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Stepping Out Of Babylon

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Pela estrada fora… viajar no Cambodia

Autocarros e mais autocarros. A principal forma de viajar no Camboja, um pais onde a linha de caminho de ferro existente, construído essencialmente durante a presença francesa no território então chamado de Indochina, está praticamente descativada devido ao degradado estado de conservação, encontrando-se somente a funcionar alguns serviço de transporte de mercadorias.

Contudo, não existe uma companhia estatal de transporte de passageiros, sendo a ligação entre as várias cidade assegurada por muitas pequenas e grandes companhias privadas, que oferecem diferentes ligações, diferentes horários e diferentes preços, sendo o conforto da viagem directamente proporcional ao que se pretende gastar.

Tenho escolhido a sempre estrategicamente bem posicionada no centro das várias cidades, a Capitol Tours, cujos autocarros não são nem bons nem demasiado maus, são velhos mas não decrépitos, sempre com um discreto ar-condicionado, estofos em napa de textura pegajosa, cortinas florida, com rendas e drapeados, sem casa-de-banho mas com muitas paragens para descanso e refeições, às vezes paragens a mais… mas infelizmente todas as viagens são acompanhadas por música ou filmes.

De Battambang até Phom Pehn. Trezentos quilómetros. Uma verdadeira viagem vinda dos infernos, agravada pelas poucas horas de sono que um inesperado convívio com outros viajantes, obrigou. Apesar do razoável conforto do autocarro e da não menos razoável condição da estrada, a viagem que aparentava poder proporcionar algumas horas de sono, foi violentamente corrompida pela exibição continua de filmes de artes marciais, aparentemente de origem em Hong-Kong, que o motorista fez questão de exibir em volume muito elevado, intensificando os efeitos sonoros das lutas marciais e os gritos emitidos pelas estridentes vozes dos actores.

A paisagem, foi-se desenrolando monotonamente, entre arrozais de perder de vista, maioritariamente ainda secos à espera da monção e pequenos aglomerados de casas que se vão dispondo em fila, à beira da estrada, semicobertas do pó que  a passagem dos veículos liberta das bermas não pavimentadas que ladeia o estreito betuminoso que constitui as duas faixas de rodagem.

Em trinta dias foram somente 1560 quilómetros de percurso rodoviário, feito sempre de autocarro, com excepção dos 500 quilómetros feitos em mini-van entre Stung Treng e Siem Reap, numa visita que excluiu toda a zona Este do Camboja.

Mas muitos foram os quilómetros feitos de bicicleta, que se revelou ser a melhor maneira para visitar os templos de Angkor, assim como para percorrer as cidades de Siem Reap e Battambang, revelando-se tarefa demasiado arriscada para ser tentada em Phom Penh, onde as ruas da cidade foram quase sempre vencida a pé, ou quando o calor pesava demasiado, em moto-táxi.

Autocarro com a habitual fotografia da família real
Autocarro com a habitual fotografia da família real

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Capitol Tour... uma companhia quase sempre presente em todas as viagens de autocarro
Capitol Tour… uma companhia quase sempre presente em todas as viagens de autocarro
Autocarros em cujo interior se podem encontrar posters de flores, bébés e cachorros, onde domina o kitsch e o côr-de-rosa, aos quais se junta a habitual parafrenália religiosa
Autocarros em cujo interior se podem encontrar posters de flores, bébés e cachorros, onde domina o kitsch e o côr-de-rosa, aos quais se junta a habitual parafrenália religiosa
... pela estrada fora.... num tuk-tuk
… pela estrada fora…. num tuk-tuk
travessia de ferry junto a Strung Treng. apesar dos muitos rios que atravessam o pais, não se proporcionaram as viagens de barco, pois com a construção de novas pontes e estradas têm sido encerradas diversas ligações fluviais
travessia de ferry junto a Strung Treng. apesar dos muitos rios que atravessam o pais, não se proporcionaram as viagens de barco, pois com a construção de novas pontes e estradas têm sido encerradas diversas ligações fluviais
refeição tipica para longas viagens: ovos cozidos, bananas e arroz
refeição tipica para longas viagens: ovos cozidos, bananas e arroz
Bicicleta alugada em Siem Reap, que permitiu visitar os templos de Angkor sem recorrer a tuk-tuk, caros e sempre com pressa, e ainda deambular pela cidade aproveitando o fresco da noite
Bicicleta alugada em Siem Reap, que permitiu visitar os templos de Angkor sem recorrer a tuk-tuk, caros e sempre com pressa, e ainda deambular pela cidade aproveitando o fresco da noite
... pela estrada fora
… pela estrada fora

Sobre a comida no Camboja

Em resumo, pode-se dizer que o Camboja não é um país fácil para vegetarianos, pois este é um conceito estranho neste país onde domina o consumo de carne. Mas há sempre opções como as sopas de noodles, os caris e alguns snacks que ajudam a contornar a situação!

Mantendo o hábito adquirido do Laos, aqui continuaram as sopas de noodles, mas a qualidade diminuiu: não só os caldos são menos aromáticos, como por vezes os noodles são de massa seca ou mesmo instantâneos. O habitual prato de ervas aromáticas e de legumes que acompanhava estas sopas no país vizinho, encontra-se aqui frequentemente ausente.

Na comida do Camboja nota-se uma forte influência da gastronomia chinesa e vietnamita, que é visível pelos muitos restaurantes servindo “phò”, a tradicional sopa de noodles, em tudo semelhante à que se pode encontrar no Vietname.

