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Lumbini

Lumbini não é mais do que uma pequena povoação, que se desenvolve ao longo de uma rua, e que proporciona alojamento, restaurantes, bancos e postos de internet aos turistas que aqui vêm. Optei por ficar alojada fora da povoação, no interior do recinto construído com o intuído de reunir diversos templos e preservar e valorizar o espaço em volta deste local, sagrado para os mais de um bilião de budistas.

De noite, ainda sobre o efeito da diferença horária que não me permite equilibrar os horários do sono, oiço o silêncio a ser ocupado pelo incessante cantar das cigarras e pelo coaxar das rãs, ao qual à vezes se sobrepõe o misto de uivos com riso escarninho de uns animais selvagens que por aqui vagueiam, um misto de cão e hiena. Reina uma calma absoluta apesar de todas estas manifestações da natureza.

Praticamente não circulam veículos motorizados pelo recinto, sendo a única forma de transporte a bicicleta ou os rickshaws, ou para os mais corajosos o caminhar a pé, que se é desencorajador pelo calor e pelas poucas árvores que se encontram junto aos caminhos que serpenteiam o parque. À volta, estendem-se vastas planícies de arrozais, recém plantados, que nesta altura se apresentam de um verde brilhante.

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Campos de arroz que se estendem à volta do parque
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Campos de arroz que se estendem à volta do parque
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Entrada do parque onde se encontram as ruinas que identificam olocal onde Buddha nasceu, assim como vários templos, gompas, stupas e pagodas relacionadas com o budismo
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Junto à entrada do parque, os rickshaw esperam pela chegada dos visitantes, pois é a forma mais fácil de conhecer o vasto espaço onde os vários templos e mosteiros se encontram a grande distância

Os dias foram passando calmamente, com passeios de bicicleta de manhã ou ao fim da tarde de forma a evitar o calor que torna os dias quase insuportáveis, explorando o parque que alberga mosteiros, templos, pagodas e stupas, construídos por diversos países, assim com um centro de meditação Vipassana e instituições culturais; uma área de aproximadamente dose quilómetros quadrados, densamente arborizada em torno de lagos e zonas pantanosas, disposta em volta do Jardim Sagrado, local onde se encontra a Maya Devi Mandir que corresponde ao local onde Buddha nasceu, na altura com o nome de Siddhartha Gautama, aproximadamente no anos 543 AC.

Lumbini, juntamente com Bodh Gaya, Sarnath e Kushinagar são locais sagrados para os budistas, correspondendo respectivamente aos locais onde Buddha atingiu a iluminação, onde deu o primeiro sermão e onde deixou a sua existência terrena. Em Bodh Gaya junto à árvore de “bodhi” esteve em meditação até atingir a iluminação, morrendo ao fim de 49 dias, deixando de ser Siddhartha, tornando-se Buddha e libertando-se dos ciclos de nascimento e morte.

“After I am no more, Ananda! Men of belief will visit this faitful curiosity and devotion to the four places – where I was born… attained enlightenment… gave the first sermons… and passed into Nirvana” The Buddha (543-463 AC).

Como se costuma dizer: “ninguém é profeta na sua terra”, Buddha passou praticamente toda a sua vida no norte da Índia, sendo Lumbini o único dos quatro locais sagrados que se localiza no Nepal. Para os hindus, Buddha é visto como a sétima incarnação de Vishnu, sendo por isso objecto de culto e de festividades juntamente com o restante panteão de deuses e deusas do hinduísmo.

