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Stepping Out Of Babylon

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Travessia de Fronteira

Como ir de Singapura para a Malásia de bus

Entre Kampong Glam e Little India, no fim da Arab Street, cruzamento com a Queen Street, antes do Rochor Canal, encontra-se um pequeno terminal de autocarros Queen Street Bus Terminal (or Ban San Bus Terminal).

Daqui partem diariamente autocarros com destino a Johor Bahru (cidade mais a sul da Malásia) de onde também partem autocarros com destino a Kuala Lumpur e a Melaka.

A viagem de bus até Melaka (Malacca) demora 3.30h contudo a viagem pode demorar mais pois depende do tempo que se demora a passar nos serviços de imigração. Do lado da Malásia o processo não demora mais de 1 minuto, para se obter o carimbo de 30 ou 90 dias, sem custos. Do lado de Singapura o processo demorou perto de 1 hora com extensas e longas filas, provavelmente por se tratar de um Domingo.

Do terminal situado em Queen Street Bus Terminal (or Ban San Bus Terminal) a companhia “707-inc” tem autocarros com destino a Melaka Sentral (Melaka Bus terminal) nos seguintes horários: 08.30, 09.00, 11.00, 13.30, 15.30 e 19.00h.

Ticket: 23 S$

http://www.707-inc.com/

Woodlands Crossing
Woodlands Crossing

Como atravessar o Golfo Pérsico de ferry boat (de Bandar Abbas para o Dubai)

Depois de uma viagem pelo Irão de quase um mês pôs-se a questão: por onde sair? Entrei pelo norte do país na fronteira com a Turquia, fui descendo em direção ao sul, e a saída pelo Golfo Pérsico em direção aos Emirados Árabes fez todo o sentido, a juntar à vantagem destes locais oferecerem voos a preços atractivos para o Sudoeste-asiático, o meu próximo destino.

Mas as informações sobre como cruzar o Golfo Pérsico de ferryboat não são muitas, nem em relação a porto de embarque, destino, horários ou preços.

Um pouco por todos os locais por onde passeio fui inquirindo sobre ferryboats, mas as informações forma muitas vezes imprecisas, confusas ou mesmo contraditórias.

Contudo informação detalhada encontra-se neste site:

http://caravanistan.com/transport/persian-gulf-ferry/bandar-abbas-sharjah/

Apesar de estar mais focado no transporte de pessoas com veículos tem fidedigna e detalhada informação.

A companhia de ferries é a Valfarj Shipping Co. http://www.valfajr.ir/52/Home.aspx

Horários:

  • Bandar Abbas – Sharjah

Segunda e quarta-feira: 9.00 pm (passageiros + mercadoria: 12 horas)

  • Bandar Lengeh – Dubai

Domingo e Terça-feiras: 10.00 pm (passageiros + mercadoria: 5 a 6 horas)

Sábado, Segunda e quarta: 11.00 am (só passageiros: 4.5 horas)

A opção foi pelo trajecto Bandar Abbas (para poupar em mais uma viagem até Bandar Lengeh) e para aproveitar a noite para fazer a viagem chegando aos Emirados de manhã.

Preços:

  • Bandar Abbas – Sharjah: 2.700.000 rials
  • Bandar Lengeh – Dubai: 2.700.000 rials

http://www.valfajr.ir/156/index.aspx

Ferry boat Ticket: Bandar Abbas-Sharjah
Ferry boat Ticket: Bandar Abbas-Sharjah

Onde comprar o bilhete:

Bala Parvaz Travel Agency, na Imam Khomeini Street, Bandar Abbas

O valor tem que ser pago em rials e é necessário apresentar o passaporte.

Não é cobrada comissão.

Não é necessário comprar o bilhete com antecedência nem tão pouco tentar reservar, pois o ferry pouco mais tinha do 20% de ocupação.

Bala Parvaz Travel Agency.
Bala Parvaz Travel Agency. Bandar Abbas
Bala Parvaz Travel Agency. Contacts
Bala Parvaz Travel Agency. Bandar Abbas. Contacts

Cambiar dinheiro:

É indispensável trocar os rials antes de sair do Irão, pois fora do país não é possível…

A opção foi para a Morvarin Exhange, situada numa zona comercial, na Imam Khomeini Street, junto à Velayat Square; mesmo em frente, na mesma zona comercial existe uma outra loja de câmbios.