Estas sopas de noodles (noodle soup), confeccionadas no momento, podem ser feitas na versão vegetariana, contudo apesar de não ser adicionada carne não se nota um acréscimo da quantidade de vegetais que geralmente se resumem a um punhado de rebentos de soja e a umas folhas de couve. Quanto ao caldo que serve de base a estas sopas, quase transparente e de sabor ligeiro, é provável que contenha produtos de origem animal na sua preparação.

As chamadas rice soups, populares como refeição matinal, apesar de um pouco aborrecidas são também uma opção para vegetarianos, pois pode-se sempre pedir sem carne, sendo em alternativa adicionados uns rebentos de soja.

Mais aconselhável em termos de dieta vegetariana são os fry-noodles, onde a massa de arroz é salteada com alguns vegetais e ovo e condimentada com misteriosos molhos.

Outra influência da China são os hot pot, muito populares entre o cambojanos (assim como em muitos outros países do sudoeste asiático), em especial nas cidades e particularmente aos fim de semana, onde estes restaurantes se enchem de famílias e grupos de amigos que partilham esta refeição, constituída por uma panela com um caldo fervente, onde pedaços de carne se encontra a boiar que se mantêm quente na mesa com recuso a um mini-fogão a gás, e onde são mergulhadas os vários acompanhamentos, como couve, ervas frescas, massas, pedaços de carne e também visceras…

O café é geralmente servido com gelo, sendo quase sempre adoçado com leite-condensado. A preparação é em tudo semelhante ao que se encontra pelo Vietnam, com a água a ferver a ser despejada sobre o café que se encontra numa espécie de filtro metálico, colocado sob um copo. É frequente o café estar já feito, numa dose muito concentrada, que depois é diluída em água quente quando o café é servido. O sabor é suave mas com um travo particular, mas é necessário usar de uma certa habilidade de comunicação para evitar o popular leite-condensado, que esmaga totalmente o sabor original do café.

Continuam a marcar forte presença os caris, muito menos picantes do que na vizinha Tailândia, servidos com a habitual dose de arroz. O mais popular destes caris é o amok, que pode ser de marisco, peixe, carne ou somente de vegetais, destacando-se o suave aroma das especiarias de onde sobressaem o lemongrass, a curcuma e o gengibre. Tradicionalmente este prato é confeccionado muito lentamente, ao vapor, em folha de bananeira. Não sendo tão fácil de encontrar como uma sopa de noodles, o amok servido com arroz é uma deliciosa opção para vegetarianos sendo mais provável de se encontrar em restaurantes do que em mercados.

No Camboja as opções vegetarianas são mais escassas do que nos restantes países so sudoeste asiático, dominando a carne, quer seja fresca ou processada em forma de pequenas almôndegas cujo aspecto está longe de ser atractivo mas que é extremamente popular no Camboja. No Sul do país, dada a proximidade do mar, o peixe e o marisco marcam forte presença, com os mercados a oferecer grande variedade de produtos, o que se refecte nos pratos e mesmo nos snacks de rua.

E como em qualquer país asiático a comida de rua marca forte presença, pela sua variedade, tanto em doces como em salgados, surgindo a horas especificas do dia, muitas vezes junto aos mercados, às escolas, ou nas ruas mais movimentadas das cidades. Podem ser pequenas bancas transportadas em bicicletas ou compactas cozinhas acopladas a motorizadas.

Como em muitos países do sudoeste asiático não é difícil encontrar comidas exóticas para os standards europeus, e o Camboja parece oferecer ainda mais oportunidades de encontrar sapos à venda nos mercados ou gafanhotos fritos numa banca de rua.

Sopa de arroz, servida somente de manhã, como primeira refeição do dia, e que muitas vezes é acompanhada de uma especie de pão frito
Sopa de arroz, servida somente de manhã, como primeira refeição do dia, e que muitas vezes é acompanhada de uma especie de pão frito
stree food em Siem Reap
stree food em Siem Reap
pasteis de massa de arroz recheados com legumes e mergulhados numa mistura de molhos doces, salgados e picantes
pasteis de massa de arroz recheados com legumes e mergulhados numa mistura de molhos doces, salgados e picantes
banca que todas as noite surge nas ruas de Siem Reap servindo a sopa de noodles tradicional do Vietnam
banca que todas as noite surge nas ruas de Siem Reap servindo a sopa de noodles tradicional do Vietnam
muitas vezes é possivel encontrar fruta já descascada e cortada que se vende nas ruas, em especial nas zonas mais frequentadas por turistas.
muitas vezes é possivel encontrar fruta já descascada e cortada que se vende nas ruas, em especial nas zonas mais frequentadas por turistas.
fritos de banana e massa
fritos de banana e massa
phô
phô
bancas de venda de comida em Siem reap, em frente ao local de partidas dos autocarros... depois da hora de ponta mudan-se para outras paragens.
bancas de venda de comida em Siem reap, em frente ao local de partidas dos autocarros… depois da hora de ponta mudan-se para outras paragens.
nooodlles
noodles
chá que está semptre disponivel nas mesas
chá que está semptre disponivel nas mesas
sops de noodles com legumes
sopa de noodles com legumes
molhos e mais molhos... mas poucos picantes, em comparação com o que era oferecido na Tailândia ou mesmo no Laos
molhos e mais molhos… mas poucos picantes, em comparação com o que era oferecido na Tailândia ou mesmo no Laos
café confeccionado de forma semelhante à que se encontra no Vietnam
café confeccionado de forma semelhante à que se encontra no Vietnam
street-food em Phnom Penh
street-food em Phnom Penh
fruta de uma especie de palmeira, servida com leite de coco, gelo e muito, muito açucar
fruta de uma especie de palmeira, translucida e gelatinosa, servida com leite de coco, gelo e muito, muito açucar
fruta de uma especie de palmeira
fruta de uma especie de palmeira
mercado de Phnom Penh
mercado de Phnom Penh
bolos cozinhados ao vapor, em folha de bananeira
bolos cozinhados ao vapor, em folha de bananeira
noodles fritos com legumes e ovo estrelado... sempre frito dos dois lados!
noodles fritos com legumes e ovo estrelado… sempre frito dos dois lados!
banca de rua
banca de rua
street food em Phnom Penh
street food em Phnom Penh: panqueca , servida quente, recheada com sticky-rice, e doçada com uma mistura de côco e açucar
street food em Phnom Penh
street food em Phnom Penh
um dos muitos snacks de rua: massa doce frita e salpicada de sésamo
um dos muitos snacks de rua: massa doce frita e salpicada de sésamo
restaurante de phô em Phnom Penh
restaurante de phô em Phnom Penh