Lumbini
Lumbini: interior do parque
Mosteiro Chinês, sem duvída o maior de todos os conjuntos de edíficios que integram este recinto
Mosteiro Chinês, sem duvída o maior de todos os conjuntos de edíficios que integram este recinto, actualmente em expansão para poder também albergar visitantes
Templo do Mosteiro Chinês
Templo do Mosteiro Chinês
Mosteiro Chinês
Mosteiro Chinês
Mosteiro Chinês
Mosteiro Chinês
Canal que constitui o eixo central do recinto, em volta do qual, através d eum intrincado conjunto de arruamentos de acede aos vários templos, stupas e mosteiros
Canal que constitui o eixo central do recinto, em volta do qual, através de um intrincado conjunto de arruamentos de acesso aos vários templos, stupas, pagodas e mosteiros
Templo Budista da Malásia
Templo Budista da Malásia
Stupas do templo Budista Nepalês
Stupas do templo Budista Nepalês
interior do templo Budista da Malásia
Interior do templo Budista da Malásia
Jardim sagrado onde diáriamente monges budistas se reunem para orações e meditação
Jardim sagrado onde diáriamente monges budistas se reunem para orações e meditação
Bandeiras de orações junto à Coluna de Ashokan
Jardim Sagrada: bandeiras com orações junto à Coluna de Ashokan
Maya Devi Mandir: edificio que abriga os vestigiios arqueológicos correspondentes a uma antiga "stupa" constuída no local onde Buddha nasceu
Maya Devi Mandir: edificio que abriga os vestigios arqueológicos correspondentes a uma antiga “stupa” constuída no local onde Buddha nasceu
Árvore de "bodhi" com as bandeiras de orações no Jardim Sagrado
Árvore de “bodhi” com as bandeiras de orações no Jardim Sagrado
vestigios arqueológicos junto à Maya Devi Mandir, e ao tanque que é venerado como o local onde a mãe de Buddha se banhou
vestigios arqueológicos junto à Maya Devi Mandir, e ao tanque que é venerado como o local onde a mãe de Buddha se banhou

Com o fim da monção, as regiões no sopé dos Himalaias, voltam ao calor e á humidade típicos do clima sub-tropical. Durante a maior parte do dia o corpo é invadido por um torpor que se alastra ao espírito, fazendo com que a mente se dissipe, entregando-se somente ao som incessante das cigarras e dos grilos que enchem o ar. A humidade impede que o suor que constantemente escorre pela pele, mesmo quando o corpo está imóvel, seque e vá ensopando a roupa, colando-a ao corpo e encarquilhando as páginas do livro que pousa preguiçosamente entre as mãos.

Nem ao fim do dia, que lentamente vai fundindo os contornos das árvores no negro da noite, trás algum alívio ao peso do calor. Enquanto do interior do templo, iluminado por pequenas velas e lamparina, saem os rítmicos cânticos das orações proferidas pelos monges budistas, morcegos atravessam os espaço trazendo nas suas asas o silêncio, enquanto cá fora cresce o som das cigarras e do coaxar das rãs, criando uma sinfonia perfeita para uma noite quente.

Lumbini
Lumbini
Lumbini. Mosterio Coreano
Lumbini. Mosterio Coreano

No Mosteiro Coreano, os dias são passados a um ritmo lento, marcado pelas refeições e pelas orações no templo, que são sempre anunciadas pelo toque do sino. Pelas cinco da manhã, ainda antes do nascer do sol, ouve-se o chamamento para as orações, que marcam o início do dia,  já com o despontar da luz a dar volume e côr ao enorme e maciço edifício de betão que constitui o templo, onde antes somente se via o seu volume negro recortado contra o azule escuto do céu nocturno.

O pequeno-almoço é servido pontualmente às seis horas no alpendre de um dos edifícios que servem de alojamento aos monges e também a quem se encontra de visita, em camaratas de quatro pessoas ou em quartos individuais para quem permanece por longas temporadas. Tanto esta primeira refeição como almoço e o jantar, servidos pelas 11.30 e pelas 6h, respectivamente, não apresentam variações em termos de comida: pickle de couve, uma leve sopa de lentilhas e um desanimado estufado de vegetais, que alternou entre, batata, beringela, tomate, curgete, feijão verde e quiabos, sempre a acompanhar com arroz cozido em panela de pressão, que lhe confere uma consistência maciça e compacta… uma desilusão depois da rica comida indiana e que não constitui um bom cartão de visita para a comida nepalesa. Mas há que reconhecer que se trata de um mosteiro, onde o propósito não é a comida e onde se pode ficar alojado por umas modestas 300 rupias nepalesas, cerca de 2.25€, incluindo as três refeições.