Aqui pode-se trocar os rials por dirham ou outra moeda, como dólares ou euros.

De Bandar Abbas para o Bahonar Port:

Taxi: 70.000 rials (30.000 rials se for shared-táxi)

Demora 30 minutes, do centro da cidade até ao porto, dependendo do trânsito. O táxi pode entrar no porto e deixar os passageiros em frente à sala de embarque.

Não vale a pena chegar mais cedo. Apesar do barco partir às 9.00 pm, é necessário estar no porto pelas 5.00 pm… são horas de formalidades, carimbos, alfândega mais o tempo necessário para acomodar carga e veículos no porão. Somente há um quiosque que vende refrigerantes e snacks embalados, bolachas e pouco mais.

No Bahonar Port:

No porto espera-se mais de uma hora para começar o embarque, com os passageiros e mercadoria (que é muita) a passar da sala de embarque pelos dispositivos de segurança (rx, detector de metais, etc..).

Na segunda sala, para quem não tem mercadoria (a mochila não conta) pode dirigir-se a um balcão e pedir o cartão de embarque mostrando o bilhete.

Segue-se uma espera de mais de uma hora nesta sala, enquanto todas as mercadorias são expedidas para o porão. As mochilas e malas de viagem ficam com os passageiros.

Desta sala, situam-se os serviços de imigração, onde se procedem às formalidades de carimbar o passaporte. Pode demorar umas horas. Por coincidência ou não os passaportes de maioria dos ocidentais que faziam a viagem no mesmo dia que eu ficou retido nos serviços sendo devolvidos mais de uma hora depois, sem justificação.

Apesar da partida estar prevista para a 9 da noite o barco só iniciou a viagem depois da meia noite devido ao tempo necessário para embarcar viaturas e carga.

Bahonar Port. Bandar Abbas
Bahonar Port. Bandar Abbas

Viagem de ferryboat:

Apesar de haver lugares marcados, estes não são respeitados pois como há poucos passageiros, a tripulação encaminha as pessoas de forma a que toda a gente possa ficar com mais do três lugares para se poder deitar durante a noite.

No barco é servido jantar: carne com lentilhas e arroz, pão, água, iogurte e doogh, bebida à base de iogurte mas ligeiramente salgada.

De manhã, pelas 7h é servido o pequeno-almoço: pão, doce, queijo processado e chá.

Como o barco é iraniano mantem-se a segregação, com a sala da frente destinada a famílias e mulheres, e o compartimento de trás reservado para os homens.

O ambiente e barulhento e confuso, em especial na parte das famílias. É possível o acesso ao exterior do navio.

Ferry boat Bandar Abbas-Sharjah
Ferry boat Bandar Abbas-Sharjah
Ferry boat. breakfast
Ferry boat. breakfast
Ferry Boat. Dinner
Ferry Boat. Dinner
Ferry boat Bandar Abbas-Sharjah
Ferry boat Bandar Abbas-Sharjah
Ferry boat Bandar Abbas-Sharjah
Ferry boat Bandar Abbas-Sharjah
Ferry boat Bandar Abbas-Sharjah
Ferry boat Bandar Abbas-Sharjah

Sharjah até ao Dubai:

Apesar do atraso na partida o ferry boat chegou às 10.30h ao Khalid Port, em Sharjah.

Saindo do barco somos encaminhados para um autocarro que nos deixa em frente aos serviços de imigração. Aí o processo é demorado mas foi dada prioridade aos estrangeiros ocidentais; contudo desde o desembarque até termos o passaporte carimbado é mais de uma hora.

Saindo do portão do Kahlid Port estamos nos Emirados. Para chegar ao Dubai:

  1. Saindo do Khalid Port (Sharjah) caminhar a pé até encontrar um pequeno barco que cruza um canal, estacionado entre barcos de pesca. Ticket: 1 dirham; demora 5 minutos.
  2. Do outro lado caminhar para a direita, atravessando um viaduto onde do lado esquerdo se alinham vendedores de plantas, até encontrar o Terminal de autocarros: Jubail Bus Station. Pode-se perguntar o caminho às pessoas com quem nos vamos cruzando, pois toda a gente sabe onde fica. São menos de 2 km, memorou uns 15 minutos devido ao clima quente e húmido.