DSC_3399 Amok de peixe

Uma especie de custard, mas cozinhada dentro de uma pequena abóbora que depois de cozida se pode comer a casca; é servida às fatias, regadas com leite de côco, calda de açucar, gelo e leite condensado. Muito popular na Tailândia, pode-se também encontrar nos mercados do Camboja

Uma especie de custard, mas cozinhada dentro de uma pequena abóbora que depois de cozida se pode comer a casca; é servida às fatias, regadas com leite de côco, calda de açucar, gelo e leite condensado. Muito popular na Tailândia, pode-se também encontrar nos mercados do Camboja

banca no mercado de Sihanouk Ville dedicada à venda de doces, onde domina o leite de côco e o leite condensado
banca no mercado de Sihanouk Ville dedicada à venda de doces, onde domina o leite de côco e o leite condensado

Siem Reap (Pt)

A cidade de Siem Reap remonta ao século XVI, altura em que o império Khmer dominou o que é hoje o Laos, o Camboja e parte da Tailândia e do Vietnam, cujo nome significa literalmente “derrota de Sião”, nome pelo qual o Reino da Tailândia era designado à época, e que ainda hoje é invocado.

Com a presença francesa a cidade, até então com pouca importância, ganho relevância e passou a ser uma das principais cidades da então chamada Indochina, em especial quando a partir dos anos . Actualmente, Siem Reap é a terceira maior cidade do Camboja com cerca de 800 mil habitantes, devendo o seu crescimento e popularidade à proximidade com os templos de Angkor, que a tornam como base para os visitantes que aqui se deslocam para visitar as ruínas da principal cidade do império Khmer.

Da presença francesa ficaram as ruas dispostas ortogonalmente, amplas e ladeadas de árvores, onde sobressai a zona mais antiga da cidade, localizada junto ao rio que partilha do mesmo nome da cidade, onde os quarteirões são ainda ocupados por edifícios de estilo colonial, originalmente destinados a habitação e comércio, sendo actualmente ocupadas por restaurantes, cafés, bares e lojas, maioritariamente destinadas aos visitantes.

É nesta zona que se situa o chamado Old Market, onde pouco resta da venda de produtos alimentares, sendo quase totalmente ocupada por bancas de venda de artesanato, roupa, acessórios e demais recordações destinadas aos turistas, à semelhança de outros mercados que se encontram nas cidades Chiang Mai, Luang Prabang. Contudo apesar dos artigos vendidos serem em tudo semelhantes aos destas cidades, adquirem aqui a designação de khmer, desde as calças, ao café.

Apesar de actualmente ser a cidade mais turística do país, o que a torna moderna e cosmopolita, Siem Reap mantem uma identidade própria que espelha o que é hoje o Camboja, um país pobre mas orgulhoso.

Siem Reap
Siem Reap
Siem Reap, onde para além do Old Market, existem pelo menos maims três mercados semelhantes, maioritariamente destinados aos visitantes estrangeiros

 

Old Market, onde para além das bancas situadas no seu interior se encontra rodeados de lojas e de restaurantes
Old Market, onde para além das bancas situadas no seu interior se encontra rodeados de lojas e de restaurantes

 

Siem Reap, quarteirão francês

 

Uma das muitos antigos edificios deixados pelo colonialismo francês, hoje em dia funcionado como lojas e restaurantes

 

Old Market, onde para além das bancas situadas no seu interior se encontra rodeados de lojas e de restaurantes
Old Market, onde para além das bancas situadas no seu interior se encontra rodeados de lojas e de restaurantes

 

Uma das melhores formas de conhecer a cidade, que não sendo muito grande ainda se estende por muito para além do centro histórico, é de bicicleta, o que requer alguma adaptação às regras com que a circulação obedece, onde não é raro encontrar motas em sentido contrário
Uma das melhores formas de conhecer a cidade, que não sendo muito grande ainda se estende por muito para além do centro histórico, é de bicicleta, o que requer alguma adaptação às regras com que a circulação obedece, onde não é raro encontrar motas em sentido contrário

 

No meio do quarteirão francês, a rua mais popular e movimentada é sem duvida a chamada "pub street"
No meio do quarteirão francês, a rua mais popular e movimentada é sem duvida a chamada “pub street”

 

Uma das muitas ofertas de entretenimento oferecidas aos visitantes

 

