E por um mal entendido entre mim e os taxistas de Litang, em resultado da minha fraca pronúncia chinesa e do reduzido conhecimento demonstrado pelos tibetanos em relação ao mandarim, acabei ir parar a Kanding, próximo de Garzé, em vez de Ganzi… em vez de rumar a Norte vi-me a caminho de Chengdu, na direcção Este, obrigando-me a passar uma noite na desinteressante cidade de Kanding.
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Mas como sempre, mesmo as contrariedades e os desapontamentos trazem acontecimentos que se estivermos receptivos a aceitar, se tornam positivos: e assim, no hostel onde me refugiei encontrei dois chineses que em férias escolares andavam à boleia pela região Oeste de Sichuan.
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E assim começou uma agradável aventura de três dias pela região de Kangding, que nos levou, em função das boleias que apanhávamos, até às colinas verdejantes de Tagong, ao sky burial perto de Luhuó e à incrível cidade-mosteiro de Sertar.
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A generosidade chinesa foi bem evidente nestes dias, com inúmeros veículos a parar para nos oferecer boleia, com excepção dos camiões aos quais está interdito transportar estrangeiros, disponibilizando-se para nos arranjar espaço mesmo quando o carro aparentemente ia quase cheio, oferecendo-nos água e comida e parando junto a templos, mosteiros ou locais que proporcionam boas vistas sobre as paisagens desta região, onde a presença tibetana é evidente e a religião budista está bem presente pelas inúmeras stupas e bandeiras de orações que se evidenciam no topo das colinas.
Fácil, fácil andar à boleia pela China, mas é praticamente indispensável falar a língua ou viajar na companhia de chineses!
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