Do Khalid Port até Jubail Bus Station são cerca de 5 km se o percurso for feito de carro, pelo que o táxi é também uma alternativa. Contudo o valor proposto pelo taxista foi demasiado elevado pelo que a opção foi ir a pé.

  1. Em Jubail Bus Terminal, apanhar o Inter-Emirates bus para Bur Dubai (Al Gubaiba bus Terminal). A paragem assim como o quiosque de vende de bilhetes é o ultimo do terminal.

Atenção: É necessário comprar um cartão para usar o Inter-Emirates bus, que é válido também para o metro e autocarros no Dubai. Não existe a possibilidade de comprar um bilhete isolado. Assim a opção mais barata para quem pretende permanecer por pouco tempo nos Emirados é comprar o Silver Card da RTA. Vende-se e carrega-se nos terminal de bus e estações de Metro. Custa 25 Dirham com um crédito de 19 dirham de viagens.

  1. A viagem demora mais de 40 minutos, fora das horas de ponta, podendo demorar horas.
  2. Em Al Gubaiba bus Terminal, atravessando um cruzamento encontra-se a entrada para o Metro. Para chegar ao Dubai International Airport apanha-se a Green Line até “Burjuman” e depois muda-se para a Red Line que passa pelos Vários Terminais do Aeroporto Internacional do Dubai. O Silver Card da RTA é válido no metro e pode ser carregado com viagens.
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Khalid Port. Sharjah
Boat the ross the canal between Khalid Port and Sharjah
Boat the ross the canal between Khalid Port and Sharjah
Al Gubaiba Bus terminal. Bur Dubai
Al Gubaiba Bus terminal. Bur Dubai
Al Gubaiba Metro entrance. Bur Dubai
Al Gubaiba Metro entrance. Bur Dubai
Dubai. RTA Silver Card
Dubai. RTA Silver Card

Como atravessar a fronteira Gurbulak–Bazargan (Turquia/Irão)

Devido a problemas na zona Este da Turquia, resultantes dos conflitos entre a comunidade Curda e o Governo Turco, o comboio que geralmente circula entre Ankara e Teerão, o Trans-Asia Express, foi temporariamente cancelado, não havendo data prevista para voltar a circular (informaentre a comunidade Curda e o Govtar a circular. )informaante dos conlitos entre a comunidade Curda e o Goberno Turco, o comboio ções de Setembro 2015). Para mais informações consultar a página: http://www.seat61.com/Iran.htm#train

Contudo a fronteira Kapıköy-Razi, na região Turca de Van, pode ser alcançada de autocarro sem problemas.

 

Outra popular e fácil rota é a fronteira mais a Norte, próximo da Arménia: Gurbulak–Bazargan, tendo esta sido a opção adoptada para a entrada no Irão.

 

Erzurum – Doğubayazıt

A cidade de Erzurum não apresenta muito atractivos, com exceção das montanhas que rodeiam a cidade, e que em poucos meses se irão cobrir de neve, atraindo adeptos do ski.

Apesar disto Erzurum pode ser um ponto de paragem necessário para chegar a Dogubayazit, ultima cidade Turca antes da fronteira com o Irão.

A partir daqui há bus para Dogubayazit, várias vezes por dia, mas é aconselhável sair no início da manhã, pois a viagem até Doğubayazıt leva cerca de 3.5 horas, o que permite chegar a tempo para visitar o Palácio Ishak Pasha que fecha às 17:00.

O bilhete deve ser comprado com antecedência, tanto directamente no terminal de bus (situado a poucos quilômetros longe da cidade e que obriga a uma viagem de taxi) num dos agentes de venda de bilhetes de autocarros, existentes na Nazik Çarsisi Caddesi, uma das ruas perpendiculars à avenida central da cidade, a Kongre Caddesi.