Quarteirão francês de Siem Reap

 

Rio Siem Reap que atravessa a cidade

 

Siem Reap

 

Siem Reap

 

Junto a um dos templos de Siem Reap, vários casais esperam, envergando roupa tradicional Khmer, para efectuarem a tradicional cerimónia que marca o inicio do noivado

 

Alojamento:

Garden Village Guest House

Quartos com e sem casa de banho: vários preços até 18$

Dormitórios: 1$ (ao ar livre+rede mosquiteira), 2.5$ (colchão no chão+rede mosquiteira+ventoinha), 3$

Free wi-fi, bar, restaurant

Aluguer de bicicletas: 1$ ou 2$ (mountain bike)

https://www.facebook.com/GardenVillageGuesthouse

Garden Village Guest House
Garden Village Guest House
Garden Village Guest House
Garden Village Guest House

 

 

 

Laos: epílogo

Tempo de dizer adeus e de fazer o balanço destes trinta dias, na República Democrática e Popular do Laos… que de democrática tem pouco.

O que ficou do Laos… ficam para sempre gravados os sorrisos e os acenos de mão com que em geral a população acolhe os visitantes, ficaram as fumegantes sopas de noodles, o sticky-rice servido em cestas de bambu, o cheiro da lenha queimada em fogões que desde manhã se espalha no ar, ficam os coloridos e animados mercados.

Fica um rio sempre de águas turvas e as muitas travessias e viagens de barco pelo Mekong, as monótonas estradas de infindáveis rectas, as viagens em autocarros nocturnos e os muitos percursos efectuados nos arejados e instáveis songthaews*.

Fica a cerveja nacional, BeeLao, que se vende em todo o país e que com o seu intenso tom de amarelo salpica a paisagem urbana, o café, servido com exageradas doses de leite condensado e de açúcar, os sarongs usados elegantemente pelas mulheres e o colorido dos robes açafrão dos monges que recolhem donativos pela manhã, num país em que os templos não se mostram particularmente atractivos.

Ficam também vestígios da presença francesa, nos decadentes edifícios que sobrevivem, no número de turistas, na comida mas sobretudo na língua que ainda é falada por gerações nascidas após a retirada francesa da Indochina.

Fica um país pobre, pouco desenvolvido e fortemente ligado à agricultura, com um inenarrável recolher obrigatório.

Fica um país calmo e gente dócil.

* em trinta dias, foram percorridos cerca de 1650 quilómetros de autocarro, e mais de 450 quilómetros de barco num país com pouco mais do que mil quilómetros de Norte a Sul.

Mekong

 

Mekong

 

Champasack
Champasack

 

 

Mekong

 

Mekong

 

Lao Coffee
Lao Coffee

 

Aguardente Lao-Lao e uma grande variedade de marcas de cigarros, muitas nacionais de coloridos e atractivos rótulos

 

songthaews o meio de transporte público mais popular em zonas urbanas

 

Templo Budista em Luang Prabang

 

 

BeeLao, a cerveja nacional, que deixa um rasto de cor amarela pela paisagem do Laos.

 

bus entre Muang Khoua e Oudomxai. Num país onde não caminhos de ferro as viagens de autocarro são uma experiência obrigatória para quem viaja pelo Laos.

 

Vientiane… nem mesmo na capital se deixa de usar o tradicional sarongs, saia que é imagem de marca do vestuário feminino do Laos.

 

sticky-rice

 

Vientiane
Vientiane

 

Savannakhet
Savannakhet… herança arquitectónica que relembra a presença francesa na região

 

 

Plumélia, a flor adoptada como símbolo nacional do Laos

 

Sobre o Laos

Moeda

Nos primeiros dias, a moeda do Laos, o kip, pode ser uma verdadeira dor de cabeça, pelo elevado numero de zeros que se inscreve nas notas resultante da desvalorização da moeda, fazendo com que nada custe menos do que 1000 kips e onde a nota mais pequena é de 500 kips; não existe circulação de moeda em metal…. só papel, donde resultam verdadeiros molhos de notas, que efectivamente pouco valor: por exemplo, uma sopa de noodles, consumida num restaurante de rua custa cerca de 10.000 kips.

Contudo, para compensar esta confusão há a honestidade demonstrada em geral pela população, tanto no que se refere ao preço dos artigos, que nunca está assinalado, como em relação aos trocos, não tendo durante esta estadia tido qualquer suspeita ou desconfiança, para alguém de uma ou outra situação em que a barreira linguística pode ter levado a mal-entendidos…

Mais uma vez, as situações que suscitaram mais desconfiança foram sempre com os condutores de tuk-tuk ou de songthaews, cujo preço tem que ser negociado, mas que mesmo assim é sempre exageradamente elevado, se comparar-mos com o que a população local paga.

Língua

Baseada na língua tailandesa mas sujeita á influência dos países vizinho, o Lao apresenta uma sonoridade e uma grafia distinta. Grafia esta que se estende também à numeração.

Apesar da pouca riqueza e do fraco desenvolvimento que o país apresenta, é bastante fácil encontrar pessoas, em especial nas gerações mais novas, a falarem inglês, pelo menos o essencial para obter informações e ter uma simples troca de palavras, se bem que apesar da simpatia demonstrada é raro alguém da população estabelecer contacto verbal com os estrangeiros, talvez por timidez, talvez por razões culturais que os levam a ser discretos e comedidos nas manifestações sociais, ou talvez porque simplesmente não estão minimamente interessados em saberem de nós, ocidentais.