O ambiente é calmo e organizado, mesmo tendo em conta as mais de trinta pessoas que aqui estão alojadas, mas estes quatro dias passados em Lumbini deixaram-me com a sensação de que ainda não estou no Nepal.

Interior do templo do Mosterio Coreano.
Interior do templo do Mosterio Coreano.
Templo do Mosterio Coreano.
Templo do Mosterio Coreano
Mosteiro Coreano. Aqui não existem chuveiros, sendo o banho, de água fria, tomado com a ajuda de bacias e baldes.
Mosteiro Coreano. Aqui não existem chuveiros, sendo o banho, de água fria, tomado com a ajuda de bacias e baldes.
Mosterio Coreano. Camarato onde fiquei alojada e que partilhei com coreanas, chinesas e japonesas
Mosterio Coreano. Quarto onde fiquei alojada e que partilhei com coreanas, chinesas e japonesas
Mosterio Coreano em Lumbini
Mosterio Coreano em Lumbini

 

A comida do Sul da Índia

A todos os atractivos que o sul da Índia apresenta, em particular o estado de Tamil Nadu, há que somar a comida, que aqui apresenta uma maior diversidade de legumes e de especiarias, resultando numa grande variedade de sabores, cores e aromas, dominado o picante, sendo servida em folhas da bananeira e acompanhada com o omnipresente arroz cozido, que no sul substitui os chapatis que no norte as acompanham sempre as refeições. O que também nunca falta são os papadis, uma fina folha de massa de grão condimentada com especiarias e que é frita ficando estaladiça.

Para o pequeno almoço são servidas as dosas, uma espécie de crepe muito fino e estaladiço, feito com farinha de arroz e de lentilha, recheado com legumes (quase sempre batata) e servida com um chutney de côco, fresco e picante, e com o sambar, um caril de legumes pouco espesso, onde o dosa vai sendo embebida.

Esta combinação de sambar e chutney pode também acompanhar os iddlys, uns pães não fermentados feitos de farinha de lentilha, que são cozinhados ao vapor, ou as wadas (ou vadas), umas argolas de massa feita com farinha de lentilha, aromatizada com especiarias e frita em óleo.

Mas a revelação foi o pongal, uma pasta feita de arroz muito cozido, temperada com cominhos, sementes de mostarda, pedaços de gengibre fresco e cajus, tudo envolvido em ghee e cozinhado com muitas folhas de carril. À semelhança das outras alternativas de pequeno almoço, o pongal é também servido com chutney de côco e com sambar ou outro caril de legumes.

A folha de carril, que aqui é usada fresca aparece em quase todos os pratos servidos nas tradicionais refeições, thalis, constituídas por arroz e um conjunto de três ou mais acompanhamentos. Muitas das refeições incluem o chamado de butter milk, que é uma espécie de leite, mais aguado e ligeiramente fermentado que lhe confere um sabor ligeiramente ácido e que é servido ligeiramente temperado de sal.

Mas mais frequente do que o butter milk, é o iogurte que é misturado com o arroz e os restantes acompanhamentos que constituem uma refeição típica do sul da Índia.

Nos pratos tradicionais do sul, utiliza-se muito o côco, tanto o fruto, o “leite” como o óleo, a por vezes a flor e o tronco da bananeira. O panner que no norte era uma constante, aqui no sul tem uma presença muito discreta.

Quanto ao pão… nada de naans, nem de chappati ou rotis… aqui são parothas, feitas de massa muito elástica que é estendidas com ajuda de óleo, batendo a massa sobre a bancada até ficar fina e começar a rasgar, altura em que se dá um nó atando as pontas para depois de repousar ser novamente estendida rusticamente com a mão, e cozinhada sobre uma chapa, muitas vezes aquecida com lenha; são fofas e separam-se em camadas… e claro que acompanham com um caril de vegetais, sendo servidas geralmente ao fim da tarde, como lanche.

O dahl, estufado de lentilhas, que é servido aqui no sul, espesso e consistente, em nada se compara com o que geralmente se encontra no norte do país: bastante líquido, assemelhando-se mais a uma sopa.