O bilhete custa 30 TL.

 

Doğubayazıt – Gurbulak

Doğubayazıt é a última cidade antes da fronteira.

Aqui é recomendável para passar a noite, para iniciar a viagem ao Irão durante a manhã e evitar chegar a Tabriz demasiado tarde. Tendo saído de Doğubayazıt às 9h30 da manhã somente cheguei a Tabriz pelas 20h.

A cidade é pequena e de fácil de orientação. Os autocarros vindos de Erzurum e de outras cidades param na rua principal. Deste pequeno terminal, são 5 minutos a pé até o escritório/loja de onde partem as mini-vans (dolmus) para a fronteira.

O serviço de mini-vans começam às 7 h da manhã, e saem de Doğubayazıt assim que ficam cheios; a viagem até a fronteira demora cerca de 35 minutos.

Os bilhetes custam 7 TL.

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loja/escritório que vende bilhetes para os dolmus (mini-vans) que fazem o serviço de passageiros até à fronteia
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Rua em Doğubayazıt de onde partem os dolmus para Gurbulak, onde se situa a fronteira Turquia-Irão
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preços da viagem de dolmus, ainda com os valore antigos de Libras Turcas

 

Fronteira Turquia-Irão (Gurbulak- Bazargan)

Apesar da longa fila de camiões, poucas são as pessoas que atravessam esta fronteira, chegando praticamente todas no mesmo dolmus.

Depois de mostrar seu passaporte e visto Turco (o visto impresso) e de se receber o carimbo de saída, é necessário passar para o edifício contiguo onde se situam os serviços de imigração Iranianos.

Esta é a altura em que as mulheres devem colocar o lenço cobrindo a cabeça, não sendo necessário tapar a totalidade do cabelo, para não-muçulmanas.

No lado iraniano é preciso mais tempo para os estrangeiros, pois o passaporte é examinado com detalhe e são feitas algumas perguntas sobre o motivo da viagem e locais a visitar… basta fornecer o itinerário clássico sem entrar em grandes pormenores (Tabriz, Teerã , Esfahan, Yazd, Shiraz…) facilitando a tarefa ao funcionário de serviço.

Depois de carimbado o passaporte e de se atravessar uma porta automática, estamos oficialmente no Irão, onde de imediato avistamos um grupo de homens, que em tom amigável nos fazem perguntas sobre a nossa origem e nos convidam a sentar para tomar um chá. Aqui, de acordo com algumas informações disponíveis na net, existem dois funcionários que são boas fontes de informações sobre o país.

Mesmo à porta dos serviços de imigração, tanto do lado Turco como do lado Iraniano, encontram-se várias pessoas que se oferecem para trocar dinheiro, Libras Turcas, Euros, dólares, Libras… e argumentam que mais tarde não é possível trocar as Libras Turcas, o que é falso, pois podem ser trocadas em Bazargan, e os taxistas do lado Iraniano aceitam TL até ao terminal de autocarros de Maku.

Caso se esteja à vontade com a aritmética, com o valor das notas Iranianas, e em fazer negócios de troca de dinheiro na rua, rodeado de pessoas falando uma língua que nos é estranha, este pode até ser um bom negocio, mas a opção foi espera até chegar a Bazargan.

Atenção à mudança de fuso horário no Irão, onde é 1.5 horas mais tarde do que na Turquia.

Turkey-Iran border (Gurbulak–Bazargan)
Turkey-Iran border (Gurbulak–Bazargan)

 

Bazargan – Maku

Após sair do edifício dos serviços de Imigração é necessário caminhar cerca de 3 km ou tomar um táxi até à pequena povoação de Bazargan, que não é muito mais do que uns edifícios alinhados ao longo da estrada com lojas, restaurantes e pequenos escritórios, onde você pode trocar dinheiro. Não há indicações claras de lojas de câmbios, mas basta perguntar por “exchange” e logo surge alguém que nos encaminha para um escritório ou loja.

As taxas não são as mais favoráveis, e são mais ou menos as mesmas nos vários locais de câmbio. Basta trocar uma pequena quantia necessária para chegar ao próximo destino, Tabriz ou Teerão, onde se conseguem melhores negócios. Aqui também se trocam dólares e euros.