A preguiça reinou, e a língua tonal não ajudou, a que nesta estadia de trinta dias houvesse disponibilidade para aprender algumas palavras básicas em Lao. Ficou a saudação “sabaydee” e o obrigada “kop chai”.

Economia

Apesar dos quase 237 quilómetros quadrados (cerca de 2.5 vezes maior do que a área de Portugal), o Laos é um país relativamente pequeno, em comparação com a área dos países com que faz fronteira, com excepção do Camboja.

Em termos de população é o que apresenta o menor numero de habitantes, não chegando aos 7 milhões, com 700 mil concentrados na capital, Vientiane, sendo a segunda maior cidade, Pakse somente com 88 mil habitantes, o que representa que grande parte da população se encontra espalhada pelas zonas rurais, e dá relevo à importância que a agricultura mantem no país, que sem acesso ao mar, se encontra sujeito à pressão económica dos países vizinhos, em especial da China e da Tailândia.

Verificam-se muitos investimentos dos países vizinhos e mesmo de outros países europeus e asiáticos, em especial na construção de estradas e pontes.

Os efeitos deixados pelas guerras, tanto contra a colonização francesa, como a intervenção americana durante a guerra do Vietnam, seguido de um regime ditatorial de inspiração comunista, fazem deste país um dos mais pobres do sudoeste asiático, onde a esperança média de vida ronda os 60 anos.

A agricultura é fundamentalmente focada no cultivo de arroz, que se ocupa a maior parte do solo do centro e do Sul do país, sendo a orografia do norte demasiado montanhosa para a produção em larga escala deste cereal. A avaliar pelo devastação que se observa na floresta, em especial no centro e no sul do país, a madeira é também uma importante fonte de rendimento da população, continuando a ser a principal matéria prima usada na construção das casas, e indispensável para a confecção da comida e para aquecimento, nas zonas onde o clima das montanhas faz baixar as temperaturas.

O aumento do turismo, tanto de originário dos países ocidentais como da China e da Tailândia, que tem vindo sempre a crescer nos últimos anos, representa um papel importante na economia deste país com poucos recursos naturais, para além da floresta e dos rios.

Presença Francesa

Dos cerca de sessenta anos que durou a presença francesa no Laos, e que se estendeu ao Camboja e ao Vietname, constituindo a Indochina, ficaram alguns vestígios em termos de arquitectura, não só em termos de edifícios, com as suas típicas portadas de madeira usadas em portas e janelas, mas também no ortogonal desenho das ruas de algumas das cidades.

Mas a língua, que ainda é falada por um elevado numero de pessoas, é sem duvida o maior legado da presença francesa, encontrando-se com frequência inscrita junto a instituições oficiais e culturais, se bem que a nova geração está gradualmente a adaptar o inglês, em especial nas zonas com mais contacto com o turismo.

Em termos de gastronomia, é fácil de encontrar, nas cidades mais cosmopolitas, como Vientiane e Luang Prang uma grande oferta de restaurantes de cozinha francesa, pastelarias e cafés com esplanadas, mas que claramente estão vocacionados para os turistas. O que realmente se democratizou em termos gastronómicos foi sem dúvida o consumo de pão (coisa que na vizinha Tailândia tem pouca expressão) em especial a baguette, e que se pode encontrar à venda em todas as povoações, tanto para ser consumida em casa como vendida em sandes, cujo recheio segue o paladar da comida do Laos, com muitos pedaços de carne, gordura e vísceras, molhos e pastas de porco e peixe.

Escola em Si Phan Don

 

Vientiane

 

Savannaket

 

Champasak

Paksé: Mercado Daoheuang

Tendo em conta a sua posição geográfica e mantendo a estrutura criada aquando da colonização, Paksé mantem ainda um importante papel no comércio do Laos com os países vizinhos, nomeadamente a Tailândia, a China, o Vietnam e o Camboja. A atestar essa importância situa-se aqui o maior mercado do país, onde se pode encontrar desde produtos alimentares, os frescos e os de mercearia, roupa, telemóveis, brinquedos, detergentes e produtos de higiene, utensílios de cozinha, artigos religiosos, ferramentas, ouro…

A toda a volta e nas ruas situadas entre os vários edifícios que constituem o mercado inúmeros feirantes instalam as suas pequenas bancas e oficinas improvisadas, onde se podem comprar bilhetes de lotaria, consertar um relógio avariado, ter uma consulta astrológica, comprar sapos ou simplesmente arranjar e pintar as unhas das mãos e dos pés.

Como habitual, um dos edificios é destinado à venda de comida confeccionado e a restaurantes, que apesar de superarem em número a vintena, oferecem basicamente sopas à base de noodles e carne grelhada servida com sticky-rice. Contudo, muitas destas sopas à base de massa de arroz, apesar de à primeira vista serem em tudo semelhantes, apresentam variações quanto ao tipo de massa utilizada, e em especial em relação à carne (que pode ser cozida ou grelhada, e incluir vísceras, sangue ou carne processada) e que por vezes se pode encontrar à base de peixe oriundo do sempre presente Mekong.