O sempre presente chai, é bebido a qualquer hora por toda a Índia, tanto após as refeições como a acompanha-las, servindo também de pretexto para fazer um pequena pausa durante o dia de trabalho. Em Tamil Nadu, o chai é substituído por café, igualmente açucarado e bebido com leite, é servido em copos de metal, que por sua vez vêm dentro de um taça cilíndrica, também de metal; antes de ser bebido, o café é despejado de um recipiente para outro, várias vezes, antes de ser bebido.

Também no sul se encontra nesta altura do ano uma maior variedade de legumes: para além da batata, cenoura e ervilha, aqui encontram-se caris feitos com vegetais de folha verde, kelas (uma espécie de pepino de casca rugosa de sabor intensamente amargo mas que se diz ser bastante benéfica para purificar o sangue), drumstick (moringa), côco, banana e jaca (jackfuit), assim como uma grande variedade de legumes que muitas vezes não consigo identificar.

Quanto à fruta, dominam as mangas e as bananas, que se apresentam muitas variedades, não só no aspecto exterior como no sabor. O côco também é vendido em todo o lado, sendo a sua polpa comida, com o auxilio de uma lasca da casca do côco, cortada certeiramente com uma catana, após se ter bebido o líquido do interior.

Thali típico do sul da Índia, servido sobre folha de bananeira e composto por uma grande variedade de caris, servidos em pequenas taças... o arroz veio mais tarde!
Thali típico do sul da Índia, servido sobre folha de bananeira e composto por uma grande variedade de caris, servidos em pequenas taças, um puri, muitas vezes servido como pequeno almoço e um papadi… o arroz veio mais tarde!
Porothas acabadas de fazer
Porothas acabadas de fazer
um das muitas bancas que na rua sevem snacks e refeições ligeiras. A massa das porothas, é estendida e esticada até ficar muito fina , sendo depois enrolada formando um nó para depois de repousar, ser estendida com a mão
um das muitas bancas que na rua sevem snacks e refeições ligeiras. A massa das porothas, é estendida e esticada até ficar muito fina , sendo depois enrolada formando um nó para depois de repousar, ser estendida com a mão
Os pequenos pães brancos são iddlys, que juntamente com a wada acompanham um sambar e um chutney de côco. Como este pequeno-almoço foi comido num restaurante com mais categoria, foram servidos ainda mais dois condimentos, um à base de menta e o outro uma pasta vermelha e muito picante
Os pequenos pães brancos são iddlys, que juntamente com a wada acompanham um sambar e um chutney de côco. Como este pequeno-almoço foi comido num restaurante com mais categoria, foram servidos ainda mais dois condimentos, um à base de menta e o outro uma pasta vermelha e muito picante
Preparação dos iddlys, em que a massa liquida é deitada sobre um prato metálico próprio, com pequenas concavidades. O pano serve para impedir que a massa escorra pelos pequenos orifícios do prato que permitem aos iddlys serem cozinhados ao vapor, em grandes panelas metálicas
Preparação dos iddlys, em que a massa liquida é deitada sobre um prato metálico próprio, com pequenas concavidades. O pano serve para impedir que a massa escorra pelos pequenos orifícios do prato que permitem aos iddlys serem cozinhados ao vapor, em grandes panelas metálicas
pongal... uma especialidade servida ao pequeno-almoço por todo o estado de Tamil Nadu, acompanhado por um chutney de côco e pelo sambar. A mistura vermelha é uma pasta de malagueta que nunca cheguei a utilizar pois o prato em si já é picante e bastante condimentado. Come-se misturando os acompanhamentos e o pongal com os dedos.
pongal… uma especialidade servida ao pequeno-almoço por todo o estado de Tamil Nadu, acompanhado por um chutney de côco e pelo sambar. A mistura vermelha é uma pasta de malagueta que nunca cheguei a utilizar pois o prato em si já é picante e bastante condimentado. Come-se misturando os acompanhamentos e o pongal com os dedos.
Experimentai o pongal por sugestão deste rapaz nepalês com quem partilhei a mesa de um restaurante em Madurai. Como é tradicional por aqui, o pequeno-almoço é acompanhado pelo café, com leite, servido num copo metálico, e que é servido juntamente com uma taça, para a qual o café é vertido diversas vezes antes de ser bebido pelo copo.
Experimentai o pongal por sugestão deste rapaz nepalês com quem partilhei a mesa de um restaurante em Madurai. Como é tradicional por aqui, o pequeno-almoço é acompanhado pelo café, com leite, servido num copo metálico, e que é servido juntamente com uma taça, para a qual o café é vertido diversas vezes antes de ser bebido pelo copo.