Táxi partilhado custam 20.000 Rial por pessoa até Bazargan.

 

Maku
Maku

Bazargan – Maku

Em Bazargan é necessário um táxi para a próxima cidade, Maku, que fica a menos de 20 minutos, e onde se encontra um terminal de bus, de onde partem autocarros para Tabriz, Teerão, etc…

Táxi partilhado custam 20.000 rials por pessoa.

Não há motivos para ficar em Maku, pelo que a melhor opção é ir directamente para o terminal de bus que fica um pouco afastado da centro da cidade. O terminal dispõe sde vários escritórios de empresas de autocarros, como a informação disponível sobre horários é pouco clara o melhor é simplesmente perguntar pelo destino pretendido e seguramente que alguém nos encaminha para a empresa de onde parte o próximo autocarro.

O terminal de bus Maku tem alguns pequenos restaurantes e sanitários aceitáveis.

Para Tabriz há um bus às 15:00. Atenção à mudança de fuso horário no Irão, onde é mais tarde 1.5 horas.

A viagem até Tabriz leva 6 horas … pois o autocarro faz muitas paragem para recolher e deixar passageiros; talvez uma viagem noturna seja mais rápida…

Bilhetes de autocarro Maku-Tabriz: 110.000 rials

Maku Bus Terminal
Maku Bus Terminal

Fronteira Lao/China… de Vientiane até Kunming

…“keep on moving” acabei de ler esta mensagem inscrita a negro sobre o fundo branco de uma t-shirt: é este o espírito dos últimos meses de viagem. Longos percursos de autocarro, comboio e barcos, muitas horas de espera em terminais de bus e estações de comboios… muitas noites passadas em autocarros. Laos, Camboja, Myanmar… e agora China. Um mês em cada país. Duas estadias em Bangkok para preparação do próximo passo: menos de uma semana em Vientiane para tratar do visto para a China… “keep on moving”!

 

Mais uma vez sou a única não-asiática; a única que fala inglês; a única tem a mochila numa bagageira cheia de sacas, pacotes, caixas e embalagens; a única incapaz de falar a língua dos restantes passageiros limitando a comunicação aos gestos e à boa vontade de quem está por perto.

Desta vez o percurso é entre Vientiane e Menglá, a primeira cidade chinesa que surge no mapa após a passagem da fronteira com o Laos.

 

O inicio da viagem não se revelou auspicioso, com o céu coberto de nuvens cinzentas que têm oferecido episódios de chuva diários que antecedem o inicio da monção, e com um mal-entendido junto do antipático funcionário da bilheteira do terminal de autocarros de Vientiane, relativamente ao preço do bilhete, superior ao que está afixado e que me obrigou a gastar os últimos kips e alguns dos yuan que já tinha adquirido para a China.

Este imprevisto fez com que ficasse sem dinheiro para as refeições durante o resto do dia, limitando-me a uma ração composta de bananas, amendoins, uns pães de massa frita que sobraram do dia anterior e umas bolachas de arroz tufado; os trocos que sobraram nem para a água chegaram, tendo recorrido à desagradável água da torneira devidamente desinfetada com pastilhas purificadoras.

 

As pesadas nuvens cinzentas e o ar quente e húmido de Vientiane deram gradualmente lugar a um céu cada vez mais luminoso, decorado com espessas nuvens de uma brancura imaculada que lhe confere um ar de irrealidade, e com as montanhas que a pouco e pouco se foram erguendo à frente da estrada, tornando-se íngreme e sinuosa, mas cada vez mais verde, de densa floresta de onde sobressaem os tufos dos bambus, com o ar cada vez mais fresco e leve.

 

A viagem em autocarro-cama, cujo facto de ter feito a viagem quase vazio, com pouco mais do que oito passageiros, ofereceu a possibilidade de ter ocupar o compartimento que é destinado a duas pessoas, proporcionado uma viagem confortável e uma agradável noite de sono que terminou com uma espera de uma hora junto ao posto fronteiriço do Laos.