Paksé: Mercado Daoheuang
Paksé: Mercado Daoheuang
Paksé: Mercado Daoheuang
Paksé: Mercado Daoheuang
Paksé: Mercado Daoheuang
Paksé: Mercado Daoheuang
Paksé: Mercado Daoheuang. Este tipo de tapetes é muito caracteristico do Laos, sendo feitos com o aproveitamento de restos de tecidos, encontrando-se em praticamente todas as casas
Paksé: Mercado Daoheuang. Este tipo de tapetes é muito caracteristico do Laos, sendo feitos com o aproveitamento de restos de tecidos, encontrando-se em praticamente todas as casas
Paksé: Mercado Daoheuang
Paksé: Mercado Daoheuang
Paksé: Mercado Daoheuang. Cestas de bambu, usadas para aquecer e servir o arroz (sticky-rice). No lado esquerdo vendem-se cestas em forma cónica destinadas a cozinhar o arroz, ao vapor, sendo encaixadas no topo de panelas com água a ferver. Cozinhar o arroz é um ritual diário em cada casa e, juntamente com o cheiro da lenha queimada, enche o ar da mnhã de um aroma adocicado
Paksé: Mercado Daoheuang. Cestas de bambu, usadas para aquecer e servir o arroz (sticky-rice). No lado esquerdo vendem-se cestas em forma cónica destinadas a cozinhar o arroz, ao vapor, sendo encaixadas no topo de panelas com água a ferver. Cozinhar o arroz é um ritual diário em cada casa e, juntamente com o cheiro da lenha queimada, enche o ar da mnhã de um aroma adocicado
Paksé: Mercado Daoheuang, benda de peixe que é mantido vivo apesar do calor que ao meio da manhã já se faz sentir, à custa de baldes de água despejados sobre ele.
Paksé: Mercado Daoheuang, benda de peixe que é mantido vivo apesar do calor que ao meio da manhã já se faz sentir, à custa de baldes de água despejados sobre ele.
Paksé: Mercado Daoheuang. Ervas, raízes, chás, unguentos, bálsamos, etc... que fazem parte do métodos caseiros para resolução de problemas de saúde. O exemplo mais popular é o "Tiger Balm", aparentemente de origem chineza, que é usado para quase todas as situações, de dores ou de mal estar, e que pode ser encontrado em praticamente todos os países asiáticos, por vezes numa versão local, ligeiramente diferente do original no cheiro e na embalagem
Paksé: Mercado Daoheuang. Ervas, raízes, chás, unguentos, bálsamos, etc… que fazem parte do métodos caseiros para resolução de problemas de saúde. O exemplo mais popular é o “Tiger Balm”, aparentemente de origem chineza, que é usado para quase todas as situações, de dores ou de mal estar, e que pode ser encontrado em praticamente todos os países asiáticos, por vezes numa versão local, ligeiramente diferente do original no cheiro e na embalagem
Paksé: Mercado Daoheuang. Zona dedicada à venda de joelharia em ouro
Paksé: Mercado Daoheuang. Zona dedicada à venda de joelharia em ouro

Vientiane

Vientiane. Capital da República Popular do Laos, um dos cinco países que continua a ter um regime “socialista”, a par com a China, Cuba, Vietnam e Coreia do Norte.

Situada à beira do Mekong, de frente para a próspera Tailândia, Vientiane afirma-se discreta com os seus escassos 700 mil habitantes do total de 7 milhões que constitui a população do Laos, sendo ao mesmo tempo sedutora e viciosa.

Esta cidade, que como todas as capitais é repleta de clichés: álcool, prostitutas, lady-boys, mendigos, vendedores de ópio… tudo isto em claro contraste com a disciplina comunista que governa o país à 38 anos, impondo a força pela pobreza, num regime ditatorial onde persiste um inenarrável recolher obrigatório à meia-noite, mantido por patrulhas civis que percorrem as ruas aconselhando os resistente a recolher a casa e às respectivas guest-houses.

O que fica desta estadia em Vientiane é uma certa deambulação, sem destino e sem utilidades, pelas ruas da cidade, os cafés as esplanadas, as conversas em voltas de meses refrescadas pela cerveja e cinzeiros cheiros de pontas de cigarros. Fica um Mekong de caudal muito baixo afastando da marginal que se estende ao longo da cidade. Ficam edificios de betão, bolorentos e abandonados, conferindo à cidade uma nostalgia de um passado mais brilhante. Fica um discreto, mas sempre presente cheiro a esgoto que emana das sarjetas. Ficam largas e amplas avenidas e algo do que foi a presença francesa no Laos. Ficam as tardes tórridas que afugentam quase toda a gente das ruas e as noites mornas que convidam ao convívio.

Mais uma vez o que marca uma cidade não são os monumentos, as praças, os museus ou os templos, mas sim a atmosfera que se apreende e o ambiente que se vive.

E são também as pessoas que se conhecem, que por estes lados se resume somente a outros viajantes e turistas, que com a sua personalidade e as suas histórias nos cativam e nos influenciam, sendo por vezes responsáveis por mudanças nas nossas vidas, se bem que muitas vezes de forma involuntária e inconsciente. Mudamos muito quanto estamos sós, mas mudamos também em contacto com os outros. É uma permanente troca de energia onde o equilíbrio é difícil de manter, se é que existe alguma possibilidade de equilíbrio interior… talvez nos tenhamos que render e aceitar estas constantes mudança.