Este foi um dos mais tradicionais restaurantes que encontrei em Thanjavur, em que nem prato havia, sendo a comida servida directamente em folha de bananeira colocada em cima da mesa. As doses de arroz são sempre exageradas. Os acompanhamentos vão sendo servidos sempre que um empregado passa com pequenos baldes e se apercebe que não são suficientes para acompanhar a dose de arroz, podendo-se repetir as vezes que se quiser.
Este foi um dos mais tradicionais restaurantes que encontrei em Thanjavur, em que nem prato havia, sendo a comida servida directamente em folha de bananeira colocada em cima da mesa. As doses de arroz são sempre exageradas. Os acompanhamentos vão sendo servidos sempre que um empregado passa com pequenos baldes e se apercebe que não são suficientes para acompanhar a dose de arroz, podendo-se repetir as vezes que se quiser.
Num dos restaurantes tradicionais de Thanjavur, onde repousam em cima da mesa os "baldes" de onde é servida a comida
Num dos restaurantes tradicionais de Thanjavur, onde repousam em cima da mesa os “baldes” de onde é retirada a comida que é servida nas folhas de bananeira
paan... mistura de nóz moscada partida em pequenos pedaços e que pode ser misturada com vários outros ingredientes, incluíndo tabaco. Esta é uma versão adocicada que é frequentemente consumida após as refeições, sendo colocada na boca até humedecer e posteriormente mastigada. Acredita-se que reduz a acidez da boca após a refeição e assim previne as cáries. Contudo o consumo diário e excessivo de paan provoca manchas vermelhas nos dentes que se vêm frequentemente entre a população mais pobre.
paan… mistura de nóz moscada partida em pequenos pedaços e que pode ser misturada com vários outros ingredientes, incluíndo tabaco. Esta é uma versão adocicada que é frequentemente consumida após as refeições, sendo colocada na boca até humedecer e posteriormente mastigada. Acredita-se que reduz a acidez da boca após a refeição e assim previne as cáries. Contudo o consumo diário e excessivo de paan provoca manchas vermelhas nos dentes que se vêm frequentemente entre a população mais pobre.
Uma fruta frequente do sul que não consegui fixar o nome: O sabor e textura assemelham-se a uma anona, mas o exterior parece um kiwi
Uma fruta frequente do sul que não consegui fixar o nome: O sabor e textura assemelham-se a uma anona, mas o exterior parece um kiwi
Encontra-se uma grande variedade de bananas nos mercados e nos vendedores ambulantes que percorrem as ruas das cidades por onde passei.
Encontra-se uma grande variedade de bananas nos mercados e nos vendedores ambulantes que percorrem as ruas das cidades por onde passei.
Este vegetal encontra-se em quase todos os pratos de caril que comi. É cozinhado cortado em pequenos troços, mas mesmo assim, somente se pode comer o seu interior, pois a parte exterior é demasiado fibrosa
Este vegetal encontra-se em quase todos os pratos de caril que comi. É cozinhado cortado em pequenos troços, mas mesmo assim, somente se pode comer o seu interior, pois a parte exterior é demasiado fibrosa
Um dos mais conhecidos restaurantes de Madurai, onde no piso de baixo é servida comida de modo informal, e no piso de cima, geralmente reservado a homens de negócios e a estrangeiros, a mesma comida é servida com acréscimo de 20% no preço devido ao serviço melhorado e ao ar-condiconado... quase que à força tentaram.me encaminhar para o piso superior, mas consegui vitoriosamente comer onde queria
Um dos mais conhecidos restaurantes de Madurai, onde no piso de baixo é servida comida de modo informal, e no piso de cima, geralmente reservado a homens de negócios e a estrangeiros, a mesma comida é servida com acréscimo de 20% no preço devido ao serviço melhorado e ao ar-condiconado… quase que à força tentaram.me encaminhar para o piso superior, mas consegui vitoriosamente comer onde queria
Hotel Saravana Bhavan... uma das maores cadeias de restaurantes do sul da Índia. Em Tamil Nadu é frequente os restaurantes chamarem-se de "hotel"... os hoteis são geralmente denominado de "lodge" mas nem sempre é assim, e acaba por causar alguma confusão.
Hotel Saravana Bhavan… uma das maiores cadeias de restaurantes do sul da Índia. Em Tamil Nadu é frequente os restaurantes chamarem-se de “hotel”… os hoteis são geralmente denominado de “lodge” mas nem sempre é assim, e acaba por causar alguma confusão.