Seguisse a já habitual sequência de entrada de funcionários alfandegários no autocarro, de revista de bagagens pelo exército, verificação de passaportes, carimbos e o preenchimento de documentos, que do lado chinês foi facilitado com a informatização dos serviços que permitem a leitura digital da informação constante do passaporte e a emissão electrónica do cartão de embarque. Tudo simples, rápido e eficiente.

 

À chegada a Menglá, cidade ampla e moderna mas pouco atraente, a ideia inicial de permanecer por uma noite foi substituída pela possibilidade de seguir viagem directamente para Kunming, capital da província de Yunnan.

Esta mudança de planos obrigou a uma espera de seis horas no moderno e luminoso terminal de autocarros de Menglá, onde o odor a urina vido da casa-de-banho se mistura com o cheiro dos cigarros fumados sem restrições na sala de espera, enquanto que nos ecrãs de televisão passam, em modo repetitivo, informação governamental sobre os malefícios do consumo de drogas.

 

Da paisagem do norte do Laos, dominada por montanhas de vegetação selvagem, onde nas regiões mais brandas surgem pequenas aldeias junto a tímidos compôs de arroz, passa-se para a China, onde o cenário igualmente montanhoso está coberto de árvores de borracha, geometricamente disposta ao longo das encostas, formado um monótono padrão e onde a estrada, em vez da habitual sinuosidade, desliza suavemente com viadutos a cruzar vales e túneis a trespassar montanhas.

Olá China!

 

a paisagem do norte do Laos, com um céu de azul intenso raro de encontrar por estas paragens asiáticas, que não encontrei na primeira estadia no norte do Laos, ainda sob o efeito do invernos mês de Fevereiro
a paisagem do norte do Laos, com um céu de azul intenso raro de encontrar por estas paragens asiáticas, que não encontrei na primeira estadia no norte do Laos, ainda sob o efeito do invernos mês de Fevereiro
norte do Laos, região de Oudomxay
norte do Laos, região de Oudomxay
bus ente Vientiane e Menglá... "refeição a bordo"
bus ente Vientiane e Menglá… “refeição a bordo”
a viagem entre Vientiane e a China foi já feita num veículo de uma companhia chinesa; dado os poucos passageiros assim como o motorista serem chineses, as paragens para descanso e para comida foram sempre feitas em restaurantes de proprietários chineses que discretamente se encontram nas estradas secundarias do norte do Laos
a viagem entre Vientiane e a China foi já feita num veículo de uma companhia chinesa; dado os poucos passageiros assim como o motorista serem chineses, as paragens para descanso e para comida foram sempre feitas em restaurantes de proprietários chineses que discretamente se encontram nas estradas secundarias do norte do Laos
Bus entre Vientiane e Menglá
Bus entre Vientiane e Menglá
um dos vários restaurantes que serviu de paragem no percurso no norte do Laos
um dos vários restaurantes que serviu de paragem no percurso no norte do Laos
norte do Laos, região de Oudomxay
norte do Laos, região de Oudomxay
norte do Laos, região de Oudomxay
norte do Laos, região de Oudomxay
norte do Laos, região de Oudomxay
norte do Laos, região de Oudomxay
norte do Laos, região de Oudomxay
norte do Laos, região de Oudomxay
posto fronteiriço do Laos
posto fronteiriço do Laos
posto fronteiriço da China; mais um país comunista a adicionar ao meu curriculum; depois do Vietname e do Laos, só falta visitar Cuba e a Coreia do Norte para completar o naipe dos cinco países que ainda se apelidam de comunistas
posto fronteiriço da China; mais um país comunista a adicionar ao meu curriculum; depois do Vietname e do Laos, só falta visitar Cuba e a Coreia do Norte para completar o naipe dos cinco países que ainda se apelidam de comunistas
primeira refeição chinesa que compensou a fraca ração de bananas, amendoins, pães e arroz tufado, que serviu de alimento durante as 24 horas de viagem entre Vientiane e Menglá
primeira refeição chinesa que compensou a fraca ração de bananas, amendoins, pães e arroz tufado, que serviu de alimento durante as 24 horas de viagem entre Vientiane e Menglá
Viagem em autocarro-cama entre Menglá e Kunming
Viagem em autocarro-cama entre Menglá e Kunming

 

Info (PT) Vientiane até Kunming via Meng La

O autocarro parte do Terminal Norte, localizado na Sithong Road, cerca de7 km do centro da cidade de Vientiane. No terminal situado junto ao mercado central é possível apanhar um autocarro directo, de meia em meia hora, que custa 5000 kip.