Algo do que resta das presença francesa em Vientiane
Algo do que resta das presença francesa em Vientiane
Marginal construida pelo Governo Chinês e que serve de locas de passeio pelo anoitecer, altura em que também surge um mercado de rua dedicado especialmente a roupa, tanto para o turismo como para os habitantes locais
Marginal construida pelo Governo Chinês e que serve de locas de passeio pelo anoitecer, altura em que também surge um mercado de rua dedicado especialmente a roupa, tanto para o turismo como para os habitantes locais
Laos. Comunismos. Laos. Comunismo
Laos. Comunismos. Laos. Comunismo
Vientiane: onde o brilhos dos automoveis novos se cruza com os muitos mendigos que se encontram pelas ruas e que deambulam pelos restaurantes e esplanadas
Vientiane: onde o brilhos dos automoveis novos se cruza com os muitos mendigos que se encontram pelas ruas e que deambulam pelos restaurantes e esplanadas
Vientiane
Vientiane
Mekong junto a Vientiane, onde o caudal muito baixo, resultado da época seca e das barragens existentes no seu percurso deixam a descoberto uma imensidão de areia, e onde é proibido andar depois das 10.30h da noite
Mekong junto a Vientiane, onde o caudal muito baixo, resultado da época seca e das barragens existentes no seu percurso deixam a descoberto uma imensidão de areia, e onde é proibido andar depois das 10.30h da noite
Mekong: do outro lado a Tailândia
Mekong: do outro lado a Tailândia
Vientiane
Vientiane
Vientiane
Vientiane
Vientiane
Vientiane
Vientiane
Vientiane
Vientiane
Vientiane: um dos muitos edifícios abandonadas que se encontram um pouco por todo o centro da cidade
Vientiane
Vientiane: muitas mulheres do Laos continuam a usar as roupas tradicionais adaptadas ao gosto actual, com a saia pelo meio da perna, em tecido sedoso, conferindo um ar distinto e elegante
Vientiane: ao fundo  Arco do Triunfo, construido durante o domínio françês, numa tentativa de copiar o ambiente dos Campos Elísios
Vientiane: ao fundo Arco do Triunfo, construido durante o domínio françês, numa tentativa de copiar o ambiente dos Campos Elísios

 

Douang Deuane Guest House (DD2)

Dormitório: 30.000 kip

Quartos individuais, sem WC: 40.000 kip

Quartos duplo, sem WC: 70.000 kip

Duang Deuane Guest House
Duang Deuane Guest House
Duang Deuane Guest House
Duang Deuane Guest House

A comida no Laos

Com muitas semelhanças com a gastronomia da Tailândia e com algumas influências do Vietnam e da China, a comida tradicional do Laos é uma amostra mais modesta da dos países vizinhos, sobressaindo as sopas e os grelhados, onde domina a carne mas onde o peixe é uma presença constante, dada a proximidade com o Mekong e os outros rios que atravessam o país.

Para vegetarianos as opções são muito escassas: tirando a sopa de noodles que apesar de ser muitas vezes confecionada com caldos de carne, pode sempre ser pedida sem carne. Este foi o prato mais consumido durante a minha estadia no Laos, onde comi sopa de noodles todos os dias, pelo menos a uma das refeições, muitas das vezes como pequeno-almoço.

Existem espalhados por todas as cidades e mesmo nas pequenas povoações restaurantes que somente servem este prato, variando a qualidade do caldo, a carne que é colocada como complemento e sobretudo no tipo de noodles que é usado: podendo variar desde massa muito fina e quase transparente a tiras mais espessas e consistentes, mas sempre à base de farinha de arroz.

É acompanhada de um prato repleto de verduras cruas, como couve, alface, feijão-verde, hortelã, menta, espinafres e outros vegetais que se encontram à venda nos muitos mercados. Acrescentam-se molhos (peixe, soja, etc…) e picante que pode ser apresentado numa pasta, em pó ou usando as malaguetas, assim como pedaços de lima, postas sempre à disposição nas mesas dos restaurantes.

De uma forma geral a comida não é picante, mas nas mesas encontra-se sempre chilli, em pó ou apresentado numa pasta oleosa, que é generosamente deitado sobre a comida, podendo tornar um transparente caldo de carne numa sopa vermelha.

Para comer esta sopa à maneira do Laos, deve-se usar os paus de bambu para comer a massa e os outros ingredientes sólidos, servindo a colher que se usa na outra mão para ajudar a empurrar a comida para a oca e para consumir o caldo.

Muito popular é o lap, um prato que pode ser de carne ou de peixe, confecionado com especiarias, geralmente muito picante, servido com grande quantidade de folhas de hortelã e de menta, e que é acompanhado por arroz glutinoso (sticky-rice) e que geralmente é comido com as mãos, ao contrário das maioria dos pratos em que se usam paus de bambu.

Para além distes pratos é possível encontrar arroz salteado (fried rice), massa salteadas (fried noddles) e alguns caris, mas raramente igualando a qualidade e a sofisticação das versões destes pratos servidos na Tailândia.

Nota-se uma maior diversidade na comida servida no Norte do país em comparação com as cidades e povoações do sul, onde a oferta é mais limitada.

Quanto a doces, pouco há a dizer pois as sobremesas não fazem parte da ementa dos restaurantes tradicionais do Laos, sendo muito raro encontrar alguma pastelaria fora das zonas turísticas. Contudo, uma das “importações” da Tailândia são os vendedores de rottis que surgem com pequenas bancas e ocupam os passeios das ruas principais, oferecendo rottis recheados com banana, chocolate ou ovo, e regados com leite condensado. Curiosamente, este negócio que é bastante concorrido é dominado quase exclusivamente por indianos, muitos provenientes de Chennai, e que são também proprietários de restaurantes que um pouco por todas as cidades oferendem os típicos pratos indianos a quem já se encontra cansado de alguma monotonia que a cozinha do Laos oferece.