Para mim, a comida do Sul da Índia, em especial no estado de Tamil Nadu, é uma das melhores de todo o país, tendo somente como rival a comida do estado de Gujarat, com uma grande variedade de sabores e de ingredientes, intensa, picante e com o certo exotismo tropical não deixando se se apresentar simples e despretensiosa. Tudo isto torna uma refeição numa deliciosa experiência para os sentidos.

O Sul da Índia é um paraíso para vegetarianos, sendo frequente encontrar restaurantes “pure veg” assim como comida de rua sem produtos animais. Contudo, os laticínios estão presentes tanto no chai como no iogurte que frequentemente faz parte do thali.

Cada visita a Chennai, comumente chamada de Madras, constitui um deleite para o paladar, com muitas opções para explorar as especialidades gastromómicas do sul da India, desde sofisticados restaurantes a simples refeitórios, sem esquecer a comida de rua!!

Uma deliciosa memória!!!



Manali e Old Manali

Deixando para trás o rio Parvati, seguimos para norte ao longo do vale de Kullu, até à cidade de Manali, numa viagem totalmente feita em autocarros publico, com três trasbordos e que demorou umas 4 horas, sempre ao longo do turvo e tumultuoso rio Beas.

Deparámos com uma cidade que vive muito do turismo indiano, que foge das altas temperaturas que nesta altura do ano tornam praticamente toda a Índia num verdadeiro braseiro, com Delhi a atingir os 47 graus.

Aqui o tempo é ameno, mas sujeito aos caprichos da montanha, com o clima a variar  abruptamente entre sol e calor, chuva e vento, e sempre com uma descida da temperatura à noite.

Para nos afastarmos do habitual frenesim das cidades, optámos por subir uma das encostas que circunda Manali, em direção à aldeia que deu o nome à moderna cidade: Old Manali.

Ficámos alojados numa guesthouse, a Mountain Dew, situada no caminho que liga as duas povoações e que se encontra repleta de lojas de artesanato, postos de internet, agências de viagens, restaurantes, cafés, alojamentos e tudo o mais que possa ser útil para um turista ocidental. Mais acima, no topo da encosta, encontra-se a aldeia de Old Manali, que contrasta totalmente com todo este cenário, onde se conserva o ambiente rural.

Em Old Manali encontram-se ainda as habitações tradicionais construídas em madeira e pedra, com os telhados feitos com pesadas pedras de xisto, semelhantes às que encontrámos nas aldeias de Parvati, mas com a particularidade destas apresentarem as entradas das casas decoradas com motivos religiosos, como a suástica (que para os hindus representa a roda da vida), pintados rusticamente com os dedos em cores ocre.

Old Manali
Old Manali

Pequeno templo no topo da aldeia de Old Manali
Pequeno templo no topo da aldeia de Old Manali

Old Manali
Old Manali

Old Manali
Old Manali

Old Manali
Old Manali

Old Manali
Old Manali

Templo dedicado a Manu em Old Manali
Templo dedicado a Manu em Old Manali

Casa tipica de Old Manali
Casa tipica de Old Manali

Almoço em Manali
Almoço em Manali: Gujarati Thali (uma desilusão) e Bangan Bartha, à base de beringela, cebola e tomate… uma delícia

Subindo as montanhas junto à aldeia de Old Manali
Subindo as montanhas junto à aldeia de Old Manali

Enquanto esperávamos para que a estrada para o vale de Spiti fosse aberta, pois ainda se encontrava cortada pela neve, impedindo a circulação automóvel, os dias foram passados entre visitas à cidade de Manali para saborear a tradicional comida indiana, e uns curtos passeios pelas encostas à volta de Old Manali.

