sai uma espiral que desce com uma forma ondulada e que representa a luz emanada. Os anéis dourados dispostos ao longo do pilar representam os trinta degraus necessários percorrer para se atingir a iluminação. No topo encontra-se uma estrutura cilíndrica dourada, também adornada por panos do mesmo tom, que termina numa forma cónica que aponta para o céu, simbolizando a chegada à iluminação espiritual.

Swayambhu
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Sou a Catarina, uma viajante de Lisboa, Portugal… ou melhor, uma mochileira com uma máquina fotográfica!

Cada palavra e foto aqui presente provém da minha própria viagem — os locais onde fiquei, as refeições que apreciei e os roteiros que percorri. Viajo de forma independente e partilho tudo sem patrocinadores ou anúncios, por isso o que lê é real e sem filtros.

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