A melhor sopa de noodles do Laos, experimentada logo no segundo dia de estadia, na povoação fronteiriça de Huay Xai, com o requinte de servir um pequeno prato de pasta de amendoim onde tradicionalmente são mergulhadas as malaguetas ants e serem comidas
A melhor sopa de noodles do Laos, experimentada logo no segundo dia de estadia, na povoação fronteiriça de Huay Xai, com o requinte de servir um pequeno prato de pasta de amendoim onde tradicionalmente são mergulhadas as malaguetas antes e serem comidas

Stiky-rice, servido como é tradicional em potes de bambo
Stiky-rice, servido como é tradicional em potes de bambo

Sticky-rice a acompanhar um prato de vegetais salteados... uma alternativa vegetariana à tradicinal carne grelhada que acompanha este tipo de arroz
Sticky-rice a acompanhar um prato de vegetais salteados… uma alternativa vegetariana à tradicinal carne grelhada que acompanha este tipo de arroz

restaurante em Luang Prabang que somente serve sopa de noodles, aberto desde manhã bem cedo mas que encerra pouco depois da 1 hora da tarde
restaurante em Luang Prabang que somente serve sopa de noodles, aberto desde manhã bem cedo mas que encerra pouco depois da 1 hora da tarde

ingredientes para a preparação da sopa de noodles, que para além dos vegetais custuma ter pedaços de carne, por vezes sangue cozido ou visceras, que são também usadas na confecção do caldo
ingredientes para a preparação da sopa de noodles, que para além dos vegetais custuma ter pedaços de carne, por vezes sangue cozido ou visceras, que são também usadas na confecção do caldo

ingredientes para a preparação da sopa de noodles
ingredientes para a preparação da sopa de noodles

banca de rua em Vientianne que serve dsde manhã bem cedo sopa de arroz e sopa de noodles, assim como o tradicional café
banca de rua em Vientianne que serve desde manhã bem cedo sopa de arroz e sopa de noodles, assim como o tradicional café

molhos e picantes que são adicionados à comida, juntamente com sal, e açucar: uma presença constante em todas as mesas dos restaurantes tradicionais do Laos
molhos e picantes que são adicionados à comida, juntamente com sal, e açúcar: uma presença constante em todas as mesas dos restaurantes tradicionais do Laos

Muitos do condimentos usados na cozinha do Laos são de origem Tailandesa ou, como é o caso, Chineza
Muitos do condimentos usados na cozinha do Laos são de origem Tailandesa ou, como é o caso, Chinesa

O chamado Lao Coffee é uma presença constante em todo o país, encontrando-se geralmente pela manhã em banca de rua, sendo também servido em alguns cafés mais sofisticados que se podem encontrar em zonas mais turísticas e cosmopolitas, como é o caso de Luang Prabang e Vientiane. É confecionado de uma forma muito característica, numa panela metálica, que se mantém sempre ao lume com água ferver, sendo coberta por uma tampa metálica na qual se encontra um orifício, através do qual retirada água com uma concha que é vertida para um filtro de pano, de forma cónica, contendo o café em pó. Quando se ontem a quantidade suficiente de café, este é vertido para um copo, ao qual é adicionado leite condensado, açúcar e leite em pó. O café que fica no filtro é usado mais vezes, servindo para preparar vários cafés. Pode se também bebido simples, sem leite ou adoçantes, sendo a sua textura bastante densa e espessa, mas de sabor suave e pouco amargo.

O preço é de 4.000 a 5.000 kips, e pode muitas vezes ser servido acompanhado de uma espécie de pão, feito com massa frita ou até de um chá, oferecido gratuitamente.

Da presença francesa ficou o pão, em especial as baguettes, que são vendidas nas ruas e terminais de autocarros, sendo muito solicitadas pelos estrangeiros que as consomem ao pequeno-almoço ou como refeição nas longas e intermináveis viagens de autocarro, cujo custo ronda os 7.000 a 10.000 kips, menos de um euro.

Quanto ao conteúdo, nota-se claramente os ingredientes presentes na gastronomia do país, como salchichas, pedaços de carne, geralmente de porco, fígado, carne processada, pastas à base de carne de porco e alguns molhos difíceis de identificar mas que muitas vezes são picantes.

Nas zonas turísticas é possível de encontrar restaurantes com uma grande oferta de comida ocidental, sendo os preços muito mais elevados do que a comida tradicional que se encontra nos restaurante frequentados pelos habitantes locais, onde é possível fazer uma refeição por 10.000 kip, cerca de 1€.

Lao-coffee
Lao-coffee

noodles frescos vendidos nos mercados espalhados por todo o Laos, e que marcam a diferença entre as várias sopas vendidas em restaurnates, muitas das vezes contiguos uns aos outros
noodles frescos vendidos nos mercados espalhados por todo o Laos, e que marcam a diferença entre as várias sopas vendidas em restaurnates, muitas das vezes contiguos uns aos outros

snack muito popular no norte do país, feito á base de arroz cozido que depois de espalmado é mergulhando em ovo batido e grelhado no carvão
snack muito popular no norte do país, feito á base de arroz cozido que depois de espalmado é mergulhando em ovo batido e grelhado no carvão
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Sou a Catarina, uma viajante de Lisboa, Portugal… ou melhor, uma mochileira com uma máquina fotográfica!

Cada palavra e foto aqui presente provém da minha própria viagem — os locais onde fiquei, as refeições que apreciei e os roteiros que percorri. Viajo de forma independente e partilho tudo sem patrocinadores ou anúncios, por isso o que lê é real e sem filtros.

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