Apesar da guesthouse em que ficámos ter todas as comodidades, como casa de banho privativa com água quente todo o dia (desde que houvesse eletricidade, claro!), internet no quarto, uma varanda com vista para as montanhas, restaurante com boa comida e uma pequena esplanada, ao fim do terceiro dia deparámo-nos com algumas borbulhas na pele aparentemente resultantes de picadas de insectos; reclamámos e ficamos a saber que eram “bed bugs” que em português deve ser qualquer coisa parecida com percevejos. Nunca chegamos a ver nenhum, mas o nome é deveras nojento e foi, de longe, a pior “companhia” que tivemos ao longo desta viagem, onde já partilhamos o quarto com osgas, aranhas “peludas” do tamanho da palma da mão, centopeias, uma família de ratinhos do campo e uma grande variedade de pequenos insectos voadores.

Mudámos de quarto e toda a nossa roupa foi para a lavandaria, o que resolveu o problema; contudo ainda subsistem algumas marcas na nossa pele, ughhhh!

Os dias foram passando calmamente o que nos permitiu ir conhecendo melhor o grupo de rapazes que geriam a guesthouse, todos indianos mas de outras zonas do país, que com idades entre os 20 e os 23 anos estavam à frente deste e de outros negócios em Goa, para onde se mudam no Inverno. Representam um pouco da nova geração que nada têm a ver com a Índia tradicional e mística que é vendida nos folhetos turísticos; estão claramente virados para os negócios, para o dinheiro e tudo o que dele possa oferecer em termos materiais, procuram o estilo de vida ocidental, que transparece nas roupas, tatuagens, estilo de música, fumam, não têm qualquer vínculo religioso e para eles o casamento está fora de questão, pois a vida é para curtir! Boys will be boys…

Para nosso descontentamento, os dias na guesthouse eram “animados” com a seleção musical dos nosso amigos, que ia desde o hip-hop indiano, passando pelo rock, os clássicos da música pop e o trase-psicadélico que era debitado em elevados decibéis de umas insignificantes colunas, que nos obrigavam a procurar outros restaurantes e cafés para descansar os ouvidos!

Para compensar, o Bruno foi-se imiscuindo na cozinha da guesthouse, de onde saiam bons pitéus, e onde foi aprendendo os segredos da confecção de alguns dos pratos que íamos comendo, como por exemplo do “dal makhani”, um prato tradicional no norte da Índia e do Nepal, à base de lentilhas e feijão que é acompanhado de arroz.

Ficámos a saber o “segredo” de ter sempre arroz solto, sem ter que o preparar na hora nem ficar com o aspecto e o sabor requentado… Até agora o arroz preparado pelo nosso amigo foi o mais saboroso que até agora comemos aqui na Índia, pois geralmente é confecionado particamente sem sal, e por vezes servido aos grumos.

Cozinha da Mountain Dew Guesthouse, em Old Manali
Cozinha da Mountain Dew Guesthouse, em Old Manali

Cozinha da Mountain Dew Guesthouse, em Old Manali
Os ingredientes…

Os ingredientes secretos....
Os ingredientes secretos….

A equipe!
A equipe!

Preparando o Dal
Preparando o Dal Makhani

O sempre presente leite da marca AMAL, que também tem manteiga e natas... uma constante em toda a India
O sempre presente leite da marca AMAL, que também tem manteiga e natas… uma constante em toda a India

Na cozinha...
Na cozinha… a todo o gaz!

Eis o resultado!!
Eis o resultado!!

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Sou a Catarina, uma viajante de Lisboa, Portugal… ou melhor, uma mochileira com uma máquina fotográfica!

Cada palavra e foto aqui presente provém da minha própria viagem — os locais onde fiquei, as refeições que apreciei e os roteiros que percorri. Viajo de forma independente e partilho tudo sem patrocinadores ou anúncios, por isso o que lê é real e sem filtros.

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