 

Kunming: 784.000 kip (aproximadamente)

Partida de Vientiane: 11.00; 14:30
(terças e sextas é autocarro-cama; nos restantes dias são lugares sentados)

Duração da viagem: 30-31 horas

 

Meng La: 351.000 kip

Partida de Vientiane: 11h (terças e sextas é autocarro-cama; nos restantes dias são lugares sentados)

Duração da viagem: 23-24 horas

 

Atenção: os preços afixados no placar do terminal de autocarros estão desactualizados; os preços actuais estão afixados junto à bilheteira numa discreta folha A4 escrita em chinês.

 

Info (EN): Vientiane to Kunming via Meng La

The bus departs from North Terminal, located in Sithong Road, about de7 km from the city center of Vientiane. In terminal located next to the Central Market you can take a direct bus every half hour, which costs 5000 kip.

 

Kunming: 784,000 kip

Vientiane Departure: 11:00; 14:30 (Tuesdays and Fridays is bus-bed and in the remaining days are seats)

Travel time: 30-31 hours

 

Meng La: 351,000 kip

Departure from Vientiane: 11pm (Tuesdays and Fridays is sleeping bus and in the remaining days are normal seats)

Travel time: 23-24 hours

 

Note: the prices displayed on the scoreboard from the bus terminal are outdated; current prices are displayed next to the box office in a discrete A4 written in Chinese

Welcome to the Republic of Union of Myanmar

Welcome to the Republic of Union of Myanmar (República da União de Myanmar): é o que se pode ler à entrada do país que já se chamou Burma, ou Birmânia em português, e que desde 1989 se passou a chamar  oficialmente Myanmar, nome adoptado pelo regime militar que governa o país à 52 anos.

Um rio. Uma ponte. De um lado a próspera e desenvolvida Tailândia, do outro a pobre e desorganizada Burma. De uma lado Mae Sot, do outro Myawaddy. Pouco mais de quinhentos metros separam estes dois países, mas basta cruzar a fronteira para nos deparar-mos com uma realidade bem diferente: recebemos o carimbo de saída com eficiência e prontidão; esperamos pelo carimbo de entrada com desorganização, cartão de entrada impresso nas costa de papel já utilizado para outras cópias, uma sala de espera onde os canos que cruzam o chão empecilham com as cadeiras dispostas desorganizadamente pelo exíguo espaço, e onde o ar quente é afugentado com ventoinhas que aos pouco fazem voar os papéis, mas onde os funcionários da imigração nos recebem com um franco e caloroso sorriso… o primeiro de muitos sorrisos de sincera alegria que caracterizam a população Birmanesa.

A espera junto à fronteira deu para apreciar as diferenças… os novos sabores, os sarongs usados por homens e mulheres, as pilhas de lixo que se acumulam naquilo a que se pode chamar de passeio, os cães doentes aninhados no chão indiferentes a quem passa, o barulho das buzinas a comandar o trânsito caótico, o chão cuspido de paan que sai do bocas tingidas de vermelho, o calor a colar o pó ao corpo constantemente coberto de suor… e os sorriso curiosos da população que não esconde a curiosidade de olhar para os estrangeiros que aqui esperam antes de segui para o próximo destino, e os risos quase infantis de alegria que respondem às tentativas de dizer “olá” em birmanês.

Mae Sot (Tailândia)
Mae Sot (Tailândia)
"Friendship Bridge", nome adoptado frequentemente nas ligaçãoes rodoviárias entre paises quando a fronteira é definida por rios
“Friendship Bridge”, nome adoptado frequentemente nas ligaçãoes rodoviárias entre paises quando a fronteira é definida por rios
"Friendship Bridge"
“Friendship Bridge”
Republic of Union of Myanmar
Republic of Union of Myanmar
Republic of Union of Myanmar
Republic of Union of Myanmar
Republic of Union of Myanmar
Republic of Union of Myanmar

Fronteira Sunauli – Belahiya (Índia/Nepal)

Paz! É a palavra que melhor descreve a sensação que se tem aqui em Lumbini, em especial depois da viagem desde Delhi que demorou praticamente vinte e quatro horas.

O nome leva-nos talvez para as montanhas italianas, mas esta povoação fica no sul do Nepal, na planície húmida e pantanosa junto à fronteira Indiana.

A saída da Índia iniciou-se com uma viagem de 16 horas, mas que com os habituais atrasos se prolongou por mais duas, fazendo com que a chegada a Gorakhpor, tenha sido pelas nove da manhã, altura em que o sol já aquecia inclementemente a poeirenta e suja praça em frente à estação, onde me deparei com mais uma hora de espera, para que o autocarro com destino à fronteira nepalesa, Sunauli, se enchesse de passageiros e iniciasse as três horas de viagem que ainda tinha pela frente.

Ao amanhecer, ainda dentro do comboio, abrigada pela atmosfera artificial do ar-condicionado, do calor e da humidade que já nesta altura do dia se sentem, ia observando as extensos arrozais envoltos na espessa bruma matinal, que criando um véu esbranquiçado diluíam os contornos das poucas árvores que emolduravam a paisagem. Nos canais que separam a linha do comboio dos campos de arroz, crescem nenúfares cujas flores brancas se destacam no denso verde, enquanto no céu se eleva uma bola cor de fogo que a fina neblina filtra permitindo-nos olhar para o sol que vai subindo no horizonte, e que constitui o único elemento de cores quentes que se avista.

O processo burocrático de sair da Índia e entrar no Nepal com o habitual preenchimento de papéis e os obrigatórios carimbos foi simples, rápido e sem complicações, graças à boa vontade dos vários funcionárias da alfândega que prontamente interromperam a leitura do jornal para carimbarem os meus papéis, dando-me prioridade em relação os grupos que aos pouco iam enchendo os escritórios, ao mesmo tempo que ia ouvindo comentários bem dispostos ao facto de o meu visto indiano estar prestes a caducar.

Mas o caminho foi um verdadeiro calvário, feito na altura mais quente do dia, em que percorri a pé a poeirenta rua que liga os dois países, desde a paragem de autocarro, até ao posto de alfândega indiano, daí até ao posto nepalês, e dá até ao terminal de autocarro, passando antes por um posto para trocar a moeda indiana por rupias nepalesas. A rua inteiramente ocupada por uma fila interminável de camiões de mercadorias, ladeada por uma sucessão ininterrupta de lojas intercaladas por alguns restaurantes, cujo aspecto me dissuadiu de lá comer, prolongando e meu jejum por mais umas horas, enquanto o suor ia ensopando a roupa e a mochila se ia fazendo cada vez mais pesada. Seguisse mais um transbordo e finalmente o autocarro para o destino final, Lumbini, que se considera ser o local de nascimento de Buddha, sempre feito por estradas em mau estado, em veículos acanhados e cheios de gente.

Sonauli. Fronteira Índia-Nepal
Sonauli. Fronteira Índia-Nepal
Sonauli. Fronteira Índia-Nepal
Sonauli. Fronteira Índia-Nepal
Bilhete de comboio indiano referente à ultima viagem que fiz: Delhi-Gorakhpor... perfazendo 9038 quilómetros em comboios indianos
Bilhete de comboio indiano referente à ultima viagem que fiz: Delhi-Gorakhpor… perfazendo 9038 quilómetros em comboios indianos
Posto de venda de bilhetes de autocarro na povoação de Lumbini
Posto de venda de bilhetes de autocarro na povoação de Lumbini

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Sou a Catarina, uma viajante de Lisboa, Portugal… ou melhor, uma mochileira com uma máquina fotográfica!

Cada palavra e foto aqui presente provém da minha própria viagem — os locais onde fiquei, as refeições que apreciei e os roteiros que percorri. Viajo de forma independente e partilho tudo sem patrocinadores ou anúncios, por isso o que lê é real e sem filtros.

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